What Happens into the Wood? escrita por Revoltada


Capítulo 4
Belezas Surpreendentes


Notas iniciais do capítulo

Sorry, gomenasai, perdon, desculpa.... Sério gente foi mal a demora. Vocês nem acreditariam. Minhas provas começaram e andei super apertada, era pra ter escrito no fim de semana, só que dei meu primeiro pt — com 17 anos, CRIANÇAS NÃO FAÇAM ISSO — e melhorei só hoje.
Quero pedir paciência, são muitos personagens, estou tentando fazer uma conexão com todos.
AVISO IMPOTANTE: Sabádo irei viajar para L.A aeeeeww o/ e ficarei 2 semanas sem net e pc, ou seja sem capítulo, tentarei postar ainda mais um essa semana. Se não já sabem...
Boa leitura



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Leiam as notas iniciais.

"Quem não é um acaso na vida?"

Clarisse Lispector

Pequenos cristais brilhavam na superfície do lago, causados pelos primeiros feixes de luz do sol da aurora. A cada minuto o céu se enchia com mais vida e claridade, acordando a todos os seres matutinos, conduzido-os pela felicidade da alvorada.

Em meio as reuniões diurnas dos deuses, eu me afastava o máximo possível, a cada passo dado para longe, um problema evitado. Me concentrei nas vozes, ouvi uma que parecia pertencer a uma criança, se não a uma jovem. Isso despertou a minha curiosidade, o que uma criança faria na floresta? Estava perdida? Concentrada comecei a seguir o som infantil.

Um lindo corcel, de pelagem branca como a neve, pomposa como as nuvens em dia de céu limpo cobria alguma criatura. Sua crina, perfeitamente trançada caía pela lateral, passando pelo uniforme imperial. Uma cabeleira tão negra em contraste com a pelagem do cavalo, quase tampava a jovem menina. Sua pele tão branca como a dos espíritos deixava tudo mais magnífico. Sua boca, pintada em um vermelho sangue, torcia-se de raiva, proclamando injurias e maldições ao vento. Ela não aparentava mais do que 16 anos, muito nova para servir ao exército, mas bem mais velha para o timbre de sua voz. Suas roupas não eram roupas de uma dama, como vestidos e saias, e sim de um caçador. Vestia uma calça de couro preta com uma blusa bordada branca e os ombros levemente caídos. A bota chegava a altura dos joelhos. Ela era bela, porém, jovem demais.

— Seu filho de um impostor... Bêbado desgraçado... eu vou te matar.... — ela gritava, esperneando pelo chão — Trystan, seu merda de taverna, mulherengo imundo. Pilantra infeliz, como pode me deixar sozinha na guarda? Você está me devendo seu ladrão de merda.

Seu rosto se esquentava de acordo com o seu temperamento, a raiva pelo jovem soldado era palpável — futuramente vim a descobrir que não era só pelo trabalho que ele não tinha terminado, outra coisa borbulhava além de rancor e ódio.

— Viu, Faraó?! eu sabia que não devia ter aceitado ser parceira daquele bêbado desprezível. Escória para a sociedade.

O animal sacudiu o rabo e deitou a cabeça na mão da menina de cabelos negros. Logo depois levantou-se e comeu o fruto pendurado na árvore mais baixa. A jovem alisava os pelos do seu amigo, reclamando sobre o seu ex parceiro. Ao longe um jovem com a cor de cabelo tão escura quanto a da garota vinha andando. Distraído pelo livro que carregava em sua mão não a percebeu à sua frente, e acabou caindo por cima dela. A bela moça ficou esmagada entre o camponês e a grama. Se antes seu rosto demonstrava raiva, agora era fúria pura.

— Pelos deuses, o que diabos pensa que está fazendo? Seu louco, pervertido saia já de cima de mim.

— Ai, não precisa me chutar, eu não tinha te vist... — nessa hora ela jogou sua cabeleira para trás, que a momentos tampava seu rosto. O rapaz sem palavras ficou a contemplá-la por um instante até ouvir um grunhido — Me desculpe, senhorita...

Só o barulho da natureza era audível.

— Eu me chamo August Paper...

Ela simplesmente deu de ombros e se virou para seguir o seu caminho. August sem se demorar correu atrás dela, segurando sua mão — Posso afirmar com toda a certeza que ela não gostou disso. Em um golpe preciso levantou uma mão, torcendo o braço dele sobre as costas, de forma que o fez cair ajoelhado no chão. Com um pé apoiado em sua lombar e o outro no chão o forçou mais de encontro ao solo.

— Não me t-o-q-u-e, estamos entendidos? Se eu não falei o meu nome era porque não queria perder tempo com mais um desprezível mulherengo! Agora se me der licença.

— Ei calminha aí, não precisa me matar. Como uma garota tão jovem está na guarda imperial?

— Ela é mais fatal do que um velho bêbado preguiçoso.

— E por que essa garota não diria o seu nome?

— Vá embora, não me siga.

— Só diga o seu nome!

— Lana Bell! — uma outra voz a chamou, com um tom mais meloso e sedutor.

A pequena princesa que outrora trouxeram para ser salva de uma enfermidade, reluzia uma beleza pertencente aos deuses. Agora já estava adulta, com um belo corpo e uma bela voz, não podia esperar menos da última descendente Pendragon — Olá, quem és tu?

