Bésame Sin Miedo escrita por Dama do Poente


Capítulo 3
Explicações


Notas iniciais do capítulo

Hey hey, pessoal! Fico feliz em saber que estão gostando tanto da fanfic! Muito obrigada pelos reviews que deixaram no último capítulo :3
Espero que gostem desse capítulo também!



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Álcool: ela raramente o consumia, mas necessitava dele mais do que nunca naquele momento. O que dera nela para corresponder ao beijo daquela forma? Não era o latino que pretendia beijar naquela noite, não mesmo.

― Tome! Seja um amigo legal e beba comigo! ― ela entrega uma garrafa de cerveja a Frank, que a esperava no mesmo lugar, assistindo ao jogo de verdade ou conseqüência.

― Melhor não, obrigado! ― o franco-canadense nega, dando-lhe um sorriso cúmplice. ― Meu futuro cunhado está nessa festa, e está bebendo bastante... Algo me diz que alguém precisa ficar sóbrio por aqui, e eu duvido muito que seja alguém naquela roda.

― Hum... Ótimo: mais bebida para mim! ― Reyna dá de ombros, levando uma das garrafas aos lábios e sorvendo seu conteúdo. ― Perdi muita coisa?

― Não exatamente... Leo voltou meio dolorido para a roda e pediu que girassem a garrafa, que parou entre Annabeth e Thalia

― A irmã mais velha do Jason, certo? ― mais cedo, quando viu o amigo chegando acompanhado, uma onda de ciúmes passou por ela.

Reyna sentia algo forte por Jason, mas não tinha certeza se era apenas uma amizade extremamente protetora ― como a que ela desenvolvera com Frank ao longo do primeiro ano de faculdade ―, ou se estava gostando pra valer do amigo. Sua irmã costumava lhe dizer que na dúvida, beije! E ela pretendia fazer tal coisa... Mas depois do beijo de Leo, não se sentia capaz de usar os lábios para nada além de beber.

Estava tão abalada que sequer ligava para o fato de Jason estar conversando com uma moreninha sentada ao lado, uma garota que ela nunca tinha visto antes, mas que sentia conhecer de algum lugar.

― Fique com qualquer garoto desta sala. ― a voz de Annabeth a desperta de seus pensamentos, e ela quase se defendeu, até que notou que a loira não falava com ela. ― Qualquer um, até mesmo Percy ou seu irmão... ― a loira piscou, parecendo assustada consigo mesma ― O que a tequila fez comigo?

― O que a tequila fez com ela, eu não sei, agora o que Thalia fez... Eu tenho uma leve idéia... ― Frank murmura, apontando para a garota. Ele tinha o celular em mãos e gravava a tudo, como se fosse um paparazzo.

― Eu que to bêbada e tu que ta falando merda, Loira? ― a garota desafiada pergunta retoricamente, levantando-se com dificuldade ― Tua mãe sabe que tu vira outra pessoa depois da meia-noite?

Se fosse qualquer outro dia, Reyna já estaria em sua cama, dormindo, com a desculpa de que tinha aula no dia seguinte e estágio pela tarde... Nem por um decreto ela ficaria na casa da irmã de graça: se não tinha dinheiro para ter seu próprio apartamento, ela ajudaria a irmã na empresa. Sua rotina não mudaria na manhã seguinte, mas quem disse que ela estava ligando?!

― Eu não vou pegar meu irmão: ele é o meu bebê! ― Thalia sorri tropegamente para o irmão, que sussurra algo de volta, mas nem Reyna, nem Frank, conseguem entender ― Deixa eu cumprir meu desafio, e eu deixo você me matar! Mas primeiro, minha vítima... E que vítima...

E então, Thalia cai sentada no colo de Nico, que prontamente a pega, como se estivesse acostumado com tal coisa. Ela sussurra algo em seu ouvido e o beija de forma despudorada. Todos ficaram boquiabertos, o que não era pra menos: não fossem as roupas, testemunhariam uma cena de sexo ali... E a culpa não seria apenas da garota, pois o italiano a correspondia como se esperasse por tal coisa há décadas; como se ele estivesse faminto e ela fosse seu alimento favorito.

