Minha menina escrita por Deh


Capítulo 16
Aaron


Notas iniciais do capítulo

Então gente, eu estava meio inspirada no final desse capitulo (estava ouvindo I can't stop loving you - Van Halen) e como eu adoro essa música, acredito que tenha me empolgado no exagero de drama, rs.
Espero que gostem.



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Enquanto espero Garcia chegar com Amanda relembro tudo o que se passou após Emily se negar a falar comigo, depois que ela nos passou o caso. Quando ela saiu, não sobrou alternativa para mim a não ser liderar a equipe nesse novo caso. Embarcamos quinze minutos depois, já que não posso resolver as coisas com ela, pelo menos posso resolver esse novo caso. Estávamos sem novas pistas, então dispensei a equipe para uma boa noite de sono.

Eu estava dormindo, quando acordei com o toque do meu telefone, eu vi que era Garcia então atendi depressa, afinal ela poderia ter encontrado uma nova pista, mas para meu desespero o que ela havia encontrado era outra coisa “Hotchner” eu disse “Senhor me desculpe, mas eu recebi uma ligação e aconteceu um acidente, Amanda está no hospital e eu não encontro Emily” ela disse tudo desesperadamente “Calme Garcia, fale devagar e direito” Como eu poderia exigir calma se eu mesmo não tinha? “Eu estava procurando pistas para vocês quando meu telefone tocou, eu atendi, afinal era o celular de Emily, mas do outro lado da linha tinha um policial dizendo que o celular estava em um carro que havia sofrido um acidente. Eu claro perguntei onde estava Emily, ele me disse que só havia uma menina desmaiada no carro, mas que tinha uma arma e uma identificação de agente Emily Prentiss no carro, senhor me desculpe eu sei que deveria estar tentando rastrear Emily, mas eu estou no hospital esperando por Amanda.” Eu respirei fundo, elas tinham sofrido um acidente e Emily estava faltando? Isso não era acidente, era uma distração para um sequestro que foi muito bem efetuado, eu respirei mais uma vez, dessa vez para falar com Garcia sem que minha voz vacilasse “Garcia você não fez nada de errado, isso teria sido o que Emily teria mandado, Amanda em primeiro lugar, mesmo que ela esteja faltando. Fique com ela, eu chego em breve e não se preocupe, nós iremos acha-la.”

Eu troquei de roupa o mais rápido possível e fui até o quarto de Dave. Eu bati na porta desesperadamente, devo lembrar-me de não acorda-lo mais no meio da madrugada “Tenho que voltar, lidere o caso e só voltem quando estiverem resolvido” eu disse depressa “O que aconteceu Hotch?” eu apenas disse “Emily” e sai. Eu sei que ele irá ligar para Garcia, para saber mais, mas eu não tenho tempo de explicar, eu tenho que encontra-la o mais rápido possível.

Enquanto espero o meu voo, que não demorou muito, já que um distintivo do FBI faz as pessoas mexerem os pauzinhos. Eu fiz uma ligação “Mills” um homem do outro lado da linha respondeu “Aqui é o agente Hotchner, tenho evidencias que apontam que Emily foi sequestrada, junte sua equipe, vá até a delegacia responsável e pegue o caso para nós. Estarei ai em duas horas” E desliguei o telefone, de qualquer maneira não tenho nenhuma afinidade com ele, principalmente depois de ele e Emily saírem, mas ele é um dos subordinados dela e como eu não posso levar minha equipe para resolver isso, tenho que pegar a UAT, mesmo que isso vá desencadear uma série de pequenos problemas, mas nesse momento minha prioridade é ela.

Quando aterrissei recebi uma ligação “Hotchner” eu disse como de costume “Aqui é Mills, já estamos com o caso. Estamos te esperando na nossa sala de reuniões” Devo dizer que não gostei muito do tom dele, mas esse não é o momento. Liguei para Garcia e lhe dei instruções para assim que Amanda recebesse alta a levasse para casa, para ela tomar um banho e se trocar, mas que não contasse a ela o que aconteceu, eu iria contar a ela pessoalmente. Não posso me esquecer que ela é uma criança envolvida nisso tudo.

