Loucamente Apaixonada escrita por Angie


Capítulo 12
Opostos


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente. Sei que demorei, mas minha cabeça tem estado muito cheia ultimamente e mesmo que eu já tenha alguns capítulos prontos, não tenho muito ânimo para postar.



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Enquanto seguia Samuel até meu apartamento, tentei expulsá-lo dos meus pensamentos. Minha própria mente parecia me pregar peças.

E pensar que a alguns dias atrás eu pensava que ele era a pessoa mais detestável da face da terra… Agora realmente não sei o que pensar. Como pode alguém mudar tanto eu questão de tão pouco tempo? Num segundo ele está me provocando, me testando e deixando-me louca de raiva. No seguinte parece todo doce e preocupado. Samuel é uma incógnita. Ele é um maldito quebra-cabeças e ainda não tenho peças suficientes para descobrir como ele realmente é.

Incrivelmente passei a apreciar ambos os lados dele. Mais do que eu gostaria até.

Pelo fato de sempre me mudar e por ser herdeira de uma fortuna, depois de entrar na adolescência, nunca me preocupei em fazer amigos verdadeiros. Por autopreservação – não quero me apegar demais a ninguém. – e por medo de que se aproximassem de mim apenas por interesse. Um namoradinho ou outro por quem eu sentisse apenas algo passageiro e de quem eu não sentiria falta, nunca fizeram mal. Você não pode simplesmente abrir mão de um amigo assim tão fácil. E apesar de tudo, Samuel se mostrou um bom amigo durante os últimos dias. E isso é mega estranho para mim.

Parei de frente a porta, receosa em abri-la.

– Não se preocupe, ela já foi embora. – ele me garantiu com um sorriso tranquilizador. – Apenas Gavin e Achyle estão esperando.

– Achyle?

– Uma amiga que estava nos ajudando a te procurar. – explicou. – Espero que eles não tenham se matado depois que eu saí.

Samuel abriu a porta e eu entrei com ele atrás de mim. Abraçava a mim mesma, com os braços ao redor de meu torço. Agora que tinha saído da chuva, o frio resolvera aparecer.

Olhei de um lado para o outro. Apenas minha sala normal… e vazia.

– Ué? Você não disse que…

O som de passos me silenciou.

– Heather. – Gavin disse aliviado, entrando na sala. Tinha vindo da direção da cozinha. Sua expressão de alívio mudou de maneira cômica. – Oh, Deus. Você está… horrível.

Me aproximei e dei um tapa em sua cabeça.

– Seu mal-educado. Nunca mais diga algo assim a uma mulher, não importa o estado lastimável em que ela esteja.

Não importa se estou parecendo – novamente – uma bruxa.

– Tudo bem, fique calma. – ergueu as mãos como se fossem um escudo. – Mas se te faz bem ouvir, Samuel não está muito melhor que você.

– Culpada. – falei, olhando para Sammy. Ele não parecia incomodado com seu estado. – Mas deixando isso de lado, onde está a amiga dele?

– Eu estava para perguntar a mesma coisa. – disse Samuel.

Gavin fez um uma cara meio estranha, de quem comeu e não gostou.

– Aparentemente esse apartamento era pequeno demais para nós dois. Ao menos foi isso que ela jogou na minha cara antes de sair porta a fora. Ela parece ter me odiado. – Estou ansiosa para conhecer essa garota. – E antes que eu me esqueça, ela me ordenou a te dizer que deveria ligar para ela quando tudo estivesse resolvido.

Samuel assentiu.

– Farei isso agora mesmo. – olhou para mim. – Passe em minha casa quando estiver pronta, Little Witch, temos planos para hoje.

Eu não tenho plano nenhum!

– O que voc…?

Ele saiu sem me deixar terminar a pergunta. Idiota!

– Mesmo que você não queira uma festa de aniversário – Gavin falou. – Seu namorado não vai deixar este dia passar em branco.

Esse garoto estava decididamente precisando de outro tapa na cabeça, ou quem sabe o que dei tenha acabado de vez com o pouco juízo que ele tinha.

– Ele não é meu namorado! – afirmei.

– Mas quer ser. – sorriu.

– Ele não pode querer. – lembrei-o. – Seria ruim para mim. E para ele também.

– Eu sei disso. Mas só porque você quer assim.

Não tente me fazer mudar!

– Você sabe que te amo, não é querido primo? Mas isso não lhe dá o direito de falar o que não sabe. Samuel jamais deveria querer uma pessoa instável como eu. Além disso, não faço o tipo dele. Por baixo dessa aura de badboy e das roupas pretas, existe uma pessoa extremamente responsável. Ele é certinho e dá rosas de presente as garotas só por gentileza, para vê-las felizes. Eu sou inconsequente, não dou a miníma para o resultado de minhas ações e entro em relacionamentos rápidos só para ter um pouco de divertimento. Somos opostos e por algum milagre divino nos tornamos… – aquela palavra ainda era estranha para mim. – amigos. Só isso. Qualquer relacionamento de outra natureza estragaria essa amizade.

Pus um ponto final no assunto dando-lhe as costas. Por causa da chuva, precisava urgentemente tirar aquela maquiagem borrada do rosto e tomar o meu segundo banho com o período de menos de uma hora de separação do outro que tomei está manhã, mas Gavin não me deixaria encerrar assim. A seguir caminho para o meu quarto, ainda pude ouvir sua voz ao falar:

– Todo mundo já ouviu dizer que os opostos se atraem, priminha. Não parece que será diferente com vocês.

Maldição dos infernos! Já vejo que não conseguirei tirar isso da minha cabeça pelo restante do dia.


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