Liberta-me escrita por Laryh


Capítulo 1
Liberta-me


Notas iniciais do capítulo

Hi o/

Como estou um pouco atrasada com outras fics, decidi postar essa que estava parada aqui, aproveitem a One e boa leitura!



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Um dia, há muito tempo atrás lembro de tê-lo amado...


Mas fazia tanto tempo e tantas coisas haviam ocorrido que não entendia...


Porque ainda estou aqui?


***



-- Senhorita? -- Como todas as manhãs, ouvi a voz da gentil governanta da casa me chamando -- Senhorita Haruno, acorde, por favor.


-- Estou acordada -- Murmurei com a voz baixa e sonolenta. -- O que deseja Chiyo? -- Me mantive em baixo das cobertas, era uma manhã fria o suficiente para desejar apenas um banho e descanso pelo resto do dia.


-- Telefone -- Suspirou e eu retirei o cobertor de cima da cabeça -- O senhor Sasori gostaria de falar com a senhora.


Ouvir aquele nome me dava náuseas, mas mesmo assim tomei o aparelho das mãos tremulas de Chiyo


-- Bom dia! -- Saudei sem qualquer animação na voz


-- Bom dia querida -- Sasori estava em algum lugar cheio, barulhento... Me ative ao acorde da música por segundos, não foi difícil concluir que ele estava em alguma casa noturna e muito bem acompanhado. -- Não queria incomodá-la docinho, mas precisava ligar para informá-la que em dois dias chegarei em casa.


-- Aviso dado! -- Rosnei contidamente, havia me acostumado muito bem a ausência desse energúmeno


-- Espero que essa rispidez toda não seja levada para cama quando eu estiver ai -- Ele riu. Eu choraria se pudesse -- Até docinho! --E sem delongas, o telefone foi batido em sua cara.


-- Querida -- Chiyo sentou-se à meu lado -- Vá embora dessa casa de uma vez por todas, não tolere mais o Sasori.


-- E ir para onde Chiyo? -- Levantei jogando o telefone na cama e vestindo o robe -- Posso não tolerá-lo, mas mesmo assim, aqui tenho tudo que desejo, não serei a primeira pessoa a conviver com outra sem amor.


-- Bom, você quem sabe -- Levantou-se encaminhando-se à porta -- Mas saiba que quando finalmente tomar a decisão certa, estarei a seu lado. -- Saiu, deixando-me como sempre, só...


Sasori já tinha sido um rapaz gentil, tanto que eu havia me apaixonado por ele na adolescência, mas tudo destruiu-se como cristal quando seu pai faleceu e ele provou do poder.


Tentei ajudá-lo a voltar a ser o que era, mas desisti após a primeira bofetada.


Daquele dia em diante, Akasuna no Sasori não era nada mais que um imbecil nojento.

Estava pronta para sair da sua vida quando meus país sofreram um acidente, meu pai morreu na hora, minha mãe, depois de 32 dias internada. Dormindo ao lado de sua cama por mais de um mês, comecei a descobrir coisas que não gostaria, coisas que me prendiam a Sasori e que me fizeram notar que talvez, eu nunca tivesse realmente me apaixonado por ele, e sim, sido induzida a acreditar que o amava.


A herança dos Haruno foi quase totalmente usada para arcar com dívidas que me foram deixadas, a principal delas com a Areia Vermelha, empresa dos Akasuna.

Aceitei ficar aqui, presa a esse mundo desprezível de Sasori, mas que foi meu último refúgio, porque aqui eu ainda era Haruno Sakura, lá fora, eu seria apenas mais uma mulher sem nada a oferecer.


Não me sobrou nada, e o resto de dignidade esmorecia com o passar dos meses...

Chegaria o dia que sequer eu saberia dizer o motivo por continuar lutando.



***



DOIS DIAS DEPOIS


-- Chiyo! -- Cumprimentou a governanta animado, ninguém o suportava na casa, era um péssimo exemplo para os filhos das empregadas e perigoso demais para as mais jovens e belas, Akasuna no Sasori era um ser desprezível -- Fale para aquele velho do Jiraya ajudar Ibiki com as malas e também, prepare um quarto de hóspedes, temos visita.


-- Sim senhor -- Não pode olhar o homem que saia do carro, pois logo sua atenção foi chamada pelo ruivo

-- Onde esta Sakura?

