Finally escrita por Bella Hale
Notas iniciais do capítulo
Peço desculpa, mas enganei-me e postei o capítulo errado, ou seja, quem leu já recebeu spoiler, apesar de não ter entendido uma parte...
Então aqui vai o capítulo certo.
E mais uma vez peço desculpa
PDV Hermione
Assim que voltamos para casa, deitei o Hugo na sua cama e fui até à cozinha para fazer uma sopa para o Hugo. Ao entrar vi a Faith na beirada da janela com uma carta no bico, que peguei quando estava junto dela e passei a mão pelas suas penas macias. A carta era da Sra. Weasley.
Querida Hermione,
Lamento muito que o Hugo tenha adoecido e compreendo perfeitamente que não o possas trazer. A Lily está triste por não ter cá o Hugo, mas diz que quer que ele melhore logo para poder voltar, assim como eu.
Desejo as melhoras para ele, e já sabes, se precisares de alguma coisa eu e o Arthur ajudamos no que pudermos.
Molly.
Escrevi uma breve resposta para a Sra. Weasley e quando voltei a enviá-la escrevi uma carta para a Rose, como fazia todos os dias desde que ela foi para Hogwarts à 2 meses atrás. Logo de seguida comecei uma carta para a Ginny.
Querida Ginny
Preciso urgentemente de falar contigo, será que poderias passar por aqui por casa, agora, na hora de almoço? O Hugo está com febre e eu estou em casa a tomar conta dele.
Hermione.
Mal a Faith voltou da Toca dei-lhe um biscoito e enviei a carta para Ginny, já que seria mais rápido, mandando a carta para a Rose, quando chegou a resposta da Ginny a confirmar que passaria por aqui para falarmos.
Terminei de fazer a sopa para o Hugo e enchi um prato de sopa e peguei num copo e enchi até pouco mais de metade do copo com sumo de laranja natural - a vitamina C da laranja ajuda no combate às constipações e febres - e levei tudo até ao quarto do Hugo, que assegurou-me que podia comer sem ajuda, e voltei para a cozinha, começando a fazer arroz de frango para mim e para a Ginny.
Passada meia hora depois ouvi a Ginny na sala e fui até lá.
– Olá, Mione! Onde está o meu pequenino? - Questionou ela depois de me abraçar.
– Lá em cima a comer, anda até à cozinha, estou a acabar de fazer o almoço.
A ruiva seguiu-me para a cozinha sentou-se numa das cadeiras à volta da mesa.
– O que se passa para me chamares?
Mordi o meu lábio inferior, devido ao nervosismo, mas resolvi ir direta ao assunto.
– O Harry tem chegado sempre à mesma hora?
Ela olhou-me confusa com a minha pergunta.
– Sim, ele chega sempre às 21 e 30, porquê?
– E notas quando ele sai de casa?
– Sim, ele dá-me um beijo quando vai sair de casa, já que só tenho de estar às 9 no Profeta Diário.
Sentei-me na cadeira em frente a ela, com as lágrimas a queimarem-me nos olhos.
– Bom, as perguntas são estranhas, não é? Mas o Ron não tem vindo dormir a casa nos últimos 2 anos.
– O quê?!
– Isso mesmo, ou se vem eu nunca dou conta, nestes últimos dois anos só o tenho visto aos domingos quando vamos à Toca. - Disse já com as lágrimas a correr pelo meu rosto. A Ginny levantou-se e veio até mim e abraçou-me com força, passando a mão pelos meus cabelos.
– Mione... Porque nunca disseste nada?
– Pensei que ele estivesse com demasiado trabalho e que chegasse mais tarde e tivesse que sair mais cedo...
– Por dois anos? Nem pareces a Granger sabe tudo. - Comentou ela, fazendo-me rir não só porque aquela alcunha era agora um motivo para rir, mas também porque foi a mesma "piada" que usei para animar o Draco, nesse mesmo dia umas horas atrás.
– Tenho mais uma coisa para dizer.
– Não me digas que estás grávida outra vez.
Eu olhei para ela com descrença.
– Então eu acabei de te dizer que eu e o Ron só nos temos visto aos domingos na Toca, como raio podia eu estar grávida?
