A Flor da Carnificina escrita por Essa conta não existe mais, Niquess


Capítulo 5
Capítulo 4 -Revelação


Notas iniciais do capítulo

Oláaaa! Boa leitura! Qualquer dúvida ou crítica me avisem, okei? Beeeeeeijão ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/620748/chapter/5

Marli tinha acordado mais cedo naquele dia, tinha que dar para a neta as últimas medicações para que ela ficasse cem porcento curada daquela sinusite. A garotinha comia um pedaço de pão francês e tomava achocolatado assistindo tv, quando a campainha da casa tocou. A mais velha olhou pelo vasculante da cozinha que direcionava a visão para a rua, e viu o filho do outro lado da calçada. Ela suspirou, abriu a porta do cômodo e desceu para atendê-lo.
– O que você quer, Fábio? - Perguntou a mãe, furiosa com a aparição do rapaz. Desde que ele tinha ido embora, ela sentia raiva dele por ter deixado a ela e sua neta passando necessidade. Não gostava muito de quando ele aparecia por lá.
– Posso entrar?
– A Carol está em casa, prefiro que não entre.
– Ela é minha filha, sabia? Eu tenho direito de vê-la. Trouxe uma coisa pra ela. - A garotinha, ao avistar Fábio da porta da cozinha, desceu as escadas que davam acesso ao porão e abraçou o rapaz, que para ela não passava de seu irmão.
– FÁBIO!!! QUE SAUDADE DE VOCÊ! - A menina abraçou o rapaz fortemente, esse a pegou no colo e beijou suas bochechas.
– Também estava... Posso entrar? - Marli revirou os olhos, e deu passagem para que ele entrasse segurando a menina no colo.

Quando entraram, a menina pegou a boneca que tinha ganhado do namorado da ''mãe'', e mostrou para Fábio, enquanto esse tirou um pacote de balas e entregou para a garotinha.
– Fiquei sabendo que estava dodói.
– Sim, mas eu estou muito melhor agora - a garota tossiu - o médico disse que eu tinha que ficar uns dias afastada da escola, para que eu ficasse 100%.
– Hm... Ótimo. - Fábio beijou mais uma vez a menina - Você pode deixar eu falar com a mãe, por favor?
– Tá... - Carolina pegou o pacote de balas e saiu.
– O que você quer, Fábio? Fala logo! - Emprensou, Marli.
– Vim lhe dar as devidas explicações sobre o modo de vida que estou levando. Ah, e que história é essa que você está namorando? Ele é um sujeito confiável?
– Desde o momento que você sai daqui, me deixa cuidando sozinha da Carol, você não tem que opinar em absolutamente nada na minha vida ou na da menina. E desembucha logo, o que você anda fazendo aí fora.
– A senhora pode me dar um copo de café, antes? - Marli suspirou, e levantou batendo as mãos na mesa. Pegou uma xícara e a garrafa de café e colocou em frente a Fábio.
– Vai preparando e falando o que você está fazendo por aí.


– Ei... Levanta seu merda! - Isaac acordou com chutes na altura da perna. Isaac levantou atordoado. Sua garganta doia bastante e a cabeça latejava como se tivesse sido posto pra dormir com marretadas.
– Pois não?
– Foi você que bateu no nosso mano tem? Foi? - O autor dos chutes segurava um alicate na mão direita e um estilete na esquerda.
– Foi eu mesmo! - Assumiu Isaac, ainda que temeroso por não saber o que aquele homem podia fazer com aqueles instrumentos.
– Hm... Juk, vem cá! - Um rapaz alto, musculoso e com os braços descobertos de pano e cobertos por tatuagens, cabelos cortados em máquina 2 apareceu segurando uma barra de ferro.
– Esse que é o viado que bateu no nosso amigo?
– É... O que a gente pode fazer por ele?
– Deixe meu irmão em paz! Se quiser fazer alguma coisa, faz comigo! - Gritou Aline, aparecendo na cena, ainda atordoada por ter acordado dessa maneira.
– Se é assim que você quer resolver esse problema, princesa... Ela é bem gostosa, né? - Falou o primeiro indivíduo.
– É... Então você resolve o problema pra gente. - Isaac aproveitou a distração e chutou o saco de Juk que caiu no chão sentindo uma imensa dor.
– Filho da puta! - O primeiro agarrou Aline e a tirou de lá arrastada, mas antes arranhou o rosto da menina com o estilete, cortando do nariz até o queixo.
– Socorro! Socorro! - Gritava a menina. Isaac chutava incessantemente a cabeça de Juk que estava quase desmaiando. Por último, bateu fortemente com a barra de ferro na cabeça do rapaz que definitivamente desmaiou.
O irmão correu em direção ao homem que levava sua irmã, e isso mobilizou alguns dos moradores dali, que cercaram o homem e ao perceber o que ele tinha feito com a garota, o lixaram até que ele caisse inconciente. Isaac pegou uma mochila e agarrou a mão da irmã, saindo dali imediantamente. Ele iria para o apartamento de Fábio, tinham que se esconder da possível retaliação de mais integrantes daquele bando.


