Conspiração escrita por Lura


Capítulo 5
O Empregador


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas! Tudo bem com vocês?

Mais uma vez, me desculpo pela demora. Para quem não sabe, estou cursando o último período do curso de direito, então, realmente, está quase impossível de postar. Tanto que programei este post. No momento que vocês chegarem a ler estas notas, eu provavelmente estarei em posição fetal, chorando desesperada por causa do TCC, ou talvez tomando litros e mais litros de café.

Enfim, espero que curtam. Ah! Quero deixar bem claro que esta fanfic não é LaLi! Só estou dando certo destaque ao Laxus porque eu gosto dele. Quero que outros personagens, que são deixados de escanteio no anime, apareçam por aqui.

Também não posso deixar de agradecer aos leitores que comentaram o capítulo passado. São eles: GabbySaku, Giu Bloodie S2, Marimachan e Senhorita Yama. Se mais alguém comentou depois que programei a postagem, agradeço no próximo capítulo.

Nos vemos nas notas finais!



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Capítulo IV - O Empregador

 

Lucy e Laxus começaram a subir os degraus calmamente, acompanhando o ritmo lento das três serviçais que os guiavam. O cocheiro Eurico Milleo havia voltado, para guardar a carruagem.

O céu se estendia sobre a propriedade com o negrume típico da noite, salpicado de estrelas. Enquanto subia, a Heartfilia perguntou-se mentalmente o horário. Ela tinha caído em um sono tão pesado assim que entrara na carruagem, que acabou por despertar apenas na propriedade do empregador misterioso, de forma que não saberia dizer quanto tempo viajou e a hora em que tinha chegado, embora desconfiasse que estavam por volta das nove da noite.

Tal reflexão fez com que a maga estelar subisse a escada de forma automática, quase mecânica, e assim ela teria chegado a porta do palacete se não tivesse sido interrompida bruscamente.

De inopino, uma pessoa pulou do meio de um dos arbustos que rodeavam as escadarias, gritando e projetando-se em direção a loira que, apenas não foi atingida por ser rápida o bastante para dar um passo para trás. Porém, também foi lenta o bastante em perceber que estava no meio de uma escada.

O coração mal havia se recuperado do susto de ver um indivíduo saído do além caindo em sua direção, quando gritou por perder o equilíbrio:

— KYAAAAAAAAAA!!! - Berrou, cerrando os olhos, apenas esperando a queda dolorosa que estava por vir. Com sorte, estacionaria ali mesmo, ao invés de rolar os degraus até a plataforma anterior.

Contrariando suas expectativas, sentiu suas costas serem amparadas com firmeza. Atordoada e temerosa, ainda demorou abrir os olhos e, quando o fez, surpreendeu-se ao descobrir que seu corpo estava sendo sustentado pelos braços do dragon slayer do raio. Aparentemente, ele a tinha segurado segundos antes da queda, visto que estava ligeiramente inclinada para trás, de modo que o pé esquerdo já não tocava o solo.

Constrangida, ergueu-se num salto.

— Obrigada! - Agradeceu de imediato, ainda suando frio. Seus batimentos estavam incrivelmente descompassados.

— Vê se toma cuidado! - Laxus respondeu ranzinza, fazendo com que uma veia irritada saltasse na testa da loira. Como se a culpa pelo incidente fosse realmente dela.

Agradecida demais para retrucar ou discutir, Lucy virou-se disposta a reclamar com o verdadeiro culpado. Porém o encontrou levando uma bronca de Abby.

— Alex-chan! - Chiou a empregada, batendo os pés. - Isso são modos de tratar os convidados do seu avô? - Ralhou.

A maga estelar encarou o responsável pelo seu quase-infarto. Um garotinho de um metro e vinte, no máximo, que aparentava ter seus oito anos de idade. Enquanto Abby o repreendia, ele limitava-se a olhar para o outro lado, os braços cruzados e fazendo bico.

