After The End escrita por Matt Sanders


Capítulo 3
s1x03 - Caught




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Elliott despertou em um salto. Havia sonhado, mas não um pesadelo, um sonho ameno e confortante onde tudo o que ele estava vivendo não existia. Olhou ao seu redor e deu de cara com as mesmas pessoas que ele avistou antes de dormir. Heather estava sentada na escada que dava para a sala dos equipamentos da estação de rádio conversando com Caleb, Nathan conversava com umas pessoas perto da porta de entrada. Ao olhar para o lado avistou Enzo sentado bem próximo fitando o nada, mas ao perceber que Elliott havia acordado, lançou o olhar para o loiro.

— Nossa você apagou. – Ele sorriu.

— Quanto tempo eu dormi? – Elliott coçou os olhos.

— Umas seis horas, eu diria...

— Nossa. – Ele passou nos cabelos para arruma-los e depois se voltou para Enzo. — Como você está?

—Tentando entender. – Enzo respondeu baixo quase num sussurro. — Acha que iremos conseguir escapar daqui? Digo, desse lugar morto?

— Talvez... Estamos com o Nathan e o resto do pessoal dele, talvez eles tenham um plano.

— E se eles tentarem nos matar? Ainda não confio totalmente nele. – Enzo encarou Elliott.

— Você confiou em mim e na Heather e nos conhecemos tem pouquíssimo tempo. – Elliott sorriu e Enzo devolveu o sorriso, mas de um jeito um pouco forçado. Ele poderia dizer que o menino é a pessoa mais fechada que ele já conheceu, ou que ele tem lembrança. Gostava dele.

— Talvez tenha sido diferente. – Ele sorriu novamente, desta vez, parecendo ser mais natural.

— Eu estou com fome... – Elliott levou as mãos ao estômago.

— Nossos anfitriões disseram que irão nos dar um jantar de boas-vindas. Comer parece ser a única a ser feita nesse momento. – Enzo se levantou e estendeu a mão para Elliott se levantar.

— Aonde vamos?

— Vamos andar por aí, não estamos doentes. – Elliott se surpreendeu ao ouvir algo entusiasmado vindo de Enzo. Os dois caminharam entre os outros membros do grupo que pareciam nem mesmo enxergar eles, não havia olhos os acompanhando por onde quer que fossem o que deixou Elliott com uma sensação de conforto por não ser um intruso.

Algumas pessoas conversavam, outras comiam e umas estavam dormindo. Eram quase seis da tarde, havia dormido o dia inteiro praticamente. Avistou Heather do lado de fora do imenso galpão da estação de rádio, ela conversava com Caleb enquanto olhavam o céu cinzento.

Mesmo com toda a tranquilidade que pairava sobre o ambiente, não podia deixar de desconfiar do autocontrole que havia tido até então. Olhou para o exterior do galpão, a vista da cidade em ruínas era impressionante. A colina onde estava era alta o suficiente para enxergar a devastação, o ar de angústia e morte que emanava do que já foi uma metrópole.

— É onde vivemos agora... – Enzo disse ao lado dele também contemplando a vista destruída. Ficaram por algum tempo conversando até que Heather se aproximasse deles.

— Amanhã eles irão vasculhar a cidade mais uma vez para procurar mais comida.

— O que vão fazer quando aqui não for mais habitável? – Enzo perguntou a ela.

— Bom, Caleb me contou que acharam um lugar que não foi atingido pelo ataque.

— Certo, mas para onde eles vão? – Elliott arqueou de leve a sobrancelha direita.

— Alguns deles ainda estão avaliando, mas disseram que o mais provável é que fica localizado no Alasca. — Heather disse passando a mão sobre os cabelos.

— Alasca? Mas nós estamos onde é... Quer dizer, onde era o estado de Oregon. – Elliott não conseguia assimilar tão rápido a ideia da cidade construída pelo governo para abrigar sobreviventes ser no Alasca. Por que lá?

— Uma caminhada eterna em direção ao norte... – Enzo completou e Heather balançou a cabeça em sinal de confirmação.

— Eles vão querer nos levar com eles? – Indagou Elliott.

— Acho que sim, mas como eu disse, vai demorar alguns dias. – Heather envolveu o corpo com os braços ao sentir o vento gelado correr. — Vamos entrar, quero ver se eles precisam de ajuda com o jantar.

