– Casa Dos Inuzuka.

Kiba chega em seu quarto e joga a mochila na cadeira indo se deitar na cama.

– Ora ora, o que houve filho?!

Diz Tsume entrando no quarto com uma cesta de roupas.

– Nada!

Responde Kiba virando-se para o outro lado.

– Sei que houve alguma coisa, você nunca chega assim da escola, foi alguma coisa com a Sakura?!

Pergunta Tsume tirando algumas roupas da cesta.

– Não, ela... Ela está bem!

Ele responde vagamente.

– Então, foi algo com a sua amiga não foi?!

Ele se senta na cama e ela olha pra ele, mas continua tirando as roupas da cesta, ao que parece dele.

– Foi!

Diz suspirando.

– O que aconteceu com ela?!

Perguntou Tsume sorrindo de lado.

– Não posso dizer!

Ele se deita de novo.

– Hum! Então quando quiser conversar eu estou aqui!

Ela sai com a cesta.

– Pode deixar!

Diz bem baixinho.

– Casa Dos Haruno.

– Oi mãe, pai!

Diz Sakura chegando.

– Oi filha!

Responde Kizashi sentado na mesa jogando Shogi.

– Ah oi filha!

Diz Mebuki da cozinha.

– O que houve, parece meio triste?!

Pergunta Kizashi para Sakura.

– Ah é essa coisa com a Hina!

Diz Sakura baixando a cabeça.

– Todos nos estamos assim filha, mas se a Kushina a deixou lá é porque certamente não tem perigo!

Disse Mebuki tentando reconforta-la.

– Não tem perigo? Mãe você ouviu o que os antepassados da Tia Kushina fizeram com todos que amavam!

– Ela tem razão Mebuki!

Disse Kizashi movendo uma pesa.

– Esse é o problema, ele não a ama!

Kizashi e Sakura olham pra Mebuki.

– Se ele fosse fazer mal a ela, já tinha feito, não acham?!

Pergunta Mebuki.

– Sabe-se lá se ele não já fez!

Disse Sakura subindo para seu quarto.

– Sakura?!

Diz Kizashi.

– Deixa!

Diz Mebuki voltando para a cozinha.

– Castelo Dos Uzumaki.

Andava pelos corredores do castelo ate que vi o corredor do quarto dele novamente. Confesso que fiquei tentada a ir lá de novo, aquela rosa era bem interessante, mas o relógio chato me chamou a atenção.

– Um hum!

Murmurou ele.

– Sim? É Kakashi, não é?!

Pergunto sorrindo.

– Ao seu dispor!

Disse ele me reverenciando.

– Ah não precisa!

Disse indo ao seu encontro.

– Está gostando de sua estadia no castelo?!

Perguntou-me meio sem jeito.

– Sim, e você?!

Nos dois rimos.

– Ah olha ela ai!

Disse o candelabro de longe.

– Jiraya não é?!

Perguntei sorrindo.

– Isso, além de linda é boa com os nomes!

Disse ele rindo.

– O que foi, Jiraya?!

Perguntou o relógio.

– Vim ver se a Bela não precisa de nada!

Disse o candelabro fazendo cara de desprezo para o relógio.

– Bela? Quem é essa?!

Perguntei olhando para um lado e para o outro.

– É você ué!

Exaltou o candelabro.

– E-Eu?!

Perguntei com um pouco de duvida.

– Sim, você é nossa Bela!

Disse o relógio sorrindo, foi a primeira vez que o vi sorrindo e a primeira vez que eu sorri sinceramente ali.

...

Estava em meu quarto mais a ouvi conversando com o Kakashi e com o Jiraya, eles a chamam de Bela... Apelido bem merecido, nunca vi olhar mais intenso do que o dela, seus cabelos negros... Ah Hinata...

– Meu amo?!

Ouvi alguém dizer ao entrar em meus aposentos.

– Sim?!

Perguntei mas continuei virado para as janelas.

– Vim chama-lo para o almoço!

Me virei e vi que não era a Chyio mais sim a Tsunade.

– Obrigada, já vou descer, Tsunade!

Disse me virando de volta.

– Sim meu amo!

Ouvi ela saindo.

Não sabia o que fazer diante dali, a Hinata iria ficar conosco por muito tempo e a rosa, minha rosa está murchando. E não tem a menor chance da Hinata se apaixonar por mim, afinal eu sou uma fera. E feras não têm finais felizes.

Desci para almoçar e logo a vi na mesa, linda e cheia de postura, me perguntei como iria comer na frente dela se a tempos não sei segurar uma colher, mas a criadagem fez um cardápio adequado para mim, eles estão fazendo o possível para que isso de certo!

– Um hum!

Murmurei.

– Meu amo precisa de algo?!

Perguntou a Chyio.

– Não, estou bem, a proposito esse jantar está maravilhoso!

Eles sorriram.

...

Como de se esperar de uma fera, quando foi comer se lambuzou todo, parecia um cachorro esfomeado. Ate que percebeu minha cara de nojo e medo então foi pegar na colher e suas e ela sumia dentre sua mão, então deixei a minha colher de lado e comi como ele, levando o prato a boca.

