Conspiração escrita por Lura


Capítulo 28
Atentado


Notas iniciais do capítulo

Faaaaala galera! Todos ansiosos para descobrir em que furada a Lucy se meteu hoje?

Sério, prevejo leitores organizando o movimento "Autora, deixe a Lucy em paz!". =P

Brincadeiras a parte, não tenho muito o que dizer hoje. Só vou fazer uma observação, que era para eu ter feito há uns três capítulos, mas sempre esqueço: Eu estou muito satisfeita pois "Conspiração" já superou "Vínculo Mágico" no número de capítulos, comentários e recomendações. Agradeço a todos vocês que contribuíram para isso! =D

Agradeço também aos leitores que deixaram comentários durante essa semana. São eles: Giu Bloodie S2, GabbySaku, Trash, Gutor, Vicky Scarlet, Peter Flach, Pudim, Happy Reader e Yuuki Chan.

Ah, quase ia esquecendo: Não deixem de ler as notas finais. Tem informações importantes lá. Mas não fiquem curiosos e leiam as notas antes do capítulo, senão vocês vão tomar um spoiler daqueles (Sim Gutor, este aviso é para você! xD).

Enfim é isso. Espero que gostem.



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Capítulo XXVII - Atentado

 

ERA - 07 de abril de x792

Lucy sobressaltou-se com o forte rangido metálico que a porta de sua cela fez ao se abrir. A loira ainda estava naquele estagio, entre a consciência e o sono, quando o barulho a assustou. Seu coração martelava disparado, os olhos procuravam por quem quer que estivesse ali naquela hora.

Demorou um pouco para que a loira percebesse que ainda era fim de tarde. Após recusar o almoço, graças a intensa náusea que voltara com toda a intensidade, a maga estelar resolveu deitar-se, tentativa desesperada de amenizar o mal-estar.

Contudo, não foi apenas o enjoo que dificultou a chegada do sono. Após os eventos ocorridos na primeira sessão do julgamento, sua cabeça estava a mil e a ansiedade a atacava impiedosamente, o que contribuiu para que o tão propício descanso atrasasse consideravelmente.

E quando suas pálpebras finalmente pesaram, a jovem foi trazida de volta a realizade com a chegada de dois carcereiros.

Tentando se recompor, Lucy aguardou pelo pronunciamento das criaturas. Sabia que não seria necessário perguntar a razão da visita repentina.

— Lucy Heartfilia. - Um dos guardas chamou. - Nos acompanhe. - Emendou, deixando bem claro em seu timbre que aquilo não se tratava de um pedido.

Receosa, a loira pestanejou.

— O que está acontecendo? - Perguntou, sentando-se na desconfortável cama.

— Apenas nos ordenaram que a conduzíssemos. - Respondeu o outro carcereiro.

A maga estelar observou por um instante os dois guardas parados a frente de seu leito. Sabia que eles não diriam nada mais. Pouquíssimas pessoas que circulavam por entre aqueles muros de pedra se dispunham a lhe passar qualquer informação.

Mesmo ciente de que não havia alternativa senão obedecer, algo em seu interior gritava para que ela ficasse. Na verdade, para que corresse. Mas isso era impossível, sabia.

Talvez, por tal razão, ela tenha permanecido petrificada em sua cama. As pernas começaram a tremer violentamente. Não conseguiria se levantar. Impacientes, as duas criaturas se aproximaram.

— Perdão, não me sinto bem. - Falou. Estava sendo sincera.

— Nós a ajudaremos. - O primeiro guarda respondeu. Uma frase aparentemente gentil que definitivamente não trazia essa característica no modo como foi pronunciada.

— Ok. - Respondeu, derrotada.

Os dois carcereiros não tardaram a algemá-la e praticamente a suspenderam da cama, pondo-a de pé. Teriam a arrastado, se fosse necessário, mas a jovem obrigou-se a caminhar, lentamente, ainda que suas pernas vacilassem.

Lucy foi escoltada até o fim da ala em que estava confinada. Tomando o mesmo corredor que usavam para sair, os guardas levaram-na pelo outro lado, dobrando a esquerda em um novo corredor. Ao fim deste, longas escadas se projetavam para baixo.

A maga desceu os inúmeros degraus, e foi conduzida por novos corredores, tantos que provavelmente se perderia se tivesse que voltar para sua cela sozinha. Logo, chegaram a um novo pavilhão. Por instinto, ficou ainda mais desconfiada ao perceber que se tratava de uma ala hospitalar.

