Percy

Posso disser que Annabeth era sem duvida uma óptima companhia. Passeamos pelo Central Park. Almoçamos numa lanchonete ali perto, depois de almoço, voltámos para casa divertidos.

– O passeio foi bom – disse.

– Foi sim – confirmou ela.

– O que vai fazer esta tarde? – perguntei.

– Nada de especial, como eu disse não tinha nada importante para fazer.

– Quer vir comigo ás compras? – ofereci. – A geladeira está vazio, além disso queria comprar roupa para o Brian, o garotão parece crescer um centímetro a cada dia que passa.

– Não sei não. – disse ela meio acanhada.

– Vamos lá. – insisti - Além disso eu sou homem, e escolher roupa não é bem uma qualidade minha, a minha mãe é que tratava disso – disse rindo.

– Tudo bem então – riu ela. – Onde quer ir?

– Eu não gosto de shopings são muito movimentados, odeio confusão – avisei.

– Quer ir ao da baixa? – perguntou ela.

– Tudo bem.

– E a sua mulher? – perguntou ela de súbito.

– Se bem a conheço, deve estar na galeria, a sua próxima exposição é esta semana, logo ela deve estar a preparar a galeria.

– E se ela nos vir? – questionou ela melancólica.

– Que mal pode fazer? Estou só comprando roupa para o meu filho – disse.

– Sim mas…

– Annabeth calma, se ela nos vir, vai perceber que era ela que devia estar ali, você tem sido um óptimo apoio para o Brian, e ele tem estado radiante de a ter por cá.

Ela sorriu. Como combinado fomos fazer ás compras. Comprei os mantimentos necessários para que não faltasse comida em casa. Annabeth sugeriu que visitássemos uma loja em Manhattan. Chamava-se “Vivaldi”. Ela disse que vendia roupinhas de bebé a preços baratos, e que tinham varios modelos bonitos.

E tinha razão. Ao entrar na loja vi todo o tipo de roupa e calçado infantil. Desde lá, a crochê. Olhei em volta, eram só mulheres, havia um ou dois homens, que a julgar pelas caras pareçam estar em total aborrecimento.

– Venha daí – disse Annabeth. Brian estava ao meu colo, decidimos deixar o carrinho de bebe em casa, trazendo apenas a cadeirinha… mas como a loja era perto, Levei Brian ao colo. Annabeth me guiou até a um corredor azul, cheio de roupas para menino.

– E que ta esta? – perguntou ela me mostrando um pijama azul, e outro branco.

– Gosto – disse sorrindo. – Mas precisamos de mais.

– Okay entendi – disse ela rindo, pegou em outro, desta vez era verde. Neguei com uma cara estranha, ela pareceu concordar porque também negou sorrindo. Sempre sorrindo… cara há algum sorriso melhor que aquele… mais bonito?

– E este? - disse ela mostrando outro par de pijaminhas, um era vermelho, outro laranja.

– Gosto do laranja…

– Também… - concordou ela.

Escolhemos uns 14 pijamas talvez, logo já havia anoitecido, voltámos para minha casa, deixei Annabeth na central de Táxis – apesar de eu insistir para levar ela a casa.

– Então até manhã senhor Jackson – brincou ela sorrindo ao ver que já tínhamos chegado á central.

– Até manha – disse. – E obrigado por me ajudar com o Brian.

– Ora não tem que agradecer – disse.

– Na verdade tenho – corrigi – Tenho de lhe agradecer muito, você é uma boa amiga… e uma óptima baba.

– Obrigada… - disse corando. Ficamos assim, parados nos olhando, Annabeth pareceu notar do tempo passando pois abanou a cabeça olhando para o nada – Então até manhã?

– Até manha.

Ela sorriu, se virou para trás e deu um sorriso a Brian – Tchau garotão.

Sorri, ao ver Brian rindo. Ela pegou no casaco, e saiu se afastando. Dei outro sorriso bobo, voltei a minha atenção para a estrada e voltei para casa, esperando que amanha a voltasse a ver.

*Horas Depois *

Estava a sonhar, no meu sonho, via Annabeth a loira que me fazia sorrir descontroladas vezes. Estávamos passeando pelo parque, ela sorria, olhei em volta, era Outono, pois as folhas secas estavam caídas pelo chão. No entanto desviei novamente para os olhos dela, mas surpresa! Eram verdes! Rachel sorria enquanto me dava a mão…

– Vamos ficar juntos para sempe – disse ela sorrindo esticando os lábios para me dar um beijo. Me afastei assustado, mas embati em algo. Me virei assustado, um carrinho de bebe estava mesmo atrás de mim. Um bebe chorava, e pude ver que era Brian. O agarrei embalando, mas ele não parava de chorar.

Chorar

Acordei com um choro, berros infantis. Me levantei todo transpirando, molhado de suor húmido. Mas quando acordei, reparei que um choro verdadeiro vinha do outro lado da casa. Olhei para o lado.

Rachel… ela não estava lá.

– Cala-te! – gritou alguém.

Me levantei assustado. Corri pela casa, ate jogar ao quarto de Brian… Aquilo me chocou, Rachel gritava apertando o pescoço de Brian que lutava contra os braços dela.

– Cala a boca sua peste – berrou ela apertando ainda mais o corpo dele. Brian chorava, provavelmente por ela o estar a magoar. – Eu não posso mais te ouvir! Eu não te suporto!

– Rachel – Gritei. Corri até ela, agarrando a sua cintura a empurrando, para o outro lado do Quarto.

– Ele não se cala – gritou ela desesperada.

– Você estava apertando ele! ­ - acusei – Você é louca.

