Loucamente Apaixonada escrita por Angie


Capítulo 43
Uma Chance


Notas iniciais do capítulo

Não matem a Heather. Eu ainda preciso da minha personagem.

É isso.



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Agora eu já estava longe de Samuel Hunter a seis dias. Corrigindo: ele estava longe de mim, afinal, não fui eu que fui embora.

Não estávamos nos falando tanto ultimamente porque ele passava bastante tempo na empresa com o avô, mas Sammy estava se esforçando para cumprir a promessa de me acordar todo dia. O fato de eu acordar tarde estava ajudando, mas o fuso horário, com tantas horas de diferença, o obrigava a acordar cedo demais.

Ainda assim eu ansiava por suas ligações pela manhã e até ameaçei Gavin -- depois de atirar um de meus sapatos nele. -- para que ele não fizesse isso primeiro como tinha obtido o costume, mas eu não acreditei nem por um segundo que ele me achava ameaçadora o suficiente e sim que ele entendia como eu me sentia melhor do que eu. Papai também nunca me ligava pela manhã, o que fazia com que eu me perguntasse se Gavin tinha dito algo a ele.

E é claro que nessas ligações matinais eu aproveitava para insistir mais um pouquinho para que Samuel me contasse o conteúdo de sua conversa com meu pai, mas como ele mesmo fez questão de afirmar, ainda não consegui arrancar nenhuma informação relevante dele. Ainda. E acreditava que não fosse conseguir por um bom tempo, o que me fazia divagar sobre outros assuntos com ele.

Agora eu estava na casa de Charlote, vendo ela e Olavo -- que tinha merecidamente dado um dia de folga a si mesmo. -- cozinharem. E claro, tentando aprender. Charlote tinha tentado me ensinar a assar biscoitos ontem e não posso dizer que fui totalmente culpada por eles terem saído "levemente" qurimados. Tá bom, fui sim, mas estou tentando melhorar.

–- Heather, corte os cogumelos em pedaços mais pequenos, por favor. -- instruiu Olavo.

Eu realmente sou pessíma.

–- Tá bom. -- falei concentrada.

Tentei fazer como me foi instruído, apesar de ter medo de me cortar com a faca, afinal, sou desastrada, mas enfim meu trabalho saiu razoavelmente melhor. Ele me deu sua aprovação -- aparentemente não sou um perigo ambulante com uma faca. -- e me liberou para que eu me juntasse a Charlote para ver como ela preparava a massa.

Nunca me senti tão a vontade e incluída entre adultos que eu não conheça desde criança. Eles estavam me tratando como se eu fosse da família e eu nunca poderia descrever em palavras o quanto isso significa para mim.

Pelo canto do olho pude perceber que Justin estava olhando para nós, apoiado no portal da cozinha. Ele parecia bem, tinha até um sorrisinho nos lábios, que, percebi, foi retribuído pela mãe.

Sammy ainda não confia no irmão, acha que ele não está tão feliz quanto parece com toda a situação, mas resolvi dar o benefício da dúvida, tanto é que quando Justin me convidou no dia anterior para ir ao cinema com alguns de seus amigos ainda hoje, eu aceitei. Acho que devo fazer meu próprio julgamento e apesar de acreditar que Justin se mostra apenas como quer que os outros o vejam, não me custa nada lhe dar uma chance para que ele prove que tem um bom caráter.

Samuel acredita que todos podem mudar e eu também passei a ter essa crença, meu pai é uma prova viva disso.

Vamos ver se essa chance trará bons frutos.


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