– Fábio! Fábio! - Gritava Isaac. Aline estava sentanda no mesmo batente que seu irmão sentou na noite anterior, e sangrava muito. Tentava estancar com uma toalha que tinha trazido da casa onde ela e seu irmão viviam.
– Porra Isaac, ele não tá em casa!
– Caralho! - Isaac chutou a porta com força e conseguiu arrombar a mesma, entrando no apartamento e indo até o banheiro buscar coisas para os primeiros socorros da irmã.
– Senta aí nesse sofá e fica quieta.
– Quem mora aqui? Quem é esse tal de Fábio?
– Fica quieta - Isaac aproximou-se da irmã e com cuidado passou mertiolate no ferimento.
– Ai! - Gritou a menina.
– Já mandei você ficar quieta. - O irmão pegou band-aid e colou em cima da ferida. - Espero que não precise de ponto. Se doer muito eu te levo pro hospital pra costurar isso.
– Se nós não tivessemos saído...
– Pare de se lamentar, caralho! - Interrompeu Isaac - Eu não tô me sentindo muito bem. Nós temos que ficar quietos até o Fábio chegar, se descobrirem que um desconhecido do prédio está aqui vão retalhar a gente de vez. Então, coopere, fique quieta.

– SEU PORCO IMUNDO! - Gritou Marli, jogando o café no rosto do filho - SAI DA MINHA CASA! - A mulher estava histérica e tremia bastante. Nunca pensou que o filho saiu de casa para vender seu corpo, ele não precisava daquilo.
Carolina apareceu na cozinha assustada com a cena : - Mãe, o que está acontecendo?
– VAI EMBORA, FÁBIO! VOCÊ NÃO É MAIS MEU FILHO, SEU SUJO! - Marli gritava descontrolada, e chegou a pegar uma faca que estava sobre a mesa para espantar o rapaz, que não tinha reação nenhuma a não ser sair dali.
– Tchau Carol! - Fábio beijou as têmporas da menina, abriu a porta da cozinha e saiu.
– SOME DAQUI, NUNCA MAIS VOLTE! - Marli bateu fortemente a porta e correu para o quarto chorar. Carolina a acompanhou, sentando no pé da cama, onde a vó, que ela achava que era mãe derrava as lágrimas sobre o travesseiro esfarrapado.
– Não chora mãe, o vocês vão fazer as pazes depois. - A garotinha acarenciava o pé da mãe/avó.
– Carol, me promete uma coisa? - A mulher segurou a menina pelos ombros e a olho nos olhos.
– Fala mãe...
– Nunca mais fale com o Fábio, está me ouvindo? Nunca mais!
– Mas...
– Mas nada! Não fale, se o ver na rua, o ignore! Ele faz coisas ruins pra gente. - A menina assustada apenas balançava a cabeça.

Fábio fumava enquanto caminhava de volta à seu apartamento. No caminho viu seu ''fornecedor'' falando no celular encostado em uma viatura da polícia, e o amigo deitado em uma maca de ambulância.
O fumante não sabia o que fazer, não sabia se podia se aproximar do ''velho amigo'', então acenou com a cabeça para o rapaz, que fez um sinal de que iria falar com ele mais tarde, então Fábio continuou andando.
Ao chegar no apartamento, Fábio viu o namorado deitado no sofá suando frio, e uma moça deitada no chão.
– Isaac? - Ele correu para abraçar o rapaz.
– Me leve pro médico, não estou bem.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Beijão! Bom final de semana ♥