Finally escrita por Bella Hale


Capítulo 5
What are friends for?




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PDV. Hermione

(Dois dias depois)

Acabámos de chegar à Toca através da rede de floo, o Ron chegou de manhã e deu a mesma desculpa de sempre “Fui correr um pouco”, esta era a fantasia que iludia o Hugo, que saiu a correr da lareira para ir abraçar os avós, os tios e a prima.

Na sexta depois de me despedir do Draco fui levar o meu filho para a avó que o recebeu com muitos beijos e abraços assim como a Lily - a filha mais nova da Ginny e do Harry – Fui para o ministério para poder ir trabalhar no meu posto. Durante o sábado eu fui de tarde para casa e fiquei a brincar com o Hugo até ser hora de fazer o jantar e depois disso fui deitá-lo.

Quando acordei ouvi a porta de casa a abrir e a voz do Hugo a dizer: “Pai, voltaste!”. Desci e fingi que estava tudo bem como sempre, mal ele sabia o que lhe esperava na Toca…

Ajudei a Sra. Weasley na cozinha assim como a Ginny, a Fleur, a Angelina e a Audrey. O almoço estava a decorrer dentro do normal até que chega uma coruja beje e linda. O animal parou ao meu lado e pousou a carta no meu colo e depois saiu pela janela que entrou.

– Abre, Mione, pode ser da Luna. – Incentivou a Ginny com os olhos brilhantes pela ansiedade do que iria acontecer.

– Estás à vontade, querida, abre. – Assegurou a Sra. Weasley. Eu assenti e abri a carta.

– Lê! – Pediu a ruiva sentada ao lado do Harry, que tentava de tudo, não começar a rir da mulher.

– Querida, Mione, Em primeiro espero que o Hugo esteja melhor… – Começou a morena sendo interrompida pela melhor amiga que tentou controlar o riso ao notar a cara de desentendimento do Ron. – Diz-lhe que lhe mando muitos beijinhos e lhe desejo as melhoras…

– Obrigado! E beijinhos para a tia Luna também. – Interrompeu Hugo a sua mãe, fazendo com que todos os presentes na mesa rissem.

– Quanto ao almoço, estou livre nesse mesmo dia, e seria ótimo reviver os velhos tempos convosco e contar as novidades, já nem sabia de nada dele, vai ser bom rever-vos a todos. Beijos para todos da Luna Lovegood.

– Ainda bem que ela vai, assim será como antigamente só nós menos o Neville, mas ele está em Hogwarts… Bom terá de ser apenas, nós os quatro… - Comentou a Ginny.

– Quem é que vai… – Começou o Ron sendo interrompido pelo Harry.

– Não imaginei que ele fosse ser pediatra no St. Mungos… Nunca pensei sequer que ele gostasse de crianças, o Draco…

– Malfoy?! – Exclamou Ron, chamando a atenção de todos.

– Sim, já agora devias de lhe agradecer, se não fosse ele o teu filho ainda estava doente. – Comentou a Ginny enquanto punha mais comida no prato da Lily.

– O quê?!

– Sim, pai, ele até me deixou trazer mais um chupa para dar à Lil. – Disse o Hugo na sua maior inocência.

– Eu não acredito…

– Acredita, maninho. – Disse a Ginny.

O resto do almoço decorreu de forma normal tirando o facto de o Ron ter ficado de mau humor. O bom foi ninguém ter prestado atenção para esse detalhe.

No final do dia Eu o Ron e o Hugo voltámos para casa. O Hugo despediu-se de nós e foi-se deitar.

– Quando é que me ias contar? – Questionou o Ron, enquanto eu seguia para a cozinha para fazer um chá.

– Quando aparecesses em casa. – Respondi seca e de costas para ele. Senti os seus braços rodearem a minha cintura, enquanto a sua cabeça pousava no meu ombro.

– Amor… Tu sabes que eu venho a casa… Mas tu deves estar tão cansada do trabalho que adormeces sempre e nunca dás conta de quando eu chego ou saio… - Justificou-se num sussurro que se fosse há dois anos atrás eu caía direitinha nas suas mãos. Desta vez é diferente… Ele anda a enganar-me e eu não vou ficar com o papel de traída nesta história.

– Claro que sei… - Disse, virando-me para ele.

– Ótimo… Agora, eu gostava que não visses mais o Malfoy.

– E eu gostava que a Rose pudesse vir a casa todos os fins-de-semana, mas como não podemos ter tudo o que queremos não temos outra opção.

Ele suspirou e voltou a olhar-me.

– E se esquecêssemos isto e fossemos para a cama? – Sugeriu com aquele sorriso de conquistador.

– Claro, e é melhor irmos mesmo. Estou com imensas dores de cabeça, só quero chegar à cama e dormir.

O seu sorriso desfez-se e ele afastou-se.

– Ainda vais tomar o teu chá? – Perguntou ele.

– Sim, vai indo. Eu não me demoro.

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Estava a rever uns papéis do trabalho, sentada no meu gabinete no ministério quando alguém me bate à porta.

– Entre. – Respondi sem levantar a cabeça.

– Mione! – Exclamou a Ginny ao abrir a porta.

– Hey, Gin! Já é hora de almoço?

– Sim! Pronta para irmos?

– Sim. – Respondi enquanto me levantava da cadeira.

– Hum… Não tens nada um pouco melhor?

– Como assim? – Questionei confusa.

– Tu sabes que vamos ter alguém a fotografar-nos por estarmos a almoçar todos juntos e nós as duas sem os maridos. Nós vamos criar confusões e é isso que queremos. Por isso, eu não vou deixar que tu apareças onde quer que seja sem estares pronta para matar.

