Who are you? escrita por Diego Wayne, Ponciano


Capítulo 13
The questions


Notas iniciais do capítulo

Olá
Já está ficando meio chato toda vez eu me desculpar pela demora em postar, mas infelizmente o tempo e a inspiração não estão colaborando muito para o andar da história.Mais eu direi a vocês que pode demorar um pouco, ou aparentemente muito, mas essa história será concluída.
Ps:Eu fiz algumas modificações no capítulo anterior, recomendo que leiam antes de lerem este.
Sem mais enrolação. Espero que gostem.



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Pov Narrador

—Então o que mais que você faz além de ler mentes e invadir circuitos de segurança? _Chuck encarava a menina, que comia suas batatas fritas sem cerimônia.

—Eu não sei a extensão completa dos meus poderes. Quando eu era mais nova fizeram alguns exames em mim, e pelo que eu entendi eles irão evoluir de acordo com o meu crescimento. _Hayle falava da situação com tanta naturalidade, como se fosse normal uma garota de 8 anos ler mentes e ainda ter outras habilidades. –Você sabe que eu posso ler sua mente, certo?_A garota agora “roubava” as batatas fritas de Chuck.

—Sim, eu sei, e mesmo que eu tivesse esquecido, você me lembra disso a cada 5 minutos. _Chuck falou com meio emburrado, tirando suas batatas de perto da menina.

— Me diz de novo aonde a Sam foi? Por que ela saiu daqui quase como um foguete assim que pode. Nem esperou a comida chegar. _Chuck levou um susto quando viu que suas batatas estavam novamente com a garota.

—Sarah, o nome dela é Sarah. _Hayle encarou Chuck com as sobrancelhas arqueadas, questionando a veracidade da afirmação do Intersect. –Eu sei que não é de verdade, mas Sarah é quem ela é agora. Mesmo que em algum momento ela tenha sido Sam, ela já não é mais aquela pessoa. E Sarah não gosta muito de pessoas revirando seu passado, muito menos sem a sua autorização. _Seu tom de voz era de repreensão, e mais uma vez ele pegou suas batatas da menina.

—Agora eu entendi porque ela foi embora. Sinto muito, não foi minha intenção deixa-la desconfortável, mas as vezes eu não consigo controlar. Durante um tempo, fomos só eu e Órion, então eu não estou acostumada a lidar com muitas pessoas, eu fico ansiosa e perco o controle. _A menina parecia envergonhada, e Chuck se perguntou como ela tinha pego suas batatas novamente.

—Não se preocupe, eu entendo como é não ter controle sobre algo, eu dificilmente tenho um flash de proposito, eles geralmente acontecem ao acaso, e acabam com qualquer momento de paz. _Ele faz menção de pegar o que sobrou das batatas, mas desisti.

—Você conheceu minha mãe, não é? Órion me disse que vocês foram a faculdade juntos. _Hayle tinha um olhar de expectativa.

—Bem sim, nós fomos a mesma faculdade, sua mãe estava quase se formando e eu era apenas um calouro, mas ela mesmo assim se dispôs a me ajudar em um projeto em que eu estava trabalhando. _Ele se lembrou da menina morena, que parecia muito nova para estar ali, mas tinha um conhecimento que rivalizava com seus melhores professores.

—Será que a Sam...Sarah se importaria de me contar algumas histórias sobre minha mãe se eu prometer não ler mais sua mente? _Foi a primeira vez que Chuck viu ela como apenas uma criança frágil, que é o que ela era.

—Tenho certeza que ela vai contar o que puder, você sabe, missões secretas tem informações secretas. E não se preocupe com a Sarah, ela não saiu por sua causa, ela achou melhor reforçar nossa segurança, para o caso de alguém te encontrar. _Como se essa fosse sua deixa, Sarah entrou pela porta.

—Avisei Casey, e pedi para ele procurar mais informações sobre C.A.D.M.U.S, e ele entrará em contato assim que tiver alguma coisa. _Ela olhou as duas pessoas sentadas a mesa. –O que foi? Algo aconteceu?

—Não foi nada, apenas estávamos conversando. _Chuck parecia um menino pego aprontando algo.

