Loucamente Apaixonada escrita por Angie


Capítulo 52
Amizade Colorida


Notas iniciais do capítulo

Já disse antes e agora repito: Não surtem!



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Tudo bem, não precisam olhar feio para mim, mas acabei de encaixar Samuel na posição de meu amigo colorido. Afinal, ele me beija quando quer sem ser nada além de meu melhor amigo e essa seria a única coisa que o daria esse direito. Não que eu estivesse reclamando, eu estava mais é aproveitando enquanto ele não entrava na vibe do "Não se apaixone por mim agora".

Suas mãos desceram pelas laterais do meu corpo, contornando cada curva e minha pele se arrepiou de um jeito gostoso, o que me fez suspirar de encontro aos seus lábios. Ele me beijava mais suavemente do que na primeira vez no aeroporto, fazendo o ato parecer quase ingênuo, como um primeiro beijo deve ser, mas não tinha nada de inocente na maneira em que cada parte de nossos corpos estavam em contato, ou como ele me tocava possessivamente, fazendo meu corpo todo esquentar. Eu tinha certeza de que eu estava toda corada, mas isso era o de menos.

Em algum momento eu tinha chutado meus saltos para fora dos meus pés, ele tinha tirado os óculos e nossas ações tinham derrubado seu livro e o celular no chão, levando os fones com tudo, mas ainda se podia ouvir uma baixa batida de rock se nos concentrássemos, o que não estávamos fazendo. Estávamos mais concentrados um no outro.

Suas mãos pararam em minhas coxas, em cada lado do seu corpo, nuas devido ao fato de meu vestido já curto, ter subido, e aos poucos, como seu toque, o beijo se tornou mais possessivo e voraz. Ele nos trocou de posição, ficando por cima de mim e consequentemente no controle.

Fazia bastante tempo que ninguém me tocava de um jeito tão íntimo e nunca me senti tão bem e tão viva quanto agora. Ele já me tinha por completo. O que era uma droga, mas quem sou eu para reclamar? Se ele quiser me receber sempre assim é mais que bem-vindo. Aquela história de "Heather Sharpe não se apega" foi para o espaço. E sabe o que mais? Eu culpo a saudade por isso.

Puxei seus cabelos suavemente, contornando seus quadris com as minhas pernas, então seus lábios deixaram os meus e ele passou a distribuir pequenos e suaves beijos pelo meu pescoço e clavícula. Seus beijos deixavam um rastro quente por onde passavam, fazendo-me ficar louca de desejo e inevitavelmente soltei um gemido, cravando as unhas em suas costas. Quando sua boca quente voltou a minha de novo, foi ele quem gemeu, mas senti meu corpo todo ficar ainda mais sensível. A essa altura do campeonato eu já era praticamente massinha de modelar em suas mãos, para ele moldar como quisesse, mas contra todas as expectativas, Sammy se afastou.

—- Isso é bom demais para ser um dos meus sonhos. -- ele disse, olhando nos meus olhos, mas parecia estar falando mais para si mesmo. -- Você é real. -- tocou meu rosto. -- E está bem aqui.

—- Digamos que eu tenha algumas coisas para fazer aqui em Nova Iorque. -- falei. Agora que não estávamos mais nos agarrando, eu estava mais consciente das nossas posições e tinha plena certeza de que sim, estava corada.

Ele me puxou para cima e já que minhas pernas ainda estavam ao seu redor, acabei sentada em seu colo.

—- Isso definitivamente não deveria ter acontecido agora -- ele disse e me afastei um pouquinho. --, mas já que aconteceu eu não me arrependo.

—- Que... bom? -- tentei. Eu realmente não sabia o que dizer no momento.

Ele assentiu.

—- Agora você deveria se arrumar, quero te apresentar aos meus avós.

—- Tá legal, mas nós temos que conversar depois. Sobre tudo.—- franzi a testa. -- Esse foi um dos motivos para eu ter vindo.

Ele apertou os lábios, provavelmente sendo tomado por um pouco de preocupação e logo suspirou.

—- Tem um banheiro bem ali. -- disse apontando em direção a uma porta que eu já havia notado.

Rastejei de cima dele para fora da cama e fui em direção a porta, mas no meio do caminho me virei de volta para ele e fiz questão de provocar:

—- Se quiser me apresentar para seus avós, também vai ter que se arrumar, gênio. Tem batom cor-de-rosa na sua boca toda e você está obviamente excitado, não pense que não notei. -- apontei para ele e seus lábios se curvaram em um meio sorriso. -- Vou tentar ser rápida.

Já em segurança, dentro do banheiro, olhei meu reflexo. Eu estava uma bagunça e meu caração ainda estava batendo feito louco dentro do meu peito. Mas não pude evitar sorrir feito boba.

Deus! O que foi tudo isso?


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