Hidden Feelings escrita por Han Eun Seom


Capítulo 1
Hidden Feelings


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fic K2 *o* espero que gostem!



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Kenny gostava de estar na mesma sala de Kyle. Havia se passado mais de dez anos, ainda compartilhavam da mesma sala de aula e talvez este fosse o único motivo de ainda frequentar aquela escola.

Ele era honesto consigo mesmo. Sabia que nunca iria ser nada na vida. O que um garoto pobre e completamente desinteressado por qualquer coisa relacionada à escola pode alcançar? Era nisso que acreditava e repetia para si mesmo quando qualquer sonho mais alto entrava em seus pensamentos.

Sonhos apareciam para ele toda vez que seu pai o espancava.

Porém os sonhos que ele tinha não era o normal. Ele não imaginava ter um bom emprego, uma boa vida com dinheiro e sucesso, mas sim um único garoto com cabelos ruivos e olhos brilhantes. Passou a mão no rosto enquanto bocejava, tentava inutilmente se manter acordado. Apoiou seu queixo na mão e fechou os olhos involuntariamente.

A cor vermelha foi à primeira coisa que apareceu em sua cabeça. Algumas lembranças vieram com ela, como por exemplo, algumas vezes em que morreu e pode ver o próprio sangue escorre. Segundos depois a cor verde se juntou a ela e Natal foi à primeira coisa que pensou.

Como queria que fosse assim.

Ambas as cores lembravam somente seu antigo amigo que sentava a poucas carteiras dele, bem na frente. Quase podia sentir o cheiro dele, mas repreendeu-se fortemente dizendo que não podia nem deveria pensar aquelas coisas. Era inútil. Ia começar a imaginar coisas e de repente cairia com forte no chão que se chamava realidade, e aquilo doía muito.

Alguém o cutucou forte e ele abriu os olhos. Era Tweek com suas mãos trêmulas apontando para o professor – que parecia bem irritado – mostrando que estava sendo chamado. O garoto que não conseguia parar quieto voltou seus olhos imediatamente para seu caderno quando Kenny tentou falar algo para ele.

Reprimindo um suspiro, ele voltou-se ao professor e deu um sorriso.

– Pode repetir a pergunta, professor?

– Eu disse que você poderia sair da minha aula, McCormick, se continuar a dormir descaradamente – tinha um tom de voz furioso. – Quer saber? Eu não aguento mais você dormindo em todas as aulas! Vá logo para a diretoria!

Kenny se esforçou para não revirar os olhos na mesma hora. Discretamente enfiou o celular no bolso de sua jaqueta laranja e com um sorrisinho de lado foi até a porta. Assim que botou o pé para fora da sala, ele se virou novamente para o professor.

– Pelo menos vou poder dormir em paz.

Saiu sem esperar a resposta enlouquecida que o professor provavelmente prepararia em milésimos de segundo para lhe dar. Estava acostumado a ser mandado para fora por aquele professor, os outros pareciam não ligar quando dormia em suas aulas ou começava a mexer no celular.

Ao invés de ir para a sala da diretoria, seguiu para a enfermaria da escola. Ficava um corredor depois da secretaria e geralmente ninguém estava lá. Em pouco tempo chegou e abriu a porta sem checar se havia alguém ali dentro. Dentro da sala tinha um forte cheiro de cloro e algum desinfetante, mas isso não o incomodava. Deitou-se na maca que rangeu bastante ao estar sob o peso de seu corpo.

Colocando os braços atrás da cabeça, teve novamente a invasão daquele ruivo na sua mente. Fechou os olhos com força.

– Ele nem reparou que eu saí – ele suspirou. – Ele nunca repara.

Mudou de posição, virando-se para a parede e encolheu-se abraçando as próprias pernas. Sabia que Kyle tinha escutado tudo, afinal, quem não tinha? O professor chamou sua atenção na frente de todo mundo, sempre era assim, mas Kenny sempre dava um jeito de olhá-lo de canto de olho.

Entenda que não é como se eles tivessem brigado. Com o tempo, as aventuras perderam a graça e todos foram se distanciando aos poucos e outras coisas também ajudaram. Cartman ainda era um egocêntrico e insuportável cara, mas tinha ficado mais calado quando Kyle e Stan passaram a ignorá-lo completamente. Os dois, Stan e Kyle, continuavam amigos. Talvez fossem a única amizade que se manteve desde aquela época.