Os guardas levaram Lucy até uma porta afastada, bateram e abriram. Ao adentrar o local, a maga reparou principalmente em três coisas: Uma cama hospitalar, um médico e uma enfermeira, ambos igualmente mascarados.

— Por que me trouxeram aqui? - Indagou aos guardas, que permaneceram em silêncio.

— Os membros do conselho solicitaram que eu atestasse sua gravidez, para garantir que o prontuário apresentado no julgamento não é falso - O médico respondeu. Lucy estranhou o traje exagerado dos profissionais e irritou-se por não poder identificá-los por nada além dos olhos. Os dele, eram azuis claros, enquanto os da enfermeira, castanhos.

— Isso não responde a minha pergunta. - A loira replicou, sua tremedeira se espalhando.

— Como não? - O médico parecia confuso.

A maga inspirou fundo, tentando tentando acalmar o próprio corpo.

— Eu perguntei a razão pela qual me trouxeram aqui. - Explicou. - O senhor vai me perdoar, mas um simples exame de sangue é capaz de confirmar minha gravidez. A coleta poderia ser feita na minha cela mesmo. - Comentou, desconfiada.

— Também estamos realizando a imunização dos prisioneiros. - O médico explicou. - Estamos apenas aproveitando a situação, senhorita. - Emendou, com desdém. - Você pode se deitar, se preferir. - Finalizou, indicando o leito.

Lucy observou, com um calafrio, a enfermeira apanhar uma seringa, já completamente preparada.

Por maior que fosse seu desconforto com a situação, a loira não conseguia encontrar circunstâncias anormais em tudo aquilo. Todavia, também não achava prudente ir contra o próprio instinto. Se quisesse tirar tudo a limpo, teria que ser esperta.

— A imunização também poderia ser feita na cela, sem problemas. - Continuou, recuando um passo ao perceber a aproximação da enfermeira.

Imediatamente, os dois carcereiros intensificaram os apertos em seus braços.

— Certamente senhorita. - O médico parecia entediado. - Mas, uma vez que estamos todos aqui, seria desnecessário que retornássemos aos seus aposentos para que iniciássemos os procedimentos, não acha? - Questionou, enfatizando com maldade a palavra desejada. A maga estreitou os olhos em resposta.

— Se é assim, exijo o acompanhamento de um médico de minha confiança. - Tentou, forçando um tom imponente.

Finalmente perdendo a paciência, o médico suspirou.

— Você não está em posição de exigir nada. - Declarou, fazendo um sinal para que os guardas a imobilizassem.

Lucy gritou.

Tão forte que pensou que sua garganta iria estourar.

Estava desesperada, portanto, depositou no grito a esperança de que alguém viesse em seu socorro.

Entretanto, percebeu que os profissionais não se abalaram com seu escândalo e continuaram avançando contra si, momento em que se deu conta que teria de agir.

Impulsivamente, tentou se livrar das mãos dos guardas, mas descobriu que seria impossível. Para piorar, seus pulsos ainda estavam algemados, o que limitava suas opções.

Sem muitas alternativas, a loira se aproveitou dos apertos de ferro das criaturas em seus braços para suspender o corpo e impulsionar as pernas para frente, desferindo golpes desajeitados. Com sucesso, acertou um belo chute no rosto do médico. Porém, não conseguiu atingir a enfermeira, que desviou com facilidade.

— Vadia! - Limpando o sangue do nariz, o profissional xingou. Àquele ponto, a loira já não tinha certeza se ele era de fato um médico.

Enquanto se debatia, Lucy continuava a gritar. O pânico tomava conta de si e grossas lágrimas escorriam por seu rosto. Ela não sabia ao certo qual o objetivo daquelas pessoas, mas tinha uma leve noção. E isso a aterrorizava.

Não demorou muito para que um dos carcereiros a imobilizassem por trás, ocupando-se também de tapar a sua boca. O outro, tratou segurar suas pernas, suspendendo-a completamente.

— Não é melhor acabarmos logo com isso? - Voltando-se para o médico, a enfermeira inquiriu, impaciente.

— Nossas ordens foram precisas. - Respondeu ele. - Coloquem-na na cama. - Ordenou.

Soluçando desesperada, Lucy nada pode fazer além de debater-se freneticamente enquanto era carregada em direção ao leito. Tentando impedir que os guardas a amarrassem no móvel, seguiu retorcendo-se, enquanto conseguia.

Todavia, seus esforços foram vãos.

Sendo quatro contra um, a maga foi dominada com facilidade. Os dois carcereiros soltaram as correntes e afivelaram os pulsos da garota com tiras de couro. Lucy puxava os membros com toda força que tinha, mas não conseguiu impedir que seus ombros e pernas também fossem atados ao leito.

