Percy

– Annabeth? – chamei entrando no Apartamento.

– Aqui Percy – uma voz meiga respondeu. Suspirei aliviado, a ideia de a deixar á mercê dos nervos, ainda por cima estando sozinha em casa. Ela se mantinha deitada no sofá. As pernas cruzadas na alcofa e um livro nas mãos enquanto o cabelo permanecia preso num coque.

– O Brian?

– Está a dormir – falou ela monotona.

– Você está sozinha?

– A Thália passou aqui á pouco...

– Fico mais descansando.

– Como correu?

– Estaria a mentir se dissesse que tinha corrido bem.

– O que se passou? – perguntou ela aflita.

– Calma okay? – pedi me sentando ao seu lado – Não fique nervosa tá legal? Não correu optimamente, mas, até que nos saímos bem.

– E a Rachel?

– Ela apareceu com um psiquiatra – respondi amargamente – deu a fama de típica mulher arrependida.

– E agora?

– A minha advogada deu conta do assunto.

– Eu não entendo – suspirou ela com as mãos pousadas na minha face – Se ela não o quer porquê insiste nisto?

– Simples… vingança.

– Mas para quê? O que ela ganha?

– Na cabeça dela, pensa que se conseguir ficar com o Brian, consegue por fim se vingar de mim… Além disso os Dare nao vão desistir de um herdeiro á fortuna deles.

– Eu tenho medo – suspirou ela escondendo a cabeça no meu ombro – E se ela…

– Shiiiiuu – sussurrei fazendo com que a loira me olhasse. – Hey… não fala isso okay? Ela não vai conseguir… sabe porquê? Porque nos amamos ele… o Brian é nosso filho.

– Eu não quero perder ele.

– Não vai perder… nunca.

– Eu Amo você – disse ela me abraçando com força.

– Eu também – respondi. Retirei o seu rosto da minha camisa ficando frente a frente com ela. – E eu juro por tudo que vamos ficar com ele… aconteça o que acontecer… eu te amo muito.

– Ele está irrequieto hoje – disse ela colocando a mão na barriga.

– Você não pôde andar nervosa – adverti.

– É um pouco impossível não me preocupar.

– Eu sei… mas procure relaxar está bem?

– Você fica uma gracinha assim preparado. – sorriu ela. Não pude conter um sorriso orgulhoso… afinal… ela era minha.

– Eu amo tanto você – suspirei – Nem sabe quantas vezes eu penso que um dia você sumirá… que tudo isto é passageiro…

– Eu nunca vou sumir – riu ela.

– Eu sei… mas acho que isso acontece constantemente, a pessoa tem sempre medo de perder a outra.

– Percy – chamou ela me puxando pelo colarinho da camisa – Eu estou bem… nós estamos bem.

– Ainda bem… - sorri dando festas na sua barriga – Eu vou sempre proteger vocês… a você, ao Brian… e ao pequeno que aí vem.

– Eu sei que sim – riu ela.

– Por isso pare de se enervar okay? Não é bom estar assim.

– Sim senhor Jackson – riu ela me dando mais um beijo. Oh deus beijar aqueles lábios… era… era como se necessitasse deles todos os dias para sobreviver.

– Não se preocupe… vai tudo correr bem tá bom?

– Obrigado – sussurrou ela me abraçando.

– Hey… eu faço isso porque amo você… e quero que sejamos uma família.

– Vamos ser – afirmou ela – Eu sei que sim.

– Optimo… - sorri afagando a sua face. – Agora descanse que eu vou preparar o lanche tá bom?

– O que o Chef vai preparar?

– Waffles azuis.

– Azuis?

– Sim… - sorri, me lembrando dos pequenos flashes que passavam na minha mente, Imagens do garotinho de olhos verdes comendo o tão saboroso doce azul que sua mãe Sally preparava nos tempos de infância – Vai ver que vai gostar… eu tenho o dom da cozinha.

– Não duvido – riu ela. – Eu vou com você.

– Oi?

– Ai nem venha… se ficar aqui so me vou enervar mais… assim sempre me distraio.

– Tá bom… mas a senhorita vai ficar sentadinha na cadeira.

