Conspiração escrita por Lura


Capítulo 27
Informações Conflituosas


Notas iniciais do capítulo

E aí gente! Beleza?

Primeiro de tudo: Sei que eu havia falado que o capítulo dessa semana seria tenso, mas adivinhem: Não, ele não foi dividido. Na verdade, eu vi a necessidade de acrescentar um capítulo antes então, a tensão foi adiada para a próxima semana.

Sem muitas delongas, gostaria de agradecer ao pessoal que comentou a fic nessa última semana: Gutor, Vicky Scarlet, GabbySaku, Giu Bloodie S2, Pudim, ClareFray, Ishizur, Carol, Happy Reader e Khaleesi. Como sempre, vocês fizeram esta autora mais feliz. =D

Enfim, é isso. Espero que vocês curtam o capítulo.

Até as notas finais.

P.S.: Galera que acompanha o mangá, sobre os spoilers do capítulo 499: Eu estou, tipo, mortificada. Até desanimei de começar com o Gruvia na fanfic.



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Capítulo XXVI - Informações Conflituosas

 

ERA - 07 de abril de x792

Se havia algo que todos os funcionários do Conselho Mágico ou, possivelmente, todos os habitantes de ERA, sabiam muito bem, é que era pouco recomendável se aproximar do presidente Grand Doma quando ele estivesse irritado.

E hoje ele não encontrava-se apenas irritado.

Estava furioso.

A raiva assolara o velho homem de forma tal, que acabou por levá-lo a ignorar completamente o protocolo de segurança que ele próprio havia criado e convocar uma reunião com Hallbamn, via projeção astral. Se a conversa acontecesse no prédio do conselho, seria possível que alguém os ouvisse ou, no mínimo, estranhasse a destruição que ele acabaria por provocar em seu próprio gabinete. O que não era muito inteligente de se fazer, vez que praticamente todos os membros da Fairy Tail encontravam-se na cidade.

— MALDIÇÃO!!! - Gritou, chutando a elegante e pesada poltrona de veludo. Hallbamn retraiu-se.

Era assustador que a ira do líder do Conselho alcançasse amplitude suficiente para motivá-lo a depredar os próprios móveis, mesmo estando em sua forma holográfica. Tocar objetos físicos enquanto projeção era perfeitamente possível, mas demandava um gasto muito superior de magia. E o presidente despedaçava a mobília com extrema facilidade, como se tudo não passasse de um monte de isopor.

Contudo, Hallbamn não se atreveu a interrompê-lo. Sabia que, muito em breve, toda aquela fúria seria direcionada a ele então, melhor seria que, quando o momento chegasse, ele já a tivesse descontado um pouco.

— Você! - Rugiu o velho e Hallbamn lamentou, intimamente. Havia acontecido mais cedo que previra. - Que tipo de promotor é você, que mal se manifesta em um tribunal? - Inquiriu, irado.

— Senhor… - Tentou se defender, apenas para ser interrompido.

— Você foi completamente ridicularizado pela defesa! - Acusou.

— Ninguém esperava que Makarov fosse fazer um pedido preliminar… - Continuou tentando.

— Você deveria estar preparado para qualquer tipo de situação! - Vociferou Grand Doma. - Deveria provar que a confiança que depositei em você não foi em vão! - Concluiu, aos berros.

Mesmo profundamente irritado com as acusações, Hallbamn manteve o semblante neutro e a postura firme. Sabia que não era saudável desafiar o presidente, mas ainda assim, recusava-se a demonstrar fraqueza. Ainda que soubesse que, se os dois fossem comparados por força e poder mágico, “fraco” seria um bom adjetivo para defini-lo.

— Mesmo que eu tivesse me preparado para um pedido preliminar, jamais teria suposto que Heartfilia está grávida. - Argumentou. - No fim das contas, o resultado seria o mesmo! - Concluiu.

Grand Doma apertou a ponte do nariz, tentando afastar a dor de cabeça infernal que começava e clarear os pensamentos. Não admitiria, porém sabia que, naquele ponto, o outro estava certo.

— Ainda assim, você deveria ter se manifestado. - Ralhou. - E, não permitido que Org e Makarov conduzissem a situação como bem pretendessem. - Emendou, cerrando os dentes.

Uma declaração. Uma única declaração em público fora capaz de abalar seriamente seus planos. Revoltado, abriu um sorriso de escárnio.