—Chuck..._O tom de ameaça na voz de Sarah arrancou um sorriso de Hayle.

—Charles estava apenas me falando que você não gosta de que fiquem revirando o seu passado, e no caso sua mente. E eu queria me desculpar por mais cedo, eu não devia ficar vasculhando suas memórias, mas eu queria ver se eu conseguia achar as missões que você fez com a minha mãe. _A expressão séria do rosto de Sarah se desfez assim que ela ouvia a última frase da menina.

—Quanto tempo que você não a vê Hayle?_

—3 ou 4 anos, e eu tenho estado com Órion desde então.

—Eu sei como é isso, meus pais também foram embora quando eu era uma criança. _Chuck encarava o prato aonde estava seu hambúrguer.

—Eles foram Chuck, mas eles voltaram, assim como sua mãe também vai voltar Hayle. Pelo o que Stephen me disse não demorará muito para vocês se verem. _Sarah sorriu para encorajar a menina. – Agora o que acham de me pedirem um hambúrguer pra mim já que comeram o meu? _Ela apontou para os pratos e as embalagens vazias jogadas na mesa.

—Foi ela. _Chuck apontou para a garota de 8 anos, e recebeu de Sarah um olhar incrédulo. –Okay, eu vou pedir outro para você. _Chuck se levantou e deu um beijo em Sarah e saiu da sala para pegar seu celular.

—Por que não contou para ele ainda? _Hayle perguntou a Sarah, e ela ficou surpresa com a frase da menina.

—Achei que ia parar de revirar minha mente? _A loira mais velha indagou com uma expressão séria no rosto.

—Em minha defesa eu descobri que estava grávida antes de você sair. _Hayle deu um sorriso inocente. –Confesso que demorei um pouco para entender porque saiu como um raio daqui, mas depois de conversar com Charles eu vi o porquê. Você ainda não contou a ele, e ficou com medo de eu contar. Mas não se preocupe ..._Sarah fez sinal para a menina se calar, com medo de Chuck ouvir a conversa.

—Eu só não encontrei o momento certo para contar. E acho que já percebeu todos chamam ele de Chuck.

—Sim, acho que passei muito tempo com Órion, e acabei me acostumando a associar Chuck a Charles. E você não contou para ele porque sabe que ele vai ficar super protetor e você não quer isso. _Sarah arqueou uma das sobrancelhas encarando a menina. –Desculpa, foi sem querer. _Hayle ficou envergonhada por ter sido pega lendo a mente de Sarah sem autorização novamente.

—Prontinho, já pedi o seu hambúrguer. Agora o que acham de vermos um filme enquanto esperamos. Acho que podemos fazer alguma coisa normal, só para variar. _O sorriso estampado no rosto de Chuck, contagiou as duas garotas que sorriram em resposta.

—Você deve contar a ele, ele é um cara especial. _Hayle sussurrou para Sarah enquanto iam até a sala.

—É, eu sei que ele é._Sarah sorriu e alisou a barriga que ainda não trazia sinais da sua gravidez.

Os três passaram a tarde vendo filmes, e era impressionante a forma como eles criaram uma ligação, mesmo tendo se conhecido apenas algumas horas mais cedo naquele dia. Hayle apesar de ter um grande carinho por Órion, pela primeira vez em muito tempo não se sentiu sozinha.

Mais tarde naquele dia...

—Eu esqueci de te falar, também pedi para Casey verificar as informações que seu pai nos deu, não são muitas, mas já é um lugar por onde podemos começar._ Sarah secava as louças enquanto Chuck guardava.

—Acha que devemos avisar a general? Quer dizer sabemos que podemos confiar nela. Talvez a gente possa lidar coma situação. _A general Beckman sempre fez de tudo para ajudar os Bartowski e eles sabiam que dessa vez não seria diferente.

—Dessa vez eu acho que isso está fora do nosso alcance. Tem muita gente poderosa envolvida, e por mais que eu queira manter essa garota a salva, acredito que não podemos fazer mais do que estamos fazendo agora._ Sarah deu um longo suspiro, se sentia meio impotente diante da situação.

