Black Magic - The Beginning escrita por JPoseidon


Capítulo 2
Mudando as coisas.


Notas iniciais do capítulo

Então pessoas, espero que gostem.
Capítulo sendo postado adiantadamente, pois não poderei postar amanhã.
(-João)

Boa leitura.



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No dia seguinte...

Jaay P.O.V

Acordei e vi que era a única, os outros três ainda roncavam. Sento-me na cama, ao lado de Johnny e pego seu notebook, que estava na cômoda ao lado. Ligo o aparelho e entro no blog da escola, que era editado e dirigido pelos populares. Lá havia uma matéria que informava a decisão deles de acabar com o jornal da escola. incrédula, acordo Johnny.

– Hey Johnny! Acorda! - Digo balançando-o.

– Ãn? O que houve criatura? - Pergunta sonolento.

– Olha isso! - Digo mostrando-lhe o anúncio.

– O que? Não estou acreditando! - Johnny se senta ao meu lado e nós terminamos de ler o comunicado.

Lá dizia que o jornal da escola havia se tornado tedioso e vazio. Que eles não queriam competir com algo tão abaixo do nível, se comparado ao blog.

– Realmente não há comparação. Isso é um blog e nós somos o jornal. Mas, o nosso jornal é de graça e este blog é pago, nem todos tem acesso. - Digo guardando o notebook depois de lermos.

– Muitas pessoas leem e gostam do jornal. Acham nossos temas interessantes. Nós escrevemos temas diversos e parece que os leitores gostam - Johnny me olha e nós pensamos.

– Johnny, eu não vou deixar o jornal acabar. Estou determinada a ajudar os "nerds", os que realmente se importam. - Digo decidida.

– Desculpe, mas não pudemos deixar de ouvir. - Mike disse se sentando.

– Estávamos acordados! Só porque não falamos muito sobre moda, de "Como saber se ele está a fim", não significa que não merecemos crédito e devemos parar de escrever. - Ana estava certa.

– Bom, nós pensamos sobre isso na escola - Diz Johnny, se levantando.

– As coisas mudaram, vamos mudar isso também, mas depois. Agora nós vamos C-O-M-E-R, porque eu estou com F-O-M-E! - Digo me levantando e descendo as escadas ao lado de Mike, Johnny e Ana vinham logo atrás conversando.

Chegamos na cozinha e os meninos se sentaram no balcão, eu fui preparar os cupcakes e suco. Comemos enquanto assistíamos "Once Upon a Time" no Netflix. Quando eram 12:00h, levantei-me e fui para o banho, ao sair, num estalar de dedos estava com uma calça rosa, blusa branca, jaqueta de couro preto e salto agulha também pretos. Após a mim, quem tomou banho foi Mike, depois Ana e por último, Johnny.

Ana estava com uma calça preta, blusa amarela, jaqueta de couro vermelha e um salto alto também vermelho, Mike usava uma camiseta polo rosa-bebê, calça jeans escura e all-star pretos. Johnny por fim, usava um jeans lavado, camisa xadrez e all-star azul. Estavam deslumbrantes.

– Wow, como vocês estão lindas. - Disse Mike para Ana e eu.

– Não, vocês estão. Sou amiga de dois gatos! - Digo e rimos.

Após nos aprontarmos, almoçamos, escovamos os dentes e depois de despedirmos da família de Johnny, fomos a caminho da escola.

Ao chegarmos, todos olharam para nós e se perguntando “Quem são? São os “nerds”!”, isso era o mais engraçado, pois até muito pouco tempo atrás nós éramos motivo de chacota. Fomos andando com classe até a sala de Música, minha preferida entre todas as outras, sempre tive vergonha e achava que minha voz não era boa, mas agora com essa transformação eu não precisava ter vergonha. O professor entrou na sala, se sentou e fez a chamada, logo em seguida se levantou e colocou a música “Back It Up” do Prince Royce ft. Jennifer Lopez e Pitbull, e eu me levantei cantando o começo, Johnny se levantou e me acompanhou, foi ai que percebi que, apesar de estarmos com a mesma voz, ela também foi melhorada na hora de cantar, tornando-as vozes perfeitas.

“What's up, baby?

It's your new boyfriend

Royce

Oh, yeah!

You know, this got that dancehall feel to it

Mr. Worldwide

Takeover, that's right

Girl, your body is timeless, yeah

Girl, your body got me like

Oh, my gosh; oh, my gah

Oh mama

And you're making me earn it, yeah

Oh, you're making me earn it

Oh, my gosh; oh, my gah

Oh mama”

O refrão foi, pode-se dizer a explosão. Mike e Ana se levantaram e juntos começaram a cantar o refrão, com Johnny e eu cantando, a sala se levantou e começou a bater palmas no ritmo da música.

