After The End escrita por Matt Sanders


Capítulo 2
s1x02 - Dust


Notas iniciais do capítulo

segundo capitulo gente



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O caminho até o Hospital da cidade parecia repetir tudo o que Elliott e Heather já haviam visto durante o dia anterior: Construções devastadas, carros pegando fogos, corpos jogados pelo chão. Os dois estavam alguns passos na frente de Enzo que caminhava quieto, segurava a coleira improvisada de Thor e fitava sempre o chão.

Elliott olhava para trás algumas vezes para checar se Enzo estava bem ou não, ficava contente em ver que o garoto apenas não conseguia acompanhar o ritmo acelerado de caminhada.

— Ele está quieto o dia inteiro... – Comentou Heather num volume quase inaudível.

— Acho que ele não está se sentindo muito bem para comentar qualquer coisa que seja.

— Talvez... Cara, eu já estou ficando cansada de andar. Eu espero que o gerador do hospital esteja mesmo funcionando.

— Heather, o que você mesmo que aconteceu?

— Não sei, uma chuva de meteoros? Um bombardeio? Um terremoto de grande escala?

— Eu fui dormir com a esperança de acordar e ver que tudo foi um sonho... Eu não consigo acreditar no que eu estou vivendo...

— Nem eu Elliott, nem eu... Sinto que a qualquer momento eu vou ter um ataque de pânico e sair correndo feito uma doida. – Heather riu baixinho.

— Sei como se sente. – Elliott fez uma pausa ao olhar o hospital que se erguia bastante avariado alguns metros dos três. — Acho que estamos chegando.

O hospital era um imenso complexo formado por dois prédios, comparado com outras construções da cidade, ele estava bastante conservado. As janelas estavam em sua maioria todas estilhaçadas, alguns andares estavam completamente arrasados e o pátio exterior estava repleto de blocos disformes de concreto e pedaços retorcidos de metal.

O interior estava mais crítico, água escorria pelas paredes do corredor principal deixando o chão completamente encharcado, a água do chão de misturada com a sujeira criando uma lama de aparência nojenta. O fedor do ambiente era muito forte forçando Elliott, Heather e Enzo a cobrirem o nariz por alguns minutos.

— Esse cheiro está insuportável... – Disse Enzo tapando o nariz e passando a outra mão nas paredes úmidas.

— Não era bom procurarmos alguns remédios? É sempre útil... – Heather falou já ignorando o cheiro.

— Tem razão, eu vou caçar o gerador. Você e Enzo procuram os remédios. – Elliott lançou um olhar para o garoto que o encarou com seus olhos azuis.

— Certo, venha. – Heather segurou a mão de Enzo e puxou ele para uma escada poucos metros dali, Thor os seguiu.

O estoque de remédios ficava em uma sala no último andar do prédio, com o gerador desligado, a trava de segurança da porta não pode funcionar deixando a porta completamente aberta para qualquer um. Heather e Enzo chegaram até a sala depois de longos e cansativos dez lances de escada, ficaram alguns minutos recuperando o fôlego antes de vasculharem o estoque.

— Que remédios nós vamos pegar? – Comentou Enzo ofegante.

— Antibióticos, anti-inflamatórios, antialérgicos... – Ela fez uma pausa e mordeu o lábio inferior. — Seringas.

— Seringas?

— A maioria dos medicamentos é através da via intravenosa, vamos precisar de seringas para aplica-los.

— Tem razão. – Enzo não gostava da ideia de portar seringas, mas não havia o que discutir.

— Relaxa... Vamos aprender como aplicar.

Como não havia luz iluminando a sala abafada, a tarefa de procurar os medicamentos ficava mais difícil, mas acabaram conseguindo reunir uma boa quantidade deles. Ao sair ela se sentou ao lado da porta, pegou uma seringa e espetou a agulha no topo do frasco. Puxou o êmbolo para que o líquido chegasse até a medida certa, logo após, a garota introduziu a agulha em sua ferida no ombro após retirar vagarosamente o curativo e pressionou o êmbolo despejando o líquido em sua corrente sanguínea.

