Finally escrita por Bella Hale


Capítulo 23
The Truth comes in letters...




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Hermione PDV

 

Eu não queria acreditar no que estava a ouvir ele traiu-me e enganou e mentiu para os filhos e está a tentar ficar com eles por puro orgulho?! Como é que ele se atreve?! Antes que alguém me impedisse eu imobilizei-o, sentindo a fúria subir-me à cabeça.

— Ronald Weasley, como é que és capaz de uma coisa destas? Tu traíste-me, enganaste-me e mentiste-me, aos teus filhos e a toda a nossa família e amigos. E agora vens aqui e tentas ganhar a custódia das crianças para poderes dizer que me venceste em algo? Tu és uma pessoa desprezível e completamente odiosa, Ronald. - As lágrimas vieram em força ao lembrar-me dos anos que passamos juntos... De tudo o que eu fiz por ele, de todas as oportunidades que deitei fora por ele... - Eu amei-te, mais do que podes imaginar, dei-te tudo de mim e é isto que recebo? Um par de cornos da pessoa que amei, da pessoa a quem eu sempre me dediquei? Não, Ronald, isto termina aqui. Queres ficar com a casa? então podes ficar com ela, mas eu e o meu filho não vamos estar aqui para ti. 

Lancei um feitiço e todas as coisas que me pertenciam e às crianças foram parar à minha pequena bolsa, a que eu tinha durante a caça às Hocrux. Nesse momento o Hugo desceu as escadas a correr.

 - Mãe as coisas desapareceram! Desapareceu tudo! - Exclamou assustado. Eu fiz-lhe sinal para que viesse para a minha beira.

— Mione, para onde vais? - Questionou o Harry. - Precisas de um sítio para ficar com o Hugo, longe dele...

A Ginny olhou-me pensativa para depois desviar a sua atenção de mim para o Hugo, para o Harry e para o Draco, que lhe fez sinal positivo e o Harry repetiu o seu gesto.

— Mione, pega na bolsa e vamos para fora de casa  para aparatarmos. - Instruiu a Ginny com um ar decidido enquanto fazia o sinal de que ela cuidaria do Hugo enquanto eu não estivesse com eles. Confiando na minha melhor amiga como confio simplesmente assenti e deixei o Hugo com eles para ir ao meu quarto buscar a bolsa que se encontrava dentro do armário, uns minutos antes cheio de roupas e memórias. Voltei à sala e voltei a pegar no Hugo.

— Mãe o que se passa? Porque é que o pai não se mexe? - Questionou já com voz de choro, o meu filho nunca chorava a não ser que estivesse completamente assustado e isso doeu-me mais que qualquer coisa.

— Eu já te conto, pequeno, mas agora nós precisamos de ir embora. - Disse de forma calma para tentar tranquilizá-lo

— Vamos, Mi, temos de ir embora. - Murmurou o Draco, tocando-me no ombro e passando a outra mão nos cabelos do Hugo.

Saímos todos de casa, deixando a porta aberta para que eu pudesse desfazer o feitiço do Ronald, e assim que o executei o Draco agarrou-me pela cintura ao mesmo tempo que a Ginny agarrou o meu braço e então, desaparatamos.

Todo o reboliço que é este tipo de transporte faz qualquer pessoa ficar enjoada. Abri os olhos e notei uma mansão enorme, e mesmo que seja de noite dá para notar a sua cor calma e pacífica, no final de uma estrada de terra.

— Bem-vindos à mansão Malfoy. - Anunciou o Draco.

— Malfoy? Mas...

— A casa continua a ser da minha mãe, esta eu mandei construir de propósito logo após a guerra.

— Impressionante. - Murmurei espantada com o aspeto da parte de fora, imagina por dentro?

— Venham, vamos entrar. - Disse o loiro, puxando-nos para dentro da casa. A entrada não era descomunal, mas era bastante espaçosa e luminosa pelo enorme candelabro presente no teto, no centro do espaço.

— É lindíssima... - balbuciei demasiado espantada com todo aquele espaço elegante.

