Um amor que nunca falha escrita por Vickysmeow


Capítulo 9
Capítulo 8: Passado é passado




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~~Peter Pan~~

Wendy ainda dormia como se estivesse em um sono profundo. Maldição! E se ela estiver mesmo? Pensei nessa hipótese o caminho inteiro de volta da casa de Regina. Carregar Wendy foi fácil. Ela é leve como uma pena e eu não sabia como levar ela para os pais e dizer: "oi, sua filha foi forçada a comer uma maçã que a rainha má da Branca de Neve deu para ela esquecer que eu fui um idiota e egoísta." Isso nunca, daria certo. Então, trouxe ela para um lugar que nem Rumple, nem Bella, nem ninguém dessa cidade sabia onde ficava. Um esconderijo.
Passavam minutos, horas que estou sentado ao lado dela e o relógio parecia mais lento a cada segundo que eu esperava ver a energia e a curiosidade de Wendy vivas dentro dela. Finalmente, vejo-a piscar levemente os olhos. Ela abre os olhos lentamente devido a claridade do sol que amanhece.
– Wendy...? - Me inclino sobre ela para que ela possa me ver e não se assustar.
– Eu... Onde eu estou? Peter é você? - Suas perguntas saíram em um murmúrio. Ajudo-a se sentar e ajeito o travesseio nas costas dela.
Percebo que ela observa o quarto confusa. Não a culparia. Em uma hora está desmaiada no jardim da prefeita e depois está em uma cama macia. Seus olhos me encaram aflitos e ávidos por alguma explicação.
– Sei que está confusa mas...
– Confusa? Eu estou louca! Peter, o que faz aqui? O que EU faço aqui? Que lugar é esse? Minha mãe vai me matar! - Disse ela sem respirar um segundo se quer. - O que aconteceu comigo?
– Do que se lembra? - Pergunto temendo que ela se lembre de algo que tenha acontecido naquela casa.
– absolutamente nada! - Diz ela. Suspiro de alivio sem que ela perceba. Mas, seus olhos se fixam em mim. - Na verdade, lembro que... Fui na casa da prefeita para conhece-lá. Encontrei Henry e... Ele me contou um dos contos de seu livro.
– Que conto? - Perguntei aflito e quase desesperado. O que aquele mimado tinha feio desta vez?!
– Eu... Não me lembro. - Respondeu ela cabisbaixa. - Tive sonhos estranhos. - Comentou ela capturando meu olhar.
– Que tipo de sonhos? - Pergunto me sentando ao seu lado encostando-me em outro travesseiro.
– Uma ilha. - Começou ela. Congelei. - Não me lembro do nome. Tinha, o senhor Gold, Emma, Henry e... Regina. Ah, e também o antecessor de meu pai. Mary também estava lá.
– Havia algum...Viu mais alguma pessoa conhecida? - O nervoso estava presente na minha voz e duvido muito que Wendy não tenha percebido isso antes.
– Sim. - Ela respondeu pensativa. Seu olhar estava longe, relembrando o sonho. - Mas, não vi o rosto. Entretanto - O alivio durou um segundo. - Ouvi um nome...
– Qual?

~~Wendy Darling~~

Minha cabeça ainda latejava e Peter não parava de me encher de perguntas nervosas e em enorme numero. Eu sabia qual era o nome. Eu não podia dizer. Tinha, não, aconteceu algo ontem e preciso saber de tudo. Preciso saber o que é a Terra do Nunca e por que todas essas pessoas e Peter, estavam lá. Peter Pan. Agora reconheço esse nome. Tive de mentir em algumas respostas.
– Ai Meu Deus! - Falei em uma voz alta demais. - Que horas são? Meus pais vão me matar!
– Fique calma. Diz que dormiu na casa de uma amiga. - Sugeriu Peter mudando o assunto anterior. - Mas, Wendy...
– Fala. - Eu disse encarando-o.
– Está bem? Quer que eu te leve de volta? Garanto que, sem minha ajuda não encontrará o caminho de volta. - Naquele momento, um dejávu me percorreu inteira. odeio isso.
– Tá. Mas, me diga Peter, que lugar é esse? - Perguntei observando o quarto em que eu acordara. Ele suspirou sem me olhar e disse:
– Uma casa longe das pessoas da cidade. Ainda estamos em Storybrooke, mas, ninguém sabe desse lugar. É meu esconderijo.

