A Flor da Carnificina escrita por Essa conta não existe mais, Niquess


Capítulo 43
Capítulo 42 - Debaixo no nosso nariz.


Notas iniciais do capítulo

OLÁ, TENHO UMA BOA NOTÍCIA PRA VOCÊS:
Ainda não é o último, é o penúltimo na verdade. Eu pensei que iria conseguir todos os acontecimentos finais em um capítulo só, mas precisei de mais um, mas acho que tudo bem, né?
BOA LEITURA



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Jaqueline desceu do carro de Denise segurando a mão pequena de Carolina e agradeceu a delegada pela ajuda e a mesma disse que iria entrar em contato assim que as coisas melhorassem um pouco. Jaqueline entrou em casa com a menina e Denise seguiu viagem com Aline, que estava no banco da frente, chorando calada.
– Você tá com fome? - Perguntou Denise, ligando o carro para sair em direção ao hospital onde estava Isaac.
– Não. - Respondeu Aline, secando uma lágrima que caiu em seu lábio.
– Bem... você pode ficar na minha casa até o Isaac se recuperar. Tem aquele quartinho onde você e seu irmão ficavam, você pode voltar pra lá. Já entendi que todos esses problemas não são sua culpa, você apenas sofre com os reflexos dele. - Aline balançou a cabeça concordando - Vou te levar pra ver o Isaac e mais tarde eu volto pra te buscar.
– Obrigada. - Falou Aline, fungando depois.
– Tudo bem... A culpa de tudo isso é do Fábio. Como ele pôde ser tão... maldito assim? - Perguntou Denise, dando um tapa no volante para descontar sua raiva.
– Instinto, talvez? Ele não destruíu apenas você, mas ao meu irmão também. Eu espero que ele pague.
– Eu também.


Fábio sentou na mesma cadeira onde havia sentando há alguns meses atrás, quando transou com Denise para não ir preso. Agora havia um delegado e por mais que ele fosse a ''fruta que gostasse'', ele era feio demais ou hétero demais para qualquer tentativa.
– Hm... Fábio Malta, 23 anos, sangue A+, 1,72 e 70 kgs. Essas são as informações que eu tenho sobre você, quer dizer, as boas informações. Agora as más informações: Você já foi indiciado por tentativa de sequestro, estupro, tráfico de drogas e assassinato. Essa última chegou quentinha aqui. - Fábio escutava tudo sem esboçar reação nenhuma, apenas ouvia - Então... pode se defender.
– Eu não tenho nenhum advogado, e tenho certeza que não arrumarei nenhum. Todo mundo quer que eu mofe aqui nessa cadeia.
– Você pode recorrer um pedido de advogado por tabela.
– Olha só, se eu tenho todas essas penas pra pagar, o que não deve dar menos de 30 anos, eu vou para a sentença, sou condenado, pago as penas e depois sou solto. Pronto, não precisa de advogado nenhum.
– Você é um rapaz distinto, bem distinto.
–Já tem o mandato, agora é só botar pra trás das grades.
– Já foi pedida sua prisão preventiva, então você já vai ficar preso ainda hoje. Vamos apurar todos os seus crimes e depois você vai ser julgado e aí só o juiz pode decidir quanto tempo você vai pegar de pena. - O delegado ficou de pé e pegou um copinho descartável e encheu de café, bebendo em seguida. Fábio só pensava em Isaac e Carolina, onde ela estaria e como a saúde de Isaac estaria. Ele torcia para que seu amor não morresse e que sua filha estivesse bem, mas era um golpe duro ficar sem os dois.

Aline abriu a porta do quarto onde estava o irmão e correu para dentro do quarto, abraçando fortemente Isaac, que gemeu pela brutalidade do abraço.
– Aline, eu tomei um tiro. - Comentou Isaac, mas a garota ignorou, e continuou abraçada ao irmão, chorando sem parar.
– Pensei que já estivesse morto... que merda você fez, seu filho da puta! - Aline se afastou e sentou em uma cadeira que estava próxima da cama. Isaac estava pálido e fraco.
– Eles falaram com você sobre a transfusão?
– Sim, eu vou ter que ficar em jejum algumas horas para poder doar sangue pra você. Eu conheci a mãe da garotinha, filha do Fábio. O nome dela é Jaqueline e ela é modelo lá nos Estados Unidos. Como ela conseguiu ter alguma coisa com aquele asqueroso - Falou Aline, torcendo o rosto em uma expressão de desgosto.
– Se eu tive... Ai... - Gemeu Isaac, apertando a barriga.
– Tá doendo muito? Quer que eu chame um médico? - Perguntou Aline, ficando de pé para verificar o irmão.
– Não! - Falou Isaac, fracamente.
– Tudo bem, mas se você quiser é só me falar.
– Tá bom.
– Mas falando da moça, ela é linda. Nossa, que inveja que me deu. - Isaac olhou para Aline e deu uma risadinha rápida.
– Você também é linda, Aline. Inveja é um sentimento ruim, a nossa mãe sempre dizia isso.
– Eu gostei dela. - Falou Aline, sentando novamente na cadeira.
– Que bom! Pede pra alguém me trazer água? - Pediu Isaac. Aline ficou de pé novamente e foi atrás da água que seu irmão pediu.

