Cinco dicas de como conquistar Miguel escrita por tony


Capítulo 5
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Notas iniciais do capítulo

Capítulo 5 de 5



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♫ Playlist ♪ :

– Eu nunca falei, yeah, nunca disse "Olá", mas eu continuo tentando encontrar uma maneira de te conhecer. - (Música = Pass Me By - R5)

– Você me deixa louco. Estou me sentindo culpado do jeito que você me faz querer roubar seu coração (...) Não vou negar, você me faz querer tudo, tudo o que você é. Então, tranque-o. Vá em frente e tente...Não importa o que você faça... Eu vou roubar seu coração! - (Música= Steal Your Heart - Austin e Ally)

– De todos os garotos e garotas que olharam em minha direção. Nenhum me pegou desse jeito. Então você não voltaria comigo e deitaria comigo por um instante? (...) E você pode ter meu coração, minha alma, meu corpo... Basta você ser meu. - (Música= All American Boy - Steve Grand)

E essa foram as três músicas enviadas!

~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~ ~~

...

— Não se esqueçam de que semana que vem começam as provas bimestrais, então comecem a estudar. — O professor diz antes de liberar os alunos para casa.

Alguns o respondem dizendo que já começaram a estudar, enquanto outros passam de forma ligeira, doidos para chegar em casa.

— Estou estudando desde semana passada. — Cloe responde.

E eu apenas puxo a mochila da garota, quase a arrastando para fora da sala.

— Ei, apressadinho. Por que está tão afobado?! — Ela pergunta cruzando os braços. — Sua casa nem é tão longe daqui.

— Eu sei, mas não estou indo pra casa.

— Ah?

— O Miguel! Marquei de me encontrar com ele na quadra. E vou precisar da sua ajuda.

— Como assim?

— Não dá tempo pra explicar, só preciso que seja rápida e chame o Ed, Doug e Maria!

— Maria diretora—mirim?! — Ela pergunta quase gritando.

— É... É uma longa história, e como vou precisar de quatro pessoas... Ela é a única que pensei em chamar para...

— Ta, ta... Explica logo... O que você quer fazer?

— Ok... — Digo abrindo minha mochila. — Vou precisar que vocês façam o seguinte...

...(Alguns minutos depois)...

Começo a correr em direção à quadra. Expliquei a Cloe umas zilhões de vezes o que eles deveriam fazer, e com isso acabei me perdendo com o horário. Por Miguel ser tímido, tenho medo que ele tenha ido embora só pra não me ver. Ou talvez, já saiba o que eu quero dizer e não queira ouvir. “Aaaaaaaaah!” Esses pensamentos estão me matando por dentro e o pior é que meu coração parece que vai pular do peito, rasgando o uniforme e correndo pra longe da escola. No entanto, ao vê-lo parado perto da trave de gol na quadra, as batidas começam a aumentar e por um instante consigo ouvir meu próprio coração pulsar.

Paro de correr e começo a caminhar em passos largos na sua direção.

Consigo vê-lo tremer ao me aproximar, e como sempre, não consigo decifrar sua expressão facial. Então deduzo que está nervoso por causa da tremedeira.

Quando me aproximo, olho para sua camisa com um pequeno fantasminha desenhado. E antes que o silêncio pudesse dominar novamente como havia feito na cantina, suspiro e solto:

— Gosto da sua camisa! — Digo.

Aaaaaaaaaah Yan. Sério mesmo, cara?! Esse é o seu melhor? Diga que gosta dele e que quer estar perto dele! Diga sobre os livros e músicas que você ouviu e leu só pra tentar puxar assunto. Diga sobre o novo livro de capa azul que o viu lendo... Ou comente sobre como ele é lindo quando sorri! Diga qualquer coisa menos sobre a MALDITA DA BLUSA FOFA DE FANTASMINHA QUE ELE USA.” — berro por pensamento. E nesse meio tempo brigando comigo mesmo pela mente. Percebo que deixei um enorme vácuo entre o comentário e agora! Ou seja, silêncio!

Quando cai em si, percebo as bochechas de Miguel ficarem igual a um pimentão de tão vermelha que estão.

— O-O-obri... — Ele tenta agradecer, mas acho que dificultei as coisas olhando nos seus olhos enquanto ele fala. Miguel começa a tremer ainda mais. Parece que ainda não está se sentindo confortável e por isso vira para trás e cobre o rosto com uma mão. Ouço um breve suspiro e quando percebo suas pernas tentarem fazê-lo fugir de mim. Puxo o menino pelo punho, travando sua escapada.

— Espera! — Verbalizo calmo tentando amenizar o clima. — Eu ainda não consegui te dizer uma coisa.

Silêncio.

Silêncio.

“Diz, Yan!”

Silêncio.

“Diga! Seu idiota”

Silêncio.

Sinto o punho de Miguel afrochar na minha mão, e por isso o solto. Talvez eu o tenha machucado, ou talvez eu deveria tê-lo deixado ir. Talvez ele não queira me magoar e não queira me dizer que... ôÔh Yan?! Caso você não tenha percebido de novo, você está PERDENDO TEMPO DESCUTINDO COMIGO DENOVO SEU LERDO! Então DIGA LOGO!

— Miguel?!

O garoto se vira olhando pra baixo... Pelo menos está virado pra mim.