Todo o resto conheceu grupos novos, perceberam que gostavam de outras coisas ou simplesmente se mudaram. Poucas pessoas se mudaram para South Park durante aqueles anos, mas todas elas se enturmaram bem.

Kenny falava com a maior parte das pessoas, mas pouco. Não ligava para trabalhos escolares, então não se importava de conhecer pessoas e fazer grupos. Nunca apareceria no dia de realizar as atividades mesmo. A classe inteira sabia de sua interação escolar, mas ainda era convidado para a maioria das festas. Era o cara divertido que animava o pessoal e fazia as competições de bebidas.

Entretanto, toda vez que era chamado à atenção, enquanto todo o resto da sala segurava o riso, o ruivo que ainda usava sua ushanka verde nunca sequer levantava sua cabeça de seu livro ou caderno ou o que quer que estivesse fazendo.

– Claro. Você não é importante – suspirou e sentiu os olhos pesarem novamente. – Seu idiota.

Para falar a verdade, Kenny não sabia se estava chamando a si mesmo ou a Kyle de idiota e não estava muito interessado em descobrir. De qualquer maneira, fechou os olhos e pegou rapidamente no sono, pois já que não tinha a oportunidade de fazer isso em casa, aproveitava as aulas para dormir. De vez em quando, Kenny sonhava com algumas coisas aleatórias, como as milhares de vezes que morreu, mas quem sempre predominava em seus devaneios inconscientes era o garoto com pele alva e cabelos vermelhos.

Mergulhou, entretanto, em um sono limpo de fios vermelhos e jaquetas laranjas.

Acordou sentindo uma mão o balançar fortemente. Piscou com força e resmungou alto, não queria ter sido acordado. Pretendia manter-se com os olhos fechados e ignorar quem quer que fosse, mas só o fato de que alguém estava ali o deixou curioso o suficiente para passar a mão dos olhos e abri-los.

Quase teve um ataque cardíaco quando viu uma onda de cabelos vermelhos e olhos inquisidores sobre ele. Muito perto para ser verdade.

Levando um susto grande, levantou-se de supetão e bateu com tudo na testa do dono daquela ushanka verde que sinceramente acreditava que nunca havia sido lavada.

– Puta merda! – a voz dele era realmente uma melodia para seus ouvidos. Ele colocou a mão na testa onde tinham trombado e olhou para Kenny. – Você não poderia ter levantado normalmente, cara?

– Desculpa – sorriu mais incrédulo do que feliz. – Uh, o que está fazendo aqui?

– Bem – Kyle suspirou e mostrou a mochila que nunca tinha livros dentro. Se ele levava um caderno ali era muito. – Você deixou isso na sala e me pediram para te trazer, já que não voltou mais.

– Valeu – sentou-se na maca em seguida se levantou. – Mas poderia ter deixado lá, ninguém pega mesmo.

Kyle entregou a mochila para ele e ele a colocou no ombro. O olhou rapidamente e viu que fazia tempo que não ficava tão perto dele, com um sorriso de lado ele constatou que realmente era mais alto que ele.

– Do que está rindo? – Kyle levantou uma sobrancelha e Kenny deu de ombros.

– Só vendo que sou realmente mais alto que você – levou um soco no ombro logo em seguida. – Ai!

Kyle bufou, mas deu um pequeno sorriso. Kenny retribuiu o sorriso e tentou parecer calmo por fora, por que o coração dele batia tão forte que achou que fosse sair pela boca e deu graças por não corar facilmente, se não estaria completamente entregue. Estava para agradecê-lo mais uma vez e sair dali antes que fizesse uma merda gigantesca, mas o sorriso de Kyle sumiu de repente e um olhar preocupado tomou seu lugar.

– O que foi? – a pergunta saltou da sua boca e não sabia se estava arrependido ou não.

– Eu vim aqui por que queria te pedir um favor – o olhou sério e o loiro apenas ergueu uma sobrancelha escondendo o medo que sentia do qualquer que fosse o pedido dele. – Passa a noite comigo?

