A Flor da Carnificina escrita por Essa conta não existe mais, Niquess


Capítulo 6
Capítulo 5 - Presa


Notas iniciais do capítulo

Oláaa! Boa tarde para todos!
Eu sei que eu tô enrolando muito, mas é uma tentativa de prender vocês na estória. E aí, vejo que tem muita gente lendo, mas poucas se manifestam. Como é que é, preciso saber o que você estão achando. (brincadeira)
Bom, um abraço pro Mark Miller e pra SweetDrama que estão me ajudando muito com seus comentários ao decorrer da trama.
Bom, é isso. Boa leitura para vocês, e se puderem aparecer, leitores fantasmas, eu fico muito felizzzzzz ♥
Bjxxxxxxxxxx



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– Você vai precisar ficar internado, até que a suas plaquetas aumentem. Vocês são parentes dele? - Perguntou o médico alto e magro que atendia Isaac naquele momento.
– Eu sou um velho amigo, e ela a irmã dele. - Falou Fábio.
– Ótimo, você pode assinar aqui para que ele fique - O médico estendeu a prancheta para o acompanhante, que pegou a caneta pendurada no objeto de madeira que apoiava a folha com um pregador de metal, e assinou o papel.
– Ele só pode ter um acompanhante por vez. Que vai ficar com ele primeiro?
– Eu fico. - Aline se ofereceu.
– Está bem. Qualquer coisa eu venho amanhã pela parte da manhã, mas caso aja uma emergência, pode chamar uma enfermeira. - O médico saiu deixando Aline e Fábio em pé, e Isaac deitado no leito.
– Vai ficar tudo bem com ele. - Isaac tinha febre altíssima, então preferia ficar quieto. Antes que Fábio saísse, Isaac apertou a mão branca e enveizada do rapaz, e a beijou calmamente.
– Eu amo você, Fábio. - Foi o que Isaac aguentou dizer. Fábio acenou com a cabeça e saiu deixando os irmãos naquele quarto de hospital.
– Hm... quer dizer que você é gay... - Falou Aline, enchendo um copo descartável com a água do bebedouro que tinha no quarto.
– Sim... - Falou Isaac.
– Que engraçado - Aline tomou um pouco de água - Ontem saímos foragidos da casa da Madame Ursula, fomos pra rua. Hoje você apanha, eu quase sou estuprada e agora você está aqui internado. - Isaac balançou a cabeça concordando com o que a irmã dizia - E ele é o seu namorado? Ele não pareceu se importar muito com você agora. Vai ver que agora que está doente não vai servir muito pra ele, você sabe o que eu quero dizer.
– Me dê um pouco de água. - Aline encheu um copo e entregou para o irmão que se esforçou para levantar.
– Vamos mesmo voltar pra casa dele?
– Cala a boca, quero dormir. - Aline silênciou-se e se aconchegou na cadeira do acompanhante.

Quando Fábio chegou no ''prédio'' onde morava, viu um carro Kadett marrom estacionado na porta de entrada. Ele sabia de quem era aquele carro, e tentou espiar dentro do carro para ver se via alguém, mas estava vazio. Então entendeu que o possível dono estaria em seu ''apartamento''.
– Fábio! Amigo! - Cumprimentou o dono do Kadett, que estava sentando no degrau da entrada.
– Patrick! O que devo a honra?
– Tenho duas notícias pra você, uma boa e uma ruim. Qual você quer primeiro? Ah, gostaria de entrar, não é bom tratar de negócios em lugares públicos. - Fábio balançou a cabeça, abriu a porta da casa e os dois entraram.
Patrick sentou no sofá surrado, enquanto Fábio buscou uma latinha de cerveja para que eles bebessem.
– Então... - Iniciou Fábio.
– Qual notícia você quer ouvir primeiro?
– A má.
– Um mendigo muito filho da puta machucou meus melhores fornecedores. Sem falar do meu afilhado, quem ele feriu com uma garrafada ontem.
– Hm... e?
– Sem esses dois, eu vou ter um rombo muito grande no meu caixa, se é que me entende. A polícia está muito em cima nesses últimos meses. Você é um bom funcionário, quando eu entrego as encomendas pra você, você sempre cumpre com o combinado. E eu preciso agora que você expanda seu núcleo de vendas. Ainda ''trabalha'' - O homem fez aspas com os dedos - naquela boate? Babilônia, né? Hm... desde quando aquelas strippers gostosas aumentaram o preço não voltei mais lá.
– Trabalhava, Patrick. - Fábio sentou ao lado do homem no sofá.
– Saiu? O que houve?
– Coisas aconteceram... - Fábio bebericou a cerveja.
– Que pena. Bom, o onde eu quero chegar? Vamos lá, preciso que você venda pra mim as drogas que o Juk e o Melk não vão poder vender.
– No mesmo ponto?
– Sim. Eu vou aumentar um pouco mais o seu ''salário''. Você vai ganhar 200 por hora, mais comissão. É bom negócio?
– Não sei, Patrick. Você quer que eu substitua o que eu vendia na boate pra vender no ponto dos seus ''amigos''?
– Isso aí. Ah, qual é? Você não vai mais dar o seu rabo, como vai se sustentar. Eu sei que você precisa de dinheiro. E eu preciso acabar com a raça do filho da puta que fodeu com os meus funcionários.
– Se quiser ajuda...
– Não precisa fazer nada. Se achá-los, porque são dois, me entregue eles e o resto é comigo. - Patrick levantou e antes de sair disse - Acho que o seu silêncio foi um sim, você vai me ajudar. Então amanhã à noite eu passo aqui com os ''produtos''. - E bateu a porta.


