Memórias Perdidas escrita por Flor


Capítulo 5
Está na hora!


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo fresquinho pra vcs...Eu estou saindo agora, mas quando chegar eu prometo responder os comentários anteriores...

BEIJOS...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/624904/chapter/5

Central Park...

Dias atuais.

Annabeth andava pelo Central Park. Ela olhava as pessoas, as famílias, que brincavam e se divertiam ali. Esse sempre fora o seu sonho, ter uma família grande que brincasse com ele e lhe acolhia. Embora grande, o pessoal do acampamento era sempre individualista, cada um em seu chalé, cada um com seus problemas.

Seu dia fora péssimo, primeiro; um carro quase a atropelou, se não fosse por seus reflexos, ela provavelmente estaria no hospital, segundo; ela teve que fugir escondida de um shopping Center, porque segundo o segurança ela estaria furtando alguma coisa, Annabeth teve que usar seus dons na luta para bater no segurança, isso não era problema, ela já havia jeito isso quando era menor e saía em missão com Percy.

Ela sentou em um banquinho de madeira. Fechou seus olhos e então flash backs invadiram sua cabeça.

A garotinha loira de 5 anos corria pelo gramado verde, ela gargalhava alto. Quando parou e olhou ao redor, para ver se ainda era perseguida pelos adultos, ela viu um vulto passar pela árvore e alguém lhe agarrar pela cintura. A menina deu um grito e gargalhou.

O homem loiro de cabelos curto e olhos azuis, balançou a menina no ar, rindo. Os demais saíram de trás das árvores, todos homens. Um moreno de cavanhaque, um loiro forte de cabelos longos,um meio loiro mais baixo e um moreno de cabelos longos e um braço de ferro. Um outro homem, mais calmo, que parecia apenas querer relaxar, estava sentado no chão, encostado em uma árvore e lia um livro bem grosso.

_Acho melhor irmos.- O que estava sentado disse.- Nick não gosta de atrasos.

_Mas está tão divertido!- A menina reclamou.- E a mamãe está com o tio Nick, ela pode enrolar ele...- Os maiores riram.

A menina se jogou nos braços do homem de cavanhaque.

_Padrinho, eu quero brincar.- A loirinha reclamou mais uma vez, fazendo cara do gato de botas.

O homem pareceu se derreter e olhou para os companheiros.

_A gente podia...

O loiro de cabelos curtos, balançou a cabeça e pegou a menina de volta no colo, ela colocou os bracinhos em volta do pescoço dele e escondeu o rosto na curva de seu pescoço.

_Não podemos cair na carinha fofa dela...Mesmo sendo a mais fofa do mundo.

A menina levantou o rosto e estreitou os olhos.

_Eu posso brincar com as armaduras do tio Tony?

_Claro...- Todos concordaram,com exceção do homem de cavanhaque que fez uma cara incrédula.

_Que não.- Todos riram da cara do homem e seguiram até os carros.

Annabeth abriu os olhos, mais uma memória para comprovar que Atena estava mentindo. Ela se levantou e andou para fora do Central Park. A loira chutava uma pedrinha nas ruas movimentadas da cidade que nunca dormia.

Ela não sabia como, mas quando se deu conta, três caras altos e fortes vieram para cima dela, atacando-a.

Annabeth não podia pensar em esconder seus treinamentos, ela tinha que se defender.

Um dos três grandalhões a agarrou por trás, enquanto os outros dois se aproximavam. Annabeth tomou impulso e colocou suas penas nos ombros dos homens, uma perna para o ombro direito de um grandão e a outro foi posta no ombro esquerdo do outro cara, ela reuniu suas forças e bateu as cabeças dos caras, uma na outra...Deve ter machucado.

Ambos caíram no chão desmaiados.

Annie moveu as pernas, andando para trás, batendo as costas do homem na parede. Ela jogou a cabeça para trás, batendo sua cabeça bater na do homem, e consequentemente a cabeça dele bater na parede. Annabeth livrou um de seu braços, agarrou a cabeça do homem e o jogou por cima de seu corpo, jogando-a no chão.

Assustada, ela olhou para as mãos, em outros tempos ela não conseguiria nunca derrubar um homem desse tamanho, mas a loira sentia uma força incrível em suas veias, ela tinha medo de formar uma cratera no chão, como na caverna de Rachel.

_Isso foi realmente impressionante!- Uma voz falou. Annabeth se sobressaltou e olhou para o dono da tal voz.