— Não é nada de mais, venham vamos para a cozinha tratar do jantar.

Seguimos todos o loiro pela entrada e ainda passámos pela sala de jantar para chegar a uma enorme cozinha com uma ilha toda entre o preto e o branco.

— Mãe... Porque viemos para a casa do Draco? - Questionou o Hugo num tom baixo para não deixar que os outros ouvissem.

— Bem... querido, eu não queria estar a contar-te isto assim, aliás, eu preferia que não soubesses de todo mas... Isto é porque como tu sabes a mãe e o pai vão divorciar-se e tu já sabes que não foi nem por tua causa nem por causa da tua irmã, mas sim por algo que o teu pai fez... Ele magoou-me muito e como ele não quis contar eu acabei por querer separar-me dele, mas o teu pai está a criar confusões e... bom...

— Mas, o pai esteve hoje em casa! Ele veio para casa todos os dias, tu é que não deixaste! O pai quer estar comigo e tu não queres isso! - Exclamou o pequeno ruivo à minha frente.

— Não, Hugo, não é nada disso, isto é uma coisa de adultos que depois tu vais perceber mais tarde, mas agora preciso que acredites em mim quando eu digo que isto é para o teu bem e o da tua irmã.

— Mas... o pai vai estar sozinho, sem nós... - Aí o meu pequeno não conseguiu mais conter as lágrimas e começou a chorar a dizer que queria o seu pai. Isto doía-me tanto no peito, que apenas notei que eu estava a chorar quando senti a mão do loiro no meu ombro.

— Mi, anda, vamos levá-lo até um dos quartos.

Eu nada disse apenas segui-o escadas acima até à terceira porta à esquerda, que ele abriu dando espaço para eu entrar com o Hugo nos meus braços. Eu caminhei até à cama de casal e sentei-me na ponta, sendo seguida pelo Draco.

Inicialmente nenhum de nós abriu a boca, ele apenas passava uma das suas mãos pelo meu cabelo e a outra passava no cabelo do Hugo para nos acalmar.

— Hugo, filho, estás acordado? - Questionei ao senti-lo respirar tão suavemente que considerei a hipótese de ele estar a dormir.

— Sim...

— Hey, campeão. - Chamou o loiro num tom baixo para não acabar com o clima de paz que se instalou nessa divisão. - Sabes nós vamos precisar de ajuda para tratar do jantar e dava-nos jeito alguém como tu na equipa, queres vir fazer o jantar connosco?

O Hugo assentiu levemente e esticou os braços para o Draco que sorriu e pegou nele, abraçando-o sem demasiada força.

 

Rose PDV

 

— Como assim eles ficaram de castigo?! - Questionei abismada. Eu preparava-me para me encontrar com o Scorp e o Albus para ver o livro já que amanhã vamos voltar para casa e logo hoje eles tinham de ficar de castigo...

— É verdade, Rosie. - Confirmou a Lily, mãe do tio Harry. - Eles estavam na aula de voo quando um dos Gryffindor começou aos insultos a ambos...

— Ainda por cima na aula do avô do Albus? Esse tem mesmo coragem...

— A quem o dizes, querida... Mas o que era tão importante que os dois não pudessem ficar de castigo? - Questionou como se já soubesse da resposta e eu suspirei resignada a responder.

— Lily eu iniciei uma investigação e o Scorp e o Al estão a ajudar-me com isso, mas eu acho que tu ainda me podes ajudar.

— Conta lá.

— O que sabes sobre a relação entre a minha mãe e o pai do Scorp? - Inquiri meio hesitante. A sua expressão foi de surpresa a compreensão em segundos.

— Sei o que todos sabem... Que os vossos pais se odiaram durante anos e depois da guerra eles tornaram-se amigos inseparáveis...

— Assim? De um momento para o outro? - Perguntei confusa.

— À vista de todos, sim, foi de um momento para o outro, agora quem está por dentro da questão sabe que há algo a mais nesta história toda.

— E o que é?

— Bem... a história é muito comprida, mas ambos acabaram por me confidenciar em alturas diferentes o que se passou ao certo.