Porém, não era a atitude mal-criada que chamava a atenção da maga, mas sim a aparência da criança. Ela tinha cabelos ruivo-alaranjados, que desciam rebeldes até a linha do pescoço. Os olhos, eram de um dourado intenso. Lucy congelou por um instante. Aquela criança era incrivelmente parecida com…

— Ged!¹ - Pensou em voz alta, enquanto uma torrente de imagens escabrosas invadia sua mente.

— O que disse? - O menino perguntou voltando-se para a loira, aparentemente bem irritado. Lucy remexeu-se incomodada. Ela era quem deveria estar irritada ali. Mesmo assim, não pôde deixar de observá-lo melhor. Agora, mais calma, podia reparar que aquela criança que estava a sua frente, tinha as bochechas um pouco mais gordinhas e feições mais delicadas.

— Não, nada. Eu te confundi com alguém. - Justificou, sacudindo a cabeça para espantar as lembranças dolorosas.

— Tsc! - O garoto estalou a língua, aumentando a irritação de Heartfilia. - Bem que me disseram que os magos dessa guilda vulgar se comportam de forma estranha. - Disparou.

A maga estelar piscou aturdida, ante ao comentário e acabou por ficar sem reação. Porém, tais palavras despertaram a ira de outra pessoa.

— Oe, pivete! - Laxus exclamou, se aproximando de forma intimidadora, chamando a atenção da criança. - Veja bem como fala da nossa família! - Avisou.

Lucy pensou que o dragon slayer tinha exagerado ao dirigir-se daquela forma a uma criança, por mais pentelha que fosse. Certamente, o garotinho se assustaria. Ela que era crescida estava quase correndo de medo. Entretanto, para seu total espanto, o menino apenas arqueou uma das sobrancelhas, inquisitivo.

— E não é vulgar? - Perguntou, tornando a cruzar os braços. - Sei muito bem da fama de cada um dos seus magos. Aliás, pergunto-me se meu avô desfruta de perfeito juízo, por ter coragem de contratar justamente membros da Fairy Tail. Duvido que a mansão ainda esteja de pé pela manhã. - Debochou.

— Alex-chan! - Abby exclamou, envergonhada.

Laxus franziu o cenho, surpreso. Certamente, aquele garoto tinha um vocabulário bem vasto e refinado para uma criança.

— E você não fica atrás. - O menino continuou troçando, voltando-se novamente para Heartfilia. - Isso são trajes que uma moça decente deveria usar? - Falou, levantando a mínima saia azul marinho, curioso,

— KYAAA!!! - Lucy gritou novamente, segurando o tecido no lugar.

— Já chega Alex! - Abby cortou, autoritária. - Se seu avô os chamou aqui, certamente existe um bom motivo para isso. - Ralhou. - Agora peça desculpas aos convidados e suba imediatamente para se preparar para o jantar!!! - Ordenou, enérgica.

A criança direcionou um olhar furioso a serviçal. Por um instante, os dois magos da Fairy Tail chegaram a pensar que ela realmente se desculparia. Porém, mais uma vez contrariando as expectativas, o pirralho mostrou a língua antes de virar e subir correndo o restante dos degraus.

— ALEX!!! - A serviçal tornou a gritar, realmente irritada. - Crianças… - Falou, se recompondo.

— Está tudo bem. - A loira tentou contornar.

— Vamos? - Abby perguntou, voltando-se novamente para os visitantes.

Meio que embasbacados, os dois magos apenas acenaram em concordância. Imediatamente, as três empregadas retornaram a formação triangular e colocaram-se a subir. Laxus e Lucy apenas as seguiram.

Quando - finalmente - atingiram a enorme entrada da mansão, a maga estelar novamente sentiu-se apreensiva. Por fim conheceria o anfitrião e contratante.

As portas se abriram assim que eles atingiram o topo da escadaria, revelando um luxuosíssimo hall, com piso de mármore e inúmeras colunas douradas decorando o ambiente. No centro, uma enorme escada - também de mármore - se dividia em duas mais ou menos na metade, conduzindo a diferentes alas do andar superior.

As serviçais passaram a subir a nova escadaria. Lucy teve vontade de chorar. Não aguentava mais subir escadas. Ainda assim, as seguiu silenciosamente, percebendo que ao chegar na divisão, Abby seguiu pelos degraus a direita, enquanto Joanne e Yumi seguiram pelos da esquerda.

