Annabeth.

– Vem pequeno senta aqui – falei guiando o pequenino garotinho até um banco de rua que estava no passeio. Era sossegado optimo para conversar em paz. Ele assentiu trepando até se conseguir sentar direito.

Adorável.

– Que se passa meu filho?

Ele não respondeu, fitando o chão enquanto abanava as perninhas ritmada mente.

– Brian? Eu não posso ajudar você se não me contar...

– Eu tenho medo que você fique brava.

– Eu não fico.

– Jura?

– Juro.

– Jura Juradinho? – questionou ele me estendendo o mindinho.

– Juro Juradinho – gargalhei cruzando os dedos. – Pronto agora me conte o que se passa...

– Eu... eu ouvi uma coisa...

– Oquê?

– Eu ouvi o tio Apolo falando que eu não tina parle...paler.. pa-re-cen-ças... isso parecenças com a Rachel... Quem é a Rachel?

Fechei os olhos amaldiçoando o maldito Apolo.

linguarudo.– resmunguei mentalmente.

– Brian? Eu quero contar uma coisa para você.

– O-oquê?

– Lembra de um dia você ter perguntando como eu conheci seu pai?

– Sim... você respondeu que foi na escola.

– Pois não foi... – murmurei.

– Onde foi então.

– É uma historia complicada Brian...

– Sério?

– Brian eu vou contar para você uma coisa... mas me promete que vai ter calma tá bom?

– Okay...

***

– V... Você não é a minha mãe?- questionou ele surpreso.

– Não. – murmurei tentando com todas as forças segurar as lágrimas.

– V-Você tá chorando – murmurou ele se levantando caminhando até perto de mim – Eu não queria fazer você chorar.

– Brian eu amo muito você, não importa que não tenha vindo de mim, você é meu filho... e se um dia quiser procurar ela eu não proíbo você.

– Porque ela não gostava de mim?

– Brian, ela... ela não estava preparada para ser mãe na altura...

– O pai gostava dela?

– Isso é algo que você tem que perguntar a ele Brian, ele é a pessoa certa para falar sobre isso.

– Então... você conheceu o papai quando eu era bebé?

– Sim...

– E depois cuidou de mim?

– Sim quando sua m-

– Rachel – corrigiu ele resmungando – minha mãe é você.

– Eu sei filho... – sorri acariciando a sua bochecha perfeita – Quando Rachel estava mal, eu trabalhei na casa do seu pai, cuidei de você durante umas semanas... Um dia o seu pai percebeu que não queria mais viver com alguém que não era feliz... e então pegou em você e foi morar em outra casa.

– E você?

– Eu apoiei o seu pai, e foi aí que nós... bem...

– Ficaram juntos? – questionou ele.

– Sim... começamos a namorar, e eu tomei conta de você... e 2 dias depois você falou a sua primeira palavra...

– Sério? Qual foi?

– Mamãe – gargalhei relembrando aquele exacto momento. – Oh meu Deus Eu chorei tanto naquele dia... foi aí que percebi que queria que você fosse meu filho, que faria de tudo para você ser feliz.

– O que aconteceu á Rachel?

– Ela ao início não aceitou bem... mas depois viu que você era mais feliz com a gente, assinou os papeis para que você ficasse com o seu pai... depois viajou, nunca mais soubemos dela.

– Ela não me amava – murmurou ele. – Pois não?

– Pode parecer que não... mas bem lá no fundo... ela soube amar você á sua maneira, se não, não teria desistido de você – respondi. Brian assentiu fitando o nada... pensei que fosse chorar mas não... apenas riu me abraçando com força.

– Eu amo você . – sussurrou ele – Você é a minha mamãe... não é?

– Sou – afirmei sorrindo. Penteei os finos cabelos da sua testa fitando aqueles olhos verde–mar – Aconteça o que acontecer eu serei sempre sua mãe.

– Vamos embora? – perguntou ele saltando para o chão – Papai deve estar preocupado.

– Brian? – chamei. O garoto travou olhando para mim com aqueles olhos Brilhantes – Se você quiser saber mais sobre ela, ou até um dia querer procurar ela, eu não fico brava... vou apoiar você okay?

– Mamãe... eu ainda tenho algumas perguntas... mas eu não quero conhecer ela... eu quero seguir em frente e esquecer...

– Não Brian – interrompi – Nunca esqueça a história que te contei hoje... ela aconteceu, faz parte de você mesmo.. Ela faz de você a pessoa que você é hoje... um garotinho bondoso e alegre... não esqueça isso...

– Tudo bem... mas não quero conhecer ela... tá bom?

– Tudo bem meu pequeno – sorri vendo aquele sorriso magnifico brotar nos lábios – Vá! agora vem aqui dá um abraço apertadinho á mãe.

Ele gargalhou me rodeando com os braçinhos pequenos – Eu amo você meu filho...

– Eu também amo você mamãe...

**** Horas Depois ****

– Você contou para ele? – questionou Percy. O seu corpo descansava no sofá. Eu me mantinha ali ao seu lado.

Depois da conversa Brian voltou a sorrir, nem ao menos voltou a perguntar sobre isso. Percy ainda tentou falar com ele, para explicar melhor toda a sua historia...

“Por enquanto não quero... ainda não me sinto preparado”

Foi a sua resposta... e claro não insistimos

Voltamos para casa depois do cinema. Nós descansávamos no sofá, enquanto Mel e Brian brincavam no quarto divertidos.

– Eu não contei tudo – afirmei – Apenas resumi um pouco... ele ao inicio ficou triste mas depois aceitou bem.

– Sério?

– Ele falou que ainda sentia duvidas, mas que me ama como sua mãe.

