Maternidade escrita por Xokiihs


Capítulo 20
Apaixonando


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :)



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Existe sempre aquela hora em que os pais têm que sentar com os filhos para falar de assuntos delicados. Eu esperei bastante tempo até Sarada, sendo a menina recatada que era, viesse falar comigo sobre o assunto “homens”.

Eu estava em casa, sozinha, na minha folga, lendo um livro, quando ela chegou em casa; provavelmente estava treinando, pois estava toda suja, com o uniforme empoeirado. Mas o que me chamou a atenção foi o olhar que ela tinha. Ela estava vermelha como um tomate, e entrou rapidamente em casa.

Percebendo que tinha algo errado, fui atrás dela.

– Sarada, está tudo bem? – perguntei, assim que cheguei ao seu quarto e a vi jogada sobre a cama, com o rosto afundado no travesseiro.

– Nhão. – ela falou, mas eu não entendi nada, pois o som veio abafado.

– O que?

– Não. – ela resmungou, se virando e fitando o teto do quarto, com os braços cruzados. Franzi o cenho, entrando no quarto.

– O que houve? – perguntei, sentando na cama. O rosto dela ficou vermelho novamente, enquanto ela me olhava. Ela pareceu ponderar se me contaria ou não, o que me deixou preocupada, mas no fim das contas ela falou.

– Hoje, depois do treinamento, um menino me entregou isso. – ela falou, me mostrando um pedaço de papel, que estava amassado devido a força com a qual ela o agarrava.

Peguei o papel, tentando faze-lo ficar reto, e comecei a ler. Era uma carta de amor. Estava escrito “Sarada- chan, eu te amo. Quer ser minha namorada?”. Eu observei o papel, pensando no que Sasuke faria se visse o que estava escrito ali. Ele provavelmente caçaria o menino que entregou isso para ela, cujo nome era Takashi Yuhi.

– E o que você fez? – perguntei, devolvendo o papel para ela, que ainda estava vermelha.

– Fiquei parada, o encarando. – suspirou, se sentando. – Eu não soube o que fazer. Nunca recebi uma carta dessas, você sabe...todos tem medo do papai.

E com razão, pensei. Sasuke tinha a reputação de ser ciumento quando tinha relação com as duas mulheres na vida dele, Sarada e eu. Com Sarada era um pouco pior, já que ela estava na época em que todos estão com os hormônios a flor da pele.

– E você gosta desse menino?

– Não sei...- ela murmurou, soltando um muxoxo. – Como você sabe se você está gostando de alguém?

– Bem...- comecei, tentando me lembrar das minhas próprias sensações naquela época, há anos atrás. – Seu estômago embrulha toda vez que vê a pessoa, como se mil borboletas estivessem voando nele. Além disso, você sua frio, treme... essas coisas.

– Nossa, isso parece muito ruim. – ela disse, com os olhos arregalados, o que me fez rir.

– Há quem diga que se apaixonar é mesmo ruim. Mas, ao mesmo tempo, é algo bom.

– Como assim?

– Por exemplo, quando eu entrei no time com seu pai, eu tinha essas sensações, mas não era algo ruim. Eu ficava feliz e nervosa quando estava perto dele, e sempre que ele falava comigo, parecia que meu coração ia na boca e voltava.

– Mãe, não sei como isso pode ser bom. – ela ajeitou os óculos, franzindo o cenho.

– Ah, querida, é difícil de explicar. Mas é bom, de certa forma.

– Hm...- ela murmurou, me encarando ainda com o cenho franzido. – Como você sabia que estava apaixonada?

– Bom... eu queria ficar perto do seu pai, falar com ele, saber do que ele gostava de fazer. Eu chegava a ser chata, de tanto que eu insistia. – eu ri, me lembrando daquela época. – Porém, eu fui descobrir que o amava de verdade quando ele foi embora. Foi como se um buraco tivesse sido formado em meu coração.

– E o que você fez?

– Esperei.- dei de ombros, sorrindo. – Bastante. Mas eu usei esse sentimento para treinar, ficar forte o suficiente para traze-lo de volta, nem que fosse a força.

–Entendi... e você não parou de gostar dele nesse tempo?

– Não, querida. Para falar a verdade, eu só pensava mais nele. E eu também amadureci. O que era uma paixonite infantil, se tornou amor.

– Hm...- Sarada suspirou, passando a mão no rosto. – Eu não sinto nada disso. Só fico envergonhada mesmo.

– Ah, querida, talvez ainda não seja sua hora. Você ainda é nova e-

– Mãe, eu já tenho dezesseis anos. – cruzou os braços, fazendo bico. Já eu apertei suas bochechas, o que me fez ganhar um resmungo mal-humorado.

– Você poderia ter até vinte, para mim ainda é um bebê.

– Mãe! – ri, passando a mão em seus cabelos.

– O que eu quero dizer é que tudo tem o seu tempo. Você não precisa se preocupar em se apaixonar agora, um dia isso acontecerá naturalmente.

– E o que eu faço com essa carta?

– Diga que não gosta dele dessa forma. - sorri, me levantando. – Tenho certeza que ele vai entender. Agora, vá tomar banho, está sujando a cama.

– Sim...


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Notas finais do capítulo

Oioi, gente!
Bem, aqui está o penúltimo capítulo da fic. Sim, tá acabando, snif. Esse foi curtinho, mas espero que tenham gostado. Apesar de todas gostarem de BoruSara, eu resolvi não fazer os dois juntos na fic. Fica para a imaginação de vocês se eles ficarão juntos ou não, ahahah.
Obrigada por comentarem, acompanharem e favoritarem.
Bjs e até a próxima.
P.S.: Logo respondo os comentários!



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