—A senhora Walker está certa._ Chuck dá um pulo ao ouvir a voz da garota atrás de si.

—Não faça isso. Quase me mata de susto._ A cara de assustado do intersect arranca risadas das duas loiras.

—Desculpe Chuck._ A menina diz com um sorriso sapeca.

—Hoje mais cedo ela era Sam e eu Charles, por que agora Sarah é senhora Walker e eu sou só Chuck?_ Ele parecia meio indignado.

—Olhe bem para ela, depois para você. Agora repita a pergunta._ Chuck olhou para Sarah, que mesmo apenas com uma roupa casual parecia incrível, enquanto ele estava com um jeans velho e seus inseparáveis all star, como um garoto de colegial.

—Deixa pra lá. O que acham de dar uma volta na cidade. Sou um ótimo guia turístico de Burbank._ Chuck abriu um grande sorriso já pensando no que poderiam fazer.

—Já conheço a cidade. Eu e o vovô, quer dizer Orion víamos sempre que estávamos por perto._ Sarah e Chuck ficaram surpresos com aquilo.

—Papai vinha ver a gente? Mas eu nunca o vi, ou Sarah. Com certeza Casey notaria alguém nos vigiando._ Chuck ficou repassando na sua cabeça ocasiões onde seu pai poderia ter estado presente.

—Você as vezes subestima seu pai. Não tenho dúvidas que se alguém pudesse fazer algo assim seria ele._ Sarah sabia o quão bom espião Orion era, se quem poderia passar despercebido por ela e Casey, seria ele.

—Claro que não podíamos chegar muito perto, e nunca ficávamos muito tempo, mas deu para saber um pouco sobre vocês, por isso eu confio em vocês. Além disso dar um cachorro para o senhor Casey é uma ótima ideia. Recomendo um pastor alemão. Tínhamos um quando eu morava com a mamãe, mas não pude leva-lo quando fui morar com o vovô._ A menina agora encarava um copo de água que estava sobre a mesa fazendo ele levitar.

—Você vai dar um cachorro para o Casey?_ Sarah perguntou ao marido arqueando uma sobrancelha.

—Era só uma ideia. Algo para ocupar o tempo dele. _Chuck deu de ombros como se não fosse nada.

—Ele está pegando pesado no treinamento de novo? _A loira pergunta pegando o copo que Hayle estava fazendo flutuar e repreendendo a menina com o olhar.

—Eu já sou um espião a um bom tempo, mas ele me trata como se eu fosse uma criança. Sem ofensa. _Chuck bufou como uma criança, indignado com o tratamento do Coronel.

—Foi você que se ofereceu para treinar junto com o Morgan._ Depois de Morgan insistir muito, John Casey aceitou treiná-lo, depois do primeiro treino Morgan queria desistir, mas Chuck não permitiu se oferecendo para acompanha-lo.

—Eu só estava tentando ser um bom amigo.  _Claramente Chuck estava arrependido de ter se oferecido.

—E você é. Mas eu pensaria duas vezes antes de dar um cachorro para alguém que pode treina-lo para ser uma arma. _Sarah sorrio imaginado como seria o cão de Casey.

—Talvez um poodle. _As duas loiras riram novamente de Chuck, que já pensava aonde iria conseguir um poodle para Casey.

Um mês se passou, os Bartorwski apresentaram a menina ao resto da família, e ela parecia ter infinitos assuntos com Mary, que depois revelou que trabalhou muitas vezes do lado da mãe da garota e compartilhou com todos a ligação que Orion possuía com a mesma. Claro que Chuck e Sarah mantiveram sobre segredo o fato da menina ter poderes, o que foi meio difícil, já que ela constantemente dava opinião sobre os pensamentos das outras pessoas.

—Vamos Hayle, a gente já conversou sobre isso. _Chuck parecia chateado.

—Eu sei, mas é sem querer._ A garota abaixou a cabeça envergonhada.

—O que combinamos?_ Chuck perguntou enquanto andava de um lado para o outro na sala.

—Não ler a mente das pessoas sem autorização._ A garota repetiu pela decima vez na semana a mesma frase.

