O Guardião escrita por L Lohengrin


Capítulo 5
Treinamento-Parte Dois


Notas iniciais do capítulo

Sei que muitos de vocês acharam que eu tinha abandonado a história, mas dá pra ver que não. Demorei a postar um novo capítulo pois eu estava sem tempo.
Este capítulo é a conclusão do treinamento do nosso amado protagonista, Stefan!
Aproveitem!!!!



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–E agora, o quê fazemos?

–Vou fingir que você não perguntou isso pra mim, Alice.

Nós estávamos cara a cara com aquele gigante, que como os outros que Jen havia me falado, não parecia ser dos mais inteligentes de sua raça. Já que ele não era esperto, pensei logo em uma tática para enganá-lo, que seria o mais correto. Pensei por alguns minutos enquanto desviava dos golpes que ele desferia de modo desajeitado, mas que fora o suficiente para me desequilibrar algumas vezes. Cheguei a uma conclusão um pouco arriscada, mas que seria o melhor até o momento.

–Alice, eu tive uma ideia!

–Então fala logo!

–O chão é de metal, então eu posso derreter o suficiente pra fazer com que ele erre um golpe, aí vai ser a sua vez de agir, entendeu?

–Vou tentar, MAS ANDA LOGO!

Coloquei meu plano em prática: Esperei que o gigante me atacasse, então passei por debaixo das pernas dele e derreti a parte do chão que ele estava pisando. Acabou que o plano deu errado, porque o gigante não só desviou de Alice como também conseguiu acertar a parte traseira do machado nela. Ela caiu no chão como uma pedra, sem movimento algum; Confesso que achei que ela tinha morrido. Quando o gigante se deu por satisfeito com ela, correu em minha direção, com o machado pronto para me acertar. Desviei dele o quanto pude, porém foram tentativas falhas, já que na minha quinta esquiva, me desequilibrei e caí no chão. Fiquei apavorado, e por um milésimo de segundo, posso jurar que vi o tempo parar. Desmaiei, e a última coisa que ouvi fora uma risada macabra que ecoava por minha cabeça.

Passou-se um tempo, até que ouvi alguém me chamar.

–Stef? Stefan? Por favor, Stefan, ACORDA!

–Oi? O quê? ALICE? Você está viva?

Tamanha foi a minha surpresa quando me deparei com a Alice viva, jurando eu que ela estava morta.

–Alli, você tá bem?

–Lógico que não! Você tem noção do que acabou de fazer?

Não entendi o que ela tinha falado, porque assim como ela eu havia desmaiado. Por alguns instantes, eu desviei meu olhar do rosto dela e finalmente compreendi o estado de choque dela; Havia um cenário cheio de cadáveres e sangue de onde nós estávamos. Corpos mutilados com enorme brutalidade jaziam sobre as cadeiras da plateia, e rostos assustados estampavam suas faces. Mas quem havia feito aquilo? Eu? Mas como poderia?

–Alice, eu não sei o que houve, mas não posso ter feito isso! Eu desmaiei assim como você!

–NÃO! EU VI O QUE VOCÊ FEZ! Você começou a rir de um jeito muito estranho, e depois você esfaqueou todo mundo! Exatamente como...

Ela silenciou por alguns instantes; Andou dois passos a sua frente e pôs a mão na boca em um gesto de choque.

–Exatamente como quem, Alice?

–Como a Michelle... Ela ficou desse jeito quando estava possessa! Mas diferente de você, ela não se recuperou...

–Você acha que eu estou... Sendo possesso?

–P-pode ser que sim, mas não acho que seja uma possessão de fato. Você já estaria morto se fosse. Mas se é assim, eu não entendo o que aconteceu aqui.

Enquanto nós estávamos conversando, um grupo de anões se aproximou de nós, gritando alto como se estivessem comemorando a morte de todos aqueles orcs.

–Senhor, mesmo que de forma muito brutal, você nos libertou! Estamos muito agradecidos a você e a jovem dama! Agora estamos livres para trabalhar como quisermos!

–Não precisam me agradecer. Na verdade, achei que vocês fossem me apedrejar ou algo parecido, porque de todo modo, eu ainda matei alguns de vocês.

Um menorzinho que todos os outros saiu do grupo de anões falou com uma voz muito áspera pra alguém daquele tamanho:

–Aqueles que estavam do lado do rei orc eram traidores que haviam revelado os nossos esconderijos. Pode ter certeza, eles não farão a mínima falta!