Os dois magos entenderam que teriam que se separar, mas não questionaram, sequer olharam um para o outro antes de se perderem de vista.

Já sozinha com Abby, Lucy seguiu por um longo corredor encarpetado de vermelho, mal observando as inúmeras portas existentes ou as muitas obras decorativas.

Aparentemente, as duas caminharam por alguns minutos, até que Abby finalmente parou ante a uma porta muito bem lustrada, decorada com entalhes.

— Nosso senhor a aguarda. - A serviçal avisou, batendo a porta três vezes antes de abrir uma brecha razoável.

A loira não conseguiu enxergar muita coisa pelo pouco espaço disponível, mas pôde perceber que o cômodo era tão luxuoso quanto todo o resto do local.

Abby deslizou para dentro e Lucy aguardou. Pela educação que recebera, sabia que, primeiramente, seria anunciada.

— Senhor - A empregada chamou a atenção de quem quer que fosse. -, Lucy Heartfilia está aqui. - Anunciou.

— Peça que ela entre. - Uma voz masculina e grave respondeu.

Abby segurou a maçaneta pelo lado de dentro e puxou a porta, de modo que Lucy pudesse entrar, e finalmente visualizar, a pessoa que estava sentada atrás da enorme mesa.

 

• •  

 

Heartfilia estava novamente atordoada. Por mais que soubesse que seu empregador era uma pessoa importante. Por mais que tivesse deduzido que, para possuir de uma propriedade tão suntuosa, certamente seria uma dono de grande fortuna. Ainda que que a alertassem de que ela se surpreenderia com a identidade do cliente, no fim das contas, ela ficaria surpresa da mesma forma ao encarar a pessoa que estava a sua frente, naquele exato instante.

Parado a cerca de três metros de si, estava um homem, que devia estar entre os setenta ou oitenta anos. Trajava uma elegante túnica bege e marrom, que estava recoberta por uma capa azul, com detalhes em verde e branco. As orelhas eram pontudas e, curiosamente, apenas um dos olhos estavam abertos. Apesar de parcialmente calvo, ostentava longa barba e cabeleira, completamente alvas. No topo da cabeça, um... Morcego (!!!) pairava, o que lhe daria um ar extremamente cômico, se não fosse a expressão austera. Aquele homem era ninguém menos que Org, ocupante do segundo assento no Conselho Mágico.

E ela, no mínimo, devia estar fazendo uma cara muito estúpida, porque o senhor a encarava de forma realmente curiosa.

— O senhor… - Balbuciou, por fim. - O senhor é o empregador? - Perguntou, estupefata.

— Vejo que parece surpresa. - Org verbalizou o óbvio.

— Talvez pasma seja o termo mais correto. - Lucy admitiu.

— Compreensível. - O velho comentou, com um sorriso amigável. - Sente-se. - Pediu, indicando uma das cadeiras a frente da grande mesa, sendo prontamente atendido. - Primeiramente, gostaria de me desculpar, por todo o sigilo que mantive até agora. - Falou, sentando-se ao outro lado. - Acredito que agora compreenda a razão. Como membro do conselho, preciso manter extrema cautela em negócios particulares. - Justificou.

— Sim, eu entendo. - A loira respondeu, ainda perturbada. - Mas não consigo imaginar o que um membro do conselho pode querer com uma maga celestial. - Mentiu.

Na verdade, após os eventos com a Nihil Occultum, ela imaginava muito bem o que poderia ser. E naquele momento, começou a se arrepender de não ter escutado Natsu, imaginando que a missão poderia realmente ser uma armadilha.

— Você parece apreensiva. - Reparou o senhor, fazendo Lucy corar envergonhada. - Bem, sem mais rodeios, direi logo porque a chamei aqui. - Avisou, fazendo a maga se remexer, interessada. - Eu quero comprar as suas chaves de ouro. Todas elas. - Falou de supetão.

A primeira reação de Lucy foi piscar, aturdida. Em seguida, ao notar a seriedade estampada na face de seu empregador, arregalou os olhos, atônita, e quase engasgou com o ar que respirava.