– Merlim, Ginny. É só um almoço entre amigos, primeiro lugar. Em segundo isso só pode acontecer se a Astória estiver a trair o Draco. Tu sabes que eu não quero arruinar uma família…

– E que família…

Suspirei, se o que o Draco diz é verdade o comentário da Ginny não é inválido de todo… Mas eu não quero acreditar que a Astória não saiba ser mãe, afinal… Todas as mulheres sabem ser mãe, é algo natural…

– Posso pelo menos dar-te mais um pouco de cor ao teu rosto? Estás pálida…

– Claro, mas não exageres.

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– Hermione, Ginny! É tão bom ver-vos de novo. – Disse a Luna enquanto nos abraçava. – Estão lindas!

– Obrigada. – Respondemos as duas ao mesmo tempo. – Tu também. – Acrescentei.

– Obrigada! Venham o Draco foi arranjar-nos uma mesa.

Entrámos as três no restaurante e reconheci os cabelos loiros platinados do Draco, que se virou na nossa direção assim que nos aproximámos.

– Bom dia, meninas. Já arranjei mesa para nós, sentem-se.

O almoço decorria de forma normal, a Luna estava a trabalhar num novo feitiço para detetar Nergles sem os óculos que após a guerra se venderam bastante quando o Quibler foi reconhecido pelo mundo mágico e também começou a vender mais.

A Ginny comentou sobre uma nova manchete sobre os Holyhead Harpies e o novo keeper que chegaria à equipa.

– Bom, agora vamos a assuntos sérios. – Disse a Luna, atraindo a atenção de todos na mesa. – Mione, eu queria saber se percebi bem o que dizias na carta. Então, o Ron já não dorme em casa há 2 anos, certo?

– Sim, isso mesmo.

– E vocês acham que ele te anda a trair? Sim é suspeito, mas sem querer defendê-lo têm provas?

– O Harry tem seguido o Ron todas as horas de almoço, que é quando ele diz que vai almoçar com a Mione, quando a mesma tem de ser arrancada do escritório para almoçar e tem-no feito comigo estes dois dias. – Respondeu a Ginny.

– E quem começou a supor esta hipótese foi o Draco?

– Sim, fui…

A Luna pensou um pouco.

– Hum… há uma forma de sabermos exatamente o que o Ron anda a fazer… Mas eu não sei se vocês vão concordar…

– Torturá-lo? – Questionaram o Draco e a Ginny ao mesmo tempo, fazendo com que eu e a Luna começássemos a rir.

– Não, meninos, eu estava a pensar em Veritaserum…

– Mas isso demora quase um mês a ser preparado e é difícil. – Queixou-se Ginny.

– Na minha humilde opinião, senhoras… Se a Hermione conseguiu preparar uma poção Polissuco no 2º ano, acho que consiga preparar Veritaserum sem problemas e tendo em conta que vai ter ajuda necessária para a preparar...

– Mas para isso precisamos dos ingredientes, marcar uma data precisa para o começo da preparação… Já para não falar que não podemos aparecer os quatro ou apenas um de nós para comprar os ingredientes sem levantar suspeitas…

– Simples. – Comentou a Luna com o seu sorriso sonhador. – Podemos começar no dia 1 de Dezembro e quanto aos ingredientes, nós podemos dividi-los entre nós e cada um em dias diferentes durante o resto deste mês vai comprar os ingredientes que foi incumbido de comprar.

– Mas espera, isso é para mim eu terei de vos dar o dinheiro e temos de…

– Não te canses, Mi, com o que eu descobri no fim de semana…

– O quê? A víbora da Astória foi apanhada? – Questionou Ginny com um sorriso.

– Mais ao menos, Gin, Eu pedi à Pansy para convidar a Astória para um dia de compras…

– Coisa que essa víbora nunca recusaria…

– Gin… - Repreendi.

– Bom, como seria óbvio, ela não recusou e passaram o dia juntas. A Astória comprou imenso e informou a Pansy que várias coisas que ela comprou eram para mim…

– Mas o Draquinho não recebeu nem um grão de pó… - Comentou a Ginny mais uma vez. – Ou as coisas eram para ti, ou seja, era para ela te agradar?

– Ginevra! – Voltei a repreender. A ruiva olhou para mim furiosa por ter dito o seu nome completo e eu sorri.

– Ela tem razão, Mi. – Disse o Draco, fazendo com que essa fosse a vez da ruiva sorrir para mim. – Segundo a Pansy, a Astória comprou algumas coisas para me fazer uma surpresa…

– Só se fosse na conta bancária…

Eu peguei num pão, que se encontrava dentro de uma cesta no centro da mesa, e enfiei-o na boca da ruiva para a calar. Os loiros riram-se da minha ação e da cara da ruiva.

– Podes continuar, Draco.

– A questão é que não houve surpresa nenhuma… E eu estou cada vez mais desconfiado de que ela anda com alguém nas minhas costas…

– Então nós vamos descobrir. – Assegurei.

– Eu posso tentar encontrá-la, eu estou terminar o feitiço, por isso posso fazer uma pausa e tentar segui-la.

– Obrigado, Luna.

– Não tens de agradecer… A final para que servem os amigos?


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Notas finais do capítulo

Aqui está mais um capítulo, como prometido. Para ter o próximo ainda vai demorar... mas assim que estiver pronto eu publico-o ;)

Bjs e vemo-nos no próximo capítulo