“I love it when you drop it down

Baby, back back back it up

(Dámelo papi chulo

Dámelo papi chulo)

You turn around and make it bounce

Baby, back back back it up

(Dámelo papi chulo

Dámelo papi chulo)”

Enquanto íamos cantando Johnny foi relaxando e se sentou novamente para deixar que nós terminássemos com a música, logo Ana e Mike já haviam se sentando e, comigo, acabei cantando o final.

Saímos da sala, com os alunos exclamando que havíamos mudado e que cantamos muito bem. A próxima aula seria literatura, a aula preferida de Johnny, ao entrarmos a professora já estava dentro escrevendo na lousa que o assunto que iríamos debater hoje, era sobre Sexualidades e os ainda existentes preconceitos. Johnny adorou, até porque ele manda ver no assunto, afinal ele é gay.

– Hoje vamos falar de preconceito e sexualidade. – Diz a professora. – Quem aqui é gay? Por favor, sem medo.

Johnny e dois alunos do fundo levantam a mão.

– Ótimo. – Diz a professora e sorri gentilmente para Johnny que retribui. – Tem algum Bissexual aqui?

Ana, Mike e mais três pessoas levantam a mão.

– Existe algum Assexual aqui? – Pergunta ela e somente um aluno levanta a mão. – Alguém mais “tem” outra sexualidade?

– Sim professora, Pansexualidade. Eu sou uma. – Diz uma garota.

– Eu sei que existem muitas sexualidades, se fossemos falar de todas, iríamos ficar aqui para sempre. Fugindo um pouco do assunto, vocês sabem o que é “romantismo”, como por exemplo Heteroromantic?

– Romantismo é um termo usado muito nos Estados Unidos para aqueles que são “romanticamente” apaixonados pelo que... Como, por exemplo, ser Hétero é sentir atração física pelo sexo oposto, mas ser Heteroromantic é pelo o que você se apaixona, o sexo oposto. Homoromantic é que você se apaixona pelo mesmo sexo, ai vai... – Diz Johnny explicando para a sala.

– Wow, olha sabe mesmo hein! – A professora brinca e ele ri abrindo um sorriso branco. – Mas e você Johnny, é o que?

– Sou Gay e Homoromantic. – Diz ele dando um sorriso torto.

E com isso o sinal bate e saímos da sala, indo para o refeitório, afinal, cada aula são 60 minutos dentro de sala. O bom da nossa escola é que nosso material fica nela, mas se quisermos levar para casa, ou ter lição para fazer eles deixam. Já no refeitório, nós quatro fomos para a cantina ver o que tinha.

Tinha gelatina de morango, bolo de laranja, suco de uva e cupcake. Nossa escola era a melhor.

Fomos nos sentar na mesa de sempre, que era do lado de uma janela enorme que dava para ver o pátio e a quadra de Educação Física. Comemos, rimos e conversamos. A próxima aula seria Educação Física, engraçado, era só pensar na aula e logo seria a próxima. Assim que acabamos fomos cada um pro seu vestiário.

Eu e Ana fomos as primeiras a chegar no vestiário feminino, pegamos nossos shorts e regatas dentro dos armários e fomos tirando a roupa, já sem roupa colocamos o uniforme de educação física. Porque não estralamos os dedos? Por que se alguém entrasse e visse, nós estaríamos encrencadas. Já prontas fomos até a quadra, onde se localizava os populares e Johnny conversando com Mike, fomos nos aproximando conversando, Mike e Johnny perceberam nossa presença e pararam de falar. Em seguida estávamos conversando sobre o dia de hoje, logo o professor apareceu e comunicou que a aula de hoje seria queimada, com todos os alunos, querendo ou não.

A medida que as bolas voavam, sim bolas, voavam em nossa direção , somente íamos desviando com graciosidade e relaxados, parecia que graças ao livro não precisávamos usar magia para desviar as bolas, nós desviamos delas por conta própria, parecíamos profissionais pois nunca fomos assim, tão bons em queimada. Os populares eram o time adversário, nós tínhamos somente duas pessoas, já que com o desenvolvimento do jogo a maioria foi queimada, os populares tinham cinco a mais.

Johnny irritado parou de desviar e começou a andar, as bolas se desviavam dele, ele não estava usando magia. Quando uma bola ia chocar-se na cara dele ele, com a mão, pegou a bola e com uma força descomunal lançou-a em direção à Kyle, um dos populares (logo o que ele era apaixonado), a bola se chocou no braço dele e ele foi queimado, a medida que o jogo ia logo só restavam dois no grupo deles e quatro no nosso grupo. Eu, junto com Mike queimamos os dois restantes, vencendo o jogo. O professor deu os seus parabéns para nós e fomos em direção ao vestiário, mas antes os populares que eram cinco, vieram em nossa direção logo exclamando:

– Como ousam vencer de nós? – Pergunta Kyle.

