Thalia.

– Nossa hoje você estava bem safadinha hein? – riu o loiro. Luke se mantinha ali ao meu lado… As respirações pesadas e os suores frios denunciavam os tórridos momentos que passámos á pouco.

– Eu? – questionei.

– Sim – riu ele – Nem esperou que entrássemos… você estava praticamente me comendo no elevador.

– Ah nem venha… quem manda dar aquele sorriso lindo para mim?

– O meu sorriso é lindo? – repetiu ele com um olhar safado.

– Quer disser… er…

– Repete – pediu ele subindo para cima de mim. Voltou a se entrelaçar na minha cintura me dando leves beijos pelo pescoço.

– Me obrigue – provoquei.

Ele sorriu desafiante. Os seus lábios mordicaram o meu pescoço fazendo com que a minha garganta suspirasse.

– O seu sorriso é lindo. – cedi. Ouvi a risada dele conta meu pescoço, mas reparei que do nada… ele parou, ouvi ele murmurar algo… mas mesmo assim não percebi o que era.

– Thália? – chamou ele ao fim de um tempo.

– Sim.

– O que eu sou para você?- olhei directamente naqueles olhos azuis como céu. Ele revelava uma expressão medrosa, mas mesmo assim autoritária.

– Luke – suspirei empurrando o seu ombro para me poder sentar. – Você sabe que eu não estou preparada para uma relação.

– Porquê?

– Não quero contar…

– Não quer? – resmungou ele – Estamos fudendo á mais de uma semana e você ainda não confia em mim?

– Não é isso.

– Então me conte… porque você me afasta?

– Eu não afasto você.

– Afasta sim… sempre que eu falo em nós você evita falar sobre isso… me diga porque…

Eu não respondi, apenas mirava o chão sem falar nada.

– Ou será que não existe nós – continuou ele – E isso que eu sou para você? Um cara com quem fode e joga quando já está satisfeita?

– Não é isso…

– Então me conte… me conte porque não quer ter nada comigo.

– Tenho medo.

– Medo? Medo do quê?... o que se passou com você para ficar assim?

– Luke…

– Me conte… me prove que sou especial para você… me diga porque…

– Eu já fui deixada uma vez Luke – murmurei.

– Deixada?

– Sim… deixada…

– Como assim?

– Imagina o seguinte… uma garota normal que se apaixona por um cara perfeito… e depois de lhe ter tirando a virgindade o cara admite para ela que não só é casado como tem que ir embora para o estrangeiro… percebe agora? Percebe porque não gosto de me apegar a ninguém? E para completar você é alvo de criticas por parte da sua família, te chamam de vadia, puta… so porque se entregou para alguém que na verdade so queria uma tranza…

– Mas eu não sou ele.

– Eu sei que não… - murmurei.

– Então… porque você me afasta… porque não me deixa me aproximar de você.

– O que você quer Luke? – cortei.

– Quero você.

– Você já me tem…

– Não é assim – disse ele se aproximando de mim. Os seus lábios tocaram o meu braço, senti ele dando leves beijos até ao meu pescoço – Eu quero você por completo… quero amar você… quero estar ao seu lado… quero fazer parte da sua vida.

– Você… você me ama? – perguntei com os olhos arregalados.

– Eu posso parecer mulherengo – riu ele – Mas você é a primeira mulher que eu não dispenso no dia asseguir… na verdade você é a única mulher com quem quero ficar todos os dias depois de fazermos amor… vendo filmes… dormir ao seu lado, beijar você sem segundas intenções.

– Isso é muito fofo – disse sem animo – Mas depois vai acabar por se fartar.

– Não vou não – murmurou ele continuando a me beijar o pescoço – É impossível eu me fartar de você… você sempre me surpreendente.

– Promete? – perguntei rindo.

– Prometo. – assegurou ele – eu te amo.

– Eu… eu também – disse sentido as minhas bochechas corar.

– Também o quê? – insistiu ele. Senti os seus braços a me rodearem a barriga, enquanto os seus lábios roçara no lóbulo da orelha.

– Também te amo… - murmurei segurando as respirações afroitas.

– Eu sei – gargalhou ele.

Ficamos ali abraçados um no outro, tapados pelo lençol de cetim.

– Ainda tenho de telefonar ao Percy – resmungou ele. Percy?

– quem?