Os garotos a acompanharam até uma parte onde funcionava uma cozinha improvisada. Um fogão industrial havia sido instalado junto a uns botijões de gás – certamente achados em algum lugar da cidade – e algumas pessoas trabalhando.

O prato seria sopa e o cheiro já pairava por todo o local, deixando o ambiente bastante agradável. Ficaram por um bom tempo conversando e ajudando algumas pessoas com os preparativos finais e depois serviram os pratos para os integrantes do grupo. O jantar foi longo, houve uma apresentação de Heather, Enzo e Elliott ao novo grupo.

Depois de todos os pratos estarem vazios e as barrigas completamente cheias, Elliott sentou-se do lado de fora do galpão deixando o vendo gelado beijar seu rosto e agitar suas roupas. Nathan veio ao seu encontro e sentou-se bem ao seu lado, ofereceu a ele uma pequena maçã, mas Elliott recusou. Ficaram por alguns minutos conversando sobre como conseguiram os fogões, os botijões e mais algumas coisas que estavam na estação de rádio. Por fim, Nathan mudou o assunto fazendo-o voltar para a localização da semente.

— Heather contou onde pensamos estar o refúgio?

— Sim, não acha meio impossível ela estar lá? Ou melhor, chegarmos até lá?

— A probabilidade de ser uma tarefa difícil é de cem por cento. – Ele riu, mas logo se conteve. — Mas é o que precisamos fazer, direto ao norte...

— Vai caber todo mundo daqui na van? – Elliott olhava para ele.

— Temos uma maior, porém vão precisar se apertar um pouco. Temos ainda que levar comida, água e combustível.

— Onde vamos achar?

— É por isso que iremos descer até a cidade amanhã, precisamos buscar comida e combustível. Não sei quantos dias de viagem serão, precisamos reunir e juntar com o que temos. – Nathan transmitia o mesmo espírito de liderança que Heather transmitia, era confortante para Elliott, por que ele mesmo não sabia o que fazer.

— Não há outros grupos como vocês? – Elliott sabia que aquilo poderia ser possível.

— Na verdade sim... Uma antiga parceira de espionagem também possui a gangue dela, mas não é um grupo com quem devemos nos preocupar, não passam de bandidos e arruaceiros.

— Bandidos? Só bandidos? — Elliott fez o sinal das aspas com as mãos.

— Sim... São liderados por uma mulher chamada Alessa. Eles são fracos, já os vi tentando roubar alguns inocentes antes do ataque, mas nada que a polícia não pudesse impedir... O grupo deles é fechado, Alessa e os irmãos. – Nathan parou de falar por alguns instantes como se quisesse deixar Elliott processar toda a informação, por fim, concluiu. — Irei lhe acordar cedo.

— Só a mim? E quanto ao Enzo e a Heather?

— Eles irão também. – Nathan deu um sorriso. Elliott se sentiria bem mais seguro se Heather e Enzo fossem com ele, não conseguia entender o motivo, mas realmente se sentiria melhor ao lado dos dois e em especial, ao lado da menina de cabelos pintados de vermelho.

Nathan ficou dando algumas instruções para Elliott de como agir caso encontrassem algum grupo rival, o que era bastante provável – quase certo na verdade – de acontecer. A maioria das instruções dizia para enfrentar e combater, como ele iria conseguir fazer? Havia acabado de acordar em um mundo reduzido a pó e teria de lutar? Já era de se esperar que estivesse quase rompendo sua barreira da sanidade.

Ficou sozinho por mais um longo tempo após Nathan sair, ficou pensando na longa viagem que teria que fazer rumo ao Alasca para encontrar o tal local seguro.

Levantou-se e voltou para o galpão, encontrou Heather e Enzo conversando sentados nos colchões dispostos em um dos cantos do galpão.

— Onde o senhor estava? – Heather brincou.

— Eu estava lá fora com o Nathan, já sabem que iremos para a cidade amanhã?

— Sim, já sabemos. Não estou nem um pouco animado. – Enzo disse com desdém.