— O que é isso? – Enzo se sentou ao lado ela.

— É só um antibiótico, para evitar que o machucado do meu ombro infeccione. – Heather encarava o líquido dentro do frasco. Enzo notou um frasco de insulina que a menina devia ter trazido do estoque sem mesmo ver.

— Minha mãe era diabética... – Enzo apontou para o frasco e Heather o pegou e o encarou por uns segundo como se estivesse querendo saber onde ela o teria encontrado.

— Você era muito chegado aos seus pais, não era?

— Muito... Eles eram as pessoas mais importantes para mim, me aceitavam do jeito que eu sou e isso era o paraíso.

— Te aceitavam? Por acaso você é...

— Sim. – Enzo soltou uma risada vendo que interrompeu Heather, que também riu.

— Que legal cara... Melhor irmos andando, Elliott deve estar precisando de nós.

—-- x ---

Elliott observava o gerador com as mãos apoiadas na cintura com um ar de desaprovação. Tentara liga-lo, mas tudo que conseguiu fazer foi arrancar uma chuva de faíscas dele. Agora sua última esperança era chegar até o aeroporto para – se estiver com muita sorte – encontrar um gerador que funcione.

‘’O que estamos fazendo, afinal?’’, pensou ele encarando a parede oposta a ele. Várias dúvidas ecoavam em sua mente... O que havia acontecido? Para onde teriam que ir? Tudo isso fazia seu cérebro fritar dentro de seu crânio. E se o mundo tivesse acabado? Talvez fosse a questão mais tola que ele pudesse pensar, mas e se realmente o mundo inteiro foi destruído e ele, Heather e Enzo serem apenas três adolescentes unidos por uma coincidência infeliz que pensam que podem achar um local seguro. Talvez estivessem sendo inocentes demais para aceitarem que a morte de cada um seria uma questão de semanas até toda comida e água acabarem e não conseguirem encontrar mais no meio daquele deserto de concreto destroçado que a cidade havia se tornado.

— Nada de gerador funcionando? – Disse Heather de surpresa ao chegar na sala do gerador.

— Nada... Ele só soltou algumas faíscas e não ligou, vamos precisar do plano B...

— Odeio ter que usar o plano B. – Comentou Enzo.

— Melhor prepararmos um alfabeto de planos. – Heather se virou e saiu da sala. Elliott admirava o espírito de liderança que a menina possuía, não que o trio precisasse de um líder ou semelhante. Admirava também o forte autocontrole da mesma, porém tinha quase certeza que por dentro ela estava tão assustada quanto ele e Enzo.

Ao saírem do hospital não conseguiram deixar de reparar em um som muito conhecido, som de motor. Estava baixo e ia aumentando gradativamente. Não poderia ser alguma pegadinha feita pela mente, os três estavam ouvindo.

— Um carro? – Enzo virava a cabeça para Elliott e Heather freneticamente.

— Uma van... – Heather apontou para a van branca e caindo aos pedaços que se aproximava expelindo uma fumaça negra pelo escapamento.

O veículo parou aproximadamente uns quinze metros do trio. Um grupo de oito pessoas saiu da parte de trás da van, aparentemente todos eram homens... Vestiam roupas normais a não ser pelas máscaras horripilantes. Um usava uma máscara de gás estilo as que eram usadas durante a II Guerra Mundial, outro usava uma horrenda máscara de palhaço, havia um integrante usando uma nojenta máscara feita com uma cabeça real de um porco. Todos carregavam facões, foices, punhais e ganchos.

— Quem são estas pessoas? – Heather parecia suar.

— Não sei e não pretendo descobrir, vamos entrar. – Enzo disse ao entrar correndo de volta ao hospital sem nem mesmo verificar se Elliott e a garota estariam o acompanhando.

