Finally escrita por Bella Hale


Capítulo 10
Just Friends


Notas iniciais do capítulo

Revisto!!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/621839/chapter/10

Eu continuava sem palavras, ele tinha-se lembrado dos colares...

— Draco, como melhor amiga e futura ex cunhada da Mione, digo: uma excelente escolha no presente, possivelmente o melhor que ela podia ter tido no mundo.

— Vocês acham mesmo que...

— Está estampado na cara dele, Draco... - Respondi com um suspiro, e virei-me de costas para ele, tirando o fio da caixinha. – Podes pôr-mo por favor?

— Claro...

Ouvi os seus passos até mim e senti quando os seus dedos roçaram nos meus para pegar no fio e pô-lo à volta do meu pescoço, de onde, muito sinceramente, nunca devia de ter saído.

— Já está. – Anunciou afastando-se uns dois passos pelo som.

— Bom, eu vou levando algumas coisas para lá, vocês fiquem um pouco aí. – Disse a Ginny com duas travessas nas mãos. E saindo depressa para que não desse tempo de nenhum de nós lhe dizer nada.

O meu coração parecia que queria sair-me pela boca, isto não acontecia à tantos anos... Eu suspirei e abracei o Draco rapidamente antes que alguém entrasse, afinal, eu estou na casa dos meus sogros, eu tenho esse respeito por eles.

— Muito obrigada, Draco, a sério, eu não tenho como te agradecer por isto...

— Basta que o uses todos os dias, como eu tenho sempre usado o meu é tudo o que eu quero, Mi.

— Eu vou fazê-lo. – Assegurei, com um sorriso ao qual ele retribuiu e voltou a abraçar-me.

— É melhor irmos para dentro eles ainda podem desconfiar de algo e eu não quero problemas no Natal...

— Tens razão, é melhor mesmo.

Eu pedi ajuda ao Draco para levar algumas das travessas que ainda faltavam e voltamos para o meio do grupo.

No final da noite fomos todos para as nossas casas para voltarmos no dia seguinte para o almoço de natal.

Em casa após as crianças terem ido deitar-se entrei no quarto para encontrar o Ron no seu, provavelmente, segundo ou terceiro sono, fazendo-me revirar os olhos, enquanto caminhava na direcção da casa de banho do quarto. Enquanto lavava os dentes pensava no quanto a minha vida iria mudar após o ano novo e no quanto isso podia afetar as crianças... Suspirei e voltei ao quarto, onde troquei de roupa e fui-me deitar ao lado do Ron.

— Mione... - Ouvi o Ron sussurrar no meio do escuro, enquanto sentia os seus braços rodearem-me a cintura.

Se fosse noutros tempos eu garanto que o meu coração perdia uma batida e um arrepio subiria por mim, mas não quando eu tenho a certeza que o meu marido, pai dos meus filhos anda a trair-me...

Eu afastei-me dele, ficando no canto da cama.

— Hoje não, Ronald... - Murmurei de olhos fechados.

— Porque não?

— Porque eu não quero, o que um não quer dois não fazem, simples assim.

— Hey, calma, já percebi que estás naqueles dias... Eu vou dormir para o sofá, então...

— Estás à vontade.

Ele levantou-se e saiu do quarto, fazendo com que eu suspirasse de alívio e adormecesse em seguida.

 

Na manhã seguinte preparei o pequeno almoço para os quatro.

— Bom dia, mãe. – Desejou a Rose ao entrar na cozinha já pronta para ir para a casa dos avós.

— Bom dia, querida, dormiste bem?

— Sim, e tu?

— Também! O que achaste dos presentes que recebeste?

— Adorei todos!

— Mas...? – Questionei, virando o meu olhar para ela enquanto pousava uma travessa de panquecas no meio da mesa. – De qual gostaste mais?

— Muito sinceramente? Da do Scorpius, tu viste bem aquela pena?! É lindíssima!

— Sim, eu vi. Como é que ele se foi lembrar de um presente daqueles?

— Se calhar porque eu estava sempre a falar em como gostava de ter uma pena com as cores da minha equipa.

— Mas... o prateado não faz parte... - Comentei sugestiva, e sorri ao ver o seu rosto com uma expressão confusa.

— Eu sei... Fiquei muito tempo a pensar, mas se calhar deve de ser porque não havia com dourado...