– Mas…

– È isso ou volta par aqui. – contrapus.

– Aff… você é exigente.

– Sou sim.

– E chato.

– É meu dever como pai do seu filho ser chato.

– E…

– Vai continuar a me ofender ou vai finalmente me beijar? – interrompi agarrando na sua cintura a puxando contra mim.

– E modesto – completou ela por fim, me beijando com ferocidade…. Sim eu amo ela.

Thalia

– Nossa – suspirou Reyna – Essa sua amiga tá com um montão de problemas.

– Eh neh… - suspirei. Estava de novo na faculdade, após preencher a ficha de inscrição encontrara Reyna na secretaria da administração. – Mas ela ama o cara…

– Eu percebo… e pelo que você me contou respeito a coragem dela… não é toda a mulher que luta por um homem casado… ainda por cima com um filho.

– A Annabeth é especial – sorri – Você iria gostar de a conhecer.

– Talvez um dia.

– Bora tomar café?

– Aceito – gargalhou ela. Atravessámos a rua… do outro lado da esquina estava uma pequena cafetaria. Era simples, possuia um placar grande na fachada do edificio.

“Doce inCanto” – era o nome gravado em letras redondas.

– O que vai ser? – perguntou a garçonete assim que nos sentámos nas mesas da rua.

– Dois cafés por favor – pedi para a mulher adulta fardada.

Ela assentiu prometendo que os traria daqui a uns minutos.

– Então você é nova aqui?

– Sou sim – respondeu Reyna – Me mudei para cá para fazer faculdade.

– De onde você é?

– Texas.

– Oh temos uma Hannah Montana aqui.

– Nem tanto – riu ela.

O single Ed Sharen ecoo no meu bolso… Sim eu tenho um toque dele.

– Espera um pouco – pedi.

– Está á vontade –disse ela me dando permissão.

T – Sim?

L – Oi.

T – Hey

L – Onde você está?

T – Tomando café.

L – Outra vez com aquela amiga.

T – Uh-Hum.

L – Antes ela do que com um garoto.

T – Idiota.

L – Estás disponivel hoje á noite?

T – Sim porquê?

L – Quer vir passar a noite comigo?

T – Ham?

L – Sim isso mesmo que ouviu.

T – Tudo bem… acho.

L – Hey tá com medo de quê?

T – Nada não deixa para lá.

L – Bem eu vou chegar ás 9h… tenho que trabalhar.

T – Mas e como fazemos então?

L – Simples… Onde você está?

T – Numa cafetaria perto da faculdade.

L – Eu passo aí e te entrego a chave do meu apartamento tudo bem?

T – O-Okay.

L – Vá vou agora para aí te amo.

T – Você está ficando muito meloço.

L – Andei praticando.

T – Vá tchau.

L – Na Na Na Ni Não…vá quero ouvir.

T – Ouvir o quê?

L – Eu te amo…

T – Nem penses.

L – O que lhe custa?

T – Dignidade.

L – Mais cedo ou mais tarde vai ter que admitir.

T – Fica para mais tarde então.

L – Se é assim… eu nunca mais te faço aquele doce de chocolate que você tanto ama.

T – Isso é sacanagem.

L – Estou á espera.

T – Aff okay… eu te amo pronto satisfeito?

L – Muito, beijos.

T – Outro para você.

– Era o meu namorado…

– Eu percebi – sorriu ela.

– Quer me dar as chaves de casa. – expliquei – E você tá namorando?

– É complicado.

– Complicado?

– Bem… eu gosto de um cara, mas ele não me liga nenhuma.

– È gay?

– Não! – gargalhou ela – Claro que não.

– Então pronto.

– Mas não é só isso… eu bem que ainda gosto de um cara com quem andei afim.

– E cadê ele?

– Deve andar por aí.

– Thália – uma voz masculina soou aos meus ouvidos. Olhei em frente e vi que Luke avançava sorridente.

– Hey – exclamei me levantando. Ele rapidamente me beijou. Atracando a minha cintura.

– Luke esta é amiga que eu te falei a…

– Reyna? – questionou Luke surpreso.

– Luke? – repetiu a garota com os olhos arregalados.