– Pois, tens razão... Então o que mais se passa?
– Tive de levar o Hugo ao St. Mungos e nem vais acreditar quem é que nos atendeu.
– Coormark?
– O quê? Não! Que horror... O Draco.
– Espera, Draco, o nosso Draco? Draco Black Malfoy? - Questionou espantada.
– Sim, o nosso Draco, ele conseguiu um emprego em que faz o que gosta.
– E como é que o Hugo se comportou?
– Extremamente bem, parecia que estava todos os dias com ele.
– Eu não sabia que o Draco dava-se com crianças
– Ele adora crianças e nota-se que ele está mais do que feliz em fazer o que faz.
– Isso é muito bom, e soubeste alguma coisa da víbora da Astória?
– Eles continuam casados, mas pelo que ele me contou ela não se comporta como uma mãe para o Scorpius. - Contei, suspirando em seguida, sendo acompanhada pelo suspiro da Ginny.
– Não me perguntes, mas isso não me surpreende...
– Ele sabe disto do Ron?
– Foi ele que me ajudou a chegar a esta conclusão, estávamos a conversar e tanto eu confessei-me como ele também.
– Como nos bons velhos tempos.
– Sim, eu já tinha saudades de falar com ele e tê-lo encontrado foi bastante bom.
Levantei-me para ir ver a comida.
– Olha se quiseres, eu pergunto ao Harry como estão as coisas no trabalho com o Ron e tento descobrir se passa-se alguma coisa que nós não saibamos.
– Não sei, e se estivermos enganados? Ele vai ficar magoado.
– Mas se estivermos certos e não falarmos, tu é que te magoas.
Suspirei e desliguei o fogão, indo buscar os pratos e os talheres para comermos.
– Mudando de assunto, como estão a dar-se os rapazes a ter aulas com os avós? - Questionei. É assim pouco depois da guerra todos os mortos da mesma ficaram como fantasmas e, sabe-se lá como, tanto os pais do Harry como O Sirius foram para Hogwarts. Como eu e o Neville voltamos a Hogwarts para terminar a escola com a Ginny e a Luna, nós soubemos quando lá chegámos no início do ano letivo e reparámos que 3 cadeiras estavam vazias, só no dia seguinte fomos dar de caras na aula de transfiguração.
Flash back on
Estava sentada com a Ginny e o Neville a tomar o pequeno almoço e de repente uma figura prateada sentou-se de frente para a ruiva.
– Então maninha? Que cara é essa? - Questionou a figura e os três olhámos para o fantasma que era o Fred, a Ginny tinha os olhos brilhantes, talvez pelas lágrimas que lhe enchiam os olhos, e um sorriso enorme no rosto.
– Fred! Tu estás aqui!
– Claro que estou, tontinha, onde querias que estivesse?
– Que fazes aqui? - Questionou ela meio confusa, mas não deixando de transbordar felicidade por estar a falar com o seu irmão mais uma vez.
– Eu moro em Hogwarts agora, eu e todos os que aqui ficaram, mais algumas visitas.
A minha cabeça raciocinou bastante depressa, e na minha mente vi o pequeno bebé que a Tonks e o Remus deixaram para trás.
– Então o Remus e a Tonks vão poder ver o Teddy crescer? - Questionei.
– Não são só eles. - Disse ele com um sorriso maroto.
– Como assim?
– Vocês depois vão perceber, não têm de ir para as aulas?
– Desde quando é que te interessas pela escola? - Questionou a ruiva curiosa.
– Eu não me interessava pela minha escola, agora tu és a minha maninha, é diferente, vá, vão. Não querem chegar à vossa primeira aula de transfiguração do vosso último ano aqui, pois não?
– Ele tem razão, está quase na hora da aula, é melhor irmos. - Disse, olhando para o meu relógio de pulso. Despedimo-nos do Fred e enquanto saíamos do salão o Draco acompanhou-nos.
– Não se importam que eu vá convosco? - Inquiriu ele.
– Claro que não, vem. - Por incrível que pareça quem respondeu foi a Ginny.