-- Na piscina aquecida senhor – Murmurou curvando-se quando ele caminhou na direção que indicara, viu o homem que o acompanhava de costas e pela primeira vez em meses, ao ver aqueles cabelos negros, teve esperança.

***

-- Veja Sakura, você bateu o recorde que já era seu – Kakashi era meu melhor amigo, fora mordomo dos meus pais, agora, era apenas meu acompanhante, para tudo, eu sempre poderia contar com ele.

-- Estou ficando boa nisso, não é? – Sorri, nadar ou andar a cavalo eram as poucas coisas que me animavam de verdade dentro da propriedade de Sasori – Acha que tenho jeito para disputar alguns prêmios por ai? – Brinquei e ele assentiu muito sério.

-- Além de ótima nadadora, um exemplo no hipismo, pode ainda concorrer o Miss Universo, o que acha?

-- Seria muita pretensão – Respondi contente

-- Querida! – Mas como toda felicidade, não durou muito, Kakashi me ajudava a vestir o roupão quando ouvi a voz de Sasori, realmente, não havia sido dessa vez que o avião caiu.

-- Mantenha a compostura – Kakashi sussurrou

-- Quero apresentar-lhe um velho amigo – Com o roupão caído nos ombros me virei, esperava encontrar os velhos que Sasori trazia para casa com o intuito de iludi-los sobre negócios e tirar-lhes o maior montante de dinheiro possível, mas prendi a respiração ao ver do que realmente se tratava – Esse é Uchiha Sasuke, estudamos juntos.

-- É um prazer senhorita...

-- Senhora Akasuna – Sasori intrometeu-se, mas antes que aquele sorriso prepotente o tomasse por inteiro, dei um passo a frente e estendi a mão a Sasuke

-- Senhorita Haruno Sakura – Ele a tocou e sua gentileza me fez estremecer – Não somos casados – Afirmei convicta.

-- Ainda – Sasori encarou-me com os olhos castanhos avermelhados nervosos, mas ultimamente não tinha mais medo de suas afrontas.

-- É um prazer senhorita – Foi a última coisa que ouvi antes de me retirar.

E realmente

Havia sido um prazer conhece-lo também, Uchiha Sasuke.

***

-- Vista isso! – Chiyo estendeu um vestido florido em tons rosados na cama – Combina com seus cabelos.

-- Posso saber porque ambos estão tão determinados em me vestir bem? – Sorri analisando o sapato que Kakashi jogará quase em minha cabeça, um meia pata branco

-- Você não viu os olhos do senhor Uchiha? – Kakashi sentou na poltrona em minha frente – Brilhavam iluminados, alias, acredita em amor a primeira vista? Pois a partir de hoje eu acredito nisso.

-- Não digam besteiras – Poderia ficar brava com eles, mas nunca conseguia – Se é amigo do patife do Sasori, deve ser da mesma laia que ele e também, admito que é um rapaz bonito, como poderia não ter uma namorada?

-- Me certificarei de olhar seus dedos – Chiyo respondeu e eu ri, mesmo que contrariada me vesti e gostei muito do resultado, fazia tempo que não me vestia tão bem, e voltar a ser um pouco do que era antigamente me animava profundamente.

***

Chiyo, aquela cobra ardilosa bolou um modo para que Sasuke sentasse a meu lado, Kakashi que eu sempre fizera questão de sentar-se à mesa comigo estava em minha frente, e então notei a dança das cadeiras que ambos bolaram.

Me mantive silenciosa, o calor que Sasuke emanava a meu lado era o suficiente para me deixar constrangida, ao mesmo tempo em que sentia reconfortada.

Mas eu não poderia, nem deveria sonhar com o impossível.

O ar da mesa era pesado, ouvia-se apenas o bater dos talheres e taças, mas Kakashi que era um bom conversador sempre arrumava um modo de desfazer ambientes carregados.

-- Ficará para o campeonato senhor Uchiha? – Perguntou alegre – Disseram-me que é um ótimo jogador de Polo.

-- Me esforço – A voz de Sasuke era gentil e polida, diferente de tudo que Sasori fora um dia – Ficarei para jogar contra Sasori, não posso deixa-lo ganhar não é verdade?

-- Veremos quem levantará aquele troféu – Sasori respondeu, a voz determinada, eu o conhecia suficientemente bem para saber que não importava como, ele sempre passava por cima das pessoas para conseguir o que queria.