A voz vinha de um homem que usava um terno e tinha um porte sério, as mãos estavam atrás do corpo e ele usava um óculos escuro. Parecia um espião daqueles filmes antigos que Annabeth costumava a assistir com seu pai... Quer dizer, com Frederick.

_Quem é você?- Parecia uma pergunta idiota a se fazer, no entanto, era a única coisa que lhe veio a mente.

_Eu sou o agente Phil Coulson da Superintendência Humana de Intervenção, Espionagem, Logística e Dissuasão, somos uma organização secreta.

_É um nome grande demais para uma organização secreta, e se você sair contando para todos, não será mais uma organização secreta.- A loira falou afiada.

‘’Com uma resposta na língua, como a mãe!’’

Ela viu os três homens gemerem e se levantarem cambaleantes. Annabeth se preparou para ataca-los novamente.

_Está tudo bem...Estão dispensados, eu cuido dela agora.- O tal de Phil Coulson falou para o trio. Annabeth viu os três homens se afastarem.- Peço perdão por tudo isso, mas tenho ordens superiores para lhe vigiar o dia inteiro... Desculpe se te assustei com nossos testes.

_Testes?- Annabeth perguntou descrente.- Aquele carro que quase me atropelou?

_Culpado.- O homem na sua frente falou simples.

_O segurança, esses três caras...?

_Culpado.- Repetiu. Annabeth suspirou alto e o olhou com raiva.

_Eu podia estar morta, seu louco, e olha que eu vivi minha vida inteira no perigo...

_Como?- O agente perguntou, interessado repentinamente.- Viveu sua vida no perigo?- Annabeth arqueou uma de suas sobrancelhas e o olhou interrogativa.- Meu superior gostaria de conhece-la...- Ele falou lhe entregando um papel com o endereço da agência secreta.

_O que te garante que eu vá?- Annabeth perguntou desafiadora. Phil se virou e se encaminhou até a saída do beco.

_Temos as respostas as respostas que você quer descobrir, Annabeth...E conhecemos seus pais verdadeiros, mais do que possa imaginar.

Annabeth o olhou assustada.

_Como você sabe sobre os meus pais?- Ela perguntou, elevando sua voz em alguns décimos.

O agente parou, se virou e a olhou sorrindo.

_Sabemos de tudo, Annabeth, e um dos nossos espiões ouviu uma conversa que você teve com o seu namorado.- Ele voltou a andar.- Até breve, Annabeth.

[...]

Torre dos Vingadores...

Nova Iorque...

8º mês de gestação de Natasha.

353.015.

É quantidade de bebês que nascem todos os dias.

É muito estranho pensar que todos eles não estavam aqui ontem, mas iram estar aqui hoje e amanhã outros 353.015 novos bebês vão estar se juntando a esses que estão nascendo hoje.

É estranho pensar que eles ainda não conhecem seus pais, e seus pais ainda não os conhecem. Um parto pode durar minutos ou horas, e nesse tempo, a vida de muitas pessoas mudam para sempre.

Maria Hill terminava de colocar queijo derretido em sua torrada. Ela cantarolava uma música aleatória e parecia realmente feliz em estar comendo alguma coisa depois de horas de treinamento. Steve a convocara para os ajudar em um treinamento que eles estavam planejando para os Novos Vingadores.

Nossa, ela realmente estava com fome! Parecia Natasha.

E por falar na ruiva, Maria viu a mulher se aproximar lentamente, era estranho ver a espiã sem seus passos ligeiros, algo impossível com a grande barriga. Natasha fazia uma careta de dor e suas mãos estavam abaixo de sua barriga.

_Maria?- A ruiva perguntou apreensiva, mas a outra não deu muita importância.- Está na hora!- A frase proferida pela ruiva, fez Maria Hill parar sua torrada no meio do caminho para sua boca. Maria olhou para Natasha abismada, bem, tudo isso antes de começar a correr de um lado para o outro.

_Tá bom, estamos indo. Respire, respire.- A mulher falava, correndo até a cadeira da mesa e pegando sua bolsa e indo até a sala

_Estou respirando.- Natasha murmurou calma, andando em passos lentos atrás da morena.

_Respire!- Maria pegou um par de tênis que estavam jogados no chão.- Hãn, esses são os meus sapatos.- Maria fez um barulho concordando e olhou para a ruiva.- E eu já estou de sapatos.- A agente da SHIELD largou o par de sapatos imediatamente.

_Está bem...

_Onde está suas chaves?- Natasha perguntou, fazendo uma cara de dor.