Aquilo era o cúmulo para Reyna; não que ela fosse puritana ou coisa parecida, mas hoje ela não estava para esse tipo de coisa. Já estava arrependida de ter ido à festa. Fora por achar que a insistência de Jason era algo a mais, mas provavelmente estava enganada: o amigo gostava dos irmãos Stolls, não perderia a festa por nada, e também se preocupava com a mania dela de não se divertir.

“― Não é saudável, falo por experiência própria” ― Jason dissera certa vez.

Estava tão distraída que nem percebeu que Frank se juntara a ela novamente. Sentavam-se na varanda de trás, vendo os convidados pularem na piscina, sem ligarem para o inverno rigoroso lá fora, ou dançarem ao redor da mesma.

Apesar de sentir a estranha necessidade de proteger Frank, ela não era amiga dele da mesma forma que Jason e o tal de Leo eram, e se perguntava por que ele não permaneceu por lá com os outros.

― Eu ficaria se não tivesse interesses mais sérios e se Nico não ficasse me encarando como se fosse me matar ou como se planejasse minha morte de forma dolorosa! ― o menino responde, olhando para as estrelas.

Jason havia contado do interesse de Frank por Hazel, a irmã mais nova de Nico, e também sobre como o italiano não estava nem um pouco contente com esse interesse. Frank era três anos mais velhos que a garota, e Nico não aprovava o relacionamento ― que mal existia, para falar a verdade.

― Tenho certeza de que uma hora Nico vai aceitar o relacionamento de vocês e vai parar de bancar o irmão super-protetor. ― ela sussurra em camaradagem.

― Assim espero! ― Frank ergue as mãos, como se rezasse, fazendo com que ela risse.

Ficaram ali, ora conversando e torcendo para que o vídeo de Nico e Thalia fosse enviado para Hazel, ora em silêncio reflexivo. Ela perdera totalmente o interesse nas cervejas e apenas continuava a pensar no beijo: por que ele aceitara o desafio se estava tão certo de que conseguiria mais garotas se andasse de cueca pela festa? Por que ela correspondera? Por que ela ainda pensava nisso? Era só um beijo, certo?!

― Reyna, a gente pode conversar? ― ela é desperta de seus devaneios pela mesma pessoa que a pôs lá.

― Vou ali, buscar alguma bebida sem lactose! ― Frank tenta ser discreto, mas a despeito das batidas, ele não teria problemas em achar uma bebida sem lactose.

Leo sentou-se onde Frank antes estivera, e ficou olhando para ela, como se Reyna detivesse mais mistérios que o próprio universo. Mesmo que fosse forte e estivesse acostumada com olhares ― porque ela os recebia, e como recebia ―, ela de repente se sentiu sem graça, mais exposta do que seu vestido lhe permitia estar.

― Desculpe-me, Reyna! ― ele disse, claramente, sem resquícios de suas brincadeiras sempre presentes.

De acordo com os amigos, Leo Valdez era campeão em arrancar sorrisos e em fazer brincadeirinhas. Perdia apenas para os Stolls, mas naquele momento, parecia bem sincero.

― Não! Eu deveria me desculpar: acho que de fato, você não iria querer andar só de cueca pela festa... Eu não deveria ter te chutado! ― sim, talvez se pedisse desculpa, ela parasse de reviver o beijo... O que seria uma boa, já que ele estava arrependido de tê-la beijado ― Deveríamos ter feito um plano e...

― Não, Reyna! Foi errado! ― ele a interrompeu, e suas orelhas de elfo ficaram vermelhas ― Não que... Não que você não seja atraente, mas foi errado usar você! ― ele tenta consertar o erro, e se enrola ao ponto de fazê-la rir.

Estava aliviada: achá-la atraente significava que ele não se arrependera de beijá-la, mas sim da forma de como as coisas se sucederam.

― Então, você me acha atraente? ― deveria ela considerar aquela frase como um flerte, levando em conta o olhar malicioso que ele lhe lançou?

― E existe alguém que não ache, Reyna Avila Ramírez-Arellano?! ― Leo lhe dá um sorriso misterioso e volta para dentro da casa, antes que ela possa lhe perguntar como ele descobriu seu nome completo.

Ou antes que ela entendesse porque gostara tanto de ouvi-lo em sua voz.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?
Lembrem-se de deixar recadinhos, por favor! Lembrem-se que sem eles, o incentivo acaba e junto se vai a história!
Beijoos e até!



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