— NANI? - Perguntou, mais alto do que gostaria.

— Eu disse que quero comprar as suas chaves de ouro. As chaves zodiacais. - Reforçou.

— Mas o Mestre me falou que o senhor tinha uma missão! - A garota falou, lembrando-se das palavras de Makarov.

— Peço que me perdoe por isso. - Org desculpou-se. - Ele não mentiu para você. Fiz com que Makarov acreditasse que eu realmente precisava dos serviços de um mago estelar.

— Mas não precisa. - Lucy constatou. - Apenas está interessado em minhas chaves.

— Digamos que não apenas nelas, mas principalmente nelas. - O empregador admitiu. - Estou disposto a pagar muito bem. - Anunciou.

— Não estão a venda. - A loira atalhou, uma nota de rispidez na voz.

— Eu realmente estou disposto a pagar muito bem. - O membro do Conselho reforçou enfático. - Peça o que quiser. - Completou.

Lucy o encarou, perplexa. Ela estava começando a ficar realmente irritada. Como se não bastasse ter perdido um trabalho com sua equipe, ela tinha embarcado em uma viagem longa e cansativa para nada.

— E eu realmente não estou disposta a vender meus amigos. - Respondeu, fazendo o velho arquear as sobrancelhas, admirado.

— De fato, você não é uma maga comum. - Avaliou. - Preferiu ficar com as chaves mesmo depois de ter quase morrido ao ser usada em um projeto. Sabe que enquanto viver estará em risco, não sabe? - Indagou.

— Sei. - A jovem respondeu, simplesmente.

— E ainda assim não quer se desfazer delas. - Continuou o senhor.

— Eu já disse que são meus amigos. Não posso simplesmente me desfazer deles. - A maga reforçou.

— Bem, eu já imaginava que essa seria sua resposta. - Contou Org.

— Eu posso saber porque tanto interesse em minhas chaves? - Questionou Heartfilia.

Org analisou-a por um instante, antes de suspirar pesadamente e responder.

— Eu tenho uma neta que usa magia estelar. - Revelou.

A loira o encarou, curiosa. Realmente não esperava esse tipo de resposta.

— E você deseja presenteá-la com as chaves. - Concluiu.

— Negativo. - Disse o velho, deixando a maga confusa. - Quero me certificar de que as chaves de ouro jamais cheguem às mãos dela. - Contou.

Se Lucy estava confusa antes, agora, com certeza, poderia dizer que já não sabia mais de nada. Como assim Org queria impedir que a neta tivesse acesso às chaves douradas? Heartfilia tinha a consciência de que essa era a ambição comum de todo mago estelar existente.

— Eu não entendo. - Confessou.

— Bem, minha jovem. Depois de tudo que você passou nas garras da Nihil Occultum, sei que compreenderá com facilidade o que eu sinto ao apenas imaginar que, algum dia, minha neta vivencie a mesma situação.

A maga arregalou os olhos, finalmente entendendo. E agora poderia até dar uma certa razão a ele.

— Então por causa disso pretende comprar as chaves. E o que pretende fazer depois? Destruí-las? - Indagou, a irritação voltando.

— De forma alguma. - Org negou. - Apenas quero me certificar de que elas jamais caiam novamente em mãos erradas. Sabe, se isso acontecer, eu não posso nem calcular a proporção do desastre que ocorrerá. O Projeto Heaven é brincadeira de criança perto do verdadeiro caos que essas chaves podem causar.

A maga da Fairy Tail irritou-se ainda mais. Por mais que tivesse entendido que as chaves poderiam causar uma catástrofe ainda maior que o Projeto Heaven, dizer que, quase perder seus amigos na construção de um portal, ter que sacrificar a própria vida para salvá-los e ficar três meses congelada era brincadeira de criança era, no mínimo, ofensivo.

— Eu entendo a preocupação do senhor. - Lucy começou, se levantando. - Mas as chaves não estão a venda. E se era apenas isso que tínhamos para tratar, irei embora ainda hoje. - Decidiu.