Os Akasuna eram conhecidos por suas empresas, fortunas e cavalos, uma herança de família que fazia com que todos fossem capitães de times de Polo, que eram disputados na própria residencia de Sasori, pessoas famosas e importantes vinham, estrelas do rock, pop, soul até atores e atrizes que apreciavam a arte de bater com um martelinho de madeira em uma bola e cair eventualmente de um cavalo de 2 metros.

Um dia aquilo havia me agradado, hoje era apenas o momento que Sasori exibia sua mulher e seus prêmios, horrível e humilhante.

-- Bom, então contaremos com sua presença por um tempo nessa residencia, isso será ótimo – Kakashi continuou com suas manobras de distração, ele era muito bom nisso, devo admitir.

-- Sim, ficarei uma temporada por aqui, agora que meu pai esta totalmente recuperado, posso deixar a empresa em suas mãos e me dedicar ao que realmente aprecio, o esporte – Sua docilidade me encantava de um modo assustador, talvez eu estivesse acostumada demais a rispidez de Sasori, ou apenas carente de conhecer novas pessoas, mas fosse o que fosse, era perigoso demais.

-- Então será muito bem vindo – Kakashi sorriu – Acredito que logo sua namorada chegue não é? Se vai passar uma temporada aqui ela deve estar a caminho. – Engasguei com o vinho e tive a atenção de Sasuke voltada a mim de maneira preocupada.

-- Você esta bem? – Seus olhos brilhantes e inquisitivos me incomodaram

-- Desculpe, o vinho... é muito forte – Murmurei limpando a boca no guardanapo que repousava em meu colo.

-- Entendo – Sorriu majestosamente e voltou toda sua simpatia a Kakashi – Ela até poderia vir, caso tivesse uma – Riu prazerosamente – Não sou um homem de namoros Kakashi, talvez esteja procurando a mulher ideal.

-- Assim como encontrei a minha, você encontrará a sua Sasuke – Sasori deslizou sua mão até a minha, que por instinto correu até o guardanapo e o depositou a mesa.

-- Com licença – Foi a última coisa que fiz antes de levantar e subir as escadarias, era ridículo demais ouvir certas coisas de Sasori.

***

Ouvi as batidas em minha porta, já estava de pijama quando abri pensando ser Kakashi, ele sempre passava para me dar boa noite e ver se estava tudo bem, mas naquela noite, era diferente.

Sasori me puxou pelo braço bruscamente, tentou me beijar e foi rejeitado, ele odiava quando fazia isso.

-- Escute bem, ter saído da mesa daquele modo não foi uma boa ideia – Rosnou baixo o suficiente para que apenas nós dois ouvíssemos. Ali, havia uma ameaça velada

-- Me solte, não quero falar com você hoje – Puxei meu braço em vão

-- Mas vai, pouco me importa o que quer fazer – Arrastou-me alguns passos, queria me levar para o quarto dele, onde empregado nenhum tinha permissão de entrar.

-- Solte-me agora antes que eu grite – Sasori sempre me assustava quando tinha esses surtos e era geralmente em meio a eles que me questionava, eu valia tão pouco a ponto do meu pai praticamente ter me perdido como uma aposta?

-- Tente gritar para ver o que faço com sua língua sua cade...—Deteve-se ao ver um vulto nas escadas

-- Estava te procurando Sasori – A voz dele soou no corredor tirando um peso do meu coração – Vamos jogar poker... – Deteve-se ao me ver, mas algo me dizia que ele já tinha me visto – Desculpe, eu não queria incomodar, mas sabe? Pensei em como gostaria de vê-lo perdendo uma grana no jogo.

-- Sabe que nunca perco – Sasori resmungou me soltando, mais do que o interesse em mim, eram seus interesses nos jogos – Você quer jogar comigo valendo dinheiro? – Começou a caminhar até as escadas me deixando para trás – Então prepare-se para pagar uma grana alta Uchiha.

-- Vamos ver Sasori – Sasuke saiu logo atrás, mas quando alcançou a escada olhou para trás e sorriu levemente piscando um dos olhos negros.

Notei então, que ele não tinha feito aquilo de propósito...

Ele estava me salvando.

***

Depois daquilo os dias transcorreram bem, e quanto mais o tempo passava, mais gostava de permanecer ao lado de Sasuke, todas as noites ele distraia Sasori o suficiente ao ponto dele dormir de tão bêbado que estava, o que não era complicado quando sua tolerância a álcool era comparada a zero.