Após correrem alguns metros, chegaram até o que parecia ser o refeitório. Esconderam-se atrás de um enorme balcão, eles se entreolhavam ofegantes. Quem seriam essas pessoas? Qual o propósito das máscaras? Barulhos parecidos com falas foram ouvidos não muito longe, mas o suficiente para Thor começar a latir em direção à porta. Elliott sentiu sua espinha gelar ao ver que o grupo já tinha descoberto onde estavam escondidos. As sombras de pelo menos quatro deles já conseguiam ser vista por debaixo da porta.

— Precisamos sair daqui! – Sussurrou Enzo suando ao lado de Heather.

— Tá, mas como? Alguém precisa tirar o Thor da porta. – Falou Elliott nervoso.

— Deixa que eu tiro. – Heather saiu de trás do balcão e foi até a porta pegar o cão que já havia parado de latir, porém só deixou mais fácil a procura por eles. As falaram estavam ficando mais altas e as sombras bem maiores, ela não conseguiu evitar olhar pelo pequeno vidro da porta o que havia do outro lado. Quando pôs olhos no vidro a imagem de uma máscara horripilante de um palhaço do lado oposto a fez soltar um grito apavorado. Sua única reação foi dar alguns passos para trás encarando a porta do refeitório, seu coração batia num ritmo descontroladamente acelerado, suas mãos tremiam. Então a porta começou a ser lentamente aberta, Elliott prendeu a respiração e Enzo tremia.

Heather esbarrou em uma mesa onde havia uma barra de ferro jogada, a segurou com força frente ao agressor que já se revelava. Usava uma camisa preta com mangas longas e uma calça jeans, as duas peças muito esfarrapadas e sujas, na cabeça a máscara de palhaço, exibindo um sorriso feliz monstruoso. Em suas mãos havia um enorme facão com sinais de oxidação bem avançados, ele o segurava abaixo da cintura.

— Q-quem é você?! – Heather perguntou com a voz embargada de medo.

— Eu que pergunto, quem são vocês? – Disse a pessoa com a voz abafada pela máscara.

— Por favor, nos deixem ir. Só queremos sair daqui!

— Sair? Sair para onde? Não há saída!

— Nã-ão... Não há saída? – Heather tremia.

— Não queremos intrusos em nosso território! – Vociferou o mascarado.

— Quem são vocês?

— Somos aqueles que irão devorar cada um de vocês! – Ele avançou na direção de Heather com o facão erguido sobre a cabeça. A única reação da jovem foi segurar a mão que portava a arma e escorar seu corpo contra o do agressor. Elliott correu na direção dos dois e agarrou o homem por trás, com uma força descomunal ele conseguiu se desvencilhar dos dois e tentar acertar o facão diversas vezes em Heather que desviava freneticamente, movida pelo medo. O mascarado conseguiu lançar a garota ao chão, ao invés de ataca-la com o facão ele esperou alguns instantes até os outros integrantes do grupo chegarem ao refeitório. O indivíduo que usava a máscara de porco trazia Elliott carregado pela gola e o da máscara de gás foi até Enzo.

— Vai matar o cão? – Perguntou um que usava uma máscara de tortura de aspecto medieval.

— Não, eu gosto de cães. – Riu o da máscara de palhaço.

— O que vamos fazer com os três? – Perguntou um com máscara de arlequim numa versão que parecia ter saído de algum conto de terror com uma coroa de espinhos e longos cabelos negros e falsos fazendo o adorno.

— Vamos leva-los para a Toca e lá resolveremos, odeio hospitais.

‘’Ótimo, serei capturado por um grupo que faz cosplay do Slipknot’’, pensou Elliott era carregado por um dos agressores. Não conseguia ao menos cogitar a ideia de tentar fugir, certamente seria esfaqueado por um deles ou até mesmo todos de uma vez. Lançou o olhar para Enzo que estava com aparência fria, olhava para frente, parecia não se importar de estar sendo carregado, já Heather gritava, esperneava enquanto era levada sobre o ombro de um deles.