Em pânico, sentiu a enfermeira erguer a saia volumosa de seu vestido azul sem cerimônias. Em seguida, atordoada pelo temor, reparou que ela contemplava sua barriga desnuda.

— Que inveja. - Comentou, desdenhosa. - Mesmo grávida você ainda tem um corpão. - Emendou, com claro despeito.

— Não é o momento para gracejos! - Ralhou o médico, que até então orientava os guardas a se retirarem do cômodo, para vigiar o corredor.

— Eu não sei se vou conseguir fazer direito. - Falou a mulher para o profisional.

— Se você errar, a garota pode morrer. - Ele respondeu indiferente. - Mas no fim, o resultado será o mesmo. Então apenas faça o que tem de fazer. - Determinou.

Naquele instante, a loira confirmou as reais intenções daquelas pessoas.

Apavorada, Lucy gritava a plenos pulmões por socorro e, mesmo com todas as amarras que a atavam, seguia se sacudindo. Ignorando seu desespero, a enfermeira passou uma das mãos enluvadas por seu ventre, claramente calculando onde a longa agulha deveria penetrar.

— Você não ouviu o Sensei? - Perguntou, fixando seus dedos  em um ponto do abdómen da loira. - Se eu errar, você morre. Então é melhor ficar quieta.

Porém, Lucy ignorou completamente aquelas palavras. Não estava disposta a facilitar para eles, mesmo que isso lhe custasse a vida, o que também custaria a vida de seu filho. Afinal, se colaborasse, o bebê morreria de qualquer forma.

— Faça. - Ordenou o médico para a enfermeira.

De pronto, a mulher concentrou-se, posicionando a seringa de forma que a longa agulha estivesse projetada conta o ventre de Heartfilia.

Desolada, a maga soluçou, antes de tentar um último apelo:

— Por favor! - Implorou, a voz fraca afetada pelo choro. - Meu bebê não! - Insistiu. - Por favor, não faça mal a ele! - Continuou suplicando.

Sem um pingo de compaixão no olhar frio, a mulher a encarou diretamente, antes de responder:

— Não é culpa sua, loira. - Declarou, voltando a atenção para o seu trabalho. - Mas essa criança não deveria existir.

Lucy soltou mais um grito pedindo socorro e fechou os olhos, esperando pelo pior. Sua mente estava enevoada quando um barulho estranho, seguido de diversos ruídos de colisões e tinidos metálicos ecoaram pelo cômodo.

— Lucy! - Uma voz que ela conhecia muito bem gritou, preocupada.

Confusa, a maga arriscou abrir os olhos, oportunidade em que divisou o caos em que a enfermaria havia se convertido. O médico, estava jogado do outro lado do cômodo, próximo a uma série de leitos que haviam sido arrastados com ele. A enfermeira, jazia agachada não muito longe, preparando-se para atacar.

— Loki! - Exclamou aliviada, ao contemplar o elegante espírito correndo em sua direção. - Cuidado! - Avisou, vendo que, não apenas a enfermeira, se aproximava por trás, como também os dois carcereiros haviam retornado para ajudá-la.

O leão mal teve tempo de se defender, antes de começar uma batalha contra os três, que, inicialmente, investiam apenas em golpes físicos.

— Deixe-o para mim! - Recuperando-se, o médico pediu para mulher. - Termine o serviço! - Ordenou, aproximando-se do conflito.

Prontamente, a enfermeira afastou-se, permitindo a troca de oponentes da briga. Rapidamente, varreu o ambiente a sua volta, com o olhar, em uma busca minunciosa.

— A injeção já era! - Avisou para o médico, que começava a ter o corpo rodeado por uma espécie de névoa negra. - Segure-o, vou ter que preparar outra. - Avisou.

Entre ataques e contra-ataques, o mascarado precipitou-se em replicar, sem desviar sua concentração da luta:

— Não há tempo, Miori! - Alertou. - Apenas termine o serviço de qualquer jeito! - Sentenciou.

Uma nova onda de pânico, provavelmente, mais intensa que a anterior, atingiu a maga estelar, que recomeçou a gritar assim que percebeu a aproximação da enfermeira.

Devido a batalha contra o espírito de leão, a mulher, que agora sabia se chamar Miori, estava descomposta, razão pela qual algumas de suas características foram reveladas.

A pele era bronzeada, fazendo uma bonita combinação com os olhos amendoados. Os lábios, finos e clássicos. Longas mechas de fios escuros e azulados escapavam da touca que prendia seu cabelo. Certamente, poderia ser considerada uma jovem bonita, não fosse pela expressão homicida que tomava seu semblante.