Fomos em silêncio para a sala e ao chegarmos deparamo-nos com um cão prateado sentado ao lado do quadro a ver os alunos chegar. Eu sentei-me com a Ginny e o Neville não se importou de ficar com o Draco. Assim que todos os alunos se sentaram eu apercebi-me quem era aquele cão e uma felicidade enorme atingiu-me.
– Sirius! - Exclamei deixando todos na sala confusos, menos a Ginny que foi a única a aperceber-se, já que só nós é que sabíamos, e o próprio Sirius que começou a abanar a cauda. Ele mudou para a sua forma humana e deu um sorriso afetuoso.
– Obrigado, por me denunciar, menina Granger. Bom dia a todos, o meu nome é Sirius Black, sim isso mesmo Sirius Black, e vou ser o vosso professor de transfiguração neste vosso último ano escolar... Não estão a faltar dois elementos, meninas Granger e Weasley? - Questionou, após essa sua apresentação que causou grande surpresa para quase toda a turma, dando pela falta do Harry e do Ron.
– Eles aceitaram um trabalho no ministério e preferiram não voltar. - Respondi, vendo o seu olhar triste com a notícia.
– Bom, mas ao menos eles estão a fazer algo que gostam. Vamos começar a aula.
Flash back off
Nas outras aulas descobrimos que o Remus estava a ensinar Defesa Contra as Artes Negras, e descobrimos também que o James estava a ensinar voo e a Lily a ajudar o professor Slughorn em poções.
– Estão a dar-se muito bem, eles têm escrito todos os dias também por eles e pelo Sirius e pelo Remus e pelo Fred, o Harry está muito feliz de saber que os filhos podem conhecer os avós, e como ele é auror ele pode passar por Hogwarts sempre que quiser para falar com a McGonagall por causa das asneiras do James ou pelo facto de ambos já estarem na equipa de quidditch e aproveita e está um pouco com eles.
– Isso é bom, muito bom mesmo. Ele merece, e mesmo que não possam estar todos juntos sempre, ainda podem ter alguns momentos. E o Albus já está na equipa? Tal pai tal filho.
– Nem me digas nada, a Lily está ansiosa para conhecer os avós.
– Imagino... o Hugo diz que também está ansioso por conhecer o Fred.
– Acho que ele vai adorá-lo. - Comentou a Ginny. Eu sorri e fui tirar a panela do fogão, levando-a para a mesa.
Almoçamos entre conversas sobre o trabalho, as crianças e tudo o resto.
– Então, tu vais mandar uma mensagem ao Draco? - Questionou a ruiva, após poucos minutos de silêncio.
– Quando tu me deres uma resposta sobre o que o Harry te disse sim, e também falo-lhe do estado do Hugo.
– O Hugo gostou do Draco, não foi?
– Gostou e muito, só espero que ele não fale sobre isso enquanto o Ron estiver por perto...
– Já imagino a cara dele quando souber.
– Isso não vai ser bom, não te esqueças que foi por causa do Ron que eu tive de deixar de falar com o Draco.
– Sim eu lembro-me disso, mas o Draco é quem está a pôr o filho dele melhor, enquanto ele ainda por aí a fazer sabe-se lá o quê. - Rebateu a Ginny, levantando-se e levando o seu prato para o balcão. Então ouvimos passos pequenos nas escadas.
– Tia, Gin! - Exclamou o Hugo ao entrar na cozinha. Ele correu com a bandeja até à ruiva, que tirou-lhe a bandeja das mãos para pousá-la ao lado do seu prato, e abraçou-o.
– Então minha peste? Ouvi que estavas doente.
– Sim, mas eu vou ficar melhor, estou a tomar os remédios que o Draco me deu.
– Muito bem. E fala-me desse Draco, ele é simpático?
– Muito simpático. Mãe, onde está o pai? - Questionou ele ao virar o seu olhar para mim.
– Ele está a trabalhar e não pôde vir comer a casa.
– Está bem. Tia, como está a Lil?
– Está com muitas saudades tuas e quer que tu melhores o mais depressa possível, mas para isso tens de ficar na tua caminha. Anda a mãe e a tia põem-te na cama, que depois eu tenho de voltar para o trabalho.
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