Loucamente Apaixonada escrita por Angie


Capítulo 21
Oi, Pai


Notas iniciais do capítulo

Gente!!!! Ainda falta eu responder alguns comentários. Juro que vou fazer isso, OK? Só preciso de tempo.



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– Deus, que tom frio! - James disse franzindo a testa. - Vim do outro lado da cidade para te ver e é isso que eu recebo?

Eu estava receosa que esse momento chegasse. A constatação de que ele - o momento, não James. - viria chegou a mim pouco tempo depois de discutir com minha mãe, por isso me mantive preocupada, mesmo inconscientemente.

– Poupe-me, James.Sei muito bem o porquê de você estar aqui. Com certeza a Helen já deve ter ido fazer drama para o meu pai e como ele não consegue me contatar, te mandou aqui.

– Continua esperta pelo que vejo. Que tal facilitar meu trabalho e entrar no carro?

– Não vou a lugar nenhum com você.

O vidro da porta detrás do carro desceu e uma cabeça espiou para fora.

– E nem precisa. -disse a loira que mais amo. - Basta entrar no carro. Seu pai está ansioso para falar com você.

Droga!

Olhei para trás, para Achyle, Gavin e Wendy. As duas olhavam para qualquer direção, menos para mim e Gavin encarava a irmã como se estivesse vendo um demônio.

Brilhante.Legal mesmo. Que amigos maravilhosos eu tenho...

– Tá legal. - suspirei. - Gavin, seja útil, pare de encarar a Gabriely e explique a situação a todos. Ele assentiu vigorosamente. Os portões foram abertos completamente e tive um breve vislumbre do carro de Samuel antes de entrar no de James. E abraçar minha prima com força. - O que você está fazendo aqui em Londres, sua louca?- olhei para ela. - Cansou da Itália?

Gabriely ficou olhando para os lados e passou a brincar com os cachos loiros.

– É... precisamos mesmo discutir isso agora? Não? Ótimo! - decidiu por si mesma, sem me deixar dizer qualquer palavra. - Agora dê um oi para o titio!

Pegou um pequeno tablet no colo e virou para mim, sussurrando entre dentes:

– Seja paciente, fui eu que tive que aguentar dez minutos seguidos falando com sua mãe. O tio Henry, em comparação, é fichinha.

–Oi, pai. - acenei tediosamente para o homem na tela, a voz sem tom.

–Antes de tudo - disse ele. -, ligue seu celular.

Fiz rapidamente o que me foi ordenado - sentindo um tédio mortal, mas fiz. - e voltei a encarar a tela.

–E aí? - perguntei como uma lesada.

–Explique-se. Sua mãe disse que a destratou. Sabe que odiamos desobediência.

–Sim, claro, a família Sharpe prefere que seus filhos sejam submissos, não? Bom, ao menos o nosso lado da família. Veja bem,Helen...

–A sua mãe. - me interrompeu.

Pigarreei.

–... Mamãe chegou em meu apartamento acreditando que poderia me tratar como uma bonequinha, ordenando cada passo que eu fosse seguir.Sei que os Sharpe não toleram desobediência, mas temos a plena consciência de que somos de um nível superior demais para que gostemos de seguir ordens.

Gabriely ergueu os polegares para mim, assentindo com a cabeça, um grande sorriso de aprovação no rosto. Maluca.

–Helen quer que eu corte sua mesada e te mande de volta para a América. Ela passou infindáveis minutos falando como seu apartamento era pequeno e que a decoradora que você contratou deveria ser processada.

Como é que é?!

Mantenha-seno controle, Heather. Respire.

Ok,vou deixar bem claro algumas coisinhas aqui:

1.Meu apartamento não é pequeno. Apenas o ego dela que é grande demais para ser acomodado em qualquer outro lugar que não seja uma mansão. Além disso, foi ela que meio que escolheu, então não tem porque reclamar agora!

2.A decoradora fez um trabalho fabuloso usando as cores branco, roxo erosa. E eu tipo, amei.

