Minha menina escrita por Deh


Capítulo 6
Amanda


Notas iniciais do capítulo

Eu tenho a leve impressão que vocês não vão gostar do final desse capitulo, espero que eu esteja errada.
Por favor tentem não me matar ;)



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Sinceramente pensei que ficar com meu pai poderia ter sido pior, aliás esse é meu lema: poderia ser pior. Mesmo tendo que ficar com tio Dave para ele sair com a nojenta da Beth, eu me diverti lá e me diverti ainda mais quando ele me levou para atirar. A proposito eu sei atirar muito bem, mas ao contrário do que vocês pensam, não foi mamãe que me ensinou e sim vovó. Quem imaginaria que Elizabeth Prentiss sabe atirar? Eu sinceramente não pensaria nessa possibilidade nem em um milhão de anos, mas como se diz é vivendo e aprendendo. Voltando ao caso de como aprendi a atirar, foi em uma das minhas viagens de férias, milagrosamente vovó me levou a casa de campo que o pai dela tinha na França, casa essa que está na nossa família já há algumas gerações, mas não se engane achando que é uma casinha de roça, pois de fato não é. Lá ela me contou que passou férias ali também, assim como mamãe. Ela me disse que o avô dela caçava pequenos animais selvagens com uma espingarda, e em uma dessas caçadas ele levou vovó e a ensinou. Porém o modo como eu aprendi é um pouco menos divertido, ela me levou a um stand de tiro, claro ela fechou o local apenas para nós, afinal de contas do que vale ser embaixadora se não pode usar sua influência de vez em quando.

A semana se passou tranquila, eu fui a escola, Jess ficou comigo como ela normalmente faria se eu estivesse com mamãe. Um fato interessante é que Jess sempre foi minha babá, e não importa se eu estivesse com papai ou mamãe ela estava lá. Ela é legal, nós sempre nos divertimos.

Eu estava jogando cartas com Jesse, quando o telefone tocou “Deve ser sua avó” ela diz e eu apenas faço que sim com a cabeça, vovó meio que tinha um sistema para me ligar: toda quarta feira a tarde. Mas isso não significa que eu de vez em quando eu não ligue para ela. “Oi” eu disse “Olá Amanda, como estão as coisas com seu pai?” ela me perguntou, eu ainda não tinha contado a ela que estava ficando com meu pai, mas não me surpreendo dela saber, afinal de contas ela sempre sabe de tudo “Está indo tudo bem, estou até mesmo conseguindo suportar a nojenta da namorada dele” ela ri do outro lado da linha “Espero que você não faça nada muito radical” agora foi minha vez de rir “E quando é que eu fiz alguma coisa radical vovó?” ela fica séria “Que tal o dia que você colocou tinta no creme de cabelo dela?” “Ei, ninguém sabe sobre isso, ok?” ela riu “Logico que não, apenas tome cuidado com suas atitudes...” eu rolei os olhos “Eu sei vovó, todo ato tem uma consequência. Agora podemos falar de outra coisa?” “Claro, do que você quer falar?” “Que tal a senhora me contar alguma notícia da mamãe?” A linha ficou muda por alguns segundos “Sua mãe está bem querida” eu simplesmente odeio quando ela dá respostas evasivas “Por que então ela não me liga ou nem ao menos responde meus e-mails vovó? Ela te ligou? Como a senhora sabe que ela está bem?” “Amanda ela está ocupada, mas eu sei que ela sente sua falta. E não, ela não me ligou, mas ela é minha filha, eu sei que ela está bem, assim como eu sei que ela sabe que você sente falta dela” eu respiro fundo “Eu só queria que ela me desse um oi” “Eu sei querida, mas aonde quer que ela esteja, ela sempre estará pensando em você.” “Como é que a senhora tem tanta certeza?” “Eu sou mãe querida, eu sei das coisas”. Nós conversamos um pouco mais, até finalmente ela dizer “Eu tenho que ir agora querida, aparentemente um embaixadora não pode se ausentar por muito tempo”.

Os dias estão passando até depressa, tanto é que já é final de semana de novo. Minha convivência com papai está até sendo legal, porém para minha infelicidade Beth resolveu dar o ar de sua graça. E para piorar mamãe não me ligou nenhuma vez e nem sequer respondeu meus e-mails.

“Amanda você já está pronta?” Ouço meu pai gritar do outro lado da porta do meu quarto “Sim” eu digo já saindo. “E sua adorável namorada já está pronta?” eu digo sorrindo. “Aqui estou eu, já podemos ir querido” Beth aparece.

Estamos indo para a festa de aniversário do Henry, quando chegamos lá, toda a equipe e alguns amigos do Henry já estavam lá. “Oi pestinha” “Oi Morgan” ele foi o primeiro a me cumprimentar, em seguida eu cumprimentei o restante da equipe. Fui entregar o presente ao Henry e não pude deixar de notar um fato interessante: esse ano tio Dave trouxe Erin.

Já estava um pouco tarde, os amigos de Henry já haviam ido embora, restando apenas ali os adultos, Henry, eu e Meg. Meg é a sobrinha de Kate, a nova agente da UAC. Eu e Meg estávamos brincando com Henry no chão, quando eu ouço Beth dizer algo que eu preferia jamais ouvir vindo dela “Eu estou grávida” Não preciso dizer que o silencio que reinou ali, demonstrou o choque todos tinham recebido, até mesmo papai não sabia o que dizer, foi quando Erin chamou todos de volta a realidade dando os parabéns para Beth e papai, seguindo o exemplo dela, os demais ali fizeram o mesmo. Exceto eu, que acabei de perder o meu chão.

O caminho para casa nunca foi tão longo, Beth falava qualquer coisa que eu não queria nem ao menos ouvir, papai tinha uma expressão estranha e eu estava apenas calada, perdida em pensamentos. Quando chegamos, eu fui direto para o meu quarto. Tranquei a porta, liguei meu notebook e fiz a única coisa que poderia esvaziar minha mente: escrever. Não escrevi qualquer coisa, escrevi um novo e-mail para minha mãe e dessa vez eu realmente espero que ela me responda.


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Notas finais do capítulo

Então??? Podemos dizer que sou um pouco má, por acabar de traumatizar a pobre Amanda.
Esperando ansiosamente os comentários.
Bjss e até breve