~~Regina Mills~~

A loja do Sr. Gold nunca fora a minha primeira opção para acordos. Ele estava parado atras do balcão com sua bengala sorrindo irônico quando eu entrei. Coloquei minha bolsa em cima de um livro que ele estava lendo e o encarei.
– Você falhou. - Disse ele calmamente.
– Não. Você falhou. - Corrigi incomodada por pouco espaço, caso eu precise de meus poderes. - Se seu pai não tivesse me atrapalhado, Wendy teria comido a maçã e estaria longe daqui a horas. Então, a culpa é sua.
Peguei minha bolsa e dei as costas para aquele velho covarde. O senhor das trevas não era tudo aquilo. Nunca foi. Estava quase saindo quando ele pigarreou. Virei o rosto para conseguir olha-lo.
– Ninguém quebra um acordo comigo, Regina! - Falou ele sorrindo amargo. Revirei os olhos e bufei.
– Mas, eu não quebrei seu acordo, senhor das trevas. - Falei irônica. - O acordo que fez com Peter Pan foi quebrado. Nada mais justo, na minha opinião. Mas, o que fez comigo, ainda está inteiro e permanece. Só, garanta que Pan não estará no meu caminho da próxima vez! - Virei-me e abri a porta. Parei. - Mais uma coisa. Faça com que Wendy descubra toda a historia. Será mais fácil fazê-lá esquecer por opção. Se fizer isso, Pan não terá a quem culpar e sairemos livres disso. Lembre que isso é idéia sua, e não minha. Caso isso tudo sair errado, ainda vou querer o que me prometeu. É um acordo; e o senhor das trevas nunca quebra um acordo não é?
– Espero que esteja certa, vossa majestade. - Completou ele irônico e sorrindo amargo. Retribui o sorriso do mesmo modo e sai deixando que a porta se fechasse sozinha.
Caminhei até o restaurante da vovó e, que surpresa! A família feliz estava presente e fazendo o que fazem de melhor, sendo felizes para sempre. Henry estava rindo de algo que Emma falava para ele. Me aproximei da mesa e sorri quando me notaram.
– Posso sentar? - Perguntei já me sentando ao lado da cadeira do bebe de Mary.
– Tudo bem Regina?
– Estou bem. - Respondi para Emma. Mary riu quando me olhou. - O que foi?
– Parece meio, vermelha. - Revelou Emma olhando para meu rosto. Ainda estava irritada e nervosa depois da conversa com Rumple.
– Isso não e nada! - Disse Mary. - Tinha que ver quando eu conseguia escapar dela na floresta encantada. Ela virava um pimentão de tanto ódio. - Me virei para ela rindo sem humor nenhum.
– Sério? - Henry perguntou animado.
– Não, Henry. Mary está exagerando. Quando eu caçava Branca de Neve não era apenas ódio. Era ódio mortal. - Todos riram na mesa. - Mas, nunca confie segredos a ela. - Dei uma piscada para ele.
– Ei! Eu era uma criança! - Argumentou Mary balançando o bebe no colo.
– Ah, certo! Era e agora tem duas, parabéns! - Falei irônica e todos riram menos Mary que forçou uma risada igual a minha anterior.
– Hahaha! Então, conte-nos, Rainha má, por que foi tão má. - Mary provocou-me e a atenção de todos voltaram para mim.
– Pra começar, eu não era má. Sempre fui rainha, você colocou o má no meu nome. E pra terminar, não fui sempre assim. Sabe do que eu estou falando. - O momento ficou um pouco tenso. - Mas, enfim, passado é passado! Henry, quer dormir em casa amanha?
– Posso, mãe? - Ele perguntou a Emma. Ela alterou o olhar de mim para Henry.
– Pode. Regina também é sua mãe.

~~Wendy Darling~~

Fechei a porta com o máximo de cuidado que eu tinha. Meu pai deveria estar fora, trabalhado. Mas, minha mãe ainda não achara emprego então continuava em casa. Virei-me e lá estava ela. O guardanapo entre a mão e a cintura, o avental sujo de farinha e os cabelos caindo do coque atras de sua cabeça. Ela me olhou séria e irritada.
– Onde esteve a noite toda, mocinha? - Ela perguntou se aproximando e cruzando os braços.
– Ah... Dormi na casa de uma amiga.
– Que amiga? - Ela perguntou me olhando com seu olhar critico e desconfiado.
– Ruby! - Respondi o primeiro nome que veio a cabeça. Ela estava desconfiada ainda mais, pois respondi rápido. Muito rápido.
– Ok então.
– Tá bem, eu vou subir. - Falei começando a subir as escadas.
– Wendy? - Ela chamou e eu parei na metade dos degraus.
– Fala.
– Não minta para mim de novo está bem? Está de castigo. - Disse ela.
Não protestei por que ela estava certa e eu errada. Subi e me tranquei no meu quarto. Me joguei na cama e percebi que eu estava com um perfume diferente. O perfume de Peter. Ela percebeu. Também, eu dormi a noite inteira em uma cama em um lugar que somente ele freqüentava. Não esperava sair de lá cheirando rosas.
Me despi e liguei a banheira. Entrei e me deixei levar pelas bolhas de sabão quentes e relaxantes.
– Passado é passado, Wendy! Vamos esquecer tudo! - Disse a mim mesma e mergulhei sob as bolhas e a água quente.


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