Ele sorriu e aquela boca cheia de dentes tinha lá a sua beleza e sinceridade (Risos), ele depois do almoço ele saiu então e parecia se demorar, aproveitei e corri para o quarto dele. Entrar ali de novo foi como na primeira vez, varias coisas quebradas e surradas, cheio de teias de aranha e aquela coisa toda assombrada.

Mas pela primeira vez eu vi uma pintura rasgada no chão, juntei alguns pedaços e formou um rosto de um belo homem loiro de olhos azuis. Lindo como nunca tinha visto na minha vida, então o brilho da rosa me chamou a atenção então caminhei ate ela novamente.

– O que está fazendo de novo aqui?!

O ouvi chegando furioso.

– N-Nada eu só-

Ele me interrompeu, mania dessa criatura de interromper!

– Você não deveria está aqui!

Gritou ele passando por mim e protegendo a rosa.

– Me perdoe novamente eu...

– Fora daqui!

Gritou.

– Mas eu-

Ele me interrompeu com seu grito.

– Fora!!!

Não esperei nem mais um minuto sai correndo ao ouvir aquele rugido, sai correndo enlouquecida. Passei pelos criados e não vi quais eram mas falaram comigo.

– Bela, o que houvi?!

Perguntavam-me.

– Eu não posso ficar aqui nem mais um minuto!

Disse saindo do castelo, sai correndo então percebi que estava nevando já, os dias se passaram rápido de mais e eu nem tinha percebido, mas foquei no meu caminho e continuei correndo. Não sabia nem mais qual era o caminho de casa, só sei que sai correndo ate que percebi que alguns lobos me seguiam.

Pensei que eram da fera então continuei correndo mais e mais ate que meu vestido ficou preso num galho e eu caí, os lobos me cercaram então quando vi já estava com um pedaço de pau batendo neles, mas eles eram muitos. Então um deles pegou o pedaço de pau que eu estava na mão e mordeu o quebrando, eu cai no chão e foi quando a fera chegou.

Enquanto a fera lutava contra os lobos eu soltava meu vestido, e foi quando eu soltei que olhei para trás. A fera de joelhos no chão coberto de neve com uma cara de sofrimento foi quando ele fechou os olhos e caiu no chão, simplesmente desmaiou. Já estava me virando para ir embora quando me bateu o maldito sentimento de compaixão.

O levantei o apoiando em mim, passei seu braço sob meus ombros e o levei de volta para o castelo, quando entrei aquela cena emocionou a todos, o sentei em sua cadeira e mandei que os criados acendessem o fogo, fui á cozinha com Chyio e nos levamos uma bacia com agua quente e um paninho.

...

Ela cuidou de mim, mesmo depois de tudo que fiz a ela, ela cuidou de mim. Molhou o pano na agua quente e me viu lambendo a ferida então disse...

– Não faça isso!

Disse vindo em minha direção com o pano molhado. Ela vinha por o pano em minha ferida mas eu desviava e quando ela finalmente acertou a ferida...

– Ai!!

Urgi pra ela e todos os criados se afastaram com medo.

– Isso dói!

Eu disse depois que ela colocou aquele pano molhado com agua em cima do ferimento causado pelos lobos.

– Se você não se mexer isso não vai doer nem um pouco!

Disse ela brava comigo.

– Se você não tivesse fugido isso não teria acontecido!

Disse apontando para o ferimento com um sorriso muito sarcástico.

– Se você não tivesse me assustado eu não teria fugido!

Indagou ela.

– E...

Não tinha argumentos então nos nós acalmamos, ela cruzou os braços então eu disse.

– Você não deveria ter ido ate o meu quarto!

– E você deveria aprender a controlar seus nervos!

Os criados vinham voltando aos poucos, ela ajeitou seu cabelo fora do lugar e eu encostei meu rosto em minha mão parecendo um menininho emburrado.

– Não se mexa, vai arder um pouco!

Disse ela pegando meu braço.

– Hum?!

Quando vi ela já tinha botado em cima da ferida e eu urgi, só que mais baixo dessa vez, ela olhou para mim então disse...

– A proposito, obrigada, por salvar minha vida!

Eu me surpreendi ninguém nunca havia dito aquilo para mim, os criados chegaram mais perto então eu disse...

– De nada!

E ela terminou de cuidar do ferimento, ate enfaixou meu braço.

...

Fui dormi em meu quarto mais aliviada, agora tinha uma divida com a fera mas pude conhece-lo de outra maneira, uma maneira a qual eu não sei explicar. Cuidei dele e fomos para nossos quartos afinal já estava tarde da noite. Antes de entrar em meu quarto vi alguém me olhando.

– Tem alguém ai?!

Ele saiu de detrás de um gárgula meio sem jeito.

– H-Há oi, aconteceu-

Ele me interrompeu.

– Eu só... Eu só queria agradecer por você ter... – Ele levantou o braço e sorriu – Sabe, cuidado de mim!

Disse feliz.

– Há não ah de que!

Entrei para meu quarto e ele foi para o dele, tomei um banho bem gostoso na banheira e só então fui dormir.