— Makarov, aquela raposa velha. - Praguejou, andando de um lado para o outro. Hallbamn arqueou as sobrancelhas, ante a mudança de comportamento significativa. - Ele soube muito bem conduzir a situação. - Divagou. - Ocultou a informação sobre a gestação para que não fizéssemos mal a criança e a lançou feito uma bomba perante a população e os jornalistas.

O outro, apenas observava, enquanto o presidente procedia com a análise das circunstâncias.

— Ele atou as nossas mãos. - Continuou Grand Doma. - Naquele momento, ele atou as nossas mãos, usando o público. - Emendou.

— Eu não entendo. - Manifestou-se Hallbamn, confuso.

— Ele usou a popularidade do casal para tentar despertar a compaixão na população, devido a situação delicada pela qual estão passando. - Explicou. - E, ao mesmo tempo, tratou de garantir que nada aconteça a essa criança. Do contrário, seremos acusados de atentar contra uma vida inocente. - Concluiu, revoltado.

Constatando a extensão dos danos, Hallbamn compreendeu a fúria do presidente. Realmente, a jogada de Makarov havia sido um tanto engenhosa. Ele diria brilhante, até.

— E se a garota não estiver grávida? - Sugeriu, esperançoso.

— Seremos acusados de ter eliminado esse bebê. - Respondeu. - De toda forma, a população ficará na dúvida e perderemos credibilidade. - Comentou, enquanto se sentava sobre um dos estofados que permaneceram de pé.

Percebendo que o líder do Conselho Mágico já ostentava uma atitude mais amena, Hallbamn imitou o gesto, tomando outro assento, convenientemente distante.

— O que faremos agora? - Inquiriu, vendo o fogo da lareira refletir nas orbes de presidente. - Sabe que eles não nos deram muito tempo. - Lembrou, aflito. - Se perdermos apoio, não seremos capazes de seguir adiante.

Sem dignar-se a encará-lo, Grand Doma bateu com o cajado no chão, novamente enraivecido.

— Não me importune com o que eu estou cansado de saber! - Bradou. - A única coisa com o que deves se preocupar no momento é em elaborar um discurso decente para a próxima sessão de julgamento. - Determinou. - Mantenha sua incompetência distante dos assuntos políticos. - Debochou.

Contendo o ódio que crescia em seu interior, Hallbamn permaneceu impassível, apenas fitando a figura imponente que, claramente, raciocinava, explorando o próprio conhecimento, em busca de uma alternativa para a situação.

— Lucy Heartfilia e Natsu Dragneel… - Murmurou o líder, deixando escapar seus pensamentos. - De que forma nossos planos seriam menos afetados? - Continuou. - Permitindo que essa criança venha ao mundo, ou eliminando-a antes que tenha a chance? - Indagou, com um sorriso insano.

 

• • 

 

— E é por isso que não compartilhamos os fatos com vocês. - Makarov concluiu seu relato, tomando um longo gole do líquido contido em sua caneca.

A maior parte dos membros da Guilda, com exceção de alguns poucos já cientes de toda a história, encaravam, estupefatos, o pequeno velho sentado em cima do balcão do bar da hospedaria, onde estavam instalados.

— Genial. - Elogiou levy. - Ainda estou chocada e chateada mas, de fato, usar a presença dos jornalistas para fazer com que a notícia da gravidez da Lu-chan se espalhasse mais fácil e conquistasse a população é realmente brilhante. - emendou. - Um ótimo plano, Mira-san. - Concluiu, voltando-se para a albina.

— Ara, ara! - A garçonete exclamou, levando uma das mãos a bochecha. - Obrigada. - Agradeceu, sorrindo de forma angelical.

— Realmente, se os boatos escapassem antes, a notícia perderia o impacto. - Divagou Juvia, ainda depressiva.

— Como assim perderia o impacto? - Cana, que já estava mais para lá do que para cá, perguntou, abrindo caminho em meio aos colegas. - É do Natsu e da Lucy que estamos falando! - Lembrou.

A morena marchou decidida até parar atrás do dragon slayer do fogo, que encontrava-se acomodado em um dos assentos do balcão, de costas para os próprios colegas.

— Vocês realmente conseguem imaginar essa criatura sendo pai? - Indagou, girando a banqueta com violência e forçando-o a encarar os companheiros. - Porque, para mim, “Natsu” e “Pai”, são dois substantivos que simplesmente não conversam. - Concluiu.

— Realmente. - Concordou Droy.

— É uma visão que me dá calafrios. - Reforçou Jet, imaginando o mago do fogo cuidando de uma criança.