O coração dele parou na hora e poucos e lentos segundos de silêncio se passaram até que Kyle percebesse o que realmente tinha falado. A reação dele foi a mais fofa que Kenny já tinha visto alguém fazer. As bochechas dele ficaram vermelhas rapidamente e ele parecia querer se enfiar num buraco.

– Não foi isso que eu quis dizer, merda! Por que isso saiu tão estranho?! – colocou a mão no rosto e suspirou pesadamente. – Eu quis dizer para irmos a uma lan house ou algo assim para jogarmos.

Kenny estava terrivelmente desapontado.

– Mas por que eu? – ele não conseguiu evitar franzir as sobrancelhas e Kyle o olhou com um olhar um pouco confuso. – Quero dizer, por que não chama Stan?

– Ah – ele deu de ombros. – Ele disse que não ia poder.

– Entendi – aquilo havia magoado um pouco. Isso significava que não era a primeira opção, e sim o estepe. – Você pode esperar um dia em que ele esteja disponível. Uma noite de jogatina adiada não vai matar você – aquilo saiu bem mais rude do que imaginou, mas não se importou.

– Eu queria muito jogar hoje – Kyle não pareceu ligar e simplesmente deu de ombros. – Vai ter maratona de um reality show, uh, chamado American’s Next Top Model e sinceramente, eu não quero estar lá com a minha mãe e – ele quase tremeu – meu pai para assistir aquilo.

Kenny não gostava de como tinha sido a segunda opção, mas para quem há pouco tempo nem se cumprimentava aquilo já estava muito bom. E não é como se você fosse conseguir qualquer coisa além de jogos, apenas fique feliz com isso¸ pensou e deu um pequeno sorriso.

– Ok – Kyle deu um sorriso e Kenny sentiu uma fagulha inquieta no seu coração. – Vamos jogar o que?

Seguiram conversando o caminho inteiro sobre diferentes jogos que poderiam jogar e o que cada um preferia em cada um deles. Para Kenny aquilo era quase o paraíso. Conversar com Kyle normalmente como se nunca tivessem passado anos sem se falar era um sonho distante para ele. O tipo de sonho que ele afastaria com força.

Quando chegaram a lan house, sentaram-se em computadores paralelos e não perderam tempo. Começaram a jogar e passaram quase cinco horas ali. Escureceu e nem viram, o celular de Kyle tocou e nem viram. Não perceberam até o atendente da lan house dizer que precisavam renovar o pagamento pelo quinta vez.

A garganta de Kenny estava doendo de tanto rir e Kyle não estava muito atrás. Tinham crescido e desenvolvido gostos parecidos com relação aos jogos e até mesmo o estilo de luta dos personagens dentro deles.

Saíram da lan house ainda rindo e resolveram andar um pouco antes de irem para suas casas. Não combinaram nem nada, apenas foi como se suas mentes pensassem juntas e as ações também. Perambularam por um tempo nas ruas frias de South Park de repente conversando sobre suas antigas aventuras e de como perturbador e idiota Cartman era.

Um sentimento de pura nostalgia e conforto tomou conta do coração dos dois. O tom de voz deles havia mudado de gozação para um carinho por tudo que passaram juntos. Começaram a voltar e andar na direção na casa de Kyle, por que estava ficando realmente tarde.

Estavam a duas quadras da casa de Kyle quando ele simplesmente parou. Kenny olhou para ele e inclinou a cabeça um pouco para o lado.

– O que foi cara?

– Eu – ele começou a falar e balançou a cabeça com força. – Eu não consigo entender por que paramos de nos falar do nada! Você era um dos meus melhores amigos! O que aconteceu?!

Kenny sentiu seu coração falhar um pouco e achou que iria morrer de novo, mas manteve o sorriso e deu de ombros. Abriu a boca para falar algo, mas não conseguiu. Tinha na sua mente claro que havia sido o tempo que tinha os distanciado, mas ele também tinha um motivo para ter se distanciado deles. Não tinha sido do nada.

– Por que cara? – Kyle disse num suspiro.

