Começo a cavalgar no cavalo branco até que vejo vários homens montados em cavalos, um cervo aparece em minha frente.

–Não tenha medo- digo descendo do Maurice e me aproximando, o cervo deixa que eu o acaricie.

Ouço mais cavalos e me aproximo, abraçando o cervo e o acariciando. Um cavalo se aproxima, e um moço bonito, loiro de olhos azuis se aproxima com a espada.

–Saia de perto milady derrotarei esse cervo pra você.

–Como se ele estivesse fazendo algo a mim- o cervo entra em posição de ataque e eu fico na frente dele, acariciando seu pelo marrom- viu? É só um lindo animal.

–Mas todos caçam- guarda a espada e desce do cavalo.

–Não é porque todos fazem que você tenha que fazer.

Pov Draco

Como aquela linda dama conseguia ser assim?

–Olhe, ele só quer brincar- sorri docemente, como aquele sorriso é lindo, encantador.

–Parece calma perto de um animal que poderia lhe rasgar ao meio- digo e ela se aproxima do cervo, acariciando-o como se ele fosse um cachorrinho.

–Ainda estou inteira- brinca olhando pra mim com seus lindos olhos castanhos- Não irá lhe atacar se não lhe der motivos. Deixe-o ir, diga para os homens para que eles voltem.

–Sabe quem são aqueles homens?

–Não, por acaso me diria?

–Guardas do palácio senhorita- respondo sorrindo galanteador, mas ela parece que não caiu no meu truque- vou deixar o cervo ir- ela sorri feliz e da um beijo no cervo, que se curva diante dela e sai correndo.

–És uma senhorita muito intrigante. Onde moras?

–Onde você mora?

–Não é óbvio? No palácio, sou o príncipe.- ela se assusta e se ajoelha.

–Perdão majestade não sabia sinto muito confrontar-lhe.- diz olhando pra baixo, me aproximo e me ajoelho, levantando seu queixo, fazendo-a ficar sentada diante de mim, sua pele é macia e ela cheira como mil primaveras.

–Não haja assim, trate-me como trataria qualquer camponês- digo.

–Sim majestade...

–Me chame de Draco.

–Sim, Draco- ouvir meu nome sair daquela voz doce é como mil harpas em perfeita sincronia.

–E seu nome?

–Hermione- diz e eu sorri.

–Um nome tão lindo como a moça que o possui- digo e ela fica vermelha, ajudo-a a levantar.

–Não exagere, não sou bonita.

–Claro que é, Hermione-digo sorrindo.

–Eu tenho que ir- de montando no cavalo com maestria.

–Não desejas ficar mais um pouco?

–Sinto muito, tenho que ir.

–Mas o tempo é muito, e ao mesmo tempo muito curto para nos conhecermos- ela sorri, um verso de Utopia ganha corações.

–Se diz que o tempo é tão curto e tão longo para conhecer-me, não percebes que o tempo é o mesmo toda vez que me vê, o meu tempo é diferente do seu, talvez, até não percebe que seu tempo é longo, o meu é curto, e os espaços entre eles são mínimos- recita, nem eu decorei esse trecho todo.

–Quando poderemos nos ver novamente, Hermione? -pergunto me aproximando.

–Porque iria querer me ver novamente?

–Qualquer pessoa que cite Utopia merece um tempo.

–Estaria livre amanhã?

–Que horas?

–No mesmo horário.

–Talvez, prometo que virei- diz e eu sorri, acenei pra ela e a vi desaparecer em meio as árvores.

–Hermione- sussurro sorrindo.

Povs Hermione

Vejo Luna e Gina, sorrindo espantadas.

–Novo namorado? -brinca a ruiva.

–Ele é o príncipe.

–Conquistou o coração do príncipe- diz Luna.

–Luna! Sabes que ele jamais se apaixonaria por alguém como eu, Austória provavelmente, é a moça mais encantadora da cidade. Olhe para mim, sou uma garota de vestidos velhos e sujos.

–E mesmo assim ele quer conhecer-te.

Reviro os olhos e elas montam, seguimos correndo para casa