Annabeth

Não sabia ao certo se era boa ideia…

Me chamem de louca, neurótica… mas eu tinha que o fazer. Era necessário…

– Para onde menina? – perguntou o taxista.

– Para Manhattan por favor.

– Tudo bem menina – sorriu o Taxista. Era velho, deveria ter uns 60 anos, possuía uma barbixa grisalha, e um sorriso humilde. – Está tudo bem menina?

– Sim…

– Você parece nervosa.

– Estou bem – garanti – Apenas preciso de tratar de um assunto.

– Algo que eu possa ajudar menina?

– Infelizmente não.

– Então Boa Sorte – falou ele com um sorriso.

– Vou precisar – murmurei num tom baixo. O táxi parou, mesmo em frente á antiga casa dele.

– Quanto é?

– 40 dólares – disse ele observando o conta-quilómetros.

– Aqui tem – disse lhe dando o conjunto de notas verdes. Saí do carro, ficando a olhar para a grande moradia.

– Vamos pequeno – murmurei olhando para a barriga – Tem de ser forte.

Um arrepio me percorreu a coluna. Era agora. Avancei pela rua, parando em frente á porta da frente, voltei a respirar fundo, tocando á campainha. Um toque ecoou dentro da casa. No entanto ninguém respondeu, antes que tomasse consciência do quão louco isto era… voltei a tocar á pequena campainha que se encontrava á esquerda da porta. O som electrónico voltou a ecoar de dentro da moradia. E do nada a porta foi aberta.

– O que faz você aqui? – perguntou a ruiva.

– Eu preciso falar com você.

– Vai embora idiota.

– Eu só peço 10 minutos do seu tempo.

– Se liga - atirou ela com desdém me fechando a porta na cara. Suspirei…

Calma Pequeno tá tudo bem...

Voltei a tocar á campainha, uma e outra vez, quando estava prestes a tocar pela décima segunda vez – sim eu contei – ela apareceu.

– Você não entende? vá embora!

– Eu não vou embora sem falar com você.

– Eu já disse Vaza daqui – vociferou ela.

– Se você não quiser falar tudo bem eu não saio daqui até você não aceitar,

– Eu chamo a policia!

– Tudo bem ate eles virem não saio daqui! – ela me olhou com aqueles vede intenso… bufou e abriu a porta me dando passagem. Entrei meio acanhada, desta vez não! Desta vez eu iria me aguentar! Por mim, por ele… por nós dois.

– Fala! – disse ela fechando a porta com força.

– Eu vim aqui pedir para desistires…

– Oquê? – questionou ela com um sorriso irónico nos lábios – Você tá doida?

– Acho que nunca estive tão sã em toda a minha vida. – contrapus friamente – Por favor… desiste.

– Para quê? Para você ficar com o que é meu?

– Sim – respondi – È mesmo isso.

– E diz isso assim? – riu ela com desdém – Nem nega esconder?

– Não.. é verdade… por muito egoísta que seja eu quero ficar com o Brian.

– Mas não vai ficar.

– Rachel… admita se você ficar com ele, o Brian nunca vai ser feliz.

– Quem garante?

– Eu… e você sabe disso.

– Ele é meu filho!

– E meu também… pense nisso. Você é jovem e bonita… você pode ser feliz… você não ama Brian, você não o aceita sequer… e eu posso fazer isso por você… eu posso cuidar dele…

– Nunca! – berrou ela – NUNCA OUVIU!

– Rachel por favor… porque você insiste? Porque você apenas não segue em frente, existe alguem no mundo para você… você pode ter mais filhos, você pode amar eles.

– Para você ficar com o Percy? Rindo da minha cara enquanto gozam o trofeu?

– O Brian não é nenhum trofeu – suspirei.

– Olha Annabeth eu juro por tudo que nunca vou desistir!

– Porquê?

– Porque eu não quero okay! Vá embora!

– Você alguma vez amou o Brian?

– Saia!

– Me responda!

– Eu não vou responder a nada! – negou ela num tom raivoso. – Agora saia da minha casa!

– Você pode construir uma nova vida, longe disto seguir em frente com alguém novo, com um rumo diferente! Basta você deixar o Brian com o percy se Liberte do passado!

– Saia!

– Me escuta! – gritei fazendo ela retrair um pouco – Se você alguma vez amou o Brian, ou até o Percy… liberte eles…

– SAI-DA-MINHA-CASA! - Gritou ela pausadamente.

– Se não for por eles… faça por você mesmo! Siga os seus sonhos!

– Olha Annabeth – riu ela se chegando perto de mim – Eu nunca vou desistir do Brian sabe porquê? Porque você e o percy vão pagar bem caro pelo que me fizeram…

– Então é isso? Você só quer se vingar?

Ela riu vitoriosa, os seus olhos brilharam… sim… era isso mesmo.