– Por que o que? – disse forçando um tom divertido. Ele estava começando a entrar em um terreno perigoso e era capaz de não conseguir sair dali. – O tempo, cara, interesses diferentes, várias coisas... Não tem como definir – riu um pouco, mas Kyle manteve o rosto sério.

Na mente de Kyle aquela frase não surtiu efeito, ele sabia que Kenny estava escondendo algo e também sabia muito bem que não tinha sido só o tempo. Algo aconteceu com Kenny na época e aquilo não passou despercebido por Kyle, mas não via motivo para procurar saber o motivo. Se ele queria ficar sozinho, tudo bem.

Mas depois de um tempo, Kyle começou a sentir falta dele. Das frases pervertidas, do sorriso irônico e engraçado. Sentiu falta até mesmo da jaqueta laranja que ele usava e abafava suas palavras. Aproximou-se dele e lutou para ignorar o pensamento de que Kenny tinha ficado bonito com o tempo.

Os cabelos loiros e lisos estavam bagunçados e grandes o suficiente para cair nos olhos dele, o nariz reto e a boca com lábios finos, a pele branca que estava quase pálida – provavelmente consequência do constante inverno de South Park – e os olhos azuis faziam aquele garoto alto ser incrivelmente lindo. Kyle internamente lutava para não demonstrar que estava começando a ficar inquieto com o olhar dele.

Em vez disso, continuou falando. Tinha que tirar aquilo a limpo naquele instante. Kenny tinha feito falta e ele não ia ficar com aquela dúvida para sempre.

– Por que você se distanciou?! – seu tom era alto e Kenny arregalou os olhos. – Porra, Kenny! – ele passou a mão no cabelo e tirou a ushanka com força. Kenny não conseguia formular uma frase e Kyle começou a ficar mais nervoso. – Caralho, me responde!

– Eu – Kenny não podia falar. Ele não podia falar. – Eu não posso, Kyle - ele deu um passo pra trás e Kyle franziu a testa. – Eu... Eu não posso.

– Não pode o que? – Kyle deu dois passos para frente e Kenny continuou a se afastar. – O que é que pode ter acontecido te tão péssimo que você não pode falar? – ele gritou e seu amigo de infância tinha uma expressão completamente diferente no rosto. – Caramba Kenny! Você não entende? Eu já percebi que não confia em mim, já percebi que você não gosta nem de mim nem do Stan, mas porra! Eu acho que mereço uma...

– Merece o que?! – Kenny explodiu. Ele não conseguia aguentar aquilo. – Eu odeio você? Odeio o Stan? Caralho, Kyle! É você que não entende porra nenhuma! Eu nunca poderia explicar por que você nunca entenderia! E sinceramente eu prefiro viver com você me ignorando a me odiando!

Kenny estava arfando quando gritou a última palavra e o ruivo a sua frente estava completamente sem reação. Ela passou a mão com força nos cabelos que estavam úmidos por causa do frio e sentiu seus olhos queimarem. Eu não posso chorar aqui, porra, não na frente dele.

– Eu vou pra casa – sua voz começou a falhar e ele sentiu seu coração quebrar um pouco quando Kyle não disse nada. Sorriu incrédulo com toda aquela situação. – Foi ótimo passar um tempo com você, Kyle – levantou seu rosto e quando olhou para Kyle sentiu as lágrimas descerem.

Ah merda, pensou enquanto esfregava com força a palma das mãos geladas no rosto. Aquilo não podia estar acontecendo. Tinha sido um dia tão bom, ele tinha rido e se divertido tanto com Kyle. Por que tudo foi por água a baixo?

– Kenny... – a voz de Kyle era aquela gentil que ele usava às vezes quando criança. Era o tom que Kenny odiava e amava ao mesmo tempo. – Por que você simplesmente não me conta, cara...?

– Puta merda – Kenny soltou mais risinho sem graça e olhou com os olhos vermelhos para Kenny.

Ele queria tanto que falasse? Então ele iria falar.

– Você quer realmente saber por que eu me distanciei? – ele deu um passo para frente e o olhar que dirigiu para Kyle o fez se arrepender completamente de ter insistido tanto. – Se você estivesse apaixonado pelo seu melhor amigo, você continuaria ao lado dele? Você continuaria a olhá-lo todo dia, escutar o riso dele todo santo dia?! – Kenny chorava e muito.