— Quando acabarmos irei até minha casa... Minha antiga casa, eu preciso saber algum rastro deles. – Elliott sentou-se, notou que Heather o olhava, não sabia sobre os pais dela e ela também nunca havia contato absolutamente nada sobre ele. Tomou coragem e perguntou. — E seus pais?

A pergunta a fez despertar de um pequeno transe, ela olhou para as pernas cruzadas e voltou a olhar para os dois garotos, respirou fundo e respondeu:

— Eles morreram tem dois anos...

— Nossa, eu sinto muito. – Elliott sentiu que a resposta dela soou como um soco em seu estômago.

— Tudo bem, já consegui superar. – Heather forçou um sorriso.

Ficaram mais algum tempo conversando, contanto como eram suas vidas antes da chuva de mísseis que transformou o mundo em pó. A atenção deles foi chamada quando foi ouvido um latido perto deles, era Thor. Não viam o cão desde que entraram na van. O animal foi levado até eles por uma garota baixa, magra e de cabelos castanhos claros.

— Desculpem ter sumido com seu cão. – Ela sorriu e entregou a coleira para Heather. — É bom sempre ter uma companhia canina por aqui. Enfim, me chamo Rachel.

Heather agarrou Thor e o abraçou fortemente quase asfixiando o cão que lambeu todo o rosto dela.

— Obrigada, me chamo Heather e esses são Enzo e Elliott. – Os dois garotos acenaram e sorriram.

— Você irá com Nathan amanhã? – Enzo se dirigiu a ela.

— Irei. Eu estava com o grupo que encontrou vocês no hospital.

Elliott e Heather trocaram olharam desconfiados e tornaram a olhar para Rachel, não se lembravam de ninguém com as características da menina no meio daquele bando de homens mascarados.

— Bom, só vim deixar o cão com vocês. Estamos tentando captar mais algum sinal perdido. Até amanhã. – Ela acenou e saiu. Heather logo se virou e disparou contra os meninos.

— Como essa garota estava no meio daquela gente?! – Seus olhos estavam arregalados. Enzo riu e Elliott deu de ombros.

— Eu estava tão apavorado que só conseguia reparar em Nathan com a máscara de palhaço.

As horas passaram lentamente, Enzo e Heather haviam adormecido. Elliott estava com os olhos vidrados na multidão, alguns dormiam, outros estavam acordados conversando ou apenas refletindo sobre a vida. Decidiu que iria tomar um pouco de ar puro antes de dormir, mas parece que alguém teve a mesma ideia. Um garoto estava sentado apoiado na parede externa do galpão, era um pouco magro e tinha os cabelos castanhos bem escuros.

— Não se acanhe, sente-se. – Disse o garoto ao perceber que Elliott estava quase de saída.

Sem saber o que dizer, o loiro sentou-se ao lado do garoto. Ele olhava na direção da cidade completamente escura, a pouca iluminação vinha de uma ou outra fogueira acesa.

— Não irei morder você. – O garoto se virou para Elliott e sorriu. — Me chamo Lorenzo.

— Me chamo Elliott.

— Prazer. – O garoto parecia mastigar algo e ofereceu para o loiro. — Aceita? É chocolate. – Elliott pegou um pequeno pedaço e devolveu a barra para Lorenzo.

— Quanto tempo faz que você está aqui? – Elliott permitiu-se perguntar.

— Um mês, eu acho. – Lorenzo dava constantes mordidas na pequena barra de chocolate quase a devorando por inteiro. – Você irá com Nathan amanhã?

— Irei. Eu e os dois que chegaram comigo.

— Você não parece pronto, não é?

— Sinceramente? Não queria ir, parece que a cidade virou uma ‘’terra de ninguém’’, não sei o que posso encontrar lá. – Elliott fitava os pequenos pontos luminosos dançantes das fogueiras pelas ruas da cidade.

— Relaxe, é a primeira vez que irei também. Nathan me disse que precisamos ver de perto a real situação que nos encontramos. Muita gente aqui pensa que estamos sozinhos, mas Nathan tem uma inimiga mortal na cidade... Uma mulher que matou seu irmão mais novo.

— A Alessa? – Elliott sentiu-se atingido com a informação, sem saber o motivo.

— A própria. Lembro-me de Nathan chegando com o pequeno Joseph nos braços, eles só tinha doze anos.

— Quanto tempo tem que isso ocorreu?

