Loucamente Apaixonada escrita por Angie


Capítulo 11
Perca-se Comigo


Notas iniciais do capítulo

(Estou postando porque fui ameaçada de ficar careca caso não postasse rápido). Cof, Sra Imperfeita, cof.

P.S: Desculpe-me por ter respondido ao seu comentário mencionando o Hyden e não o Samuel. Tinha acabado de responder os comentários de Sabor de Sangue e ainda estava com isso na cabeça, rsrs.

Bjos de Luz.



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Estava chovendo e eu não poderia me importar menos. Com os lábios entreabertos, fechei os olhos e inclinei a cabeça para o alto, sentindo as gotas percorrerem meu rosto, pescoço e colo. Parecia uma boa distração para mim. Algo como um momento de paz e relativo silêncio…

Mas, não era nem de longe capaz de retirar meu foco da mensagem de Samuel.

Ah, INFERNO! Estou pirando aqui. Pirando!

Passei uns bons trinta minutos olhando para o cartão que veio com as rosas, tentando descifrar a porcaria da frase codificada e não consegui. Agora, só assim para recobrar um pouco o juízo e a paciência. Foi fofo, mas estranho.

CONVIVA COM A DÚVIDA.

E aparentemente ele adora me irritar até mesmo por cartão.

– Heather. – disse uma voz rouca.

Abri os olhos assustada. Sim, parece que sempre que encontro a paz por um segundo, alguém tem que chegar e atrapalhar. Ele em especial.

– E aí, Sammy. – falei em tom desinteressado. Ele apenas continuou me encarando com as mãos nos bolsos, parecia não se importar com a chuva.

Seu olhar parecia levar preocupação e irritação na mesma medida, por trás dos óculos de armação fina. Nunca o vi de óculos. Nunca fui fã de óculos. Mas ele fica muito bem assim. De algum modo, mais sexy, mais fofo e principalmente mais intimidante. Wow.

– Estou encrencada? – indaguei erguendo uma sobrancelha.

– Sim, você está. – afirmou seriamente. Ops. – O que pensa que está fazendo nessa chuva? Por que desligou o celular? Porque não avisou para onde ia? Por acaso não pensou que Gavin e eu ficaríamos preocupados? – seu olhar perfurava o meu.

Ergui as mãos.

– Ei, calma aí! Uma pergunta de cada vez.

– Heather. – alertou.

– Tá certo, me desculpe. Eu deveria ter avisado. Mas tudo que eu queria era me livrar da minha mãe, tá legal? Você não pode me culpar por isso.

Seu olhar suavizou e ele contornou o banco de ferro ficando atrás de mim. Senti um peso confortável em meus ombros e logo percebi que era sua jaqueta.

– Vamos descer, Little Witch. Você vai acabar ficando resfriada.

Levantei segurando o arranjo de rosas e ele se pôs ao meu lado.

– Obrigada pelas flores. – falei caminhando com ele até o elevador. – São lindas. Mas… o que significa aquela mensagem? – perguntei como quem não quer nada.

Ele apertou o botão chamando o elevador e sorriu de lado para mim. Gotas de chuva trilhavam seu rosto.

– Porque sempre que eu te vejo, você está despenteada, ou sua maquiagem está um desastre? – desconversou. Havia divertimento ali.

Meu rosto deve ter atingido vários tons de vermelho, tamanho era meu embaraço. Bati no braço dele meio que de brincadeira.

– Oras, isso não é uma coisa que se pergunte a uma dama! Além disso, na maior parte do tempo a culpa é sua. Você sempre chega quando eu acabo de acordar ou ajuda meu primo a me tirar da cama.

O elevador abriu.

– Gosto de ver sua cara de sono. – falou ao entrarmos. – E é fofo te ver pedindo mais cinco minutos enquanto Gavin tenta te arrancar da cama.

Revirei os olhos.

– Algo me diz que você está tirando uma com a minha cara. – resmunguei sentindo que de repente aquele elevador parecia ser pequeno demais para nós dois.

Ele deu de ombros e voltou a sorrir.

– Não sabia que você usava óculos. – comentei após alguns segundos de silêncio e ele franziu a testa confuso, mas logo um olhar de reconhecimento apareceu em sua face.

– São apenas para leitura. – disse Samuel os tocando. – Acabei esquecendo de retirá-los ao sair de casa quando Gavin me disse que você tinha sumido. Te procuramos por todo prédio, até que eu pensei que sim, você é maluca o suficiente para ficar em uma chuva como aquela, por isso decidi subir ao jardim.

Todos procurando por mim. Me sinto uma criança do Jardim de infância perdida em um zoológico.

– Sério que subiu por causa disso?

– Na verdade não. Esperava apenas que você estivesse no prédio. Essa é uma nova cidade para você, não quero que se perca antes que duas semanas se completem.

Claro que eu poderia contratar um guia ou algo do tipo, mas ele sabe disso…

– Quer dizer que depois que se passar duas semanas, eu posso me perder? – indaguei espertinha, arqueando uma sobrancelha e sorrindo de lado.

O elevador abriu em nosso andar.

– Só se for comigo. – ele disse saindo.

Não conseguir ver sua expressão e não sei como deveria me sentir em relação ao que ele acabou de afirmar, afinal, o que ele quis dizer com isso? Entretanto, de uma coisa eu tinha quase certeza: Certamente o sorriso confiante deveria ter voltado ao seu rosto.


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