Bésame Sin Miedo escrita por Dama do Poente


Capítulo 9
Parte da Família


Notas iniciais do capítulo

Olá pra você que voltou a ter aula de Espanhol e que não consegue ouvir o idioma sem lembrar dessa fic
Esse é o penúltimo capítulo galera... Infelizmente! Espero que gostem dele!!



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Dizem que a calmaria precede a tempestade, e não poderiam estar mais certos ao se referirem à Reyna e Leo. Todo esse tempo juntos, sem avançar para um próximo passo, estava sendo compensado naquela noite pós-festa, quando ele a levou para seu apartamento.

O lindo vestido que Reyna usava já se encontrava no chão do quarto, junto com o terno, a camisa social e a gravata de Leo. Logo sua calça se juntaria à pilha, quando ela a empurrasse para fora do corpo dele com os pés.

Para o latino, não havia nada mais lindo do que os cabelos escuros de Reyna espalhados pelo tecido branco do lençol, ou vê-la se inclinando na cama, à medida que os lábios dele caminhavam pelo corpo esguio dela, passando pelos seios descobertos, a cintura delineada — Leo deixou uma risada escapar quando chegou ali e a sentiu se encolher de expectativa —, e chegando a seu baixo ventre.

Leo, muito calmamente, a livrou do fino tecido que cobria sua intimidade e lhe lançou um olhar malicioso antes de voltar a se abaixar e deixar seus lábios tomarem conta daquela região. Ele se deleitou ao ouvi-la gemer seu nome, e foi muito melhor do que ouvi-la gritar. Mas, quando Leo a sentiu ao seu redor, foi quase impossível para ele se controlar e não grunhir de prazer; principalmente quando atingiram o ápice juntos.

A calmaria precede a tempestade, é verdade, mas a bonança que sucede é ainda melhor.

— Acha que agora posso fazer declarações de amor nas redes sociais para você? — Leo murmura descontraído, acariciando o corpo de Reyna, que repousava ao seu lado — Rey? — ele se inclina, confirmando o que suspeitava: sua hermosa novia dormia, abraçada a ele, totalmente em paz.

Assim como ele também se encontrava.

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— Tem como ficarmos mais clichê? — fora a primeira coisa que Reyna perguntou a Leo na manhã seguinte.

Ele estava acordado há algum tempo, observando-a dormir, e se assustou quando ela pronunciou tais palavras e abriu os grandes olhos castanhos para ele.

— Desculpe-me, mi Reyna! — ele sorrira para ela — Estava observando seu sono de descanso, e preciso confessar: até assim você continua divina!

E sim, havia como eles ficarem mais clichês!

Dias haviam se passado desde que começaram a ter um “relacionamento sério” e, por um descuido do destino — ou não, talvez estivesse mais para cuidado mesmo — acabaram se encontrando no shopping naquele dia, quando ela, supostamente, fora ver detalhes para um de seus inúmeros trabalhos de faculdade e ele, supostamente, fora encontrar com a velha amiga de infância para colocarem a conversa em dia.

Ah se Jason e Piper soubessem que era tudo um plano maquiavélico daquelas duas mentes latinas e geniais...

— Ok, agora finja que eu contei uma piada maravilhosamente engraçada, e ria como se nunca mais fosse rir na vida! — Leo sussurra para ela, observando Jason tentando puxar conversa com Piper, e fracassando miseravelmente.

Mas não era preciso fingir: a idéia de Leo era engraçada, e o fato de ele estar fazendo cócegas em sua cintura a impedia de não rir. E, como era costume quando isso acontecia, sua risada fora demasiada escandalosa e engraçada, o que atraiu a atenção dos colegas. Ou melhor: os assustou, e só a fez rir mais ainda.

— Eita que esses dois estão mesmo em Júpiter! Por que estão quietos?

— Por que eles não são supremos como nós, ¡cariño! — Leo os faz rir, piscando para os amigos.

— Ah, bem... Estou só...

— Com raiva! — grita Jason, interrompendo Piper e confundindo aos outros dois.

— Raiva? — três pares de olhos encaram o Superman Loiro.

— É, raiva! Porque ela não consegue olhar para mim sem esquecer o terrível jantar de dezembro ou o almoço de hoje! — Jason explica, tentando atrair a atenção dos amigos.

A sintonia entre os três era tão boa que Jason tinha percebido o porquê daquele encontro? Não que Leo e Reyna se importassem com isso: eles notaram que o amigo precisava de ajuda e estavam dispostos a ajudá-lo.

— Bem-vinda ao grupo, Pips! Ser amigo de um Grace dá nisso! — Reyna tranqüiliza a garota, assentindo de olhos fechados como se disse “eu sinto sua dor, companheira”

— Eu que o diga, Rey! Sofro com isso há 15 anos ou mais... — Leo suspira dramaticamente.

Jason nunca quis tanto que os amigos se casassem como queria naquele exato momento. Se seu plano desse certo, ele daria uma forma de casar Leo e Reyna!

— Acho que Jay deveria levar a Piper para sair, não acha, Leo? — Reyna comenta, avaliando ao amigo criticamente, como se ele fosse uma situação financeira gravíssima.

— Eu não apenas acho como tenho certeza absoluta! — Leo assente, como se estivesse concordando com a declaração de independência.

O casal de namorados — que estava tão empolgado e envolvido no relacionamento, que se esqueceu de contar aos amigos que estavam namorando — observa Jason se virar sorrindo para Piper, que encarava toda a situação de olhos arregalados.

— Então, o que me diz de amanhã à noite? — o rapaz pergunta, e dava para sentir a esperança em sua voz.

A menina, no entanto, ainda confusa sobre o que fazer, olha para seu amigo, em busca de apoio ou uma resposta, e recebe um aceno afirmativo. E Piper confiava em Leo...