— Foi no dia que eu cheguei, foi horrível, mas enfim... Se tudo correr bem não encontraremos ninguém desse grupo amanhã. – Lorenzo lançou um sorriso para Elliott. — Só iremos pegar algumas coisas para enfim partirmos.

— Você acha que esse tal refúgio existe mesmo? – Elliott continuava com o olhar perdido para a cidade tomara pelo breu.

— Tem que existir algum lugar seguro e seja como for, é melhor do que aqui.

— Qualquer lugar é melhor do que aqui. – Completou Elliott.

— Eu não diria isso. – Lorenzo se virou para o loiro, que arqueou a sobrancelha.

— Por que diz isso?

— Existem coisas e lugares piores do que aqui. Bom, gostei da nossa breve conversa, te vejo amanhã?

— Ér... Sim, claro que sim. – Elliott lançou um sorriso para Lorenzo que acenou e entrou no galpão. O menino ficou do lado de fora por mais uma hora, deixando o vento gélido se chocar contra ele fazendo todo seu corpo se arrepiar.

Quando voltou para o galpão notou as luzes já apagadas e algumas pessoas já dormindo. Foi até onde seu colchão estava disposto, junto com o de Heather – que dormia tranquila e silenciosamente – e Enzo que roncava tão baixo parecendo um leve sussurro. Avistou Lorenzo alguns metros dali, acenaram e sorriram um para o outro em gesto de boa noite. Elliott cobriu-se com uma manta felpuda e esvaziou a mente da ansiedade de voltar para a cidade. Adormeceu.

—--X---

Acordou em um pulo com Nathan balançando de leve seu braço, Heather e Enzo já haviam acordado e faziam uma breve refeição. A garota que lhes entregou o cão Thor, Rachel, estava ao lado deles conversando com Caleb e Lorenzo.

Fez uma refeição bem rápida enquanto Heather e Enzo terminavam. Engoliu com bastante rapidez alguns pequenos pães que estavam dispostos em uma cesta. Depois e alimentado juntou-se a pequena multidão formada por Nathan, Caleb, Rachel, Lorenzo e mais algumas pessoas.

— Antes de qualquer coisa, ponham isso. – Nathan entregou uma máscara para Elliott e os outros novatos. Sua máscara era uma velha e gasta máscara de gás usada na segunda guerra.

A de Heather era uma máscara de piloto de caça, completamente gasta e manchada do que parecia ser sangue, Enzo ficou com uma de silicone preto com um zíper na região da boca e uma pesada e incomoda esfera de metal enferrujado onde seria o nariz.

— Minha máscara tem um nariz de palhaço feito de metal. Que lindo. – Enzo brincou, mas Elliott não conseguia ver senso de humor no garoto, as máscaras eram todas assustadoras ao extremo.

Elliott virou o olhar para Lorenzo poucos metros dele e viu que ele vestia uma máscara ainda mais horrenda: Fazia-se passar por uma pele bastante ferida, havia fios que davam a impressão de terem costurado uma boca rasgada até a altura das orelhas.

— Por que todo esse show de máscaras? – Heather comentou sarcástica.

— As najas quando querem afugentar um predador elas abrem aquele leque e elevam seu corpo diante dele e é assim que fazemos: Intimidamos qualquer um antes de realizar qualquer ação. É pura sobrevivência. Agora peguem isso. – Nathan distribuiu armas para os novatos, facões e foices. Heather pegou uma foice com uma lâmina quase do tamanho do seu braço, Elliott ficou com um enorme facão usado para abrir caminho em matas fechadas, assim como Enzo.

— Bom, agora vamos. – Caleb disse andando em direção a van estacionada poucos metros fora da cerca que protegia o galpão da estação de rádio. Logo em seguida todos os outros entraram, o veículo era grande, mas mesmo assim estava bastante apertado. Deveriam ter mais de dez pessoas.

Elliott suava dentro de sua máscara, Heather ao seu lado cantarolava baixinho alguma música e Enzo estava quieto logo após ela. Lorenzo sentou-se logo a frente do jovem loiro.

Permanecerem quietos até conseguirem avistar através de uma diminuta janela na parte traseira da van o que sobrou dos prédios da cidade. Percorreram por mais alguns minutos até estacionarem em um beco, todos saíram do veículo e deram logo de cara com as construções em ruínas.