Foram postos dentro da van em frangalhos, um forte cheiro de mofo empesteava todo interior do veículo. Em cada lateral havia uma espécie de banco de metal feito improvisadamente e correntes pendiam das paredes. Elliott foi posto nesse banco, ignorava as correntes que pendiam atrás dele, Heather foi posta ao seu lado, seguida de Enzo.

Alguns integrantes do bando sentaram-se na parede oposta os encarando com aquelas máscaras horripilantes. Elliott jurava para si mesmo que tentaria não ter pesadelos com essas máscaras caso se livrassem desse bando de louco.

— Vocês parecem um pouco perdidos? – Disse o homem da máscara de palhaço.

— Você acha?! Pensei que era impressão minha. – Heather disse com um peso sarcástico perigoso demais para o momento. Para a surpresa de Elliott e Enzo, o homem soltou uma risada.

— Acho melhor eu deixar vocês cientes do que está acontecendo. – Ele pôs a mão em sua máscara e a puxou para fora de sua cabeça, revelando um rosto amigável, cabelos levemente aloirados e olhos azuis como os de Enzo, porém ligeiramente em um tom mais escuro. — Me chamo Nathan. Não sei como explicar isso para vocês, tentarei ser o mais claro possível, mas eu também não sei de muita coisa. – Ele olhou para Heather que o encarava com olhos de desaprovação.

— Não vai nos matar como disse alguns minutos atrás? – Enzo disse impaciente.

— Eu poderia, mas mudei de ideia... Vocês não parecem que são uma ameaça.

— Vocês que estão parecendo... – Elliott quebrou seu silêncio.

— Além de parecerem terem roubado essas máscaras do camarim do Slipknot.— Completou Heather fazendo Nathan soltar outra risada, ele não parecia mais tão ameaçador como alguns minutos atrás, desconfiava se poderia confiar tão rápido nele, aliás, não sabia como havia confiado tão rápido em Heather e Enzo, mas não pensou nisso muito tempo.

— Enfim, brincadeiras à parte... O mundo acabou. – Nathan assumiu um semblante sério. — Não me perguntem como, eu não sei responder, mas o que eu sei é que não sobrou nada de nenhuma cidade de nenhum país da Terra.

— Acabou? – Heather arqueou levemente a sobrancelha esquerda.

— Aparentemente foi um golpe de Estado... Já disse, sei menos do que você imagina.

— Golpe de Estado? Quem faria isso? – Elliott não conseguia entender nada.

— Parece que um grupo bioterrorista unido ao governo para o desenvolvimento de armas biológicas decidiu tomar o controle e transformou tudo nisso aqui... — Nathan apontou na direção da porta da  traseira da van, onde era possível ver as ruínas da cidade.

— Quanto tempo ocorreu isso? – Enzo estava inquieto.

— O lançamento das bombas ocorreu há uns dias, acho que é por isso que vocês não se lembram de muita coisa, elas continham poderosos compostos químicos que deixam as pessoas desacordadas por um tempo.

— Eu preciso de um tempo para assimilar tudo isso... Como vocês souberam e o porquê desse grupo assustador? – Heather parecia mais confusa do que qualquer outra pessoa.

— Estamos instalados em uma estação de rádio que não foi tão afetada, temos um gerador e às vezes conseguimos captar alguma coisa. – Ele fez uma pausa para responder a segunda pergunta: — Nosso grupo existe antes mesmo disso acontecer, estávamos espiando o governo, mas descobrimos poucas coisas.

— Então, o mundo acabou e agora estamos numa van sendo levados para o desconhecido com um grupo de espiões mascarados? – Heather gesticulava sem parar.

— Exatamente.

— Eu preferia ter morrido. – Ela se recostou na parede da van em movimento e bufou enquanto balançava as pernas.