Vários magos começaram a dar pitaco, opinando o quanto acreditavam ou duvidavam da capacidade do jovem de cabelos róseos enfrentar a paternidade, até que uma voz um tanto fina e irritada chamou a atenção de todos, bradando enfurecida.

— Vocês querem parar? - Pediu Lisanna, com as mãos na cintura. - Não conseguem ver o quanto o Natsu está abalado com a situação? - Indagou, nervosa. - Eu tenho certeza que tanto ele quanto a Lucy sabem muito bem as dificuldades de criar uma criança, por isso, no momento, eles não precisam de outra coisa que não seja apoio da nossa parte. - Concluiu, cruzando os braços.

Alguns membros abaixaram a cabeça envergonhados, enquanto outros se entreolhavam significativamente. Mirajane apenas fitou a irmã, carregada de orgulho.

— Obrigada Lisanna. - Falou Natsu, sorrindo pela primeira vez desde que pisara no bar. A albina apenas abanou as mãos, como se aquilo não fosse nada.

— Só estamos discutindo a estranheza da situação. - Explicou Cana. - Não estamos dizendo que não vamos apoiá-los. - Defendeu-se. - Até porque, eu vou ser a melhor tia do mundo! - Gabou-se, ninando a garrafa que segurava como se fosse um bebê.

— Eu acho que, para o bem da criança, é melhor que o Natsu e a Lucy a mantenham longe de você . - Observou Macao.

— Realmente. - Reforçou Wakaba. -  Péssima influência. - Completou.

— Ora, seus! - Indignada, a cartomante foi tirar satisfação com os colegas, começando uma pequena confusão.

Contudo, a maioria dos membros ignorou completamente a pancadaria recém iniciada e seguiu com as especulações, até que uma ruiva impetuosa como um furacão levantou-se, indignada.

— Mais importante que isso! - Erza, que até então vinha se contendo respeitosamente para ouvir as palavras do mestre, resolveu se manifestar. - Desde quando você e a Lucy estão juntos? - Questionou, apontando o dedo para Dragneel. - Quando adquiriram tamanha intimidade? - Continuou, na cara dura.

— Eu poderia fazer a mesma pergunta sobre Mystogan e você. - Respondeu o rapaz, mal-humorado por ser o centro das atenções. - Mas... Oh, me lembrei! Vocês andam se pegando desde que eu invadi a Fairy Hills. - Encenou de forma debochada, demonstrando que tinha perdido todo o amor que nutria para com a própria vida.

— Seu insolente desgraçado, eu vou fazer guisado com a sua língua após arrancá-la! - Ameaçou Titânia, avançando em direção ao companheiro de time.

— Erza, contenha-se! - Pediu Gray, segurando-a pelos braços. - A Lucy não merece criar uma criança sozinha, então mantenha-o vivo, por enquanto. - Pediu, displicente.

É claro que, foram necessárias mais algumas palavras e outras três pessoas segurando, para que a maga de armadura finalmente se aquietasse e retornasse para o lugar, praticamente emamando fogo pelos poros.

— E qual é o problema em responder a pergunta da Erza, Natsu? - Tentando desanuviar o ambiente, Levy continuou o interrogatório, para desespero de Salamander. - Afinal, agora todos já sabem do relacionamento de vocês. - Argumentou.

— Eu apenas não quero falar sobre isso. - Replicou, armando um bico e encerrando o assunto.

— Ok, temos outras fontes. - Informou a baixinha, desviando o olhar para outra direção. - Desde quando eles estão juntos, Happy? - Perguntou para o gatinho, lembrando-se perfeitamente do breve surto que ele tivera no tribunal.

O exceed azul, ainda abalado pelas fortes revelações e pela suposta traição de seus melhores amigos ao escondê-las, apenas vinha escutando a conversa, com as bochechas infladas e as patas cruzadas. Entretanto, bastou ser mencionado para que ele enxergasse, claramente, a perfeita oportunidade de vingança.  

Tomado por uma animação perversa, o felino transformou o semblante completamente, antes de responder, de forma animada:

— A primeira vez que eu flagrei os dois se agarrando foi no início de novembro, do ano passado. - Entregou, sem um pingo de peso na consciência. - No mesmo dia em que a Lucy voltou para casa, logo após se recuperar. - Completou.

Um interjeição surpresa escapou dos lábios de todos os presentes, ao passo que Natsu estreitou os olhos para o gatinho alado.