“O que temos Mills?” eu disse me sentando, “Não consigo falar com os pais dela, mas tudo indica que ela estava voltando para casa quando um carro bateu nelas. Meia hora depois a ambulância e a polícia chegaram. Sem câmeras de segurança, sem testemunhas” “Um plano bem executado” eu conclui “Adams e Collins, vão até a cena do crime e recolham qualquer coisa que possa ser evidencia e procurem testemunhas” “Mas os policiais já procuraram” essa foi Samantha Adams “Eu quero evidências terroristas, é impossível ninguém saber ou ter visto algo” Eu sabia que eles tinham contatos nas ruas e eu pretendia que ele s usassem “Mitchell, quero registro de qualquer suspeita de terroristas que tenham chegado a cidade recentemente e cruze os dados com casos que Prentiss tenha trabalho.” Eles pareciam me encarar agora, eu sabia o que isso significava “Estão esperando o que?” Eu disse cético, eles não iriam me aceitar muito bem, mas eu não esperava uma recepção calorosa, a única coisa que espero é achar Emily. Depois deles saírem Mills me pergunta “E eu?” “Você fará uma entrevista cognitiva com Amanda assim que ela aparecer.

Algumas horas depois, Amanda finalmente apareceu. Eu estava na sala de reuniões discutindo teorias que aparentemente não estavam levando a nada, quando a vi, eu pedi licença e fui até minha filha, eu a abracei e contei a ela o que tinha acontecido, quando senti a presença de Mills não muito londe de onde estávamos, eu pedi a ela que fosse com ele. Após alguns minutos de muita apreensão ele aparece na sala, nessa hora eu já tinha dispensado Garcia, afinal ela precisava descansar e ajudar a nossa equipe. “Franceses” Mills disse, “Como ela sabe?” esse foi John Mitchell, eu não precisava perguntar, afinal conheço Amanda a tempo suficiente, para saber como ela é boa em identificar sotaques “Ela disse que eles falaram em francês” isso também não me surpreendeu, francês foi a primeira língua que ela aprendeu “Terroristas franceses?” Adams perguntou, foi então que me veio uma lembrança desagradável “Quero que vocês três encontrem terroristas ou suspeitos, ou qualquer francês que tenha entrado no país na última semana. Você Mills fica de olho nela.”

Eu entrei no escritório de Strauss sem me dar ao trabalho de bater, afinal era lógico que ela sabia sobre Emily e que eu já estava de volta “Agente Hotchner” ela me cumprimentou “Senhora” eu disse “Qual era exatamente a missão de Emily? Onde ela estava infiltrada?” Vi ela suspirar “Não sei exatamente a missão dela, mas ela estava na França como você sabe. Você acha que o sumiço dela tem algo haver com isso?” Ela me perguntou “Presumo que sim, já que os sequestradores eram franceses” ela me olha tristemente “Eu queria poder ajudar Hotchner, mas sei tanto quanto você. Porém tem uma coisa que você deve saber, a responsável por aqueles dias de folgas que eu te dei foi a embaixadora Prentiss” eu a encarei “Você acha que eles sabem de algo que eu não sei?” eu perguntei “Provavelmente, ambos os pais de Emily, não são apenas pessoal cheias de dinheiro Hotch, são políticos com muitos contatos” eu refleti sobre isso, aparentemente irei ter que fazer uma visita para minha adorável sogra “Obrigado Strauss” eu disse saindo “Disponha Hotchner”.