Kyle arregalou os olhos no mesmo instante. Olhou para o cara loiro e viu o quão havia o magoado. Naquele olhar corriam lágrimas sem parar, Kyle viu que muitas coisas queriam vir a tona, muitas coisas que estavam escondidas há tanto tempo que provavelmente tinha deixado cicatrizes que nunca iriam se curar.

– Me diz, porra – Kenny soluçou. – Me diz se você continuaria andando com a porra do seu melhor amigo e amor da sua vida sendo que tudo o que ele falava era sobre como nós éramos como irmãos? – balançou a cabeça negativamente. – Não, eu não sou tão masoquista assim, Kyle.

Ele não conseguia acreditar no que estava ouvindo.

– Eu posso aguentar você me ignorando completamente, nem olhando na minha cara, Kyle – seu olhar parecia analisar cada canto da expressão de Kyle. – Tudo o que eu não podia e acho que ainda não posso é aguentar essa expressão – mais um soluço – essa expressão de horror e...

Kyle o interrompeu com um tapa e finalmente Kenny notou que o garoto ruivo a sua frente lutava contra lágrimas. O loiro não sabia mais que merda estava acontecendo até Kyle falar.

– Porra! – ele gritou. - Eu não te olho em momento nenhum por que tenho medo que veja o quanto eu amo você! Que além de ter se afastado de mim por que com certeza tinha sido uma merda que EU tinha feito! – ele não deixou as lágrimas caírem talvez por pura raiva.

Kenny ainda com uma mão na bochecha que tinha levado o tapa o olhou atônito.

– Você... Você o que?

Ambos apenas estavam se encarando com tantas palavras pairando em seus olhares, mas nenhuma sendo entendida por completo. Os dois arfavam e tentavam entender que merda tinha acabado de acontecer ali. A pergunta do loiro pairava no ar e Kyle não sabia se tinha forças o suficiente para repetir aquilo sem deixar as lágrimas caírem.

– Kyle, você o que? – mas Kenny precisava ouvir aquilo de novo.

– Eu amo você – sua voz saiu entrecortada e sua garganta começou a formar um nó. – Eu amo você, porra – ele respirou fundo. – Eu fui à enfermaria hoje por que você estava muito diferente do que costumava, eu estava preocupado demais. Eu até inventei que tinha a porra de um programa de TV em casa – ele revirou os olhos. – Você não tem noção do quanto meu coração quebrou quando eu falei do Stan, eu nunca deveria ter falado aquilo, mas eu tinha que ter certeza de que você não perceberia nada. Eu... Porra, Kenny, hoje foi um dos melhores dias da minha vida só por que você estava do meu lado – o ruivo tinha derrubado a ushanka em algum momento e a pegou do chão sentindo que estava molhada demais para colocar de novo. – Eu nunca poderia te odiar por que sinto a mesma coisa por você.

Kenny não deu tempo para que ele continuasse a falar. Passou a mão na nuca dele o puxou para perto com força colando seu lábios de um forma cálida e fervorosa ao mesmo tempo. Kyle logo se entregou ao gosto da boca do loiro e assim como ele, enroscou seus dedos nos cabelos claros e lisos dele. Com a língua Kenny pediu passagem e Kyle não pensou duas vezes em afastar seus lábios para que também pudesse explorar a boca dele.

Era doce, molhado e tão carregado de sentimentos que estavam completamente sem ar segundos depois. Arfando e um pouco tonto por causa da intensidade daquele beijo, Kyle se apoiou nele e passou seus braços pela cintura de Kenny que o abraçou fortemente.

Nunca mais iria deixá-lo se afastar, o ruivo pensou enquanto sentia algumas lágrimas finalmente escaparem. Sentia pela primeira vez em anos que estava completo, que tinha tudo o que precisava e aquele sentimento era bom demais para deixá-lo fugir de suas mãos.

– Eu também te amo Kyle.

O amava demais para deixá-lo escapar de sua vida novamente e faria com que nunca mais isso acontecesse.

Nunca mais.


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado! Eu amo este ship e gostei de escrevê-la! Deixem comentários dizendo o que acharam ♥ *Fiz como especial de Dia Dos Namorados*



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