— Traidor. - Rosnou, revoltado.

— Quem é o traidor? - Perguntou Happy, forçando um tom magoado. - Até onde eu saiba, protegi muito bem o segredo de vocês, mas isso não foi o suficiente para que me confiassem uma informação tão importante! - Desabafou, ressentido.

— Nós tínhamos acabado de descobrir! - Justificou. - Tínhamos decidido contar para todos juntos! - Explicou.

— É como a Levy disse, Natsu. - Continuou o exceed, cinicamente. - Não há porque negar os fatos agora, uma vez que TODOS - enfatizou violentamente a última palavra - já sabem. - Explanou. - Então, nada mais justo que informar a TODOS que vocês estão juntos desde novembro e que, foi para poupar a minha pobre, porém aguçada, audição de captar obscenidades que eu praticamente me mudei para o quarto da Wendy. - Concluiu, vitorioso, percebendo com satisfação que a maioria dos ouvintes gargalhavam ou assobiavam, animados com a discussão.

— Eu vou arrancar seus bigodes! - Ameaçou o dragon slayer do fogo.

— Vejam! Conviveu tanto com a Lucy que pegou as manias dela! - O felino continuou zombando. - Tenho pena dessa criança que está por vir. - Provocou.

Cansado de discutir ou ser inquirido, Natsu apenas abandonou o balcão e caminhou em direção uma mesa mais afastada. A atitude esfriou um pouco os ânimos de seus companheiros de guilda que, novamente, sentiram uma pontada de culpa e arrependimento.

— Ele realmente continua mal. - Comentou Erza, que já havia se esquecido de toda a irritação anterior.

— O que você esperava? - A voz grave do dragon slayer de ferro destacou-se dentre os murmúrios de corncordância, atraindo principalmente a atenção de Titânia.

A ruiva arqueou as sobrancelhas de forma indagativa, deixando bem claro que gostaria de ouvir o que Redfox tinha a dizer. Entretanto, o gesto não foi assustador o bastante para que ele se apressasse  em esvaziar a garrafa da qual vinha bebendo, antes de continuar:

— A parceira e o filho dele foram jogados na prisão. - Falou, calmamente, percebendo que o significado oculto de suas palavras passaram despercebidos pelos ouvintes. - Na verdade, estou um tanto surpreso pela forma que ele vem reagindo. Está aguentando tudo muito bem. - Terminou, abandonando a garrafa vazia e também retirando-se para uma das mesas desocupadas.

Depois disso, os membros da guilda dispersaram-se pelo salão do bar. Era inegável o fato de que, embora todos estivessem um tanto melhores, não se sentiam a vontade o bastante para sustentar a baderna pela qual eram famosos.

Ainda estavam incompletos.

E irritados.

Com diversos assuntos desenrolando-se em áreas diferentes do estabelecimento, eles mataram o dia, mal percebendo que a noite já caía. E foi junto com a noite, que visitantes um tanto inusitados chegaram, atraindo a atenção  de todos os integrantes da Fairy Tail, novamente, para um único ponto.

Reações, em sua maioria, de curiosidade, começaram a preencher o local. Mas foi a maga da chuva, fixando-se na pessoa que liderava o grupo recém-chegado, a primeira a se manifestar, com certa animação.

— Lyon-sama! - Exclamou, surpresa.

 

• • 

 

Se uma semana antes, alguém dissesse a Doranbolt que a situação de Heartfilia tomaria aquele rumo, ele provavelmente teria rido na cara da pessoa.

Claro que fazer uso uma gravidez (verdadeira ou não) para se beneficiar era, possivelmente, um dos truques mais velhos conhecidos pela humanidade. Todavia, por alguma razão que ele não entendia muito bem - e ele estava ao ponto de escrever uma lista bem extensa composta apenas por motivos que ele não vinha sendo capaz de compreender -, a gestação da maga loira era algo difícil de engolir.

Ainda mais se considerasse que Natsu Dragneel era o pai da criança.

Desacreditado, o moreno sacudiu a cabeça, afastando tais pensamentos enquanto caminhava em direção a saída do prédio do conselho. Não era a hora para tentar descobrir por qual razão a paternidade de Natsu lhe parecia uma piada, se ele nem conhecia o mago do fogo tão bem ao ponto de julgar. Se aquilo beneficiaria Lucy, o resto não importava tanto.

Desde que chegara em ERA, poucas horas após a primeira sessão de julgamento da maga estelar, Doranbolt foi surpreendido com as últimas - e chocantes - notícias.