—Me prometa que não irá fazer de novo. _Chuck parou de andar e encarou a menina.

—Não posso prometer Chuck, mas farei o possível para evitar._ Hayle levantou a cabeça e olhou dentro dos olhos de Chuck, que viu como a menina estava sendo sincera.

—Muito bem. Agora que já estamos conversados, pegue suas coisas para irmos treinar._ Sarah de cara descobriu que a menina gostava de se exercitar e que conhecia alguns tipos de luta.

—Sério? Vai levá-la mesmo depois do que ela fez? O Casey vai arrancar minha cabeça na primeira oportunidade que ele tiver.

—Devia ter pensado nisso antes de pensar mal do Crow Victory do Casey._ O carro era um dos amores de Casey, perdendo apenas para sua filha e suas armas.

—Ele me acordou as 5 da manhã e me fez correr 25 km antes de eu tomar o café da manhã. Além do mais não era pra Hayle ter contado para ele.

—Não precisa ficar assim tenho certeza que Casey irá relevar a situação. _Chuck olhou incrédulo para a esposa. –Ok, eu te protejo dele. _Ela lhe deu um rápido selinho nele que abriu um sorriso bobo.

—Podemos ir._ Hayle estava pronta, com um enorme sorriso no rosto, ela adorava treinar com Sarah.

Quando elas estavam a ponto de abrir a porta, Casey entrou já com arma em punho, assustando todos.

—O que houve Casey? _Sarah perguntou já se colocando na frente de Hayle e de Chuck.

—Alguém invadiu o sistema de segurança. Alguém muito bom, se não fosse a atualização que fez essa semana no sistema Bartorwski, não iriamos saber até estarmos cercados. _Depois de Hayle ter invadido o sistema quando chegou, Chuck passou a semana inteira melhorando a segurança. –Desculpe assustar a criança, mas não sei quanto tempo temos até os inimigos estarem aqui. _Todos assentiram, eles tinham coisas mais importantes para pensar.

Chuck, Sarah e até mesmo Hayle estavam com medo de ser o C.A.D.M.U.S que os achou, e isso significaria que eles pegaram Stephen. Casey estava pensando em como tirar todos ali a salvo, eles faziam parte de sua família e o dever dele era protege-los.

Com um clima tenso rodando a sala, Chuck tentando acalmar Hayle, que fazia alguns objetos flutuarem pela sala, enquanto Sarah distraí Casey do que a menina estava fazendo e tentava elaborar um plano, que não colocasse nenhum deles em risco. Todos são despertados de seus afazeres pelo barulho de alguém batendo na porta.

Casey tentou ver pela janela quem era, mas não obteve sucesso.

—Quem é?_ Sarah perguntou, já com uma arma em punho apontando para porta assim como Casey.

—Eu estou aqui._ Uma voz respondeu algum tempo depois, e todos ficaram sem entender a resposta.

Chuck finalmente pareceu ter entendido a resposta quando olhou para a porta e em seguida olhou para Hayle que sorria, ele sabia quem estava ali. Abriu caminho pela sala e passou por um Casey e uma Sarah que tentaram pará-lo. Quando ele chegou na porta, ele se lembrou das palavras do seu pai: “ Quando virem pega-la, faça as perguntas Charles, somente as pessoas certas sabem as respostas”.

—1 ou 11? _Chuck perguntou já destrancando a porta.

Casey e Sarah abaixaram as armas quando reconheceram a frase, eles já sabiam da onde ela vinha.

—Ases, Charles. Ases. _A mulher loira na porta respondeu com um grande sorriso no rosto.

Hayle saiu de onde estava correndo e se jogou no colo da mulher.

—Mamãe.

—Olá minha princesa, estava com saudades.

Felicity finalmente tinha sua filha em seus braços, ali estava seu mundo, e ela faria até o impossível para protegê-la.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam?Gostaram?Tem sugestões para fic?
Bom primeiro eu quero agradecer por não terem abandonado a história mesmo após todo esse tempo. Segundo eu queria saber se a história está clara ou vocês ficaram com alguma dúvida. Terceiro o tamanho do capítulo está bom ou querem que eles sejam maiores?

See you later!



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