— Loki!!! - A loira chamou, apavorada, vendo a enfermeira sacar uma adaga do uniforme branco.

Desesperada, recomeçou com a inútil tentativa de libertar-se, mas as tiras de couro a mantinham no lugar com eficiência. Em prantos, observou Miori preparar-se para lhe apunhalar. E ela sabia perfeitamente onde o golpe acertaria.

— Não! - Seu grito estridente e sôfrego foi capaz até mesmo de se sobrepor completamente aos barulhos da batalha.

E, por um milagre, mais uma vez Lucy viu-se momentaneamente salva, quando algo estalou ao seu lado, segundos antes de a mulher voar para longe.

— Solte a garota e tire-a daqui, Doranbolt! - Um timbre grave, carregado de urgência, ordenou.

Atordoada, Heartfilia atestou que não estava sonhando e que, realmente, Org e Doranbolt haviam se materializado aos seu lado.

— Eu cuido da mulher. - Completou Org.

— Certo! - Concordou o moreno que, imediatamente, pôs-se a desafivelar as tiras que atavam a maga estelar.

A partir dali, a loira não mais conseguiu acompanhar o que ocorria a sua volta. Concentrava-se unicamente na chance de escapar, que lhe estava sendo oferecida.

Assim que viu-se liberta, teve o instinto de levantar e sair correndo sobrestado pelos braços do funcionário do Conselho, que a envolveram firmemente. E logo mais, tudo a sua volta desapareceu, para reaparecer de forma completamente diversa.

— Onde estamos? - Inquiriu, percebendo que havia sido teleportada, junto com Doranbolt, para uma elegante sala.

— Ainda no prédio do Conselho. - Respondeu ele, ofegante. - Você está bem? - Perguntou, observando as feições pálidas e lavadas de lágrimas da maga da Fairy Tail.

— O meu bebê! - Respondeu ela, aflita. - Eles queria matar meu bebê! - Emendou, caindo em prantos.

— Está tudo bem agora! - Garantiu ele, no propósito de tranquilizá-la. - Por favor, acalme-se. - Pediu.

Lucy respirou profundamente, mas não conseguiu evitar que as lágrimas, que vinham torrencialmente, cessassem. O máximo que pôde fazer foi levar as mãos trêmulas aos lábios, para abafar os próprios soluços.

— Você não deveria mentir para a pobre moça. - Uma voz debochada, que seguiu um forte estalo, avisou. - A situação não está nada boa para ela. - Completou Miori, que havia acabado de se materializar na frente dos dois.

A loira soltou um grito sufocado, enquanto Doranbolt praguejou, audivelmente, perguntando-se mentalmente o que raios estava acontecendo.

— Vamos sair daqui, Lucy! - Avisou ele, preparando-a para uma nova teleportação.

Não demorou muito para que, novamente, as coisas a volta deles sumissem e ambos se apercebessem em outro lugar. Dessa vez, a loira reparou que estavam em um corredor inteiramente revestido de pedra, lúgubre e vazio.

— Aquela mulher também pode se teleportar? - Indagou o mago, atento a qualquer movimento suspeito, em volta.

— Correto! - Confirmou a enfermeira de cabelos azulados que, novamente, apareceu em frente a eles.

— Mas que droga! - Exclamou o moreno, antes de desaparecer novamente. - Como ela consegue fazer isso? - Perguntou, reaparecendo junto a Lucy em uma espécie de refeitório.

Novamente tomada pelo pânico, a loira perscrutou a sua volta, olhando rapidamente as inúmeras mesas e cadeiras, antes de oferecer um palpite:

— Ela está nos rastreando. - Era a única conclusão plausível.

— Até que a loira não é burra. - Miori observou, materializando-se mais uma vez.

— Como? - E estupefação de Doranbolt era grande, mas não o suficiente para que ele se esquecesse de assumir uma posição defensiva.

A falsa enfermeira apenas ensaiou alguns passos para frente, abrindo um sorriso de escárnio.

— Vocês não precisam saber. - Declarou, posicionando o indicador em frente aos lábios, sinalizando que a informação era sigilosa. - A questão é, não importa aonde vocês apareçam, eu certamente irei encontrá-los. E, considerando que você está em desvantagem, já que terá que lutar para defender a própria pele e a da loira ao mesmo tempo, por que não encerramos a brincadeira de “caça ao rato” por aqui? - Propôs. - Entregue Heartfilia para mim. - Determinou, assumindo uma postura séria.

