Loucamente Apaixonada escrita por Angie


Capítulo 44
Sem Presa




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Naquele início de tarde, logo depois do almoço, Charlote me disse para ir ao quarto de Samuel, pois junto com um presente para Wendy, ele tinha enviado algo para mim e ela tinha colocado lá.

Não foi a primeiro vez que entrei ali, mas como antes, me surpreendi com a organização. Sammy e eu estávamos nos provando opostos mais uma vez, levando-se em conta que meu quarto as vezes parecia ter sido vítima de um furacão.

Meus olhos se desviaram rapidamente para a grande estante de livros em um dos lados do quarto. Havia uma grande variedade de gêneros e obras, indo do romance ao terror, mas o autor que predominava ali era Dan Brown. Eu já tinha assistido filmes baseados em algumas de suas obras, mas nunca li nada dele, Samuel em compensação, parecia adorar. Um livro em especial parecia ser o seu favorito, pois uma das prateleiras era ocupada apenas por cópias dele, em várias edições e línguas diferentes. Fortaleza Digital, constatei, por conhecer parte daquelas línguas. Vi-me um pouco curiosa em relação a ele e tentei guardar em minha mente em lembrete para mim mesma de, mais tarde, perguntar a Sammy sobre a história dele e o porque de ele gostar tanto, sabendo que minha mente traidora provavelmente me faria esquecer e me distrair com alguma outra coisa.

Em cima da cama tinha uma pequena caixinha acompanhada por um envelope preto um pouco maior. Sentei na beirada da cama, abri o envelope e ri. Mais um cartão. Esse não era de cor creme como os outros, mas de um vermelho suave com as letras ainda douradas.

EU DISSE QUE IRIA MANDAR PINGENTES PARA VOCÊ, NÃO FOI?

PROMESSA É DÍVIDA, E EU CUMPRO AS MINHAS. ESPERO QUE GOSTE DELES.

SINTO SAUDADES.

TFSB RUF DPOTFHVJS SFUSJCVJS NFVT TFOUJNFOUPT VN EJB, PV JTTP DPOUJOVBSA DPNP BMHP VOJMBUFSBM?

SAMMY.

No verso do cartão não tinha uma mensagem engraçadinha dessa vez, apenas:

TEREI PACIÊNCIA.

Três pingentes tinham vindo dentro da caixinha. Um símbolo musical, um botão de rosa e um livro aberto. Sorrindo, peguei meu celular e enviei uma mensagem.

Obrigada pelo presente.

Voltei a guardá-lo no bolso da minha saia jeans e levantei, aninhando a caixinha dos pingentes nas mãos. Eu os colocarei na pulseira assim que chegar no meu quarto.

Saí do quarto de Samuel e logo fui avisar a Charlote -- que estava na varanda. -- que já ia voltar para o meu próprio apartamento.

–- Ah, querida, você já vai? -- perguntou, pondo as mãos sobre as minhas.

–- Charlote, eu só vou estar do outro lado do corredor. -- eu ri e ela fez o mesmo. -- Quero dizer, daqui a mais ou menos uma hora e meia vou ao cinema com o Justin e os amigos dele, então preciso me arrumar.

Dei de ombros. Ela comprimiu os lábios um pouco, franzindo a testa levemente.

–- Sobre isso...

–- O quê? -- perguntei quando ela não continuou.

–- Bem, eu conheço meu filho. Justin é um conquistador. -- disse receosa, diminuindo o tom de voz. -- Não caia na lábia dele.

Longe disso.

Aproximei-me um pouco mais dela e disse num tom mais baixo:

–- Talvez eu teria caído quando cheguei aqui, mas agora? Impossível.

O receio sumiu de sua expressão.

–- Que bom. Samuel não ficaria muito feliz se isso acontecesse.

–- Sammy é muito protetor, mas eu já aprendi a me defender de caras como Justin.

Voltei a me despedir dela e já na sala dei um breve 'tchau' aos outros.

Assim que entrei em meu apartamento encontrei-o vazio. Estava acostumada a ver Gavin todo folgado no meu sofá, mas ele parece ter relembrado que tem uma vida social com nosso grupo a parte e saiu para dar uma volta.

Eu tinha cerca de uma hora e meia para me aprontar, mas não estava nem com a metade da pressa que a antiga Heather teria.


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