— Talvez porque não lhe perguntas isso hoje ao almoço?

— Hoje?! Ele vai lá outra vez?! – Inquiriu com um sorriso magnífico, o que me fez sorrir também.

— Quem é que vai lá outra vez? – Questionou o Ron com uma expressão severa, como se ele tivesse alguma coisa que exigir há um ano que ele não faz parte da vida da filha e agora quer satisfações...

— Depois, vês. –Respondi. – Vai arranjar-te para depois vires tomar o pequeno almoço, por favor.

Após o Ron ter saído a Rose olhou-me.

— Mãe... Tu e o pai estão chateados, não estão?

Eu mordi o lábio inferior, sem saber muito bem o que responder, afinal, ela teria de saber da verdade, mas tendo em conta que ela nunca nos viu assim, nem ninguém que ela supostamente conheça vive numa realidade de pais divorciados, pode ser assustador para ela e mais ainda para o Hugo...

— Bom... Querida... Não tem uma maneira fácil de dizer isto, mas... Sim, nós estamos chateados, e em princípio vamos acabar por nos separarmos... Mas quando fores um pouco mais velha eu vou-te explicar o que está mesmo a acontecer, só te peço que nunca, independentemente do que acontecer e do que souberes deixes de gostar do teu pai, porque eu acredito que ele ama-te muito a ti e ao teu irmão, okay?

— Okay, mas se isso realmente acontecer, para onde vamos?

— Ainda não sei, mas nós vamos resolver isto, só te peço para te manteres forte pelo teu irmão, mas a mínima coisa fales comigo, pode ser?

— Claro, mãe, não te preocupes.

Eu sorri-lhe em agradecimento e beijei-lhe a testa.

— Eu vou acordar o teu irmão, se quiseres podes começar a comer, okay?

— Okay, mãe!

Eu saí da cozinha e subi as escadas para ir acordar o Hugo.

— Acorda, meu príncipe...

— Hum... só mais cinco minutos, mãe... por favor... - Pediu entre bocejos, fazendo com que eu abanasse a cabeça.

— Vamos lá, ou vais deixar a Rose comer as panquecas todas?

Logo ele abriu os olhos e correu para a casa de banho. Eu ri e voltei para baixo onde já estava o Ron, pronto para sair ao lado da Rose enquanto comia uma panqueca.

O silêncio que reinava na cozinha era muito desconfortante e isso não era bom para a Rose, e o primeiro a quebrar o silêncio foi o Hugo ao entrar na cozinha.

— Uau! Pai, não tens de trabalhar hoje?

— É claro que não, hoje é dia de natal...

— Pensei que fosses... Afinal é segunda-feira... Mãe, hoje vamos tê-los outra vez para o almoço e jantar?

— Sim, eles também vão passar o ano novo connosco.

— Boa! Eu gosto deles, são simpáticos. 

— Também eu. – Comentou a Rose, o que causou no Ron uma onda de raiva, já que o seu rosto estava tão vermelho quanto o seu cabelo. Ele terminou de comer o que tinha no prato e simplesmente levantou-se, deixando a louça na mesa.

— Bom, meninos, vamos terminar de comer para depois irmos para a Toca. Quando acabarem deixem a louça na banca, por favor.

— Sim, mãe. – Responderam ao mesmo tempo enquanto comiam.

Eu levantei-me e fui pousar a minha louça e a do Ron na banca.

 

— Mione! – Exclamou a Ginny assim que eu entrei pela lareira. – Olha quem nos veio visitar hoje!

Ela deu espaço para me mostrar a Luna a conversar com o Draco.

Eu cumprimentei toda a família para me dirigir aos loiros para que conversássemos em paz.

— Feliz natal, Luna.

— Feliz Natal, Hermione, estava agora a dizer ao Draco que a poção está pronta quinta feira.

— Ainda bem, podemos encontrar-nos todos para almoçar nesse dia. – Sugeriu o Draco, quando a Ginny se aproximou.

— Por mim, tudo certo. – Respondeu a ruiva. Eu e a Luna concordámos.

— Luna, não queres chamar o teu pai e ficam a almoçar connosco? – Convidou a Ginny. – Há sempre espaço para mais gente.