3.Ela, não vai cortar minha mesada, não mesmo.

4.Aparentemente nem o papai tolera as besteiras da Helen.

–Se você cortar minha mesada, a primeira coisa que farei será chamar uma coletiva de impressa para deixar para a posteridade o fato de que Helen e Henry Sharpe são pais irresponsáveis e que não dão a miníma para a filha, importando-se apenas com que ela esteja o tempo todo dentro de seus padrões de perfeição. Vai ser triste, não? A saga da filhinha abandonada? Tenho certeza que a imagem de vocês seria manchada em segundos. - estalei os dedos para enfatizar ofato.

Henry ergueu as sobrancelhas como se nunca tivesse se dado conta de seus próprios defeitos. Ops, papai. Não me sinto nada mal por isso.

– Eu não sou irresponsável e me importo com você.

Claro,se ele tivesse incluído a Helen nessa sentença teria sido algo como forçar a barra demais.

– Ahã.

– Estou falando sério.

– Claro... - olhei para as unhas, mas sorrindo voltei minha atenção para a tela logo depois. - Estou perdoada?

Ele sorriu.

–Eu jamais poderia negociar com você sem sair perdendo. Mas quero uma recompensa: Jante comigo esta noite.

Suspirei teatralmente.

–Francamente, eu não sei se posso. Vou com Gavin e alguns amigos para algum lugar que não conheço, ou lugares, dependendo do que planejaram para hoje e não tenho controle sobre meus horários. Mas não se preocupe, vou ver se tem algum espacinho sobrando na minha agenda e te encaixo lá. - pisquei para ele.

Papai começou a rir com meu tom brincalhão.

–Você é impossível. - sua face se suavizou um pouco em uma expressão que eu não soube definir completamente. - Querida, sei que não sou o pai perfeito, mas fico feliz que tenha feito amigos aí. Também é importante para mim.

Aquele era um encerramento.

–Obrigada, pai.

–Já mandei seus presentes. Eles devem chegar em breve.

Meus olhos se arregalaram e ele riu suavemente antes que a tela se desligasse.

–Parece que ele já estava pronto para te perdoar antes mesmo de vocês conversarem - falou Gabriely.

–É... o papai está um pouco estranho. Mas eu gosto mais dele assim.- sorri para ela e a abracei novamente. - Agora tenho que ir.Estão me esperando.

–Claro, vai lá. - seus olhos reluziram com um brilho diferente e me perguntei o que ela estava aprontando desta vez.

Saído carro e fui até James que continuava parado no mesmo lugar.

–Deu tudo certo, não foi? - indagou.

–É, foi sim. - o abracei também. Hoje, aparentemente era meu dia de abraçadora oficial. - Desculpe por ter sido grossa.

–Eu não poderia mudar você, nem se tentasse.

–Ha, ha, engraçadinho. Você sabe o que a Gabriely está tramando dessa vez? Ela me parece estranha.

–Além de querer me fazer de motorista pessoal por uma tarde, eu não tenho ideia. Acho que neste momento eu deveria estar na empresa. -completou, meio que para si mesmo.

–Mas não tem nada que você não faça por ela, certo?

Beijei o rosto dele e fui em direção ao carro de Sammy que estava parado logo atrás. Entrei, sentando-me no banco do passageiro e olhei para trás. Gavin e Achyle ignoravam um ao outro, com Wendy sentada entre eles. Francamente, era uma cena ridícula.

–Desculpe a demora. - falei para Samuel, fitando seu perfil.

Ele estava com os olhos estreitos, observando o carro de James partir.

– Quem é aquele cara? - perguntou de repente olhando para mim.

– James. Ele praticamente faz parte da família. Pensei que o Gavin tivesse explicado.

– Claro.

– Porquê isso?

– Não gostei dele. - disse simplesmente e ligou o carro.

Fiquei pensando em sua afirmação a medida em que saíamos da frente do complexo.


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Notas finais do capítulo

#SammyCiumento. kkkk



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