What Happens into the Wood? escrita por Revoltada


Capítulo 7
O acordo


Notas iniciais do capítulo

Okay eu já sei, caí do pedestal de deusa com a demora.
Eu fiquei sem inspiração depois da fuvest, fui muito mal em todos os vestibulares. Nunca tirei uma nota tão baixo em redação como essa do enem. Não passei nem na segunda fase da unesp. Um ano a mais de estudos... e nem sei mais se direito é o que eu realmente quero.
Sei que não há desculpas para mim, tenho certeza que muitos pensaram que abandonei a fic, porém jamais farei isso.
Outra coisa, gente, perdi parte das fichas. Quem ainda tiver a ficha que me mandou se der para reenviar agradeceria, pois agora estou escrevendo a partir do que vou lembrando, pois li inúmeras vezes cada uma.
Queria dizer que adoro todos os meus leitores, sério. São extremamente engraçados e fofos, espero que não os tenha perdido.
Aproveitem o capítulo, amanhã postarei outro ;)
Com amor uma deusa se redimindo ♥



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O canto dos pássaros acordava toda manhã as almas perdidas pela natureza.

Já era tempo de melhoras, um pouco de ajuste na vida de alguns por mais insignificantes que fossem. Ao acordar Duncan não sentiu a dor incomoda que sempre lhe lembrava da desgraça jogada sobre a sua família. Investigou a perna, mas não restava mais nada além de um pequeno pontinho, que toda a família possuía, porém a enfermidade havia escondido. Passou a mão por cima alisando a pele e começou a chorar. Realmente estava curado.

Então se lembrou. Lembrou se de mim.

Correu para o riacho próximo e queimou um incenso, rezando ao deuses e fazendo oferendas em meu nome. Quando minha essência se esvai me sinto fraca, como agora, e dependendo da quantidade começo a desaparecer. Como todo corpo sem alma não há vida, porém o louvor salva a menor das crenças. A diferença entre eu e outras divindades é que eu sou todos, cada parte de mim corresponde a uma parte de alguém, seria como se pegassem de volta a parte deles assim que me vêm.

Quando voltou ao pequeno acampamento sorriu ao ver aquela pequena, que lhe parecia extremamente perigosa ao seus olhos, abraçada com o se amigo. Os dois dormiam calmamente e ele segurava ela de forma protetora. A caçadora de bruxas já havia desaparecido antes mesmo de o sol raiar. Esse ato não era o fim de seu rancor, apenas uma trégua temporária.

O velho duende, brincalhão como era viu naqueles dois um oportunidade para espalhar suas travessuras, como qualquer duende ele não poderia negar essa parte de si mesmo, apesar de ser tão rabugento. Subindo em na árvore se posicionou sobre eles e jogou um lasquinha de pedra. A primeira não deu em nada, já a segunda fez os dois se mexerem. Lanna abriu os olhos lentamente no mesmo tempo que Trystan. Ao perceber seu corpo entrelaçado com o bêbado, que mais lhe dava trabalho no mundo, seu ficou tingido em tons de escarlate. Já o mulherengo sorriu, mas não era aquele sorriso safado que tinha sempre, era envergonhado e um pouco feliz de sentir a pequenina em seus braços, o abraçando. Ele lhe aproximou o rosto e beijou a ponta de seu nariz desejando um bom dia. E foi o estopim. Ela estalou um tapa na cara dele que trouxe o sorriso safado a tona.

— O que pensa que está fazendo? Seu imundo! — Gritou a pequenina envergonhada, segurando a ponta do nariz em quanto se levantava.

— Mal humorada, desejei apenas que tenha um bom dia.

— Quem disse que eu queria?

— Não me pareceu achar ruim enquanto se enrolava em mim a noite toda.

Esyllt, que dormia mais afastadamente, acordou com os gritos. Sentiu alguns olhos nela. Abriu um olho e espiou, não pode achar ninguém. Levantou e se espreguiçou. Olhou em volta e não conseguiu achar o seu gato. “Gato aproveitador” resmungou já de mal com a vida. Sentiu mais olhares e isso lhe deixou desconfortável.