Um anão maior do que os outros se aproximou de mim. Ele usava óculos e um casaco dourado. Suas mãos estavam calejadas, e seu rosto possuía uma expressão velha e cansada:

–Meu jovem, seu futuro tem muitas surpresas, mas ainda falta algo escrito. Você conhecerá grandes companheiros em sua jornada, e inimigos maiores ainda, mas de todo modo, podemos esperar grandes coisas do senhor!

Ele chegou perto do meu ouvido e disse:

–Mande lembranças a sua mãe!

Como? Aquele homem conhecia a minha mãe? Depois ele se aproximou da Alice, e fez uma espécie de previsão para ela também:

–Você, minha querida, tome muito cuidado com suas escolhas! Você será o meio termo de muitos desastres futuros, e para isso, deverá saber ouvir o que seus colegas têm a dizer. Ah, e tome muito cuidado com o que você vê! Ou pelo menos acha que vê!

–É impressão minha ou o vovô me chamou de doida?

Com aquela declaração, saímos do palácio dos anões. Assim que tínhamos nos distanciados, aquele mesmo anão menor de todos vinha em nossa direção, correndo de forma desengonçada, com uma mala gigantesca nas costas.

–O sábio me mandou ir com vocês! Por favor, não me mandem embora!

Nós olhamos para o anão esbaforido. Ele deu mais uma pequena corrida e acabou tropeçando e largando sete armas no chão:

–Um arco de ferro com uma liga metálica de corda com um condutor de eletricidade na ponta;

–Uma esfera de energia flutuante azul;

–Uma espada de esgrima feita de ouro, talvez oricalco com uma bainha vermelha rubi;

–Um livro vermelho muito grosso;

–Uma espada enorme, bem grande e aparentemente pesada, feita de titânio;

– Uma esfera negra, semelhante à outra, mas muito pesada e que poderia matar qualquer um de medo;

–Duas manoplas muito duras, feitas provavelmente de pele de dragão.

–O sábio disse que isso pertence aos amigos do agora e do amanhã!

–Essas manoplas devem ser do Sam, e o livro deve ser da Jen. O arco deve ser meu, e a espada maior deve ser sua, Stef!

–Mas e as duas esferas e a espada de esgrima?

–Devem ser dos tais “amigos do amanhã”!

Depois de dizer isso, Alice olhou para a esfera negra com mais atenção. A esfera tinha alguma coisa parecida com nuvens negras se movendo em espiral, e por alguns instantes, Alice ficou em transe. Ela não piscava, sua respiração estava muito lenta, e sua atenção estava toda virada para a esfera.

–Alice? Alice, você tá me ouvindo? ALICE!!!!

–AH! O que foi?

–Você ficou em transe, garota!

–A Jovem Dama teve sua atenção retirada pela esfera Crisálide.

–Crisálide? Essa é a famosa esfera dos mortos?

A Jennet já havia me contado dessa esfera em uma das diversas aulas dela:

“A esfera dos mortos é um artefato repleto de contradições. Ninguém sabe ao certo o que ela é ou até onde ela leva, mas se sabe que diversos magos e guerreiros tiveram suas almas levadas por essa esfera. Suas nuvens negras estão relacionadas ás impurezas e aos pecados sugados das almas de suas vítimas...”.

Naquele momento, achei que Alice pudesse ter sido uma das vítimas daquela bola, mas aí notei que não, pois eu tirei a atenção dela.

Depois de tudo, voltamos à vila de Law com todos os materiais e entregamos ás armas aos nossos amigos, e deixamos a esfera azul e a espada de esgrima em um canto.

Depois de ter passado por tudo, muitas coisas aconteceram. Alice decidiu manter o que viu ao meu respeito em segredo, e todos os dias ela se fechava em um cômodo do nosso QG com a Crisálide. Continuei tendo as minhas aulas, e o tal anão que veio conosco ficou em nossa equipe tendo as aulas comigo.

O nome dele? Bom, quando eu perguntei isso, ele falou o seguinte:

–Meu nome é Astarothe, filho de Astaroshe e Astan, neto de Astinbolt e Atashon, bisneto de Asagothe e Astodonthe e filho do primeiro ministro anão!

Criaturinha muito estranha, mas mesmo assim, muito interessante!


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo....O mistério da Crisálide



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