Oneshot: The originals - O que se perde no caminho escrita por H F Rufino


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Olá leitoras, espero que gostem dessa one, eu particularmente gostei muito de escreve-la, até pensei em uma continuação, mas acho que a graça está justamente no fato de não haver uma.
Espero que gostem!



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Nova Orleans estava mergulha em um temporal, a chuva caía ruidosamente e não havia muito o que se podia fazer com o tempo assim. No entanto, existiam aqueles que não podiam ser parados por qualquer ação da natureza, cujo as razões eram motivadas unicamente por uma pessoa:
- Tudo bem, não há muito o que posso fazer agora! – Disse Davina impaciente, cansada de tentar se concentrar, mas não estava um dia lá muito bom para rastrear, ela não conseguia de jeito nenhum executar aquele feitiço, e ela não entendia o porque.
- Se eu não tiver uma localização logo, pode esquecer as cinzas do Kol! – Ameaçou Klaus mais uma vez, ela quase sentia-se entendida, o mal humor do hibrido só fazia com que ela menos quisesse ajudar.
- Aha... Vejamos... – A jovem bruxa cruzou os braços. – Suas ameaças não vão me ajudar a fazer o que preciso! – Ela revirou os olhos e o encarou: - Daria menos trabalho, você ser um pai melhor, desse modo, ninguém estaria tentando afasta-la de você!
- Já chega! – Elijah, que fora quem oferecera a proposta a jovem bruxa, deu um basta, atraindo toda atenção pra si. Davina notara que fora longe demais, as expressões de Klaus mudaram na hora, se transformando em uma máscara de fúria. – Isso é bem simples, só precisam ficar no mesmo cômodo sem brigar!
- É melhor se acalmar... Ajudei a convencer Davina a ajudar, mas não vou permitir que faça mal a ela. – Disse Marcel cruzando os braços, se colocando no caminho, por sua vez, o hibrido sorriu daquela maneira cruel que todos conheciam.
- Não se preocupe Marcel, isso não foi uma ameaça real. – Disse Elijah que conhecia o irmão o suficiente pra saber quando deveria ou não ser levado a sério, sua paciência para boa e velha persuasão era curta demais.
O clima relaxou, assim que o celular de Klaus tocou, ele atendeu e saiu do cômodo, sem nenhuma explicação e se foi:
- É estranho... – Disse Davina, olhando para mesa onde estavam distribuído os auxiliadores do feitiço.
- Não há alguma ligação entre o tempo e o seu poder não é?! – Perguntou Marcel sorrindo de forma divertida.
- Claro que não... – Ela deu um leve sorriso. - Mas eu me referia a Klaus, é estranho vê-lo tão... tão...
- Humano?! – Completou o original, Davina apenas assentiu.
- A verdade é que quando se tem 1000 anos fica cada vez mais fácil esquecer esse lado. – Disse Elijah de forma evasiva, a bruxa sentiu-se compadecida, nunca havia pensado em vampiros como algo que já foi humano, ao menos os que não eram seus amigos.
- O que quer dizer? – Perguntou subitamente curiosa.
Não demorou muito pra luz cair, por ser tarde ainda enxergava-se algo, mas por ser um temporal, era bem pouco:
- Já que estamos relativamente presos aqui, acho que uma história antiga não faria mal, quem sabe assim você não me convence, porque tão incessantemente busca pela redenção de seu irmão, se todos sabemos que ele está perdido! – Davina deu de ombros e sentou-se no sofá.
Agora de fato parecia uma adolescente com palavras afiadas pensou Elijah:
- Acho que fui seu último ato de “bondade”! – Disse Marcel com uma certa ênfase na última palavra, o que fazia com que a palavra mas parecesse algo ruim.
- Não, não foi. – Rebateu o original com tamanha convicção. – Mas não se lembra.
- E qual foi? – Insistiu Davina.
- Bem, para iniciar a conversa, você deve saber que não está rastreando Hope como acredita... Hayley entrou em contatos a uns dias atrás, eu sei ela onde está e sei que está voltando pra Nova Orleans com a criança.
- Por isso o feitiço não dava certo, eu estava tentando achar a pessoa errada, por mais que tenham me dado algo da pessoa certa, eu preciso ter isso em mente! Ao menos alguma coisa. – Explicou.
- Então... talvez a história ajude....

