Um amor que nunca falha escrita por Vickysmeow


Capítulo 7
Capítulo 6: Uma maça vermelha como sangue




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~~Wendy Darling~~

Acordei com um sonho confuso e inquieto. Que tipo de pessoa vai para uma ilha e pode voar do nada? Levanto-me e tomo um banho rápido. É sábado e eu não tenho idéia do que eu vou fazer esse fim de semana todo. Talvez, tentar descobrir algo sobre Storybrooke ou sobre a tal historia de Peter Pan.

Depois de pronta, desço pelo corrimão da escada e entro na cozinha. Pego uma das maçãs vermelhas em minha fruteira e penso que posso fazer uma visita á Henry. Ou á prefeita. Dizem que ela é uma pessoa gentil.

Saio pelas ruas e percebo que eu não tenho idéia de onde a prefeita mora. Há uma loja de esquina, um antiquário e entro para perguntar onde posso enconta-lá.

Um sino toca revelado minha presença e um homem de terno com uma bengala vem até o balcão. Ele sorri para mim, como se quisesse ou esperasse me ver hoje. Forço um sorriso.

– Olá! - Digo chegando mais perto.

– Olá, Wendy! - Diz ele. Me perguntou como ele sabe meu nome. - Sei seu nome por que a prefeita é uma Amiga. Ela tem registros. Conheço todos de Storybrooke.

Fiquei confusa por uns instantes. Como ele sabia meu nome? E como ele sabia que eu queria falar da prefeita? Que homem estranho.

– É claro que sabe. - falei para descontrair. - Então, é...

– Senhor Gold. - Disse eles.

– Senhor Gold, poderia me dizer como chego na casa da prefeita? Eu queria dar um presente a ela. Conheci quase todos, menos ela.

– Regina não é muito de visitas, mas acho que da sua, ela vai gostar muito! Acredite! - Respondeu ele sorrindo de um jeito estranho. - Ela vai adorar te conhecer.

– Ah, que bom. Mas, o senhor não me disse nada do que eu perguntei. - sorri gentilmente.

– Sim. Sim, senhorita Darling. Uma maçã é exatamente o presente perfeito. - Falou ele. - Siga mais duas ruas e vire a direita. Vai saber onde é.

Eu não tinha a mínima idéia de como encontraria a casa de Regina. O Sr. Gold disse como chegar, mas, não disse onde encontraria. Eu sabia que aquele homem era um pouco fora do normal.

~~Peter Pan~~

– Eu não acredito que fez isso! - Disse saindo dos fundos da loja do meu filho. - Como pode mandar Wendy para a casa de Regina? Sério, Rumple? Achei que fosse fazer melhor!

– Fiz o que você não fez! - Meu filho retrucou batendo a bengala no chão. - Não cumpriu seu acordou comigo, Pan. E agora, Regina cumprirá! Ela é a pessoa perfeita para colocar aquele bendita poção em algum liquido e dar para Wendy. Você é fraco. E, não o fez por que está começando a se apaixonar de novo!

– Eu não estou! - Gritei e ele voou e bateu contra a parede. - Nunca mais repita isso, meu filho! Nunca mais.

E então, sai a passos largos da loja a caminho da casa de Regina. Não poderia deixar ela fazer isso com

Wendy. Agora, ela tem lembranças demais. Alem de estar se lembrando da Terra do Nunca, está criando novos momentos em Storybrooke.

~~Wendy Darling~~

Há varias casas. Mas, apenas uma branca e muito melhor do que as outras me indicou que eu tinha achado. E também, pelo fato de ter uma macieira tão vermelha quanto sangue. Passei pelo jardim e bati na porta. Havia o numero 108 acima dela.

Uma mulher de cabelos curtos pretos, lábios pintados de um vermelho vinho e olhos castanhos escuros abriu a grande porta.

– Posso ajudar? - Disse a prefeita sorrindo.

– Ah, pode. Quero dizer, desculpe. Sou Wendy. - Estendi a mão e a prefeita apertou. - Eu queria me apresentar, pois, conheço todos da cidade e dizem que a senhora é gentil.

– Olá, Wendy! Sou Regina. - Os olhos dela brilhavam. - Verdade? Quem disse isso de mim?

– Um garotinho que eu cuidei essa semana. Henry. - Respondi. Regina fechou o sorriso e me encarou. Mas, logo, voltou ao normal.

– Ah, Claro! Henry. É realmente um doce. Vamos, entre.

Entrei e fiquei admirada com a decoração da casa. Como uma pessoa que não trabalha pode manter uma casa como aquela? Regina me levou até sua sala de estar e foi pegar a água que eu pedi. Como ela sabia que eu viria? Provavelmente, alguém deve ter avisado.

– E então, o que te trouxe para Storybrooke? - Ela perguntou de costas para mim colocando a água em dois copos.

– Meu pai. Ele está no lugar do xerife David agora. Ele e a esposa tiveram um bebê. - Respondi.

– Sim. Mary está muito ocupada e precisa do marido. Em fim, como conheceu Henry?