— Há muito tempo eu tenho te observado e de alguma forma queria ser seu amigo... Sem explicação nenhuma pra isso. — Sorri. Minhas pernas estão tão trêmulas quanto o corpo de Miguel. — Por isso, pensei em várias formas de me aproximar... Pensei em ser estudioso igual a você e conversar sobre os livros que você lê e as músicas que você escuta. Pensei em dizer um poema pra você, mas só consigo lembrar do “batatinha quando nasce”. Tentei chamar sua atenção através dos seus gostos e te segui de todas as formas que consiga pensar. No futebol, no pátio, no facebook... O qual você não entra faz um bom tempo... — Digo fazendo o garoto sorri, mas suas bochechas ainda estavam rosadas. — ... Mas eu faço essas coisas por que...

Diga!

— Por que... — Gaguejo!

“Diz Lazarento!”

— P— Porque, eu...

“DIGAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA SEU PALERMA!!! DIZ YAAAAAAAAAN!”

— Eu fiz todas essas coisas pra chamar sua atenção porque eu te amo, Miguel! Desde quando te vi no início do ano, desde quando comecei a pensar em você e é por isso que eu estou na sua frente dizendo essas coisas! — Solto tudo como se estivesse jogando um peso enorme em cima dele.

Miguel fica estático e eu também.

Suas pernas começam a tremer e as minhas só pensam em correr. Desta vez, eu queria poder fugir só pra não ver sua reação. Mas encaro! E espero o que der e vier, pois gosto muito de estar perto dele.

— E-eu... e-eeu... — Suas primeiras palavras saem falhas, me dando poucas expectativas. — Não entendo... — Ele diz um pouco mais alto.

— Então, vire-se...

Digo apontando para o outro lado, segurando nos ombros trêmulos do garoto e o girando para trás.

— A...ah? — Ele diz.

Olho para trás e chamo com um aceno Cloe e o pessoal. Ela entende o recado e começa a andar em direção a arquibancada com sua placa na mão.

Olho pra frente novamente...

— Miguel... Se você não entendeu, então vire-se novamente!

O garoto lentamente vira seu corpo na minha direção e seu olhar rapidamente vai de encontro ao pessoal que está atrás de mim.

Sorrio e olho para trás, mas percebo algo de errado.

Cloe abraça Ed segurando a placa: Quer

Ed segura a placa escrita: Ser

Doug está com uma bola de futebol no pé, fazendo embaixadinha enquanto segura a placa: Meu

Mas estava faltando alguém com o final da frase.

Não posso acreditar que meu pedido de namoro foi arruinado. Aaaaaaaaah!

Eu não posso me desesperar.... Calma... Eu tenho que pensar em algo que...

E der repente um som altíssimo de um apito ecoa pela quadra.

— Seus bastardos e encrenqueiros se vocês não me esperarem novamente serão três meses de detenção e castigo na sala da diretora! E Yan, tira essa droga de boné da cabeça! — Maria corre com seu caderninho quase caindo da mochila, seus cabelos em tranças e um placar no qual era ergue escrito: Namorado?

A garota se posiciona na quadra e sorri pra mim.

Aceno com a cabeça agradecendo.

Ela grosseiramente pega o apito e assopra. Gritando: — Agora sim, continuem...

Todos sorriem, inclusive Miguel. Então aproveito para me ajoelhar em meio a grama enquanto seguro sua mão.

— Miguel Catherp, você aceita namorar comigo?

Suas pernas tremem como se a qualquer momento fossem ceder. O mais engaçado é que mesmo uma das minhas pernas apoiadas na grama, eu tremia tanto quanto ele. O que mais me incomoda é a espera pela reposta, pois parece que a cada segundo que se passa, meu coração está levando uma marretada.

Miguel com uma das mãos esconde o rosto e assente a cabeça em forma de positivo...

Isso foi um sim?!

Sério?!

Um SIM?!

Ele aceitou.

Miguel Catherp aceitou ser meu namorado?!

— Então isso é um sim? — Pergunto me levantando.

E no mesmo instante em que me levanto do chão, Miguel me puxa e me dá um longo selinho. O qual não consigo retribuir, pois estou estático com sua atitude.

Quando ele se afasta... Ele vira o rosto e responde: — S-sim. — Quase em um sussurro.

Por fim, ouço gritos eufóricos da Cloe , Ed e Doug... E os apitos frenéticos da Maria que não para de assuar.

Mesmo estático, a única coisa que consigo fazê-lo é abraça-lo por trás e dizer:

— Fico feliz que tenha aceitado.

Os gritos ecoam pela quadram, mas consigo ouvir sua voz fraca dizer: — F-fico feliz pelo esforço que você fez pra... pra... me conquistar...

— E consegui? — Pergunto.

— S-Sim....— Ele gagueja. — Conseguiu me conquistar.

Sorrio...

“Sinto que não sou nenhum exemplo e que não tenho uma fórmula correta para ensinar a como conquistar o coração de alguém... Mas de uma coisa eu sei... Irei fazer o impossível para cada dia mais conquistar o seu coração.”

(Fim) << P.s: Clique aqui.


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Notas finais do capítulo

PARABÉNS PRA VOCÊ! NESSA DATA QUERIDA... MUITAS FELICIDADES, MUITOS ANOS DE VIDA! EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEH O/ Parabéns Michel, por mais um aninho de vida e obrigado por ser um acompanhante fiel da minha fanfic. Quero lhe agradecer por todos os momentos em que você esteve comigo e pedir desculpa por não ter postado o último capítulo na data do seu aniversário, já que fiquei sem net por esses dias... Quero agradecer a todos que comentaram e dizer que por mais que a história tenha chegado ao fim... Ainda há o capítulo extra que será o fim alternativo...
Ou seja: A história tem dois finais e vocês escolherão qual preferem...