Percy

Estava na sala de espera. Brian tinha ido fazer uns exames, os nervos me punham louco, so de pensar que ele poderia ter algo, ou se ter machucado asério me faziam odiar Rachel profundamente. De alguma forma eu tinha culpa… eu sabia nos riscos que corria, sabia que era perigoso, pensava que conseguiria proteger Brian, mas afinal não. Brian já havia entrado há 2 horas, não sabia mais o que fazer para passar o tempo, já havia trocado de roupa, vestindo umas jeans e uma camisa que trouxera na mala.

Estava assustado, angustiado com que se tinha passado.

Não culpava Rachel de ter depressão, culpava ela, por nunca ter reconhecido o problema e ter iniciativa de querer se curar.

– Percy – ouvi alguém chamar, Levantei o rosto. Annabeth estava parada a alguns metros de mim. Me levantei, automaticamente caminhei para ela, a abraçando num gesto desesperado

– Tenho medo – murmurei. Algo que nunca pensei em disser, na verdade algo que nunca disse em toda a vida. A ideia de Brian magoado me dava um aperto no coração.

– Eu sei – disse ela contra o meu pescoço. - Mas Percy? – chamou ela me fazendo afastar para lhe olhar. – Vai correr tudo bem.

– Não sei – disse negando.

– Eu prometo - garantiu ela. Dei um sorriso triste.

– Obrigado por vires.

– Não agradeças… eu… gosto muito do Brian.

– A culpa foi minha – disse baixando o rosto.

– Não percy – intreviu ela.

– Eu sabia dos riscos que ele corria, eu devia ter estado mais atento.

– Percy – chamou ela em tom de reprovação – A culpa não foi de ninguém… nem você tem culpa do que aconteceu, nem a Rachel não tem culpa de sofrer com depressão… pôde acontecer com qualquer mulher.

Assenti meio acanhado. Senta-mo-nos nas cadeiras á espera de algo. Eu queria ter entrado, mas Apolo, disse que não podia estar lá. Olhei para o lado, Annabeth estava sentada ao meu lado, segurando a minha mãe. Respirei fundo, estávamos em silencio e assim continuamos.

Ate que finalmente ele apareceu.

Apolo segurava Brian no colo, Brian estava acordado, com o dedo na boca.

– Então? – apressei-me a falar assim que os vi.

– Está tudo bem com ele – sorriu Apolo, ele apenas chorou porque estava assustado, alem disso estava com dores na zona do pescoço, mas foi só um susto. – disse ele sorrindo me entregando Brian.

– Percy? – chamou Apolo.

– Diga?

– Eu sei que vai ser difícil ouvir isto mas… se não queres que o Brian se machuque afasta ele de Rachel… ela precisa de ajuda, e receio que se ela tiver mais uma recaída com Brian por perto coisas más podem acontecer.

– Descanse eu… eu sei disso.

– Optimo – sorriu ele. No entanto o seu olhar desviou-se para um pessoa atras de mim.

– Oi – disse ele dando um sorrio galanteador. Óptimo, agora vai flertar com ela…

– Boa noite – disse ela.

– Deve ser a Annabeth a Afrodite me falou de sim hoje.

– Sim sou – disse ela. – Prazer – cumprimentou oferecendo a mão ao qual Apolo apertou satisfatoriamente.

– Bem vou deixar vocês – disse ele. Óptimo assim nos poupe ás cantadas baratas e aos haicais sem graça. Ele sorriu, e se foi.

– Onde você vai passar a noite?

– Não sei, acho que o meu pai deixou a chave com os visinhos caso precisasse.

– São 4h da manha – retorquiu Annabeth preocupada.

– Pois…

– Se você não se importar de passar a noite no sofá – disse Annabeth meio que corada – Eu posso te oferecer.

– Não se incomode. – disse corando.

– Não incomoda.

– Acho que vou ter que aceitar de qualquer das formas - disse sorrindo. – Não quero passar a noite toda dentro do carro, alem disso nem carteira trouxe.

– Okay, pode ficar lá o tempo que quiser. – disse ela.

– Não é necessário, amanha vou a casa, e trago tudo o que conseguir, fico em casa dos meus pais, enquanto não tenho apartamento.

– Se-sempre vai se divorciar?

– Vou – disse – E algo que já devia ter feito há tempo, e não vou arriscar que isto se repita de novo.

Annabeth nada disse. Apenas assentiu acanhada.

– Quero recomeçar – disse.

– Faz bem – sorriu ela – Mas e o Brian?

– Tenho medo que a família da Rachel me tire o filho, mas eu não vou desistir, vivi com medo a vida toda, é altura de ser corajoso.

– Fico contente por pensar assim – disse ela.

Chegamos ao parque de estacionamento. Sentei Brian na cadeira, ele estava palido e com olheiras escuras. Dormia profudamente e Tapeio para que não tivesse frio.

– Onde fica sua casa.

– Em Hudson Heights – expliquei.

– Nossa

– Que foi?

– Você atravessa Nova York todas as manhas so para vir trabalhar?

– Sim

– Mas isso é muito

– Não, me habituei com o tempo.

– Mas deve ser cansativo não?

– Um pouco, mas quando se faz isso desde dos nossos 18 anos vamos nos acostumando.

– Mesmo assim.

– Vamos, deixa para lá – riu ela. Guiei até Hudson Heights, era um bairro bonito, não era luxuoso, era simples, ao estilo inglês. Annabeth pegou na cadeirinha de Brian, para que eu pegasse na minha mala. A decoração do seu apartamento era simples, mas convidativo, era todo ornamentado e tijolo, havia vasos de com plantas e flores. Era um apartamento bonito.

– Venha – disse ela – Pode largar as coisas aqui.

Assenti. Larguei a malaá entrada, tal como ela dissera.

– Espere aqui – disse ela me entregando Brian. Peguei nele com cuidado para não o acordar. Annabeth sorriu , e caminhou para uma outra divisao. De lá trouxe, um conjunto de lençóis e cobertores, juntamente com uma almofada.

– Deie eu faço isso – avisei.

– Não se incomode – disse ela. Longo o sofá estava pronto.

– O Brian vai ficar aqui ao lado, acho que você fica mais descansando. – disse ela. Assenti, Coloquei Brian na cadeira, e olhei para Annabeth que sorria contente.

– Obrigado –disse – Obrigado mesmo.

– Não tem de quê – disse ela. Ficamos ali assim parados nos observando.

– Se precisar de algo é so pedir - disse Annabeth.

– Não obrigado. – afirmei.

– Bom então boa noite – disse ela se preparando para sair, Mas antes que pudesse dar um passo, agarrei a sua mão. Ela olhou para mim com aqueles olhos cinza que eu tanto admirava.

– Eu sei que é a segunda vez que digo isto mas…. Obrigado mesmo muito – disse. Ela assentiu dando um sorriso corado. Num gesto surpreso puxei ela contra mim. O seu corpo embateu no meu com delicadeza permitindo que eu a abraçasse. Era bom sentir aquele cheiro de novo, era bom lhe tocar de novo.

– Boa noite Percy – disse ela quando permiti que se libertasse.

– Boa noite Annabeth – respondi ao vela sorrindo saindo para o seu quarto.