– Foi a mãe dele. Emma. Ela o levou para minha casa um dia. Foi legal tomar conta dele. - Expliquei. O olhar de Regina brilhava toda vez que eu dizia Emma ou Henry. O que estava acontecendo.

Houve uma movimentação na escada que levava para o segundo andar e um garotinho desceu. Era Henry. O que ele estava fazendo ali? Ele me viu e sorriu.

– Wendy? Mãe, o que ela faz aqui? - Ele perguntou confuso.

Mãe? A Regina? Mãe dele? Mas, Emma era a mãe dele. Estou completamente confusa agora. Regina deve ter notado a minha confusão.

– É uma longa historia, Wendy. Mas, - Ela se virou para o filho. - o que houve, Henry? - O tom amoroso e maternal da prefeita me confundiu mais ainda.

– O vovô, no telefone. - Respondeu Henry indicando o aparelho na mesa do outro lado da sala.

– Que bom! Estava mesmo querendo falar com ele. - Regina sorriu para mim e saiu para atender. - Sim, Senhor Gold?...

O Sr. Gold realmente dissera que eles eram amigos. Nossa. Estranho demais, eu acabar de sair de sua loja e ele ligara para Regina. Levei o copo a boca e a campainha tocou. Parei o copo no ar enquanto Henry abria a porta.

– Pan? O que faz aqui? - Ele perguntou sem humor. Levantei a cabeça e vi Peter do outro lado. Não é possível! Droga! Esse garoto me segue em todos os lugares?!

– Wendy está? - Ele perguntou com preocupação. Levantei e caminhei até a porta.

– Estou. Me seguiu? - Perguntei diretamente um pouco irritada. O copo ainda estava em minha mão. - Peter?

– Eu, não. Eu presumi que estaria aqui cuidando de Henry. Regina anda ocupada ultimamente. - Respondeu ele balançando a cabeça e sorrindo.

– Não sei por que mas, tenho a leve impressão de que está mentindo. - Falei arqueando uma sobrancelha.

– Wendy? - Ouvi a voz de Regina veio de dentro da sala. Me virei e vi ela em pé tentando entender o que acontecia ali.

Regina se aproximou da porta e quando avisou Peter, fez cara feia. Certamente, ele não era o agrado de muita gente nessa cidade. A questão era, por que?

– Henry, querido, fique em seu quarto. Wendy, entre. Vou dar uma palavrinha com Peter. - Falou ela saindo e fechando a porta.

~~Regina Mills~~

Agora que Wendy e Henry estavam em segurança dentro de minha casa, eu poderia conversar a sós com Pan. Ele me encarava irritado e eu não sentia nada menos que desprezo por ele estar em meu jardim.

– Já avisei você uma vez e não vou avisar de novo! Não quero que chegue perto se Henry ou desta casa! - Falei de braços cruzados fuzilando-o com o olhar.

– Guarde suas ameaças, Regina. - Peter disse irritado. - Vim aqui por causa de Wendy. Meu filho quer que você faça algo que eu não fiz e eu não vou deixar você fazer!

– Oh! Vejam só! Peter Pan está apaixonado. - Falei rindo. Ele fez menção de me atacar mas, estiquei a mão e foi ele quem bateu contra a macieira. - Acha que um garoto pode me impedir? Você não passa de um covarde confuso e perdido entre o amor e sua magia idiota. Não negue, Pan. Ainda ama Wendy e sabe disso. Não adianta. Sua magia está mais fraca. Posso ver isso em você.

– Não é verdade. - Disse ele levantando-se apoiando nos galhos da arvore. Sorri ironicamente e peguei uma maçã de havia caído no chão.

– Mentiroso. E, se você acha que eu vou usar aquela poção em algum liquido idiota, está muito enganado! - Ri e olhei para a maçã vermelha como sangue em minha mão. - Não é meu estilo. Eu prefiro o modo clássico de sempre. Afinal, funcionou com Branca de Neve. Por que não funcionaria em Wendy?

– Não! - Peter disse em um sussurro. Eu o tinha deixado fraco e sem forças. Muito bom. Estou melhorando aos poucos.

– Sim. - Eu olhei nos olhos dele sorrindo irônica. Afundei minha mão livre em seu peito e senti seu coração batendo contra minha pele e o puxei para fora de seu corpo. - Posso não ser mais a rainha má, mas ainda possuo minha magia. E, agora, o seu coração. Vacile comigo, Peter Pan, e você nunca mais verá sua Wendy. Agora, vá embora. Está sujando meu Jardim com seu sangue.

Dei meia volta. A maçã em uma mão e o coração de Pan na outra. Da ultima vez que eu peguei essa coisa que ele chama de seu coração foi para salvar Henry da morte. Odeio Pan por isso. Ninguém mexe com meu filho. Mingúem nunca mais, toca um dedo em Henry. Entrei na casa com um sorriso no rosto assim que fiz o coração dele desaparecer e parar em uma das caixas em meu cofre. A maçã, continuava a mesma. Vermelha e bonita. Perfeita para fazer Wendy esquecer de tudo.


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