Loucamente Apaixonada escrita por Angie


Capítulo 5
Razões Para não Se Morar Com um Garoto


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOOOOiiiiii, faz tempo que eu quero postar esse capítulo, mas a internet estava num negócio de pega e cai, então só deu agora.
Espero que se divirtam com ele.
Beijos, meus amores! E até o próximo!



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– Heather, deixa de ser criança! – Gavin gritou do lado de fora do meu quarto.

Eu já tinha o ignorado por um bom tempo. Tinha escovado meus dentes, comido dois dos biscoitos que Charlote me mandou e nesse momento estava com a cabeça enfiada debaixo de um travesseiro e sim, estava agindo como uma criança, mas dane-se, aquilo era demais para mim. Certo, quando Gavin disse “companheiro de quarto”, ele estava mais querendo dizer de apartamento, afinal tem mais um quarto de hóspedes aqui, que ele poderia ocupar, mas ainda assim…

Um garoto. Eu ia ser obrigada a dividir meu apartamento com um GAROTO! Você deve estar achando que sou dramática, mas vejo bem, eu tenho motivos para não querê-lo aqui:

1. Meninos são criaturas desorganizadas! – Se bem que sou mais bagunceira do que qualquer garoto que já conheci…

2. Parecem sacos sem fundo. Quanto mais comem, mais querem. Gavin esvaziaria minha geladeira em um estalar de dedos. – Certo, certo, comida também é o meu fraco. As coisas não iam durar muito de qualquer forma…

3. Ele é um mulherengo que não perde uma festa. – Também amo festas, mas se ele trouxer alguma vadia para o MEU apartamento eu mato os dois!

4. E sei que não sou uma santa, mas já mencionei alguma vez que ele é o capeta encarnado?

Pode até não parecer, mas ele é. Basta apenas que as pessoas deem espaço para isso. Tá certo, faz alguns meses que não o vi, foi tipo, no último natal – quando o infeliz pintou meu cabelo de verde enquanto eu dormia e ainda teve a cara de pau de dizer que era para combinar com a árvore. –, e sei que as pessoas mudam, mas não estou disposta a arriscar.

– Heather, me escute. Eu vou entrar aí e nós vamos ter uma conversa de adultos. – meu primo disse seriamente.

– Não ouse adentrar em meu refúgio! – gritei, mas minha voz saía abafada.

– “… adentrar em meu refúgio…?” Heather em que século acha que estamos? Deixa de fazer drama.

– Eu acabei que perder minha liberdade. Vou fazer quanto drama quiser!

– A campainha está tocando. – avisou o que já era óbvio.

Mais quem inferno…?

– Faça algo de útil e atenda a porta!

Ouvi seus passos se afastando e logo o som de vozes abafadas pode-se ouvir. Gavin passou algum tempo conversando com alguém. Eu não consegui entender o que estavam dizendo, mas me assustei quando a porta do meu quarto foi aberta um tempo depois.

Será que daqui parta frente vou ter que fechar a porta do meu quarto só porque ninguém sabe o que é privacidade? Jesus!

– Parece que não vai mais morar sozinha, Little Witch.

Oh, Deus. Eu não mereço isso, não mereço.

– Se você me chamar de bruxinha mais uma vez vou quebrar sua cara. – falei tirando a cabeça de baixo do travesseiro e olhando para Samuel. Ele apenas riu. – O que você está fazendo aqui?

– Oh, nada demais. Vim apenas saber o motivo da sua encantadora gritaria que estava incomodando todo o prédio. – disse ironicamente.

Eu não iria me desculpar por isso. Ele estava apenas exagerando.

– Mas não precisava entrar no meu quarto, idiota.

– Essa é sua palavra favorita, não é? “Idiota?” Já me chamou assim inúmeras vezes desde que chegou, vai acabar se tornando um apelido carinhoso, Heather.

– Vai sonhando.

Me levantei e peguei minha mala que a preguiça ainda não tinha deixado que eu desfizesse e saí do quarto levando-a comigo.

– Para onde você vai? – Gavin perguntou cruzando os braços, quando eu já estava quase saindo pela porta.

– Pedir outro apartamento. – respondi.

– Como se as coisas fossem tão fáceis assim. – disse e rolou os olhos. – Você não vai se livrar de mim com tanta facilidade, prima.

– Eu sou Heather Sharpe, querido. As coisas costumam ser fáceis para mim.

Saí mais logo senti alguém segurar minha mão que carregava a mala, soltando meus dedos entorno da alça e deixando-a cair ali.

– Você está só de camisola, Heather. – Disse Samuel. – Nem louco que eu vou te deixar descer assim.

Ele se abaixou um pouco e segurou minhas pernas jogando-me por sobre o ombro.

– Leve a mala da sua prima de volta para o quarto dela. – disse a Gavin e comecei a gritar.

– Me solta! Você não tem esse direito!

– Tá legal. – Gavin disse sorrindo para mim e voltou para dentro, levando minha mala.

– SOCORRO!

Debati-me ainda mais, mas Samuel não me soltou, apenas me carregou para seu apartamento como se eu não pesasse nada. Entrando, ele fechou a porta, me colocou no chão – finalmente. –, então segurou minha mão e me puxou em direção ao que me parecia a cozinha e eu estava certa, a planta de nossos apartamentos eram iguais, no entanto o dele era bem maior, afinal, ele e a família viviam ali.

Entramos e vi Charlote cortando legumes. Ao seu lado estava uma garotinha sentada sobre a bancada e em uma mesa estavam Jason e um homem mais velho que presumi ser o pai deles. Conversavam animadamente – como se a apenas cinco segundos atrás eu não estivesse gritando lá fora. –, mas se calaram ao nos ver entrar.

– Mãe – disse Samuel ignorando os olhares incrédulos de todos. –, você precisa dar uns conselhos para essa maluca.


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