Loucamente Apaixonada escrita por Angie


Capítulo 6
Sem Escolhas


Notas iniciais do capítulo

Hello, amores, esse capítulo está mais light de loucuras, certo?
Beijos!



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Tipo, eu sei que pode ser constrangedor estar em plena 09h30mim da manhã na cozinha de uma família que você mal conhece usando apenas uma camisola e um robe, principalmente se todos estiverem te encarando, mas vocês não podem me julgar por ter sorriso feito uma idiota e acenado para Justin.

– Oi. – eu disse e ele sorriu para mim.

Já mencionei o quanto o sorriso dele é lindo? Quero dizer, não apenas o sorriso, ele todinho mesmo. Aqueles olhos azuis, o cabelo preto, a pele clara. Bem, apesar de ser irmão de Samuel, sua expressão exalava inocência e não malícia, porque era isso que a de Samuel mostrava, mesmo quando ele estava sério, bom, isso quando não estava entediado. O desgraçado sabia que era bonito e não tinha modéstia alguma, muito pelo contrário, ele tinha um ego de proporções astronômicas.

– Oi, Heather. É bom te ver de novo – ele ergueu uma sobrancelha. – e não é que eu esteja reclamando, mas o que você está fazendo aqui vestida desse jeito?

Eu estava começando a achar que nós nos encontrávamos apenas em momentos impróprios.

– Seu irmão não sabe qual é o conceito de privacidade. – respondi ainda sorrindo, porque eu simplesmente não conseguia parar.

– Sinto muito interromper o momento de amizade de vocês – Samuel disse sarcasticamente e sua voz não demonstrava que ele sentia nada além de prazer em interromper nossa conversa. –, mas o assunto aqui é sério, então, pai, Justin e Wendy, poderiam sair e deixar Heather a sós com mamãe? Ela precisa aprender o que significa família.

Como é?! Ah, inferno, não. Esse cara não pode querer que eu receba lição de moral a essa hora da manhã. Olhei em direção a porta e Samuel sibilou um “Nem pense nisso!”. Murchei em meu lugar desistindo da ideia de fuga. Tinha certeza de que ele me arrastaria até ali de novo se fosse preciso.

Droga. Gavin me paga. Que tipo de primo deixa que sua prima seja carregada para o apartamento de um cara?

– O que aconteceu? – indagou Justin.

Era meio fofo o modo como ele parecia preocupado comigo…

– Não é da sua conta, Justin. Agora cai fora. – falou Samuel com os dentes cerrados e fiquei olhando de um irmão para o outro sem compreender o porquê de o clima ter ficado pesado tão de repente. Que doideira.

– Sabe, você não deveria falar assim com seu irmão. – eu disse a Samuel e ele estreitou os olhos.

– Porque eu tenho a impressão de que sou a única pessoa dessa família que você odeia? – perguntou.

– Porque essa é a mais pura verdade. – falei e o desgraçado teve a audácia de sorrir.

– Eu ainda vou te fazer mudar de ideia, Little Witch.

Ele apertou minha mão que eu nem notei que ainda segurava e a soltou dando um passo para trás.

– Acho melhor que todos saiam. – interveio Charlote.

Seu marido levantou-se e segurando uma xícara de café, foi em sua direção. Beijou-lhe rapidamente e lançando um olhar divertido para mim e Samuel saiu. Wendy sussurrou algo para sua mãe e a mesma também sorriu.

Mas que diabos…? O que significava aquilo?

Justin que continuou sentado recebeu um olhar mortal de Wendy, que saiu de cima da bancada e pondo as mãos na cintura parou a sua frente.

– Você ouviu o que o Sammy e a mamãe disseram. Cai fora.

E o que eu poderia fazer? Eu ri. Não apenas pela pose de mandona da garota que devia ter uns dez anos, e com aquele cabelo preto cacheado, olhos verdes e pele branquinha, parecia uma boneca de porcelana, mas também por causa da maneira como ela chamou o irmão.

– Sammy? – perguntei debochada, mas ele não pareceu se afetar.

Justin suspirou e se levantou.

– Nos vemos em breve, Heather. – disse antes de sair da cozinha e Wendy seguiu atrás.

– Mãe, não deixe que a Heather saia daqui antes que desista de se mudar ou de pôr o primo para fora de casa. – Samuel avisou para espanto de sua mãe e também saiu.
Charlote saiu de trás da ilha da cozinha e se sentou a mesa.

– Venha aqui, querida. – ela disse me convidando a sentar ao seu lado. Apertei o laço do robe na minha cintura e fiz o que ela pediu. – Agora comece a me contar tudo desde o começo.

E mesmo que estivesse me sentindo em uma maldita conversa com a psicóloga, foi o que eu fiz. Não porque eu seguisse ordens de qualquer um, mas porque eu não tinha escolhas mesmo. Aquela família sabia ser bem convincente quando queria.


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