Inácio passava pela mesma praça onde foi quase assaltado, com a esperança de achar o seu ''herói'', mas no meio de tantos moradores de rua, não viu ninguém que ao menos chegasse perto do que era o tal dito cujo.
Aproximou-se de uma moradora de rua que penteava o cabelo da filha pequena, e perguntou à ela se sabia onde o mendigo descrito estava, mas essa disse que não podia falar, porque não sabia quem era o mendigo e quem era o rapaz que perguntava. Inácio então continuou procurando. Ele trazia consigo uma sacola de uma lanchonete para dar como agradecimento ao mendigo salvador, mas não o achou e decidiu ir para casa. Caminhou em direção ao metrô, esperaria que um dia eles pudessem se encontrar.

– Onde você estava, Inácio? - Perguntou Denise, segurando a cachorra Shitzu da família, sentada no jardim da casa.
– Fui procurar um amigo.
– Cleusa disse que você quase foi assaltado. Você é maluco de sair por aí sozinho? Por quê não me disse nada? - A mãe aproximou-se do filho, colocou o cachorro no chão e abraçou o filho, enchendo sua testa de beijos.
– Não sou bebê. E a Cleusa é uma piranha mesmo! Disse a ela pra não falar nada pra vocês.
– Que valentia é essa? Resolveu virar machinho e se defender sozinho? Você tem 20 anos, Inácio, tem uma vida inteira pela frente, não quero que nada aconteça com você. Vou contratar um segurança pra acompanhar você. Por acaso esqueceu que corre risco em dobro, sua mãe é delegada!
– Puta que pariu! Pra quê um segurança? Isso é coisa de viado! Eu não sou um bebê, porra! Para de me tratar assim! - O jovem entrou transtornado em casa, e cuspiu no chão que Cleusa limpava, e antes de subir as escadas para ir para seu quarto disse:
– Isso é por você ser tão filha da puta, ordinária e fofoqueira.


– Posso entrar? - Perguntou Fábio, encostado no batente da porta.
– Claro! - Respondeu Isaac, um pouco melhor. Aline dormia na cadeira de acompanhante.
– Vim revesar com a sua irmã. Acho que agora é minha hora de ficar com você.
– E pra onde ela vai?
– Pro meu apartamento, oras. - Fabio beijou calmamente os lábios de Isaac.
– Não tem medo de me beijar?
– Por mim nós fariamos sexo agora, mas você não ira aguentar o tranco. - Falou Fábio, arrancando um sorriso do rosto de Isaac.
– Aline! Acorde! - Chamou Isaac. A garota acordou atordoada.
– O que foi? - Perguntou a irmã.
– Vai pra casa do Fábio, agora é hora dele ficar aqui. Amanhã você volta. - Sugeriu Isaac.
– Tem certeza? - Perguntou Aline.
– Tenho. - Respondeu Fábio - Vai, e fica à vontade - Ele entregou a chave do apartamento à garota, que antes de ir beijou a testa suada do irmão, e saiu.
– Já sabe se teve alguma melhora?
– Eu me internei ontem, Fábio. - Os dois riram rapidamente.
– Não deu tempo de você me contar o que aconteceu pra vocês irem parar na minha casa.
– Não só sua casa, dos ratos também. Eu vi 2 andando pela bancada da cozinha.
– Vai se foder! Eles também já foram platéia pras coisas que a gente fez naquela sala, no quarto, no banheiro...
– Não lembre disso!
– Tá, fala, o que aconteceu pra vocês irem parar lá.
– Eu posso deixar pra contar quando sair daqui? Minha garganta dói bastante, não quero falar muito. Só fica comigo? - Fábio sorriu terno para o rapaz que apesar de ter melhorado 10%, ainda se sentia debilitado.

Aline assistia a novela das 9, e comia um pedaço de pão doce com leite. Aquilo pra ela era o paraíso. Geralmente àquele horário ela estava ''trabalhando'' para Madame, e poder estar em uma casa quente, onde ela pudesse ver TV e comer era maravilhoso. Só que ela não contava com uma coisa. Assim que terminou de comer e beber, levantou-se do sofá e pôs o copo na pia e os farelo do pão no saco de lixo.
Quando ia voltar pro sofá, alguém bateu na porta. Ela não sabia quem era, ou se podia atender, mas resolveu abrir pra ver quem era.


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