— Para onde estamos indo? – Enzo se ajeitava no desconfortável banco de metal.

— Vamos para a base, vocês ficarão conosco. – Nathan sorriu.

— Qual a garantia de que não irão nos matar? – Disparou Heather cobrindo novamente a ferida com o curativo improvisado.

— Já teríamos feito se quiséssemos. – Disse o homem com máscara de porco ao lado de Heather, que por sinal, ela já havia até esquecido que o mesmo estava ali.

— Exatamente como o Caleb disse. – Nathan apontou para o companheiro que tirava a máscara revelando um garoto de uns dezessete anos, mesma idade de Enzo.

— Não se preocupem, vocês ficarão seguros conosco. – Caleb sorriu.

Mais ou menos uma hora se passou até que chegassem à estação de rádio que ficava em uma parte elevada da cidade. Foram recebidos por umas vinte pessoas que logo arrumaram um canto para que o trio se instalasse.

O ambiente era espaçoso e amplo com uma boa ventilação, os equipamentos da estação ficavam no segundo andar e a antena se erguia imensa ao lado de fora. A cerca que rondava o prédio estava eletrificada por causa do gerador, havia uma sala com outros seis geradores.

— Onde vocês arrumaram todos esses geradores? – Heather indagou.

— Roubamos... – Caleb sorriu e piscou para ela, que ficou encarando-o por alguns segundo e depois abriu um pequeno sorriso. No fundo estava bem contente de ter encontrado toda essa gente, por outro lado não conseguia assimilar até então todas as informações que foram passadas. Enquanto caminhava pelo salão encontrou Elliott sentado recostado em uma das paredes, ele fitava o chão sem esboçar qualquer emoção.

— Ei, onde está o Enzo. – Perguntou ela sentando-se ao lado do loiro.

— Está lá fora com o Nathan... Você está bem? – Ele se virou para dar atenção a ela.

— Na medida do possível eu estou. Não sei como reagir diante disso... Bioterrorismo, gangues espiãs do governo, essas máscaras...

— Eu estou buscando saber como lidar com isso também, o que vai acontecer com a gente daqui por diante? Será que meus pais foram resgatados?  São muitas perguntas para nenhuma resposta. – Ele passava as mãos nervosamente sobre os cabelos loiros.

— Estou tão curiosa quanto você, tão amedrontada quanto você e aposto que o Enzo também está. Estamos com essa gente toda agora, estamos mais seguros. – Ela fez uma pausa para olhar para um casal que se beijava poucos metros deles e continuou. — As pessoas aqui parecem tranquilas, talvez devêssemos fazer o mesmo.

— Minhas pernas doem, nunca caminhei tanto quanto nesses dois dias. – Elliott esticou as pernas e sentiu uma forte pontada de dor na panturrilha.

— As minhas também, vamos tentar dormir um pouco... Mais tarde ouvi dizer que servirão um jantar de boas-vindas para nós.

— Isso é sério? – Ele achava estranha toda essa recepção calorosa, mas era melhor do que ser fatiado por facas.

— Talvez eles não quisessem nos amedrontar daquele jeito, vai ver o hospital era um refúgio deles ou parecíamos que éramos de um grupo rival... Talvez eles estejam mais felizes por acolher algumas vidas desorientadas do que maltrata-las. Cochile um pouco.

— Tudo bem. – Ele a lançou um sorriso e ela retribuiu com outro e se deitou. Olhou para o teto de concreto e tentou esvaziar a mente, queria não pensar em catástrofe ou em nada que pudesse destruir o momento de descanso dele. Tudo iria acontecer em seu tempo, agradeceu por ter encontrado Heather, Enzo e por ter sido acolhido por Nathan e seu grupo. Realmente era muito melhor estar ali do que perdido no meio de uma cidade em ruínas com diversos grupos de pessoas alucinadas espreitando. Fechou os olhos e se permitiu a ser transportado para longe dali pelos seus sonhos.


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