Once Upon a Dream escrita por Bloody Demon


Capítulo 4
Cliff


Notas iniciais do capítulo

Era pra eu ter postado ontem, mas a preguiça me consumiu -.-



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***

— Andrew, estamos andando à esmo. — falei.

— Eu quero voltar pra casa.

— Isso não vai acontecer nem tão cedo. Mas me diga... Você tem irmãos?

— Não. Por quê?

— Por nada. É tão chato ficar só, não?

— É.

Um vulto passou por mim rapidamente me derrubando violentamente.

— Você está bem? — perguntou Andrew, me ajudando a levantar. — O que foi aquilo?

— E eu que sei?

Andamos alguns passos mais à frente, e acabamos chegando a um penhasco.

— Oh, merda. — xingou.

— Shh, eu me lembro desse lugar. Tem algo de diferente nele.

— Tem sim, a aurora boreal. — ele apontou para o céu.

Eu olhei.

— É muito bonito, mas não é isso.

— Talvez tenha sido aqui que sua mãe matou o dragão.

— Naquele lugar não crescem árvores.

— Tá... Então que lugar é esse?

— Eu não me lembro.

Era bem estranho. Sentia que já tinha ido ali. Quando eu olhava para baixo, onde tinha água, parecia na verdade que tinha céu. Sim, céu. A água parecia um céu. Eu tentava me lembrar, mas não conseguia. Tanta coisa estranha acontece na vida da gente, que acabamos nos esquecendo do que temos que lembrar. Ou seja, temos que lembrar de tudo. Cada detalhe é importante. Um grão de arroz caído no chão da cozinha pode causar um acidente, não é mesmo?

O mais estranho de tudo, é que não podemos saber se é real. Você acha que sua vida é real, mas já parou pra pensar que quando você morrer talvez possa existir outra vida? Ou se você apenas estivesse em coma? Ou talvez viver na Terra seja só uma fase das sete vidas que você tem que completar.

Você nunca parou para pensar nisso não é mesmo?

— E se nós pularmos? — perguntou.

— Temos dois destinos: nos afogar ou nos debater com o chão.

— O quê?

— O quê?

— Eu não entendi oque você falou.

— Nem eu. O que eu disse?

— Que tínhamos dois destinos, nos afogar ou nos debater com o chão.

— Eu com certeza já vim aqui! Eu disse mesmo isso?

— Disse. E eu não entendi. Como podemos cair na água e nos debater com o chão?

— É isso! — exclamei. — Por isso que a água parece o céu!

Ele olhou para a água.

— Tem razão.

— Podemos descer até lá e tocar na água, ou tentar colocar a cabeça nela...

Ele riu.

— Colocar a cabeça não.

***

— É água. Água normal. — eu disse.

— Então nos enganamos...

Antes que eu respondesse, a água começou a ficar mais agitada, e de dentro dela, algo sairia.

Era brilhante, como se tivesse magia ali.

Então vimos uma garota ruiva dos cabelos esvoaçantes sair da água, completamente nua.

Eu tampei os olhos de Andrew, sem pensar em coisa alguma.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!! Deixo dois mistérios para vocês wahaha.