– Um amigo – riu ele.

– Percy? Percy Jackson?

– Sim - estranhou ele – Conheces?

– Sim… vi ele saindo de casa da minha amiga.

– Oquê?

– E verdade.

– Espera – riu ele – Conheces a Annabele?

– Annabeth – corrigi – Conheço sim.

– Nossa… que mundo pequeno.

– E você conhece o percy?

– Somos amigos de infância. – riu ele me apertando mais contra si. – Mas não falemos neles agora quem importa somo só nos.

–È… so nos – repeti abraçando ele com mais e mais força.

– Eu te amo Thália Grace – murmurou ele ao meu ouvido.

– Eu te amo Luke Castellan – disse rindo, puxando aqueles lábios finos contra os meus.

Percy

Andava de um lado para o outro,esperando Annabeth… e mais importante esperando os meus pais. Eles chegaram hoje de manha. Era 15h. Tinha combinado com eles que nos encontrássemos a esta hora. O meu coração deu um pulo ao ouvir a campainha. Me apressei a ir abrir a porta. Annabeth sorriu nervosa. Vestia uma jeans e uma blusa preta. Por cima tinha um blazer castanho creme.

– Oi – disse dando um sorriso ancioso. – Entra.

– Os seus pais? Ainda não chegaram?

– Não… ainda não – disse meio ansioso. Annabeth entrou… estava estranha um pouco distante. – Que se passa?

– Percy – murmurou ela evitando me olhar directamente – aconteceu uma coisa…

– O quê?

– Quando fui levar o Brian a casa de Afrodite eu… - ela não continuou respirou fundo engolindo o nervosismo.

– Que passa amor?

– Eu… - ela mal respirava… e cerrava os olhos tentando ganhar coragem – Eu descobri que estou…

No entanto o som da campainha interrompeu a conversa.

–Você me diz depois tá bom?

– Mas…

– Hey calma… eu prometo que depois você me conta…

– Tudo bem – sorriu ela ansiosa.

– Eu vou abrir a porta tá bom? – avisei. Annabeth tremia, mas assentiu melancólica.

– Não tenha medo – pedi dando um selinho nos seus lábios – eu vou aqui com você.

Ela assentiu de novo, me afastei dela e fui abrir a porta. O meu e a minha mãe estavam ali parados…

– Oi – cumprimentei.

– Olá meu filho – sorriu minha mãe. Os seus braços se colocaram á minha volta, me dando um abraço.

– Pai – cumprimentei.

– Espero que tenhas uma explicação Percy – resmungou ele.

Annabeth

– Pai Mãe – sorriu Percy para mim – Esta é Annabeth.

–Olá querida – sorriu Sally para mim, me vindo cumprimentar com um beijo na face.

– Olá Dona Sally prazer em vê-la.

– O mesmo.

– Então foi por ela que trocaste a tua esposa – resmungou Poseidon.

– Pai – reprovou Percy.

– O que foi disse alguma mentira? – contra-pôs Poseidon num tom sarcastico. – Olha para ela filho, deve ter oquê? 19, 20? Onde trabalha?

– Estou acabando a faculdade – respondi seca.

– E depois? Pretende viver ás custas do meu filho?

– Pai chega – berrou Percy.

– Poseidon acabou – discordou Sally. – Deixa a moça em paz…

– Para quê? Para ver ela atacando o dinheiro da nossa familia Sally? Miudas da laia dela parecem lobos atrás de dinheiro.

– Para mim já chega – disse me apressando a pegar no casaco.

– Annabeth.

– Deixa Percy… você e eu sabíamos que isto ia acontecer. – disse me preparando para sair. – Falamos depois ta?

– Annabeth – chamou Percy. Mas ignorei. Desci as escadas … mas uma forte dor de cabeça explodiu dentro da minha mente.Levei as mãos ao rosto… cambaleando nos degraus.

– Annabeth – repetiu. Ouvi uns passos a descerem as escadas… Mas não conseguia ver nada, estava tudo nublado… como se o meu cérebro andasse á roda. Tentei dar um passo, mas acabei por falhar um degrau caindo. O meu corpo rebolou pelos degraus… embatendo com força nas paredes.

– Annabeth – tentei abrir os olhos… mas era como se estivesse caindo num sono… -

– Percy- murmurei por fim quando caí no vacuo.