– É ele que me dá em louca! – gritou ela olhando furiosa para Brian que chorava.

– Você é um monstro – murmurei. – Você estava magoando o seu filho.

– Meu filho? Ele destruiu minha vida – disse ela berrando. – Eu não o suporto mais!

– EU É QUE JÁ NÃO TE SUPORTO – Vociferei – ESTOU CANSADO, CANSADO DE TENTAR, MAS SABES QUE MAIS? ACABOU, EU VOU EMBORA E O BRIAN VAI COMIGO.

– O QUÊ?

– ISSO MESMO QUE OUVIU, CANSEI!

– Você não pôde…

– NÃO POSSO? VOCÊ QUIS MATAR O NOSSO FILHO

– ELE NÃO SE CALAVA!

– ELE SO QUERIA COMER PORRA! – gritei – QUEM É VOCÊ? QUEM É VOCÊ PARA MACHUCAR O MEU FILHO?

– Eu não sei – disse ela – Eu nem sequer consigo olhar para ele, eu tenho nojo dele.

– Você é um monstro – disse sem acreditando no que ouvia. – Eu não consigo, eu não posso confiar você… eu VOU EM-BO-RA. – dito isto agarrei em Brian. Envolvendo nos meus braços, tinha que o levar ao hospital. Agarrei na sacola azul que Annabeth deixara sempre preparada antes de sair. Peguei na cadeirinha, e sentei Brian nela, queria me despachar, queria desaparecer dali. Ele chorava, o que me deixava ainda mais assustado, Corri para o quarto. Rachel foi atrás de mim, gritando.

– Você nem vai tentar sair desta casa!

– Eu não estou a tentar, eu Vou sair.

– Nem pense me deixar.

– Ai não? – disse quando cheguei ao quarto – Ora veja! – gritei. Me agachei retirando a mala de viagem. A Abri num gesto veloz, andei até ao roupeiro retirando todas as camisas e jeans que conseguia agarrar no mínimo tempo possível, jogando elas na mala.

– Você não ousaria ir embora… eu sou sua esposa!

– MINHA ESPOSA? – descontrolei – QUE MERDA DE ESPOSA É VOCÊ QUE TENTOU MATAR O MEU FILHO.

– EU NÃO QUIS… - gritou ela.

– Aff – bufei com um sorriso sarcástico. Fechei a mala. Brian ainda chorava. - Calma pequeno o papai vai levar você daqui.

– Vê – disse ela – Foi por isso mesmo que isto aconteceu, foi VOCÊ!

– Você so pode estar brincando com a minha cara!

– VOCÊ ME DEIXOU, ME TROCOU POR ELE.

– ELE É MEU FILHO

– E EU ERA SUA ESPOSA LEMBRA? EU AMAVA VOCÊ

– Sabe uma coisa Rachel? – disse pegando na cadeirinha de Brian, e na mala – Eu NUNCA AMEI VOCÊ!

– Tem razão. – riu ela – Você nunca me amou, você brincou comigo! Você so quis uma transa.

– E sabe que mais? EU TENHO VERGONHA DE MIM! EU ME ARREPENDO TODOS OS DIAS DE TER IDO PARA A CAMA COM VOCÊ… EU ME ARREPENDO TODOS OS DIAS DE TER CONHECIDO VOCÊ! - gritei, pausando um pouco, suspirei… e continuei… se ela queria ouvir verdades, então que as ousa – Mas sabe o que me deu força para aguentar esta MERDA de vida? O Brian! Ele é a única coisa que você me deu de bom… é a ÚNICA coisa boa que eu guardo de você… é MEU FILHO.

– SOME DAQUI – gritou ela sem querer ouvir mais nada.

– Custa não custa? - disse – Mas sabe que mais? EU vou embora e vou levar o meu filho comigo, tente o que quiser, mas não volto a deixar o meu filho perto de você. –Disse a empurrando correndo até á porta.

– EU TE ODEIO – gritou ela.

Sai furioso, e pude ouvir que ela atirou qualquer coisa contra a porta.– Coloquei Brian no carro, ele chorava ainda, sem duvida ele se havia machcado.

– Calma pequeno, o papai está aqui. – disse apreensivo. Corri para o banco do condutor, Arraquei a toda a forla, meti as mãos ao bolso. E tirei o celular ligando para Luke… mas o cara não atendeu, liguei mais uma vez nada. Devia estar comendo uma garota qualquer… não podia ligar para minha mãe, tentei Afrodite… mas tal como Luke ela não atendeu…

– Annabeth – disse aflito. Logo liguei para ela… e para meu alivio ela atendeu.

– Estou – devia estar dormindo, pois sua voz atendeu.

– Annabeth? – perguntei respirando.

– Percy? Percy está tudo bem? – perguntou preocupada.

– Annabeth você pode vir ter comigo ao Hospital.

– Mas que aconteceu.

– A Rachel o machucou, e eu estou bastante assustado – disse desesperado – Por favor pode vir ter comigo?

– Claro eu vou para ai agora.

– Obrigado

– Percy Vai correr tudo bem – dissse ela. Desliguei o celular, o carro voava na estrada. Estacionei que nem um maluco. Peguei em Brian. Corri ate ás urgências.

– Chama o Dr. Apolo – gritei. Todos olhavam para mim. O choro de Brian ecoava pelas paredes do Hospital, assustando toda a gente. Uma enfermeira afro-americana correu até mim assustada.

– Que se passa senhor?

– O meu filho está machicado por favor chame o Dr. Apolo – pedi angustiado.

– Venha comigo – disse ela me guiando apressadamente pelos corredores do hospital