Voluntariamente, Sasuke me libertava todos os dias, e com isso, pouco a pouco ia restaurando minha fé e dignidade, ele aparentemente era o anjo que esperei por tanto tempo, mas infelizmente, tão inalcançável quanto um com asas.

Naquela tarde fui ao estábulo ver Aya, a égua branca que conheci assim que cheguei aqui, comecei a praticar hipismo com ela, depois de tanto tempo sem subir em um cavalo, e ela me passou toda a confiança necessária.

-- Estava com saudades Aya – Murmurei afagando seu nariz e lhe entregando uma cenoura – Não andam te dando mimos, não é mesmo? – Ela relinchou suavemente e lhe dei mais uma – Aproveite!

-- Já estava na hora – Ouvi sua voz atrás de mim e virei-me em um único giro, ele estava com a roupa de prática do Polo, o capacete em mãos e os cabelos negros desgrenhados, mas tão bonitos como nunca

-- Na hora? – Perguntei confusa, pela sua presença ou por sua confirmação, não saberia precisar.

-- De me agradecer – Sorriu atravessando minha frente com o cavalo e o alocando na cocheira, pela minha expressão encostou-se ao portão sorridente e concluiu – Por manter Sasori afastado.

-- Mas... – Tentei argumentar

-- Não precisar explicar, Sasori é intragável – Respondeu convicto – Não sei como uma dama como você pode aceitar casar-se com ele.

-- Não foi uma opção que me dava muitas escolhas – Voltei a acariciar Aya

-- Posso entender – Suspirou

-- Senhor Uchiha, agradeço por manter Sasori afastado – Sakura voltou-se uma última vez para ver os olhos negros que a analisavam – Mas se não gosta dele, por que esta aqui?

-- Meu pai era muito amigo do pai dele, nada demais – Murmurou – Estudamos juntos, praticamos o mesmo esporte, isso faz com que pense que somos amigos – Sorriu – Mas na verdade não o suporto.

-- Então não se parece com ele?

-- Pareço tão desprezível? – Respondeu com falsa emoção

-- Desculpe Senhor Uchiha – Suspirei com certo alívio – Devo me retirar agora, com licença – Tentei alcançar a porta do estábulo, mas fui delicadamente segurada pelo cotovelo. O encarei e vi seu sorriso de canto, tão sedutor e perigoso

-- Apenas Sasuke, por favor.

-- Muitas mulheres devem chama-lo apenas pelo primeiro nome – Me soltei e sorri enquanto me afastava – Boa noite Senhor Uchiha.

***

Conforme os dias passavam, mais eu apreciava sua presença, seus pequenos e enigmáticos diálogos, seu perfume, sua voz... Mas eu apreciava e me apaixonava por Uchiha Sasuke.

Notei que graças a ele, minha rotina havia mudado, agora eu apreciava muito mais passar o tempo do lado de fora de casa, e não escondida pelos cômodos, apreciava vê-lo cavalgando e treinando, alias, o jogo de Polo havia ganho novos sentidos quando assistia sua performance no treino.

Um dia antes do jogo oficial, sai até os estábulos a noite para ver Aya, ela seria usada por um dos homens de Sasori no dia seguinte e ficaria cansada o suficiente para sequer colocar a cara para fora da coxia. Alisei seu pelo que já estava penteado e notei como sua crina estava trançada, ela era uma égua belíssima.

-- Veio monta-la? – Voltei-me a Sasuke que vestia roupas normais, quase como se tivesse saído da cama e ido até ali.

-- Vim desejar boa sorte! – Sorri

-- Essa égua tem a marca dos Akasuna – Apontou para a pequena queimadura nas ancas – Isso quer dizer que esta aqui desde que nasceu, por que é tão apegada a ela?

-- Porque... – Voltei-me a ele ainda com a mão no pescoço forte de Aya – Foi a primeira que segurou minhas lágrimas quando cheguei a essa casa, satisfeito em saber?

-- Muito – Murmurou aproximando-se tanto que poderia abraça-lo – Se quiser, a partir de agora, pode optar por nunca mais chorar.

-- O que quer dizer com isso?

-- Venha comigo amanhã, vamos embora daqui Sakura – Meu nome pronunciado por seus lábios ganhavam nova beleza.

-- O que? – Meus olhos com certeza abriram-se mais – Do que esta falando?

-- Não posso mais lidar com isso... – Um passo a frente, e eu esbarrei no portão tentando em vão ir mais para trás – Acredita em amor a primeira vista? – E antes que eu formulasse uma boa resposta, ele me beijou.