— Será que me podes contar, Lily? Por favor...?

— Claro que posso! Mas talvez quando voltares das férias, está quase na hora de recolher e não podes tu ficar de castigo...

— Acompanhas-me até à torre dos Ravenclaw? Assim podes me contar algo, nem que seja algo pequeno.

— Bom... Muito bem. Vamos lá.

Eu assenti e seguimos em direção à torre dos Ravenclaw sem grandes pressas.

— Então, o que me podes dizer sobre essa situação?

— Bem, eles ajudaram-se muito antes da guerra e durante a mesma também, por exemplo conheces a história de quando a tua mãe foi petrificada?

— Sim, o tio Harry encontrou a página que explicava o basilisco, sempre achei essa história intrigante, nunca pensei que a mãe fosse arrancar uma página de um livro... Mas tempos desesperados pedem medidas desesperadas...

— Bem, Rosie... - Iniciou a Lily de forma cuidadosa enquanto direcionava o seu olhar para mim. - Na verdade a tua mãe nunca arrancou aquela página do seu exemplar... Mas sim o pai do Scorp, foi ele que arranjou maneira de lha entregar antes que ela fosse atacada...

— A sério? Mas também não foi nesse ano que ele lhe chamou... de...

— Sim, e o que me foi confessado foi que ele vê esse momento como um dos seus maiores erros... No entanto, eles continuaram a ajudarem-se um ao outro durante os anos sem ninguém saber... Por exemplo ele avisou que o melhor seria esconder a tua mãe no torneio mundial de quidditch quando os devoradores atacaram, e no sexto ano deles... foi a tua mãe que ajudou o Draco a esconder a marca e a arranjar o armário...

— Lily... Não foi nesse ano que o pai trocou a mãe por aquela rapariga que infelizmente morreu na guerra?

— Foi sim, como o teu pai andava sempre com o Harry e a tua mãe queria evitá-lo acabou por ficar a conhecer melhor o jovem loiro... Na verdade eles ficaram a conhecer-se de tal maneira que se os dois sobrevivessem eles iam recomeçar a sua amizade...

— Só isso? Uma amizade? Não tem nada a mais nessa história... ? Nem um pormenor assim pequenino? - Questionei com fervor para descobrir mais sobre o que realmente se passou.

— Porque perguntas se era apenas amizade, Rose?

— Porque neste preciso momento só falta o Draco começar a dormir lá... Eles são muito próximos e eu já notei a forma de como ele olha para a mãe... Além disso tem a haver com algo que o Scorp disse...

— E o que ele disse? - Inquiriu a jovem fantasma curiosa.

— Ele disse que o pai dele lhe disse para não escolher alguém pelo sangue e sim porque a ama, que ele não quer que o Scorp cometa o mesmo erro que ele cometeu no passado.

Quando olhei em frente estávamos à frente da porta da torre.

— Qual a criatura que de manhã tem 4 patas, de tarde tem 2 e à noite tem 3? - Questionou a águia da porta.

— O Homem. - Respondemos ao mesmo tempo e a porta abriu-se.

— Bom, quem sabe se não descobres mais nada com o Scorpius nestas férias... Tem uma boa noite querida.

— Muito obrigada por me ajudares Lily, tu também!

Enquanto eu entrava para a sessão de gozo diária ela seguia o seu caminho, talvez para fazer a patrulha dos corredores.

 

—------------Manhã seguinte--------------------

 

— O que é que vocês tiveram de fazer no castigo? - Questionei enquanto saíamos do salão nobre após termos tomado o pequeno almoço. Nós já estávamos com roupas para andar em Londres.

— Escrever 15 vezes que não podemos ceder à mediocridade dos outros... - Respondeu o Albus de forma calma e ainda sonolenta... Era mais do que óbvio que o primo iria dormir durante a viagem de volta.

— Não foi muito mau... E o Gryffindor?

— Teve de limpar as vassouras usadas para a aula. - Desta vez quem respondeu foi o Scorp.