“Há muitos anos atrás quando Marcel ainda era um de nós e estávamos bem aqui em Nova Orleans, uma bruxa nos procurou. Era a mentora de um clã antigo original da Romênia e muito poderoso, que hoje acredito eu deva ter apenas poucos descendentes. Essa anciã, quis um acordo com a família Original, nós sabíamos que era impossível manter o controle da cidade sem o apoio de bruxas poderosas e esse acordo era bem fácil pra nós.
Se protegêssemos o clã Valerious, eles nos daria o apoio. E sinceramente, um clã romeno vale por todos os clãs de bruxas existentes aqui. Nós trouxemos as bruxas pra perto, as instalamos conosco e havia um exercito de vampiros para protegê-las. De quem?! Bem, das próprias bruxas de Nova Orleans.
Havia uma bruxa em especial, uma jovem bruxa, todos a chamavam de Annie talentosa e bonita, ela estava trabalhando em um feitiço para se tornar imortal. Eu não entendia o motivo de sua fixação até que notei.
A calma, a facilidade de lidar com as coisas, sem novos inimigos eminentes, a única coisa que Klaus ainda parecia relutante era o romance de Marcel com Rebekah, mas acho que tinha a impressão que Annie o amava simplesmente pelo que era como um todo. Eles estavam se encontrando longe dos olhares da bruxas, éramos aliados mas isso não significava que eles gostavam de nós. E ela era a garota prodígio do clã, provavelmente, eles prefeririam enfrentar todas as bruxas antes de permitir que Klaus e Annie... Hum...Consumasse o romance.
Mas as bruxas romenas tinham uma arma a temer, uma pedra que fora perdida há gerações que as enfraquecia e fazia do poder delas quase inexistentes. E elas tinham razão em temer, quando Klaus finalmente anunciou que aceitava o namoro de Marcel e Rebekah, algo aconteceu. - Mas disso acredito Marcel, você deve estar lembrado! Mikael na cidade, caos, confusão, mortes...
Só houve tempo para salvar a anciã e Annie, a que mais desejavam. Elas escaparam com a nossa ajuda e assim que soubemos que Mikael estava na cidade e que as bruxas de Nova Orleans se reorganizavam para arrancar o poder de quem tanto ansiavam, Klaus soube que tinha que manda-la pra longe, era melhor que ela ficasse viva e longe do que morta.
Contudo, aquela menina era indomável não cedia, não queria o deixar de jeito nenhum, então Klaus mandou que a anciã a fizesse esquecer. Se ela não se lembrasse não sofreria, teria uma chance de ser feliz em outro lugar, longe dali, com outra pessoa.
Assim foi, a anciã apagou a memória dela, a de Marcel e a dos poucos vampiros que sobraram vivos.”
- Nossa... – Davina olhou o original intrigada. – E é ela que estou procurando?
- Sim, pode haver uma remota chance de seu feitiço de imortalidade ter dado certo. – Afirmou. – Mas o que de fato mais me impressionou, foi a capacidade que Klaus teve de apagar os melhores anos de sua vida para a proteção de alguém.
- Espera... Quer dizer que ele não se lembra do que está nos contando? – Perguntou Marcel confuso.
- Eu fui o único a me lembrar, porque pelo menos alguém tinha que se lembrar desses momentos, pra que pudesse fazer o que estou fazendo agora.
- O que disse a ele? – Perguntou Davina.
- Disse que estava a procura de uma bruxa que nos ajudaria a deter o mal que estava por vir. O que de fato é verdade, mas não toda ela. – Respondeu pensativo. – E o que me diz Davina alguém capaz de amar tão intensamente que destrói suas lembranças mais felizes em prol da felicidade de outro, tem ou não condições de encontrar a redenção?
- Bem... Tem uma chance! – A garota sorriu, levantou-se do sofá e foi novamente tentar seu feitiço.


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Notas finais do capítulo

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