Maternidade escrita por Xokiihs


Capítulo 11
Adoecendo


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :)



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Acordei no horário usual, e, depois de uma longa espreguiçada, fui até o banheiro, para me preparar para o dia. Depois, já arrumada com minhas roupas para o hospital, fui preparar o café- da-manhã. Antes, passei no quarto de Sarada, vendo a mesma imóvel na cama, enfiada debaixo do edredom rosa.

Sorri, deixando-a dormir mais alguns minutos. Depois de feito o café- da- manhã, com seu cereal e leite já pronto sobre a mesa, do jeito que ela gostava, fui atrás dela. Afinal, já tinha passado da hora dela acordar e descer, e, no entanto, não ouvi nenhum barulho que sinalizava que ela tinha acordado.

Percebi que estava certa ao vê-la ainda sob as cobertas; suspirei, sabendo que aquele seria um daqueles dias em que ela se recusava a ir para a escola. Depois do acidente, ela acabou se enturmando com a filha de Chouji, a ChouChou, e agora elas eram boas amigas. Então, depois disso, ela tinha ficado um pouco mais aberta a ideia de ir à escola. Ainda assim, as vezes resistia bastante, dizendo que não estava com vontade.

– Sarada, - chamei-a, mas ela sequer se moveu. – Está na hora de acordar, querida.

Descobri um pouco sua cabeça, passando a mão em seus cabelos. Ela se moveu um pouco, mas não abriu os olhos.

– Querida? Vamos acordar...- tentei, e dessa vez apertei seu nariz. Mas assim que encostei em sua face, senti que estava mais quente que o normal. Coloquei a mão em sua testa, vendo ela se remexer e franzir o cenho. Estava queimando em febre.

Meus sentidos de mãe e médica já aguçaram, e, chamando-a novamente, vi-a abrir os olhos, piscando algumas vezes.

– Meu amor, está passando mal? – perguntei já sabendo o obvio, e ela apenas resmungou um “uhum”. – Vou puxar suas cobertas, tudo bem?

Ela resmungou novamente, e se encolheu em uma bolinha quando puxei o edredom de cima de si. Além do cobertor, ela vestia um pijama de inverno, em plena primavera.

Comecei a analisar o seu corpo com o olhar clinico, mas por fora apenas a febre era evidente. Com chakra na mão, examinei-a da cabeça aos pés, logo encontrando o problema: a garganta.

Corri para meu quarto, pegando uma paleta de primeiros socorros que eu guardava, e tirei de lá uma lanterninha e um palito. Sentei na cama, e puxei seu corpo, colocando-a em meu colo. Ela resmungou, mas acabou se aconchegando mais contra o meu corpo.

– Querida, preciso que abra a boca. – ela se virou e prontamente fez o que eu pedi, sem nem abrir os olhos. Sua garganta estava bem inflamada, e eu podia ver pequenas bolhas na parede de sua garganta. Do jeito que estava, eu imaginei que ela mal pudesse engolir.

Vendo que sua febre estava muito alta, após colocar o termômetro, fiz o que apenas uma mãe carrasco faz: levei-a para tomar um banho frio, em meu colo.

– Não, mamãe. – ela disse pela primeira vez, ao ver minhas intenções. Enquanto eu tirava seu pijama, ela se jogou em meus braços, apertando meu pescoço. Fiquei com o coração quebrado, mas fiz o que era necessário.

– Querida, tem que tomar um banho para melhorar da febre. Vamos. – continuei tirando seu pijama, e ela começou a chorar.

– ‘Tá doendo. – assenti, limpando suas lagrimas e levando seu corpo franzino até o chuveiro. Ela tremeu quando a água fria bateu, e tentou sair, mas tive que segura-la.

– Meu bem, já vai acabar, ok? – passei a mão em sua cabeça, vendo-a chorar baixinho. Ah, aquilo era muita maldade.

Depois de um tempo, tirei-a e enxuguei-a, levando ela de volta para o quarto. A vesti rapidamente, colocando as cobertas por cima de seu corpo novamente. Ela tremia, chegando a bater o queixo.

– Espere aqui, vou pegar um remedinho. – fui até a cozinha, onde peguei um analgésico, um pano molhado e uma bacia, e fiz um pouco de mingau. Alimentação era sempre importante em casos de doença.

Ela teve dificuldades para engolir o remédio, relutou em tomar o mingau, mas por fim consegui fazê-la tomar tudo. Depois que ela estava na cama, coloquei o pano molhado em sua testa, e fui até a sala para ligar para Shizune e avisar que não iria ao hospital.

– Sarada está doente. – disse, suspirando.

– Ah, Sakura, não se preocupe. Nós tomamos conta aqui. Fique com a Sarada- chan. Chá de limão com mel é bom.

– Sim. Vou fazer, assim que ela acordar novamente. Obrigada, Shizune. Te devo uma.

– Que isso. Faça o que tenha que fazer. E melhoras para Sarada- chan.

Agradeci e desliguei, voltando correndo para o quarto de Sarada, onde eu passei a maior parte do dia.

Era estranho ser mãe. Eu era uma médica renomada, poderia trazer alguém de volta a vida se tiver a quantidade de chakra necessária. Entretanto, morro de dor no coração ao ver minha filhinha doente, deitada em uma cama, com febre e dor. A cada gemido ou resmungo, meu coração chega a dar um salto.

Me lembro de quando minha própria mãe ficava comigo, quando eu estava doente. Me lembro também que, apesar da dor, ficar doente tinha lá seu lado bom. Meus pais me mimavam, e eu tinha toda a atenção de minha mãe. Naqueles momentos, me sentia protegida e amada, e ficava feliz por ter uma família daquelas.

Imaginava as crianças que não tinham pais, que tinham que passar por aquilo sozinhas ou em um quarto de hospital. Imagino o que Sasuke e Naruto tinham passado, quando estavam sozinhos. Não queria que minha filha passasse por isso nunca, eu jamais a deixaria. Ela era o meu bem mais precioso.

Por isso fiquei com ela o dia, à noite, e ficaria quanto tempo fosse preciso.


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Notas finais do capítulo

Continua...



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