Doranbolt estreitou os olhos, pensando desesperadamente em como deveria agir. Até que uma ideia lhe ocorreu, fazendo com que ele se sentisse um inútil por não ter calculado tal possibilidade antes. Concentrando-se, focou seu poder mágico em sua habilidade alternativa.

— Opa! - Exclamou Miori, retrocedendo um passo. - Não, não, não! - Negou, balançando o indicador de forma infantil. - Nada de brincar com as minhas memórias. - Censurou, sorrindo de forma superior.

O moreno encarou a oponente, estupefato.

Primeiro, ela mostrara ser capaz de usar uma magia semelhante a sua, mas com precisão ainda melhor. Agora, ela simplesmente percebera a sua tentativa de lhe alterar a memória e lacrou a própria mente. Quem diabos era aquela pessoa?

— Parece que alguém está ficando sem opções. - Zombou a inimiga, novamente se aproximando.

Era verdade. A única alternativa que Doranbolt conseguia enxergar era continuar se teleportando e contar com a sorte de achar um aglomerado de guardas que pudessem ajudá-lo no combate. Porém, na atual situação, ele não sabia até onde poderia confiar nos funcionários da instituição. 

E mesmo que pudesse, ele sabia que, provavelmente, queimaria diversas tentativas no processo, sacrificando seu poder mágico. Para completar, não poderia precisar em que local no prédio - que aliás, era enorme - os militares realmente fortes estariam. Afinal, pelo pouco contato que tivera com a mulher, já havia percebido o quão formidável ela seria como oponente.

Seguindo essa linha de raciocínio, um novo plano formou-se em sua mente. Um plano um tanto arriscado que, provavelmente, faria com que ele perdesse o emprego.

Sorrindo nervoso, o moreno agradeceu em pensamento o fato de ter interagido com diversas rodinhas de fofocas durante o dia. Algumas informações, por mais supérfluas que fossem, as vezes vinham a calhar.

— Eu acho que prefiro continuar brincando. - Decidiu ele, atraindo a atenção de Lucy e da inimiga, sendo que a última arqueou as sobrancelhas, curiosa. - Vamos ver até onde está disposta a me seguir. - Provocou.

Com uma prece silenciosa para que aquela tentativa improvável funcionasse, o mago segurou com mais firmeza o corpo da prisioneira, antes de fechar os olhos e concentrar-se em seu próximo destino, levando-os imediatamente para lá.

Lucy percebeu, mais uma vez, tudo ao seu redor se transformar. Já não estava mais no refeitório, mas em uma espécie de salão, repleto de mesas, um tanto barulhento. Desnorteada, piscou algumas vezes, até que rostos conhecidos começaram a ser captados por sua visão.

— Lucy??? - A voz de Natsu chamou, completamente surpresa e alarmada, fazendo com que o coração da maga estelar falhasse uma batida.

Interrompendo sua tentativa de compreender a situação, Miori, tornou a surgir a frente deles, com uma expressão de júbilo. Contudo, ao estudar o ambiente a sua volta, o semblante vitorioso rapidamente se converteu em  um de espanto.

Furiosa, começou a perguntar-se porque raios estava cercada por magos da Fairy Tail.

Vendo que os membros da guilda já se posicionavam, alarmados, por perceberem que algo anormal estava acontecendo, a inimiga recuou um passo. E, lançando um último olhar de ódio para Doranbolt e Lucy, novamente se teleportou, completamente frustrada, desaparecendo das vistas de todos.

 

 


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? E a personagem nova, que tal?

Gente, eu achei este capítulo particularmente tenso. Acho um tema tão pesado de abordar.

Sobre o aborto que tentaram realizar na Lucy: Eu tive que pesquisar para ver o método que mais se encaixaria com a situação. Por que não o aborto cirúrgico? Ou a ingestão de alguma substância abortiva (que nem sempre é eficaz)? Simples, porque a pessoa que tramou isso tem um certo objetivo (claro). Ou seja, isso será explicado no contexto, futuramente.

A questão é, o método abortivo narrado existe e é mais usado em situações onde a gestante já alcançou o segundo trimestre da gravidez. O objetivo dele é induzir o parto prematuramente.

Não vou escrever maiores explicações, pois não quero que pensem que estou fazendo apologia ao aborto (que, por mais que muitos sejam a favor, ainda é crime no Brasil). Como eu disse anteriormente, vou manter minha opinião sobre o assunto longe da fanfic, ok?

Bem, é isso. Espero que vocês tenham gostado (tem como gostar de um capítulo assim?). Me digam o que acharam, please!

Inté!



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