Naquele momento, notei que nunca estive apaixonada por Sasori, como estava por Sasuke, seus lábios eram doces e macios, suas mãos gentis quando me trouxeram para mais perto, seu perfume era suave, seus toques não me machucavam ou apertavam ao ponto de me marcar, ele sim era o homem com o qual eu havia sonhado.

O homem que me motivaria a voltar a viver e sair daquele lugar que não me pertencia.

Nunca pensei que poderia sentir e dar prazer como aconteceu naquele estabulo, não era o lugar adequado, mas era o único que não me trazia más recordações e agora, o único que me traria as melhores de todos esses meses presa aqui.

Nessas ultimas semanas, involuntariamente me tornei de Sasuke e Sasuke, fez questão de dizer-me que era meu também.

Eu estava viva novamente.

***

Todos já estavam posicionados no campo, entrei com Kakashi ao lado como sempre, tudo já estava pronto, agora não demoraria muito para o inferno acabar.

Sentei-me na tribuna de honra, assim como todas as mulheres, trajava um vestido refinado branco com detalhes pretos, o chapéu e as luvas combinavam com o modelo assim como a sandália altíssima, os homens bebiam em seus ternos e riam com suas esposas, pessoas ricas faziam suas apostas ou assistiam por diversão e pela primeira vez, eu estava contente de estar ali.

Sasori entrou em seu alazão negro e sorriu para mim, me permiti acenar para que ninguém desconfiasse de nada, eu sempre fui a companheira perfeita mesmo que o odiasse. Em seguida, Sasuke entrou com sua equipe e precisei reprimir um sorriso quando ele sorriu em minha direção.

Eu o amava, de todo o coração.

No fim, os Akasuna venceram, como era tradição, a partir daquele momento Sasori ficaria entretido pois haveria toda a premiação da equipe, individual, dos cavalos, champanhe e baboseiras que pessoas ricas adoravam.

Deem a eles o circo, por favor.

Assim que foi decretado o vencedor, sumi pela multidão adentrando a casa na qual vivi enclausurada pelos últimos três anos, encontrei Sasuke no corredor do jardim, ele sorria ainda suado e sujo de grama, saltei em seus braços dando-lhe um beijo e sendo retribuída.

-- Vamos? – Disse, mas ele estancou olhando em meu pescoço

-- Sasori te deu isso? – Apontou o colar de diamantes

-- Todos os anos ele adorna meu pescoço com uma bela coleira – Arranquei bruscamente fazendo algumas pedras valiosas voarem – É seu modo de me exibir.

-- Se eu te desse algo assim... usaria? – Perguntou ainda parado segurando minha mão

-- Algo assim? Que tenha seu nome nela para deixar claro de quem sou propriedade? – Sorri divertida e o abracei pela cintura encostando minha cabeça em seu peito – Usaria pelo resto da vida, qualquer coisa que você me desse, Sasuke-kun.

-- Sakura – Afagou meus cabelos beijando o topo de minha cabeça, encarei seus olhos negros brilhantes e o sorriso em seu rosto – Vamos logo.

As malas já estavam no carro, Chiyo e Kakashi partiram para a casa dos Uchiha, onde serviriam Fugaku e a família, que por coincidência ou não, odiavam a tirania de Sasori e odiavam o que ele havia feito com a memória da família Akasuna, eles me ajudariam a fugir e me dariam abrigo quando voltássemos.

Já Sasuke e eu, partimos para uma casa no campo, no interior de Konoha, onde Mikoto, mãe de Sasuke havia nascido, era um lugar pacato, simples, mas que atendia todas as nossas necessidades e vontades.

Foi onde aprendemos a nos amar mais a cada dia, onde começamos a admirar as qualidades e aprendemos a lidar com os defeitos um do outro, foi onde eu renasci.

Foi onde Sasuke me fez voltar a viver e ver, que nem sempre tudo esta perdido.

Foi onde, descobri que por destino, Sasuke havia me libertado de uma sina grande demais, pesada demais, horrível demais...

Involuntariamente, um dia, implorei aos céus

Liberta-me

Dias depois, Sasuke chegou e atendeu ao meu pedido.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?

Espero que sim, deixei um review maroto para que eu saiba suas opiniões, tentei fazer um draminha básico, mas drama não é minha especialidade Hahaha'

Obrigada a todos que por aqui passaram e até breve!