– Impossível não amar você – sussurrou ele contra o meu pescoço. – Você toma conta dele, ama ele... é você a mamãe dele...

– Eu amo tanto ele...

– Eu sei – sorriu ele acariciando as minhas faces.

– Você já viu como o tempo voa? Parecia ontem que tropecei com você na rua.

– Eh – gargalhou ele – Você se jogou logo para cima de mim.

– Oquê?

– Admita que ficou logo afim de mim...

– Você é que me quis dar carona...

– Ué eu admito senti logo algo por você – riu ele me dando um beijo nos lábios – Você era linda... e ainda o é.

– E agora estamos casados... – comentei observando os dedos anelares... dois anéis dourados brilhavam com os reflexos da luz.

– Pois estamos – sorriu ele. Ele girou os corpos, ficando por cima de mim. – Eu amo você Annabeth... mais que tudo no mundo amo você... e os nossos filhos...

– Eu também te amo – sussurrei sentido aquele aroma a maresia. Ele sorriu distribuindo beijos pelo meu pescoço. Sorri abraçando os seus ombros largos sentindo os lábios macios beijarem a minha pele.

– Vamos fazer isto por muito e muitos anos – gargalhou ele num sorriso. – Quando formos velhinhos ainda vamos continuar aos amassos no sofá.

Gargalhei capturando logo os seus lábios num movimento ágil. Ele não havia mudado. Com 30 anos, continuava o mesmo de á 4 anos atrás. Tirando a pequena porção barba e as feições um pouco alteradas, era o mesmo Percy de sempre...

– Espero que até lá não se farte de mim...

– Claro que não amor – falou ele roçando os dedos na minha bochecha. – Nunca me vou fartar de você... você é minha... nada vai mudar isso... eu te amo.

– È verdade isso Sr. Jackson?

– Pode crer que sim Srª. Jackson... – sorriu ele beijando a minha mão. – Mas antes de sermos velhos ainda quero viver muita coisa com você...

– humm – murmurei sentindo a sua respiração na minha face.

– Annabeth? – chamou ele ao fim de um longo minuto.

– Sim Percy?

– Eu tenho pensando em uma coisa...

– Oquê?

– Promete que não fica ofendida? É só uma ideia... – sussurrou ele melancolicamente.

– Prometo. – sussurrei no mesmo tom.

Ele respirou fundo murmurando algo que não entendi.

– Ver o quanto o Brian está crescido me fez pensar... a Mel não vai ser pequena para sempre, e nós ainda somos muito novos...

– O-Oque você quer disser com isso?

– Vou directo ao assunto... você quer ter mais filhos?

– Não sei... – murmurei pensativa. – Três filhos não é brincadeira... Mas... você quer?

– Eu quero, mas só se você quiser também...

– Percy – sorri – Me diga a verdade você quer mesmo?

– Eu apenas sinto saudades de mudar as fraldas, dos primeiros passos, quando eu era verdadeiramente útil.

–Mas você é util Percy – adverti dando um beijo na sua face.

– Eu sei... mas eu quero ter mais filhos porque eu quero acordar de manha, e ver partes de você correndo pela casa... eu não quero perder aquela sensação de ser pai... não agora. Eu AMO você, e quero ter mais bocadinhos do nosso amor andando por aí... porque sempre que olhar para eles possa ver nós dois... o quanto fomos feliz juntos... percebe amor?

– Então você quer?

– Sim... eu quero... e você?

– Eu... eu acho que sim... quer disser, 3 filhos é algo sério, mas nós temos condições porque não tentar?

– Isso é um sim? – perguntou ele com um sorriso.

– Sim Percy – gargalhei. Num segundo ele já havia colado os nossos lábios. Um beijo fogoso e aliviado...

– Eu te amo – sussurrou ele contra o meu rosto.

– Eu também te amo... – sussurrei em resposta. Ele sorriu, a sua mão agarrou firmemente a minha face enquanto os seus lábios tomaram os meus.

No entanto um som estranho ribombou pela sala.

– Que se passa?

– Nao sei – disse ele – Vem do quarto do Brian.

Nos levantamos caminhando pelo corredor. Rapidamente chegamos ao quarto azul, e para nossa surpresa duas silhuetas minúsculas pulavam em cima da cama.

– Que se passa? – perguntei sem entender.

– O papai disse que quando duas pessoas gostam muito uma da outra elas saltam na cama – riu Brian.

– E nos gostamos um do outro – gargalhou Mel tentando dar pulos tão alto quanto os de Brian.

– Vamos papai salta connosco!

– Vamos meninos chega de pulos – interrompi fazendo com que os miúdos soltassem um muchocho. – Há bolo de chocolate na cozinha quem quer?

– EUUUUUUUU! – responderam em uníssono.

– Então venham.

Logo os dois pequenos já haviam pulado para o chão, correndo pela casa em passos rápidos.

– Amor? – chamou alguém ao meu ouvido.

– Sim?

– Tentamos esta noite? – perguntou ele baixinho com um sorriso malicioso no rosto.

– Prometo... – sorri dando um selinho nos seus lábios – Percy?

– Sim?

– O que andou a disser aos nossos filhos hein?

– N-Não íamos comer agora o bolo? – riu ele dando m ar desentendido.

– Idiota. – resmunguei. Ele gargalhou rodeando a minha cintura com os braços. Colou a sua testa á minha, respirando o pouco ar que havia entre os dois – Percy? – chamei baixinho.

–Hum?

– Você é feliz?

– O homem mais feliz do mundo...

...

..

– MÃE - uma vozinha gritou do outro lado da casa - A HONEY DEIXOU UM "PRESENTE" NA COZINHA!