Once Upon a Dream escrita por Bloody Demon


Capítulo 2
Wonderland


Notas iniciais do capítulo

Se ficou pequeno, i am sorry :p mas prefiro assim huehuehue



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Eu havia dormido pois, estava deitada na grama. Só podia ser o País das Maravilhas!

Diferente de minha mãe, eu podia ir além disso.

Não era só o País das Maravilhas;

Eu poderia ir à Nárnia, por exemplo, a qualquer hora que quisesse. O problema é que, eu não sei como sair do País das Maravilhas, então nunca fui além disso.

Nos contos de fadas, tudo é diferente, o que controla é a magia. Para ir de um país ao outro no "mundo real" é preciso dinheiro e um avião, já aqui é preciso saber se teletransportar, o que é muito mais difícil.

Eu sempre acordava encostada numa parede gigante e infinita. Aquele era o limite. Imaginei que talvez ali pudesse ter sido a porta de onde minha mãe saía toda vez que ia ao País das Maravilhas. Aquele buraco, onde ela caía e tudo ficava de cabeça para baixo, tinha duas poções: o "coma-me." e o "beba-me", mas eu nunca soube o que já tinha sido aquela parede, pois nem minha mãe sabia.

À frente dela, tinha uma floresta. Cores como roxo e verde-mar se destacavam nela, pois era um país de maravilhas, países de maravilhas só existem para pessoas psicóticas, então resumindo, era um país psicótico, onde tudo é colorido de mais, e muito lindo. Bom, as cores, querem dizer que você vê tudo como uma maravilha, mas não está tão maravilhoso assim. Está realmente horrível. As cores rosa e azul. Imagine-as como destacadas numa blusa branca. Imaginou? Agora raciocine que se clarear o azul, ficará verde mar de acordo com o arco-íris, e se escurecer o rosa... dará roxo. Palavras sem rumo, o que isso tem haver? Rosa é uma cor para garotas, azul uma cor para garotos, certo? Errado. Mas é assim que o mundo que se diz cristão define, então, roxo e verde-mar são uma réplica, apenas a aparência se encontra neles, mas na verdade não têm sexo. Creio que não entenda do que estou falando, mas é isso.

Eu entrei nela e andei pela estrada de grama e flores que se encontrava.

— Olá... Becky. — falou uma vozinha um pouco irônica.

Eu me virei, um pouco de repente.

— Ainda está triste?

Eu limpei minha camisola que estava um pouco suja, respondendo:

— Não. Eu sei que vou encontrá-la. Você sabe onde ela está?

— Se eu soubesse, lhe diria. Afinal... o que faz aqui? — perguntou-me, deixando apenas sua cabeça visível.

— Eu procuro minha mãe, e está bem óbvio. O que devo fazer?

— Siga os passos de sua mãe. — falou, sumindo da mesma maneira que minha mãe.

Estava decepcionada porque sabia que se eu falhasse, algo poderia acontecer à ela. Eu sei de várias coisas do País das Maravilhas, mas não sei tudo. Isso dificulta um pouco se eu quiser manter meu bom humor e mente positiva. Porque se eu não soubesse de nada, não estaria tão preocupada, e se soubesse de tudo, provavelmente já estaríamos em casa.

Eu não procuraria pelo Chapeleiro Maluco, ele nunca esteve lá.

O que posso dizer? Que estou sozinha no País das Maravilhas?

Como poderia não saber que um dia minha mãe desapareceria também?

Um dia, o Gato Risonho também irá embora e eu ficarei só sem saber o que fazer.

Quando cheguei, aos meus dez anos, pela primeira vez aqui, eles me disseram que iriam me dar dicas... Eu não liguei muito, mas agora entendo. Seis anos se passaram desde aquele dia, o dia em que eu seria como a Alice... Mas eu me chamo Becky, talvez porque tenha tanto desejo de voltar.

Eu deveria ter tido um irmão. Um garoto que me ajudasse. Alguém que eu amasse. Alguém que eu pudesse proteger. Alguém que estivesse comigo.

Pois acredite, o trabalho em equipe é sempre melhor.

Dos pensamentos mais perversos até os mais amigáveis.

Você poderia querer trabalhar com alguém para esse alguém fazer tudo e você ficar só na boa.

Ou querer alguém que te ajude, pensar em se divertir com alguém...

É sempre melhor trabalhar em grupo.

Às vezes tenho tanto ódio de ser filha única e sem pai.

Mas eu sou feliz, pensando pelo lado bom...

***


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