— E foi bem feito. - Disse o Sirius aparecendo à nossa frente juntamente com os restantes Marauders, a Lily, a Tonks e o tio Fred. - Nós já nos despedimos de todos menos de vocês três.

— Rose e Scorpius tentem manter a calma lá em casa, os vossos pais amam-vos e querem o vosso melhor. - Interviu a Lily. - E não se esqueçam que às vezes o mais inesperado acontece mesmo por debaixo dos vossos narizes.

— Sim, Lily, eu já consegui perceber isso. - Respondi sorridente, eu tinha de falar com o Scorp sobre o que a Lily me disse ontem.

— E Albus, diz ao teu pai para nos vir visitar, estamos cheios de saudades dele. - Pediu a ruiva com uma expressão de tristeza, os Potter adoravam ter os netos por perto, mas gostavam de também terem o Harry para o acompanhar na vida.

— Claro, avó, sem problemas, eu digo que todos querem vê-lo outra vez. - Assegurou com um sorriso digno de um Marauder, tanto o James II como o Albus tinham o dom para isso, e até o Scorp parece gostar de participar dessas atividades, mas também são todos parte da árvore genealógica dos Black, então não me surpreende...

— Scorpius, faz uma boa viagem e tenta fazer com que o teu pai acorde para a vida e comece a lutar. - Aconselhou o Sirius com o seu típico sorriso maroto, será que ele está a falar do que eu penso que está a falar?

 

—-------já no comboio---------------

 

— Então vocês desconfiam que os vossos pais na realidade amam-se desde miúdos, por suposições do que a minha avó e o Sirius disseram? - Questionou o Albus meio confuso. - Vocês não acham que isso deve de ser apenas um filme das vossas cabeças com tudo o que se está a passar?

— Na verdade, caro amigo, eu não creio... - Disse o Scorp com um ar superior, como se soubesse de algo a mais.

— Tu trouxeste? - Questionei surpresa ao vê-lo tirar o livro da mala.

— Claro que sim, não podemos correr riscos agora... Bem vamos a isto.

Ele abriu o livro e tirou uma folha amassada de entre as páginas, começando a ler, e ignorando a expressão de confusão na cara do meu primo:

"Querida Mi,

fiz este pequeno arranjo entre os teus livros preferidos, espero que gostes. Neste teu aniversário o meu presente é este, contudo peço algo em troca, afinal quando é que ouviste falar de um Malfoy que dá algo sem esperar retorno?

Bem antes devo de te explicar antes o motivo da minha condição. Finalmente aconteceu, o meu pai foi finalmente para Azkaban sem direito de voltar, ou seja, pela primeira vez eu posso escolher o que quero fazer da minha vida e isso inclui seguir o meu coração... que mesmo sem saberes até este momento já te pertence... Literalmente...

Hermione Granger, eu amo-te, amo tudo em ti, desde a tua melhor qualidade até ao teu mais irritante defeito que só me faz sentir mais apaixonado por ti... Desde o primeiro ano... Sempre fiz de tudo para tentar dar-te uma melhor hipótese no mundo mágico, mas agora eu posso dizer livremente que quero ser egoísta a ponto de dizer que quero e preciso de ti na minha vida.

O weasley não te merece, ele não consegue atingir a tua imperfeita perfeição, tu mereces alguém que te possa proporcionar os teus melhores momentos, começando pelo teu aniversário, vem ter comigo à sala precisa pelas 19h eu tenho algo para ti.

Com todo amor,

D.M.

P.S. - Usa o colar que está na tua cama, acho que vais gostar dele"


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Notas finais do capítulo

HHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYY!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Aqui está mais um capítulo fresquinho para vocês!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Em primeiro quero agradecer os comentários das sempre assíduas: Sakurita1544 e Mareena e também da nova pessoa linda e maravilhosa que comentou no último capítulo, shindou0!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Então, o que acharam deste capítulo? Por favor dêem a vossa opinião sobre o que aconteceu e o que acham que ainda está por vir!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Isso é muito importante para mim!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Bjs, vemos-nos no próximo capítulo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



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