— Acalme-se minha jovem. - Org pediu. - Eu disse que meu interesse principal eram as chaves, mas disse também que não era o único. - Lembrou.

— E o que mais deseja? - Perguntou a garota, sem fazer questão de sentar-se novamente.

— Bem, eu já previa que sua resposta seria negativa. - O empregador repetiu. - Então como não costumo trazer magos a essa propriedade, acho que você e seu colega podem aproveitar a estadia e fazer alguns serviços para nós. Sei que se perguntarem aos funcionários, eles darão uma lista imensa de pedidos.

— E os próprios funcionários não podem fazer esses serviços? - Questionou.

— Alguns sim, alguns não. - Respondeu o membro do Conselho. - O fato é que vocês podem fazer a maior parte deles com maior agilidade e rapidez. E também realizar alguns que estão pendentes a algum tempo. - Propôs.

— Há quanto tempo um mago não vem aqui a serviço? - Perguntou, curiosa.

— Deixe-me ver… - Org olhou para cima, pensativo. - Talvez a três ou quatro…

— Anos? - Lucy cortou, surpresa.

— Décadas. - O senhor corrigiu, fazendo o queixo da maga cair meio metro. - Bem, talvez não seja tanto assim, mas estou certo de que há pelo menos vinte anos não contrato um mago para prestar serviços nessa propriedade. - Completou.

Ao escutar tais palavras, Lucy lembrou-se dos questionamentos que fez a si mesma assim que chegara a propriedade.

— Isso me faz pensar - Começou. - que eu nunca tinha ouvido falar dessa propriedade. Mas pela grandiosidade da construção, estou certa de que ela deveria ser famosa no reino. - Comentou.

— Ah sim, você está certa. - Org concordou. - Essa propriedade pertence a minha família a séculos, e tem um valor histórico e sentimental imensurável. - Contou. - Por isso sempre preferimos a discrição, para evitar visitantes desnecessários. - Explicou. - Por isso também pedi que seus companheiros de time não a acompanhassem. A fama destruidora de seus colegas é realmente impressionante, e eu gostaria de manter a mansão intacta.

— Entendo. - Falou a maga, com uma gota na cabeça. - Mas ainda assim, como nunca ninguém encontrou esse lugar? - Questionou.

— Bem, isso é porque a propriedade está envolvida por uma barreira mágica. Você só pode enxergá-la de dentro. Além disso, ninguém pode cruzar a barreira sem a anuência do proprietário. E sempre que preciso que alguém venha até aqui, me certifico de que não possam ver o caminho. - Contou, fazendo com que a mente de Lucy desse um estalo.

— A carruagem! Eu dormi assim que entrei nela! - Exclamou.

— Você inalou um sonífero. - O senhor revelou. - Peço que me perdoe por isso também.

Lucy o encarou, apreensiva. Até aquele momento, ela ainda não tinha conseguido definir se estava em uma situação perigosa ou não. E o pior é que, se realmente tivesse caído em uma armadilha, era bem provável que jamais fosse encontrada novamente, devido a proteção da propriedade.

— Bem, eu tenho um último pedido a fazer. - Cortando seus pensamentos, o velho anunciou. - Será que você ao menos pode me mostrar as chaves? - Pediu.

Ela queria negar. Porém, achou melhor ceder. Se estivesse mesmo em uma armadilha, sabia que o senhor conseguiria de qualquer maneira. Afinal, ele era um membro do Conselho mágico. Certamente, não era fraco.

Relutante, levou as mão até o cinto e arregalou os olhos quando ela deslizou direto pelo local onde costumava ficar seu estojo de chaves.

— Minhas chaves!!! - Falou, o desespero dominando sua feição. - Foram roubadas!

 

 

• •  

 

¹ Ged: Oficialmente nomeado como Experimento 819, Ged era uma das inúmeras cobaias da Nihil Occultum. Cícero o assassinou, para coagir Lucy a colaborar com o Projeto Heaven (Fatos ocorridos no Capítulo XV da fanfic Vínculo Mágico).

 


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Notas finais do capítulo

Para vocês, quais as reais intenções do Org?

Já adianto que o Prólogo deu uma dica sobre isso.

Até o próximo!



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