— Heather, Elliott e Caleb! – Gritou Nathan. — Vocês vão procurar comida! Enzo, Rachel e Lorenzo vão procurar água. Eu e Mark vamos procurar combustível. - Elliott não conhecia o último nome citado por Nathan, provavelmente era ele que dirigia a van.

— A van vai ficar aqui? – Perguntou Enzo com a voz abafada pela máscara.

— Henry estará cuidando dela. – Caleb apontou para alguém sentado em um dos bancos da frente. Elliott sentia sua espinha gelar toda vez que olhava para a máscara de Caleb, era demoníaca. Um arlequim com diversas cicatrizes no rosto e uma boca suturada acompanhada de longos cabelos falsos e uma coroa de espinhos adornando a parte do alto da cabeça. Além disso, ele estava armado com uma enorme marreta, nada mais assustador.

— Adoro a máscara dele. – Heather falou baixinho ao lado dele. Foi então que avistou Enzo já partindo com Lorenzo e Rachel, não teve tempo nem de desejar sorte na curta missão, torceu calado.

Seguiram Caleb por uma viela até chegarem a uma avenida bastante extensa, poucos passos de onde estavam, havia dois caminhões parados. Caminhões de distribuidoras de alimentos.

— E se já forma saqueados? – Perguntou Elliott.

— É isso que iremos descobrir. – Caleb comentou já correndo em direção ao caminhão. Os vidros da cabine estavam quebrados e a porta de carga na parte traseira amassada, mas ainda trancada.

— Pelo visto não conseguiram destruir a tranca... Vou marretar a tranca e assim que ela se quebrar corram e vasculhem os alimentos que estiverem ali. – Mal Caleb acabou de falar e Heather e Elliott já subiram e se apoiaram nas barras dispostas ao lado da porta.

O garoto da máscara horrenda golpeou a tranca com a marreta até ela se despedaçar por inteiro, o barulho das pancadas ecoava pela avenida sem vida. Heather foi a primeira a entrar e achar uma caixa com diversos alimentos enlatados.

— Leve-os até a van, lembra onde ela está, não lembra? – Caleb se dirigiu a Heather que assentiu com um gesto de cabeça e deixou o caminhão, logo em seguida desapareceu na viela, a mesma de onde vieram.

— O que eu faço com essa caixa? – Elliott apontou para outra caixa com enlatados.

— Leve-a para a van e depois volte aqui!

Elliott desceu do caminhão com a caixa entrando pela viela, encontrou Heather poucos metros próximo ao fim da mesma. Ele a entregou a caixa e sorriu rapidamente. Correu de volta para a avenida e prestes a chegar encontrou Caleb correndo em sua direção carregando uma enorme caixa.

— Pegue a outra no caminhão, rápido! – Gritou Caleb sem parar ou diminuir a velocidade.

Elliott subiu no caminhão e pegou outra caixa, mas ao descer ouviu o clique de uma arma sendo engatilhada. Sua espinha gelou. Havia deixado seu facão na van.

— Largue a caixa. – Disse uma voz feminina em tom frio. Elliott obedeceu. — Ótimo. Vire-se. – Ele obedeceu novamente e se deparou com uma mulher loira de aproximadamente trinta e cinco anos e mais duas pessoas, com a mesma cor de cabelo e olhos e as mesmas feições, eram todos irmãos.

— Você está com o Nathan, não está? – Perguntou um dos homens.

— O que? – O coração do menino parecia que iria explodir de tão forte que batia.

— Os mascarados, seu burro! – Vociferou o outro homem.

— Aron, Bryan... Vamos leva-lo. – A mulher abriu um sorriso. Um deles tirou um enorme pano preto do bolso e cobriu o rosto de Elliott deixando tudo negro ao seu redor, sentiu algo prendendo em torno de seu pescoço, sem o enforcar. Começou a ser carregado, sem saber o que fazer começou a gritar pedindo por ajuda.

Ouviu o grito de Heather ao fundo e o barulho de tiros, mas os gritos da menina continuavam. Gritou novamente e tudo o que sentiu foi uma onda de dor possuindo sua cabeça e então seus sentidos abandonaram seu corpo.


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