— August Paper, minha adorável senhora. — Com educação ele se curvou, reverenciando um rosto tão conhecido.

— Prazer em te conhecer, jovem camponês. Lana, onde estaria Trystan? — Uma pequena gata, cheia de laços lançou-se na soldado que franzindo o cenho começou a espirrar. Mordeu os lábios inferiores tentando conter alguma fala e suspirando silenciosamente pediu com educação que a segundos ignorara.

— Senhorita Anya, poderia deixar... Atchim... Visenya na carruagem?... Atchim!

— Desculpe-me, mas ela precisa fazer suas necessidades, a levarei para longe de ti. Por favor, encontre Trystan Seamus, não o vejo há uma semana, penso que se esqueceu que ainda é o meu soldado.

— Claro, vossa senhoria. — Anya saiu delicadamente da mesma forma que chegou. Por sua vez Lana espirrando e bufando pegou uma grande pedra e atirou na árvore, que por coincidência era a minha árvore. Com um leve grito me pendurei para não cair, o que chamou a atenção dos dois. Tremendo, August pegou uma pequena faca, segurando com a mão direita apontando para cá. Lana puxou sua flecha da bolsa e ajeitou-a no arco mirando-o.

— Quem está aí? Exijo que responda.

O vento bateu em seus cabelos, balançando-os.

— Sempre tenho essa sensação, toda vez que venho sinto alguém me observar.

— Você está louco. Eu teria percebido. Ande, saia de onde estiver, no três irei atirar. — puxou mais o fio do arco — Um... dois...

De repente Mobarack Pan , o duende mais velho da floresta saiu de trás de um pequeno arbusto. Suas verrugas salientes em sua pele azul só pioravam sua aparência rabugenta. Soltei a respiração que havia prendido com medo de ser descoberta. Em um lugar um pouco distante senti que alguém me observava, olhei em volta e uma sombra me encarava no minuto e em outro havia desaparecido. Isso foi o mais estranho e perto que alguém já chegou sem que eu percebesse. Estranho.

— Quem você pensa ser para tratar um duen...

— Aii — A menina deu um berro que desorientou o pobre coitado — Um duende!

— Não, uma cobra! é lógico que sou um duende sua abestalhada. Acho melhor saírem de perto de mim antes que lance um magia sobre os dois. — Enquanto eles corriam floresta adentro saí do esconderijo.

— Obrigada, Pan...

— Nem me venha com essa Alys, esses humanos imprestáveis. Me ameaçando!

Você também!

— Eu?

— Sim, fica se misturando com eles. Esquecendo qual é o seu papel!

— Todo mundo vai começar com isso? — Alterei a minha voz, coisa que não fazia nunca — Quem v-o-c-ês pensam que são? Para virem reclamar do meu trabalho? Eu não mexo nas coisas de vocês, não interfiram nas minhas atividades.

Seus trinta centímetros desapareceram com medo do meu temperamento. Nem os deuses discordavam das minhas escolhas. Eu cuido desta floresta há milênios. O que me lembrou uma coisa, quem era a sombra?

Com medo, do dono percorri a floresta. Mais veloz que conseguia. Enquanto corria senti como se conhecesse a presença que se banhava no rio. Parei brutamente, abaixada em uma grande pedra avistei um longo cabelo branco esparramado entre as águas. Incríveis orelhas pontudas, como as minhas, mas maiores, emolduravam o rosto fino e delicado que pertencia a um elfo. Táranis Eledhwen. Seus olhos verdes amarelados se aprofundaram no fundo dos meus. O manto que sempre usava caiu e meu cabelo chicoteou o nada, levado pela brisa que passava. O mais famoso elfo da luz que existiu, tão sábio e observador quanto eu. Eu mesma só havia o visto uma vez em uma reunião entre espíritos. Ele era de todo um enigma. Nunca o vi apaixonado, mas sempre observador. O que ele fazia me observando?

Delicadamente ele se levantou, saindo da água sem ao menos se preocupar em colocar alguma roupa. Seres da floresta não tinham problemas com os seus corpos.

— Um belo dia, não, Alys Seang Shanell?

— Concordo plenamente, Taranis Eledhwen. Me surpreende alguém como você observando os outros escondido!

— Não seria hipocrisia falar de algo que você, a protetora, faz constantemente?

— O que um elfo tão importante fazia aqui? Observando-me?

— Sou apenas mais um curioso, como você.

Isso me incomodava, digo, ser observada escondida. Olhei para uma das visões mais bonitas e graciosas que já havia presenciado em uma fisionomia masculina. Queria mandá-lo embora da minha floresta, mas algo em sua voz e seu olhar me desarmou.

— Gostaria de se juntar à mim, o lago está ótimo nessa manhã! — Se virou voltando-se para dentro.

Hipnotizada pelo timbre suave e encorajador deixei meu manto cair, logo retirei o vestido de seda verde, entrei ao seu alcance. Mergulhando naquela sensação momentânea e misteriosa.


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Notas finais do capítulo

Genteee só lembrando que sábado eu viajo hehe Me desejem boa viagem!!
Comentem, favoritem meus lindos ;)