_Chaves!- Maria procurou em sua bolsa as benditas chaves.- Chaves, onde está a droga das chaves?!

Natasha respirava pela boca e se apoiava no sofá.

_Você não veio na moto da SHIELD?- A ruiva perguntou mais uma vez. Maria a olhou e tombou a cabeças para o lado.

Rapidamente, ela pegou a mão da ruiva e a guiou até o elevador.

_Jarvis nos mande para a garagem.- Ela ordenou. O elevador começou a se mover para baixo, enquanto Natasha respirava e inspirava e Maria a mandava ficar calma. Quando chegaram na garagem, Maria pegou na mão da ruiva de novo e a guiou por entre os carros dos Vingadores.- Ok, fique calma, nós vamos no seu carro. Vai ficar tudo bem!

_Não acho que caberei aí.- A ruiva murmurou se referindo ao fato da Ferrari ser baixa e não ter banco traseiro, e ser bem estreita.

_Vamos fazer dar certo, pense positivo! Vamos, coloque sua perna...

_Maria, isso não vai dar certo, eu preciso ir no banco traseiro.- Natasha falou.

_Mas não tem um banco traseiro!- A outra se desesperou.

Natasha a olhou mortalmente.

_Eu sei.

Maria suspirou.

Algum tempo depois, ela olhou pelo vidro do porta-malas, onde Natasha se encontrava toda encolhida.

_Vamos conseguir, está tudo bem.

_Maria, não dá!- Natasha disse apertada, sua voz era abafada pelo vidro do porta-malas.

_Vai ter que dá, você está tendo um bebê!

_Na verdade, eu não estou não.- A ruiva revelou, vendo a cara da agente se tornar incrédula.

_O que?

_Te peguei.

Maria abriu o porta malas e tirou uma Natasha risonha de lá de dentro. Ambas andaram novamente até o elevador, indo para o andar principal. Natasha gargalhava alto, enquanto sua amiga formava uma carranca em sua face.

_Isso foi golpe baixo.- Maria falou, tirando o caso que havia posto. Ela o jogou no sofá e foi até a cozinha.

_Foi só um pequeno teste. O Steve não está, o Thor foi fazer uma pequena visita em Asgard e só volta hoje a noite, as meninas estão no trabalho, Tony, Bruce, Clint e Bucky também estão fora. Eu precisava saber se você estava pronta para me socorrer, caso a bolsa estourasse.- Ela disse rindo.

_Qual é a graça?- Maria perguntou emburrada.

_Você tentou me colocar no porta malas de uma Ferrari...Você não estava preparada.

_Você só se esqueceu que eu não fico aqui o tempo inteiro e se acontecer de você estiver sozinha?- Maria perguntou, sentando-se na bancada e tomando um longo gole de água.

Natasha ficou pensativa.

[...]

_Natasha? Tá tudo bem? Aconteceu alguma coisa?- Pepper perguntou entrando no piso do casal Rogers.

Natasha estava sentada na mesinha de madeira, que se encontrava no meio da sala de estar.

O apartamento era muito grande, assim como todos os pisos da Torre. A sala e a cozinha eram interligadas, separadas apenas por uma bancada, havia quatro quartos com banheiros, um banheiro de hóspedes e um escritório. Vale lembrar que a cozinha quase nunca era usada.

Natasha olhou para Pepper e fez uma careta de dor.

_Está na hora.

Pepper arregalou os olhos e correu até a amiga.

_Meu Deus. Certo. Respire.- Era obvio que ela tentava manter a calma. Pepper ajudou a ruiva a se levantar e foi até a porta.- Vamos te levar até o hospital...Você tem certeza?

_Sim, minha bolsa estourou.- Pepper parou bruscamente e isso foi o bastante para ambas se desesperarem.

_Ok, entendi. Bancos de couro. Espere...Preciso de uma toalha, vem até a cozinha.- A noiva de Tony correu até a cozinha, com Nat em seu alcanço.

_Não acho que temos tempo.- A ruiva gemeu.

_Nós temos tempo!- A outra falou com convicção.

_A bebê está vindo!

_A bebê NÃO está vindo.- Pepper falou procurando uma toalha.- Só junte e feche as pernas.

_Fechar as pernas?- Natasha perguntou, se apoiando no balcão.

_É como você deveria ter feito a 8 meses atrás. Cadê a toalha?- Natasha apontou para o forno, onde tinha uma toalha pendurada.Pepper pegou o pedaço de pano.- Ok, temos as chaves, podemos ir...-Quando a ruiva foi andar, ela deixou a chave cair no cano que tinha no chão, perto da bancada.- Não, não, não...