– Des do momento que vencemos nossos medos e paramos de temer vocês. – Diz Johnny irritado, prosseguindo. – E como ousam nos ameaçar tirar o jornal de nós?

– Simples, o blog vence de vocês e não vamos competir com algo abaixo do nível. – Diz Gustavo.

– Cara, entende uma coisa, o blog vence afinal ele é virtual é mais fácil de acesso, mas muitos acompanham o jornal. Muitos gostam do que falamos. – Diz Mike exaltado quase pulando nos pescoços deles.

– Dane-se, vamos acabar com vocês. – Diz Gabe.

– Pensem bem, se eu fosse vocês não tentaria destruir algo que distribuímos gratuitamente, o blog de vocês é pago! – Diz Ana.

– Esquece gente, vamos sair daqui. – Diz Jaay.

Saímos dali e Johnny me perguntou.

– Por que? Você estava muito brava e agora conseguiu manter a calma, explica que eu não to entendendo.

– Relaxa, vamos achar um modo de não deixar que eles destruam o jornal. Vamos consultar o livro mais tarde.

– Ata... – Dizem todos em uníssono.

A próxima aula seria atuação e em seguida Inglês.

–------------

Passadas essas aulas fomos para a casa de Ana, pois nesse horário não teria ninguém na casa dela. No quarto dela acendemos três velas brancas e abrimos o livro na página 7, que era o capitulo seguinte, e nele dizia: “Tentando destruir-me?”.

O feitiço era simples, nós tínhamos que conjurar nossa raiva, e com ela tínhamos que “criar” algo que desse para tocar. Como éramos quatro, tivemos que unir nossas raivas e com isso formamos uma bola, ela era de cristal e dentro armazenado, havia fogo. O propósito do feitiço era explodir essa bola e deixar esse fogo vir em nossa direção indo até o umbigo, um dos chakras. Assim que acabássemos a nossa mente estaria relaxada e com novas ideias sobre o que fazer nesse momento difícil. Como o umbigo é um dos chakras mais sensíveis isso ajudava a torna-lo um pouco mais “resistente”.

Continuamos sentados e em meditação quando uma luz azul, que segundo o livro ela apareceria, apareceu na nossa frente, nessa luz iam aparecendo letras formando frases.

Uma dessas frases era que devíamos pensar com sabedoria e meditar até chegarmos á uma decisão imediata. Outra era que devíamos relaxar e escrever o próximo exemplar do jornal.

E foi isso que fizemos, pegamos cadernos e fomos anotando ideias. Nos levantamos, e no armário da Ana pegamos trinta exemplares antigos do jornal e começamos a distribuir pelo bairro da casa de Ana. Menos Johnny, ele ficou na casa de Ana escrevendo no computador dela e fazendo o próximo exemplar, nele estava escrito que a partir de agora o Jornal também começaria a distribuir em casas fora da escola, mas seriam perto dos bairros onde nós moramos. Nessa edição falamos sobre séries, livros e novidades do mundo da música.

Depois de entregarmos exemplares para as pessoas do bairro de Ana, fomos até a casa dela para ver como estava ficando o jornal, estava muito bem escrito e anunciando o briga do jornal x blog.

Depois disso cada um foi para sua casa, eu, ao chegar na minha, ganhei um beijo na bochecha de minha mãe e fui para o quarto deitar. Já na cama e de banho tomado fiquei pensando sobre hoje e como todas as coisas mudaram. O Gabe, apesar de continuar idiota, me olhava com desejo.

Trii, Trii, Trii.

Olho o celular e vejo uma foto de Johnny.

– Fala... – Digo assim que atendo.

– Você está bem? – Pergunta ele preocupado.

– Não sei. – Respondo.

– Então... O que achou de hoje?

– Muito legal. Mudamos as coisas. – Digo entusiasmada.

– Então, o que vamos fazer amanhã? – Pergunta ele parecendo pensativo.

– Não sei, só dormindo para saber o que nos espera amanhã. – Digo.

– Estou com medo. – Diz Johnny.

– Do que? – Pergunto.

– De perdermos o jornal, ele foi uma das coisas mais legais que nos aconteceu. Pudemos mudar opiniões machistas, preconceitos, e ajudar pessoas. – Diz Johnny com voz chorosa.

– Chora não. – Digo.

– Passou meu momento frágil. – Diz ele brincando. – Tchau.

– Tchau. – Digo sorrindo.

Em seguida coloco minha mão embaixo do travesseiro e tiro uma flor amarela brilhante.

– Você é linda, e lembre-me de agradecer eternamente ao destino, ou seja lá o que for que me deu esses poderes. – Digo pegando a flor e transformando-a em pétalas, jogando-as ao vento, soprando em seguida.

E assim, eu dormi.


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram?

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