Jaqueline entrou em casa e sentou no sofá com a menina, queria respirar tranquila pois a menina estava ali com ela, problema resolvido. Agora só precisava sair do Brasil com a garotinha e seu marido. Não havia ninguém em casa, pois Maria ia competir em outro município, e seus pais e seu marido foram assistir.
Carolina olhava curiosa para ela, sem saber o real intuito de estar ali, e Jaqueline pensava em uma forma de contar toda a verdade para a menina, pensou em deixar para contar outra hora, mas era melhor contar tudo de uma vez e acabar com sua agonia.
– Carol? - Falou Jaqueline, ficando em pé - Vou te contar porque você está aqui na casa da minha mãe.
– Pode falar, Jaqueline. - Falou Carolina, curiosa.
– Bem... - Jaqueline colocou as mãos na cintura e andou de um lado à outro e antes de começar a falar novamente, respirou fundo. - O que você sabe sobre sua mãe?
– Ela foi embora assim que eu nasci, e me deu pra minha avó cuidar. E eu só fiquei sabendo disso quando minha avó me disse que não era minha mãe, e eu fiquei triste por isso, porque não é bom não ter mãe.
– Você não sabe nada sobre a sua mãe? Nada mesmo? - Perguntou Jaqueline.
– Não sei nada. - Respondeu Carolina.
– Carol, e se eu te dissesse que sou sua mãe. - Carolina arregalou os olhos e tampou a boca, assustada com a hipótese.
– Não! Você é legal comigo. Minha mãe é ruim, meu pai sempre diz que ela é uma pessoa malvada. - Falou Carolina. Jaqueline abaixou e ficou frente a frente com a menina, segurando suas mãozinhas.
– Eu sou sua mãe, Carol. É difícil de você se adaptar agora, mas uma hora isso iria acontecer, não é verdade? Seu pai foi preso porque fez mal à mim e outras pessoas. Talvez o malvado nessa história é seu pai.
– Eu não quero que você seja minha mãe! Eu quero ir embora. - Falou Carolina, cruzando os braços, aos soluços. Jaqueline também começou a chorar por causa da filha.
– Carol... - A modelo colocou as mãos no rosto da menina e olhou dentro de seus olhos - Não tem volta, a partir de hoje vamos viver juntas e eu vou cuidar muito bem de você, melhor do que qualquer pessoa já cuidou, tá? - A menina chorava e soluçava, e Jaqueline também se desmanchava em lágrimas. Era péssimo ver aquela reação vindo da menina, porque a expectativa foi enorme, mas a realidade deixou a desejar.