— Acho que pode tentar me compensar suas faltas, senhor Grace! — ela sorri — Vejamos se vai conseguir!

Era possível dizer que os outros três sentados àquela mesa ficaram imensamente aliviados com tal resposta. Agora bastava que os dois latinos rezassem bastante para que tudo desse certo entre o loiro e a morena, e a felicidade de todos seria completa!

Ou pelo menos eles acharam que seria.

Naquela mesma noite, depois de muito rirem e se beijarem na praça de alimentação — tanto, ao ponto de Jason se oferecer para levar Piper embora —, Leo e Reyna voltavam para o apartamento do rapaz, que parecia servir de refúgio para os dois, quando o celular do garoto começa a tocar. Lembrando-se de que prometera uma carona ao irmão, Leo pede licença e estaciona a moto para poder atender à chamada.

Mas não era o irmão quem telefonava.

— É meu pai! — ele exclama, soando um pouco confuso — Mas vou atender assim mesmo...

— Sem problemas! — Reyna murmura e sorri para ele. Teriam tempo de sobra para ficarem juntos mais tarde.

— Fala pai... — Leo começa, com seu típico tom bem humorado.

Mas todo e qualquer bom humor é imediatamente cortado quando Hefesto lhe conta o que acontecera naquela noite: Esperanza, sua mãe, fora misteriosamente atacada em casa e agora estava em cirurgia; Hefesto mal conseguia dizer o porquê da cirurgia, de tão nervoso que se encontrava... Quase tão nervoso quanto Leo ficou.

— Hey, o que houve, Senhor Supremo? — Reyna pergunta atenciosamente.

— Minha... Mi-minha mãe... — Leo gagueja

— O que tem ela?

— Ela está no hospital! — ele consegue resumir — E-eu não entendi muito bem o porque... Meu pai...

— Leo, respira fundo! — ela pede, segurando-o pelos ombros.

Estavam em pé, ao lado da moto, frente a frente e Reyna podia ver o desespero nos olhos do namorado. Nas últimas semanas, convivendo tanto com sua família, ela percebeu o quão ligado os Valdez são. Os irmãos, apesar de não serem filhos da mesma mãe, respeitavam e amavam Esperanza como se fosse mãe deles, e amavam Leo independente desse fato. A união deles era linda de se ver, e o que quer que estivesse acontecendo, parecia ser devastador.

— Você sabe qual hospital? — ela pergunta, tentando manter a calma.

— Sei! — ele responde ofegante.

— Então vamos para lá!

–-------------------∞--------------------

Reyna não sabia como ainda estava inteira, mas considerando o estado de nervos de Leo, ela nem se incomodou em protestar pela velocidade altíssima que ele guiou a moto.

Eles estavam no trânsito quando o celular do garoto começou a tocar. Ele se desculpou e estacionou para atender — era o pai quem ligava, e ele não recusaria a chamada. Ela sorriu, sinalizando que tudo bem.

Mas não estava tudo bem, e agora estava aflita, tentando acalmar o menino que a salvara e que a divertia sempre. Que a divertira muito naquela noite e agora sofria.

Foram longas as horas de cirurgia, mas Leo não parecia cansado. Sua hiperatividade estava a mil, e Reyna precisou de todo seu autoritarismo para mantê-lo no lugar antes que resolvessem lhe dar um sedativo. Porém, foi impossível contê-lo quando uma enfermeira apareceu e lhes disse que tudo estava bem e que Esperanza descansava no quarto.

— Podemos vê-la? — Hefesto pergunta um pouco mais aliviado.

— Ela ainda está sedada, mas os familiares podem vê-la, sim; ordens expressas do doutor Grace! — a enfermeira sorri.

Reyna volta a se sentar, sentindo a tranqüilidade levar o estresse que estava sobre seus ombros, se preparando para esperar por Leo. Ou sugerir que se veriam no dia seguinte, que ele deveria ficar com a família e não se incomodar em levá-la para lugar algum: ela poderia se virar muito bem com um táxi, ou até mesmo pedir que Hylla a buscasse.

— O que está fazendo? — o garoto pergunta, parando de seguir o pai.

— Vou esperar você ver sua mãe... — ela responde confusa com a pergunta.

— Bobagem, Rey-Rey: venha vê-la também! — ele a puxa para si, mirando os olhos castanhos tão escuros quanto jabuticabas — Os familiares podem! — ele pisca, levando-a junto com si.

Reyna não pode deixar de sorrir diante d’aquela frase.

— Ele está certo, menina! — o então sogro murmura — Além do que, se Esperanza souber que você estava aqui e não foi vê-la, não importa que esteja recém operada: ela acabaria conosco e a faria ouvir um sermão infinito!

— É bom se acostumar, mi amor: agora que é parte da família Valdez, as coisas vão mudar um pouquinho! — Leo junta o polegar e o indicador, sinalizando o que falava, enquanto esticava a mão para segurar a de Reyna.

— Estou ansiosa para essas mudanças! — ela responde sorrindo, segurando firme a mão do namorado.

Se existia alguma dúvida para eles, aquele momento foi decisivo. Eles se amavam, por mais que tivessem medo de dizer tais palavras... Sabiam disso porque talvez, lá no fundo, soubessem que palavras em sempre eram necessárias: um abraço, ou uma mão estendida, demonstrava muito mais.


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Notas finais do capítulo

Eu to aqui ouvindo o Humbug e tentando não chorar com esse finzinho!!
O que acharam? Gostaram? Estão preparados para o último capítulo?!
Fiquem atentos no grupo do face, qualquer novidade avisarei lá! (Dama do Poente Fanfics)
Beijoos e até os reviews!



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