Não se falava outra coisa na sede do Conselho. A gravidez dela, juntamente com o modo como foi revelada, tinha sido o assunto do dia na cidade e, provavelmente, logo seria manchete em todo país.

Quem quer que tivesse planejado manter a informação oculta até que a loira fosse levada ao tribunal, merecia uma salva de palmas pois, não só poupou a novidade até o momento onde ela seria revelada com maior impacto, como também tratou de despertar a simpatia do público e garantir a segurança da mãe e da criança. Ou, ao menos, era isso que ele acreditava.

Ao finalmente alcançar a portaria, Doranbolt foi novamente abordado por um dos guardas humanos que estavam a postos, para ser questionado se já havia tomado ciência da fofoca da vez.

— Sim, eu fui informado. - Respondeu para o funcionário. — Diversas vezes, aliás. — Completou mentalmente.

— Isso com certeza vai influenciar no processo. - Sem se deixar abalar pelo conhecimento do outro, o guarda, observou, animado.

O moreno encarou o funcionário, que possuía cabelos azulados um tanto oleosos e um porte físico não muito apropriado para a sua função, com desânimo. Porém, não demorou para suspirar, com resignação. Afinal, havia comparecido na sede apenas para obter informações sobre o andamento do caso mesmo. Mal não iria fazer escutar um pouco mais.

— O presidente não demonstrou acreditar na história e pareceu um tanto desesperado. - Especulou o guarda, reduzindo o tom de sua voz praticamente a um cochicho.  - Fiquei bem surpreso por terem resolvido fazer os exames da moça hoje, tinha ouvido falar que só aconteceriam amanhã. - Divagou.

— Espera - Finalmente atento a conversa, Doranbolt pediu. -, o que disse? - Indagou.

— Que o presidente parecia desesperado? - Perguntou, confuso.

— Não, depois disso. - Respondeu o moreno.

— Ah! Disse que eu estranhei o fato dos exames de Heartfilia terem sido adiantados para hoje. - Repetiu.

Desconfiado, Doranbolt franziu o cenho. Afinal, todas as vezes em que tinha sido abordado para que tomasse ciência dos fatos, ouvira que o médico que realizaria os exames em Lucy ainda estava sendo escolhido, portanto, só viria no dia seguinte.

— Você tem certeza disso? - Questionou, sentindo um pressentimento ruim crescer em seu interior.  

— Bom, sim. - Respondeu o guarda. - Eu mesmo recebi a equipe médica e, quando contatei o gabinete do Presidente, fui orientado pela secretária a deixá-los entrar. - Contou.

— Certo. - Dando meia volta, o moreno encerrou o assunto. - Obrigado! -Agradeceu, antes de praticamente correr para dentro.

Doranbolt já estava prestes a utilizar sua magia de teletransporte para chegar mais rápido a sala de Grand Doma e tirar a história a limpo, quando chocou-se violentamente com alguém. Atordoado, ergueu a cabeça para desculpar-se, deparando-se com um par de olhos muito astutos o estudando.

— Aconteceu alguma coisa garoto? - Perguntou Org que, ao contrário do outro, parecia nem ter sido abalado pela colisão.

— Senhor! - O jovem exclamou, de forma respeitosa.

— Você parece preocupado. - Reparou o membro do conselho.

— Bem… - Começou Doranbolt, perguntando-se mentalmente se deveria passar a informação recebida para a frente. Por fim, ciente de que Org havia insistido na suspensão do processo de Lucy, o moreno decidiu contar, narrando a breve conversa que havia tido com um dos guardas da portaria.

Temeroso, notou que a sensação ruim que vinha sentindo se intensificou significativamente quando o semblante do senhor se fechou por completo. Engolindo em seco, teve a impressão de que uma aura sinistra passou a rodeá-lo.

— Leve-me para a cela de Lucy Heartfilia, Doranbolt. - Ordenou Org. - Imediatamente. - Enfatizou.

 

 


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Notas finais do capítulo

Sinto cheiro de Gruvia, hehe.

Sei que eu disse que desanimei do shipp por causa dos últimos spoilers do mangá (e desanimei mesmo), mas tenho tanta coisa planejada para eles que vou ter que engolir a bad e contornar.

Sobre o final do capítulo, acho que já deu para ter uma boa noção do que vem por aí, certo? Deixem suas especulações. ;]

Espero que vocês tenham gostado.

Abraços e até mais!



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