— Muito obrigada, Ginny,mas o meu pai já tem o almoço pronto, só vim cá para vos desejar um feliz natale informar-vos sobre isso. – Respondeu com o seu sorriso vago e saiu da nossabeira para se despedir das outras pessoas.

— Então, isso vai mesmo acontecer? – Perguntou-nos o Harry, quando se aproximou de nós.

— Vai. – Respondi decidida. – Estou morta por acabar com esta palhaçada...

— Ui! O que é que o meu irmão fez?

— Fez o favor de ter duas atitudes bastante incorrectas na presença dos nossos filhos.

— Isso vai acabar em breve, Mi, relaxa um pouco...

— Só vou relaxar quando o meter fora da minha casa a pontapé, como ele merece...

— Essa é a nossa Granger! – Exclamaram a Ginny, o Draco e o Harry, fazendo com que eu começasse a rir deles.

O dia passou entre conversas e brincadeiras na Toca até chegar a hora de todos irmos embora, pois a grande maioria ia trabalhar no dia seguinte. Óbvio que assim que eu e as crianças adormecemos o Ron já teria saído de casa, eu já não aguentava mais esta situação...

 

Finalmente chega a quinta feira, nós combinamos de almoçar no mesmo restaurante da outra vez, rimos e conversamos, se bem que entre mim e o Draco não haviam grandes novidades já que nos falávamos todos os dias por ele e o Scorpius ficarem lá a jantar. No final da refeição o Draco recebe um bip do hospital a pedir para ele ir tratar de uma cirurgia.

— Mi, leva o meu frasco também, por favor, não sei se vou chegar a tempo do jantar, mas não te preocupes, eu passo lá para ir buscar o Scorp.

— Vai não te preocupes, ele fica bem comigo, boa sorte.

Ele sorriu e beijou-me a bochecha antes de se levantar para ir embora. Quando notei tinha a Ginny e a Luna a olharem para mim sugestivamente.

— Que foi? Tenho alguma coisa na cara?

— Tens sim. – Respondeu a Ginny. – Tens um sorriso de orelha a orelha

— Isso é algo mau?

— Nem por sombras, já não te via assim desde Hogwarts quando eramos só nós os quatro e o Neville. – Comentou a Luna, cuja tinha um sorriso no rosto que foi se perdendo ao falar no Neville. Nenhum dos dois recuperou por completo da separação, mas eu acredito que eles vão acabar por ficar juntos, afinal... A esperança é a última a morrer.

— Sabes, Mione, eu vou dizer uma coisa que me chamou à atenção naquela altura e que voltou a chamar-me à atenção agora... - Começou a Ginny antes de beber o resto do vinho no seu copo. – Eu acho que tu e o Draco sempre se gostaram, mas vamos ser subtis e dizer que por mero acaso nunca acabaram por tentar nada, pois quando a oportunidade surgiu vocês estavam ambos "comprometidos" e agora esta pode ser a vossa última hipótese...

— Mas isso é...

— Não digas que é ridículo, Mione, começou a ser visível quando vocês começaram a dar-se melhor no último ano, e os colares que vocês usam só prova o que a Ginny disse. Vocês estão a dar-se incrivelmente bem agora, e os vossos filhos também, pelo que percebi. Vocês podiam tentar agora, assim que se divorciassem. Não iriam destruir dois lares e sim criar um maior, já que vocês funcionam como uma família, só falta oficializar.

— Não é tão fácil assim, Luna, quem me dera que fosse, mas não é... Eu nem vou tentar negar que no passado não pudesse ter havido alguma coisa entre mim e o Draco, mas não houve e agora também não há, nós simplesmente estamos a voltar a ser amigos, os nossos filhos também são amigos, isso é algo normal, agora, eu não me acredito que o Draco queira alguma coisa comigo, ele pode ter melhor na sua vida...

— Melhor que o cérebro do trio dourado? Melhor que a aluna mais inteligente de Hogwarts? Melhor que a protetora das criaturas mágicas? Não, Mione, ele não consegue, e eu posso garantir pela forma que ele olha para ti que ele não quer mais nenhuma outra. – Disse a Ginny num tom sério que foi aprovado pela Luna. Mas não isso não era possível, eu e o Draco somos só amigos...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

HEY!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Aqui está mais um capítulo!!!!!!!!!! E este está grandinho
Bjs!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Finally" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.