A noiva de Tony se abaixou e choramingou baixinho. Maria surgiu do corredor dos quartos e andou até Pepper.

_Pepper? Tá tudo bem?- A loira olhou para Natasha que estava com um sorrisinho culpado e depois para Maria, que se segurava para não rir.

_Isso foi golpe sujo .- Pepper falou se levantando e cruzando os braços.

_Foi o que eu disse!

_Vamos nos preocupar em tirar a chave dali...- Natasha sugeriu.- A propósito, você foi péssima.

A grávida se abaixou e tirou a tampinha vazada que protegia o cano.

_Nem tente, apenas Tony consegue tirar isso...-O trio se olhou e sorriu ao mesmo tempo.

_Tony!- Elas disseram juntas.

[...]

_Como vocês conseguiram fazer isso?- Tony perguntou, enquanto tentava pegar a chave do carro de sua noiva.

Maria e Pepper se olharam e deram de ombros.

_Eu caí.- Pepper respondeu.

Tony estava agachado em frente ao cano. Pepper e Maria estavam sentadas no sofá da sala. Hora ou outra o homem resmungava que mulheres eram desastradas e etc.

Natasha apareceu na sala.

_Pessoal, está na hora!

Pepper e Maria se levantaram na hora, assim como Tony, que olhou para a ruiva com os olhos arregalados.

Natasha era uma boa atriz, ninguém podia negar.

_Tá na hora? Tem certeza?- Stark perguntou e Natasha assentiu.

Todas as três olharam para Tony, que estava estranhamente pálido, o Homem de Ferro revirou os olhos e caiu desmaiado no chão.

Alguns minutos depois, Tony começou a dar sinais de vida. Pepper e Maria conseguiram o colocar no sofá. Pepper fazia carinho nos cabelos negros do Homem de Ferro.

Quando os olhos do homem se focaram em Natasha, ele sentou-se afoito.

_Está tudo bem?A bebê...

_Calma, Stark!- Natasha mandou.- Foi só um pequeno teste. E você passou...Mal.

_Golpe sujo.

O homem estreitou os olhos e então ouviu as gargalhadas das mulheres.

[...]

Todos os Vingadores estavam reunidos em volta da mesa de jantar do piso principal. Tony havia contado, dramaticamente, que Natasha o havia enganado na questão do nascimento da bebê.

Todos gargalhavam alto, porque Tony havia omitido que havia desmaiado, mas Maria fez questão de deixar claro e ainda imitar o modo como aconteceu. Quando Clint perguntou sobre Natasha, Steve respondeu que ela estava se arrumando, e resolveu deixa-la sozinha, pelo fato dela lhe ameaçar a cada 5 minutos, porque não encontrava uma roupa que lhe servisse.

_E por falar nela.- Steve apontou para a ruiva que aparecia na porta.

Estranhamente, Natasha andava curvada, estava suando, ofegava e parecia muito pálida. Ela segurava a barriga de maneira protetora.

_Pessoal, está na hora.

Ninguém pareceu dar muita importância. Eles já sabiam que Natasha havia enganado Pepper, Maria e Tony, ninguém mais cairia nesse troque sujo.

_Desista, Lady Natasha.- Thor falou.- Stark já contou o que houve hoje.

Natasha olhou desesperada para Steve, que deu de ombros.

_Sinto muito, meu amor...Ninguém mais vai cair nesse truque.

_Mas não é um truque...Minha bolsa estourou...EU ESTOU TENDO UM BEBÊ!

Um grito fino saiu pelos lábios carnudos da mulher, assustando a todos. Clint derramou o copo de suco que levava até sua boca, em sua camisa.

Steve correu até sua esposa e a pegou no colo.

_Meu Deus...É verdade!

Natasha olhou para seu marido e uma lágrima solitária caiu de seus olhos. Ela lutava para manter seus olhos abertos.

_Eu não vou aguentar, Steve...

_É claro que vai, não diz isso, mantém os olhos aberto...Bruce ajuda!

_Prometa que vai cuidar dela...

_Nat...

Era tarde demais, Natasha caiu desmaiada nos braços de seu marido.

_NATASHA!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

SEM pedras na autora, por favor!!
Essa Natasha pregando peças em todos...(A cena foi inspirada em uma cena da 7 temporada de One Tree Hill, alguém já assistiu?)