– Eu nunca vou deixar vocês em paz… sabe porque… porque eu vou ficar com o Brian, vocês nunca serão felizes… e o Percy vai acabar por largar você… sabe porque? porque foi você a culpada de ele ter perdido o filho… ele nunca será feliz! Agora Saia da minha casa antes que eu chame a policia.

Durante um longo minuto repensei nas mil e umas maneiras de estrangular ela… respirei fundo… por estranho que pareça o bebé estava calmo, mas eu não iria aguentar por muito tempo.

– Eu pensei que conseguiria fazer você ver a verdade…

– Lamento – riu ela.

– O Brian é sangue do seu sangue… acha justo ver ele sofrer? Acha justo ver um filho seu sofrer?

– Nunca lhe faltará nada – sorriu ela irónica

– Eu tentei – lamentei – Tentei mesmo.

– Saia querida… tá fazendo uma figura lamentável – falou ela coma arrogância.

Caminhei até á porta abrindo a maçaneta de metal rapidamente.

– Ah e Annabeth? Ver você implorar para mim só tornou a minha futura vitoria ainda mais gostosa sabe?

– Lamento… - afirmei – Lamento a infelicidade que será o seu futuro…

– Pelo contrario… eu vou adorar o futuro – sorriu ela.

– Se realmente amasse o Brian… você entenderia o sofrimento que vai causa nele.

– Saia – suspirou ela com um sorriso – Não se humilhe mais.

Nem esperei mais, saí por aquela porta sem olhar para trás. Parei do meu da rua, a visão ficou turva das lágrimas. Respirei fundo controlando o choro…

O bebé… tinha que me controlar pelo bebé.

***

Cheguei a casa, larguei as chaves na cómoda respirando fundo.

– Onde você esteve? – perguntou uma voz masculina.

Dei um pulo do susto, Percy estava ali parado na minha frente… e pior… eles estava Bravo.

– Onde você foi? – perguntou ele num tom furioso.

– Eu fui dar uma volta.

– Annabeth você não ouviu o meu tio REPOUSO ABSOLUTO.

– Desculpa.

– Desculpa? Eu saí depositando toda a minha confiança em você, voltei o mais rápido que pude e para minha surpresa você não estava aqui.

– Eu so fui dar uma volta.

– Mentira… - resmungou ele – Me diga a verdade.

– È a verdade.

– Não é não… você ta nervosa eu vejo isso… Caramba Annabeth porque você não entende que a saúde do bebe é o mais importante!

– Eu sei – resmunguei.

– Onde você foi.

– Eu não quero discutir Percy.

– Annabeth se não quer discutir me diga onde foi? So assim eu vou ter descanso.

Não respondi continuando a fitar aqueles olhos verde-mar.

– Não querofalar neh? Tudo bem não fale, mas eu garanto que-

– Eu fui ver a Rachel! – interrompi.

– V-Você oque?

– Sim… eu… eu fui ver ela – murmurei.

– Você é louca? Você não sabe que é perigoso?

– Desculpa! – gritei num tom de voz alto – Desculpa Okay? Desculpa ser louca, Desculpa ter arruinado sua vida, Desculpa me preocupar com um filho que nem sequer é meu… DESCULPA TA?

Naquele momento eu juro que queria desaparecer… dormir 100 anos e so acordar quando tudo desaparecesse, ou até nunca acordar. Senti as lágrimas molhadas a desceram pela minha face… No entanto uns braços fortes me rodearam num gesto carinhoso e protector.

– O que foi lá fazer Annabeth? – sussurrou Percy.

– Eu tentei Percy – solucei – Eu tentei fazer com que ela desistisse…

– Mas você não dev-

– Eu sei – insisti – Eu sei que é perigoso mas eu não consigo… não consigo deixar de me preocupar com o Brian, você não percebe?

– Perceber oquê amor? – questionou ele baixinho.

– Mesmo que este bebé nasça, mesmo com ele e comigo... sem o Brian você nunca será feliz… e você sabe.

Ele não respondeu, apenas me apertou contra si com cuidado.

– Talvez isso seja verdade- falou ele num sussurro quase inaudível – mas serei ainda mais infeliz se perder você… ou o bebé…

– Mas…

– Acabou okay! - falou ele – Acabou! Não quero mais falar sobre isto… não quero que você se enerve… amanha vai correr tudo bem… eu prometo.

Ambos sabíamos que isso não era verdade… havia poucas hipóteses de Percy vencer…

– Me abraça apenas – pedi encostando ao seu peito.

– Eu amo você okay… por muito mau que isto seja… eu amo você.

– Desculpa – solucei – Desculpa se lhe preocupei.

– Shiiiuuuuu- pediu ele – Esquece isso… estou aqui… eu vou sempre estar aqui.