— Quem está aí? — Ninguém respondeu.

Caçou a sua bolsa de pano e abriu, pegou alguns potes que continha diferentes ingredientes entres eles algumas ervas. Abriu dois, um que tinha um pedaço de carvalho e outro um pedra bonita. Fez um pequeno triângulo com uma areia em cada estremo colocou o carvalho, a pedra e por último uma vela que pegou do fundo da bolsa. Recitou algumas palavras em meio a prece.

“ Com o poder que lhe me foi dado

carvalho que representa a floresta que se esconde

o poder do olho de tigre que me protege

ajude a achar o estranho que me persegue

com a luz do fogo

mostre me o caminho

para encontrar o maldito”

A vela queimou e como um raio o fogo seguiu em direção ao intruso, deixando um rastro ardente, Esyllt olhou satisfatória para o resultado de seu pequeno ritual. Era difícil encontrar bruxas fortes como ela, capaz de invocar os elementos. Não se enganem, não era em mim que o rastro parou, ele levou em outro ponto da floresta, passando bem longe de mim.

— Eu sei que você está aí, apareça. Não duvide de minha capacidade, intruso.

— Intruso, eu? Penso que tu és mais qualificada a isso.

Imagine a minha surpresa ao ver o belo elfo, o mesmo que me reprovou-me por falar com os humanos. Mas surpresa maior foi a bruxa quem recebeu. Seus olhos abriram em espanto. Ela contemplava a beleza do ser em sua frente, seu ar divino a fazia se sentir estranha.

— Quem é você?

— Sou um elfo

— Isso já sei, qual é o seu nome e por que anda me perseguindo? — Ela se recompôs e voltou ao seu estado.

Ecoou uma graciosa risada pela floresta, meu amigo ria da forma audaciosa da bruxa.

— Pode me chamar de Taranis.

— Não me respondeu o por quê de estar me perseguindo...— a cara dela era fechada, estava com raiva por ser vigiada, ou só escondia outras emoções. Quem sou eu para saber, sou apenas uma expectadora.

— Acho te um tanto quanto interessante. O que fez com a perna?

— Caí de uma árvore quando pequena. Mas não que isso seja da sua conta.

— Vejo que é poderosa, posso lhe ensinar um remediar que juntado com o ritual correto poderia ser a cura que anda tanto tempo a encontrar.

— Como você sabe que eu pr...

— Sei muita coisa sobre ti.

— O que iria querer em troca ao me ensinar? — ela perguntou, talvez ponderando se iria ou não aceitar a proposta.

— Apenas companhia e quando eu precisar de algo você me ajudará.

— Tudo bem.

Ele mexeu a sua mão e sussurrou palavras em uma língua mística. Um tipo de cordão incandescente brilhou contornado a mão da bruxinha e desapareceu entrando em sua pele.

— O acordo está feito e selado.

Um lampejo de medo passou pelos seus olhos e depois desapareceu.

— Venho lhe preocupar mais tarde, para ensinar.

Dizendo isso ele se foi, desaparecendo.

Se recompôs e foi a procura do que seria o seu café da manhã, ao chegar onde era o acampamento improvisado se surpreendeu pela segunda vez no dia. O medroso assava dois esquilos no fogo, enquanto a jovem preparava um chá de frutos que cheirava agradavelmente. Ao quanto viu seu ex paciente sentado recostando na jatobá. Chegou perto e com a sua licença examinou a perna.

— Parece curada. Como fará com a sua mãe, ainda precisará achar o maldito deus preguiçoso e imprestável. — Ela disse sorrindo, como se adivinhasse o quê ele pensava.

— Sim, mas não sei como conseguirei, tenho uma sensação de que isso será mais difícil daqui para frente.

— Vamos comer, e então bolaremos um plano.


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Notas finais do capítulo

Bem o que acharam? Como foram as férias de vocês????
Eu viajei para a praia e como sou branca voltei vermelha s:
Me conteeeem
Beijinhos