“Como vai senhor Hotchner?” Nina diz ao abrir a porta, eu a respondo educadamente e pergunto onde os Prentiss estão “No escritório da embaixadora senhor” eu a agradeço e lembro a ela “Quantas vezes tenho que te pedir para me chamar pelo meu primeiro nome Nina?” ela sorri, ela é realmente uma boa pessoa. Quando cheguei ao escritório da minha sogra, a porta estava entre aberta e eu fui logo entrando, interrompendo uma discursão dos dois. Elizabeth estava sentada em sua cadeira e Ethan em frente a sua mesa em pé “Era só o que me faltava” Ela murmurou ao me ver e Ethan pareceu ficar tenso “Como posso ajudar Aaron?” Ele perguntou e minha sogra se limitou a um rolar de olhos, “Acho que vocês sabem muito bem como” eu respondi e jurei escutar a embaixadora murmurar “insolente”, se Ethan ouviu ou não ele tratou de ir logo ao ponto “Desculpe-me Aaron, mas não estou entendendo” eu encaro o senhor a minha frente “Ela está sumida há horas e acho impossível que vocês não saibam” acho que meu tom foi meio rude, já que a embaixadora tratou logo de se levantar de sua cadeira e vir em minha direção “Você está insinuando que eu não me importe com minha filha senhor Hotchner? Acho que eu deveria lhe acusar disso o senhor não acha?” Suas palavras eram cortantes e eu sabia exatamente o porquê. “Não estou aqui para relembrar o passado senhora, eu só quero encontra-la” ela riu secamente “E você acha que estamos com algo que possa te ajudar? Me diga Aaron o que você quer?” Ela disse em um tom de voz que eu nunca tinha ouvido antes. Eu já ouvi seu tom raivoso, mandante, calmo e até materno, mas esse soava tão estranho, seria um pedido de suplica implícito? Eu conheço Elizabeth a tempo suficiente para saber que ela não pede nada a ninguém, mas esse tom, essa situação e aparentemente o stress dela, que noto ao olhar para suas unhas todas ruídas. “Que tal compartilharem as informações que tem sobre ela?” a embaixadora me olhou assustada, vi Ethan vindo por trás dela, ele ia falar algo, mas ela o deteve “Nós não podemos” ela murmurou. “Elizabeth é um sequestro, é a máfia francesa. Não importa o que eles dizem, se estão chantageando vocês quando pegarem o que querem eles irão matá-la” Eu expressei o meu pior medo e provavelmente a hipótese mais provável, ela arregalou os olhos, acho que pela primeira vez em quase vinte anos eu consegui assustar a embaixadora.

Ela olhou para o marido e assentiu com a cabeça, Ethan pareceu respirar melhor. Ele pegou um DVD que estava em cima da mesa e me entregou ao mesmo tempo em que dizia “Ela estava em missão no exterior, nós não sabíamos do que se tratava, mas quando recebemos uma ligação dela na nossa casa na França soubemos que tinha algo errado. Ela não nos contou, apenas pediu para ficar um tempo na cabana e nos fez jurar não contar nada a ninguém, claro fizemos isso por um tempo, mas não poderíamos fazer isso cegamente. Você é pai Aaron, você sabe. Usei meus contatos e Elizabeth fez o mesmo, por fim acabamos descobrindo que ela estava infiltrada na máfia francesa e que sua identidade foi descoberta.” Ele terminou por fim, ele se aproximou de mim e finalizou “Acho que vocês dois tem algo para dizerem um ao outro” e saiu.

Eu e ela ficamos nos encarando por um tempo, foi então que eu não sei se foram minhas habilidades que ficaram extremamentes eficazes ou ela deixou sua máscara de embaixadora do mal cair, mas pela primeira vez vi Elizabeth Prentiss derrotada. Foi quando eu soube, seria agora ou nunca que ela responderia minha pergunta “Por que você me odeia?” ela me olhou tristemente, foi então que eu vi as lagrimas ainda não derramadas “Eu não te odeio” Eu a olhei cético “Sério!?” Ela respirou fundo “Eu tenho raiva de você, mas não posso te odiar. Eu tenho raiva por você ter feito o que fez com minha filha. Você tem noção do que é olhar para sua filha por dez anos e não ver aquele sorriso, aquela alegria que ela irradiava inconscientemente? Mas eu não te odeio, pois por mais irônico que pareça, toda vez que eu vejo minha neta, a mesma que é sua filha, junto dela, eu posso ver ela sorrir, eu posso ver a Emily que se perdeu há anos atrás” Eu fiquei sem palavras, o que eu poderia dizer? A única coisa que eu consegui fazer foi chegar perto da embaixadora e colocar a mão em seu ombro em um sinal de apoio, não me pergunte de onde eu tirei coragem para fazer isso e muito menos como ela deixou “Encontre minha filha” ela me olhou suplicante e quando olhei em seus olhos eu vi. Eu vi uma mãe desesperada, eu vi o olhar de mágoa de Emily, eu vi o olhar esperançoso de Amanda e a única coisa que eu pude fazer foi dizer “Eu irei, eu prometo”.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam?
Ei gente, resolvi a mexer no meu Tumblr agora, irei postar coisas relacionadas as minhas fic's, então quem tiver curioso o link é esse: http://ladypink52.tumblr.com/
Desculpem qualquer erro de português
Bjss e até breve :*



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