Denise finalmente chegou em casa, e ao abrir a porta da sala, viu seu filho Inácio deitado no sofá, desnorteado, com o rosto vermelho, afundado no colo da namorada.
– Boa tarde. - Cumprimentou Denise, ao ver a presença de Yasmim no recinto, consolando seu filho prantoso. - Eu sei que vai parecer muita falta de educação minha, mas tem como você ir embora agora? Você pode voltar amanhã, mas é muito importante que fique apenas eu e o Inácio. - Yasmim sorriu sem graça e levantou do sofá sem dizer nenhuma palavra, mas Inácio puxou os braços morenos da namorada, sentando.
– Ela não vai a lugar nenhum. Se quiser falar qualquer coisa comigo, vai falar na frente dela. - Falou Inácio, encarando a mãe furioso.
– Não... Eu vou embora, Inácio. Amanhã a gente conversa, tá? - Falou Yasmim, dando um beijo leve nos lábios do rapaz - Eu te amo, e qualquer coisa me ligue. - Inácio balançou a cabeça e beijou a mão direita da moça, antes de deixá-la ir, ficando apenas com a companhia da mãe.
– Ela já foi embora, pode falar agora, dona Denise Cavassin. - Falou Inácio, com um tom de voz irônico, acendendo um cigarro.
– Eu liguei pro seu pai e ele vai vir aqui para conversarmos entre pais e filho. Se o Isaac morrer você vai pra cadeia, simplesmente. Eu sou delegada, posso esconder esse caso, mas foi registrado em um dia que eu não estava então não sei se minha influência vai servir de alguma coisa.
–Se eu matar meu amigo, quero ir preso mesmo. Não vou enxergar sentido nenhum na vida depois de matar um amigo. - Denise sentou no sofá e apoiou seu queixo com a palma da mão.
– Você pode começar a me contar tudo a partir de agora, Inácio. Tudo, mesmo. Como vocês começaram até esse final trágico. - Inácio tragou fortemente seu cigarro e antes de apagá-lo, contou toda sua história na ''flor da carnificina'' para sua mãe.
Assim que terminou de contar toda a história, os dois ouviram o barulho da campainha, que era com certeza a chegada de Gilberto em sua antigada casa.
– Eu atendo. - Falou Denise, ficando de pé para abrir a porta para seu marido.


Três policiais levaram Fábio até uma penitenciária e deixaram-o em sua cela, que era ocupada por quatro presos, um gordo careca; um excessivamente magro, que aparentava ter 50 anos; um negro atlético com tatuagens no corpo inteiro e um baixinho com uma cicatriz gigantesca no rosto.
– Esse é seu quarto. Pessoal, sejam cordiais com ele, tá? Ele é o caçulinha de vocês. - Falou o policial, jogando Fábio na cela sem nenhum cuidado. Os presos que já ocupavam o local olhavam desconfiado para Fábio, já que ele era uma carne nova em ótimo estado para ser explorada.
– Bem-vindo! - Falou o negro tatuado, que fumava a marca favorita de Fábio.
– Obrigado. - Respondeu Fábio com a mesma irônia ofertada pelo negro. - Como eu consigo cigarro aqui dentro?
– Serviços, trocas de favores... - Respondeu o excessivamente magro. Os demais estavam calados, ignorando a presença no do ''novo hóspede''.
– Mas você pode se apresentar também. Qual é seu nome? - Perguntou o Negro.
– Meu nome é Fábio, eu tenho 23 anos e sou traficante de drogas e destruidor de corações. - Os dois presos riram.
– Eu me chamo Ismael - Se apresentou o negro - Ele se chama Zé Angelo, e os demais se chamam Caíque e Matias. - Caíque era o gordo careca e Matias era o da cicatriz.
– Meu crime foi homicídio - Falou Zé Angelo - Matei minha ex-mulher. Nós éramos usuários de Crack e ela terminou comigo e sujou meu nome na boca, me deixando cheio de dívidas. Quando eu encontrei a desgraçada... - Zé Angelo deu um sorriso de lado - Continua Ismael.
– Eu fui preso por furto, homicídio e tentativa de sequestro.
– E eles? - Perguntou Fábio.
– Sequestro e homicídio. - Fábio e seus ''novos amigos'' ficaram conversando, mas o rapaz não se descuidou em nenhum momento, porque os que ali estavam eram inimigos em potêncial, qualquer cuidado com as palavras e movimentos eram poucos. Era preciso conhecer o ambiente e as pessoas, para saber como agir.


– Nossa filha, você foi maravilhosa! - Falou Cristina entrando em casa com suas duas filhas, seu marido e seu genro.
– Eu pratiquei bastante. - Falou Maria, retirando a medalha de ouro para entregar sua irmã, Joana.
– Você puxou essa sua sagacidade de mim, pode falar. - Falou Joana, rindo com a medalha da irmã na mão.
– Ela realmente praticou bastante. - Falou Bernardo entrando em casa e trancando a porta de entrada. - Bem, quem sabe ano que vem você não estará ganhando essa medalha no Canadá, hein?
– Que deras pai... - Respondeu Maria.
– Será que a Jaqueline já chegou? - Perguntou Cristina, indo até o quarto para ver se a filha estava em casa, e lá estava ela, deitada na cama ao lado de sua filha. As duas dormiam e Cristina tinha subentendido que a filha ganhou na briga pela guarda da menina, então deixou-a dormindo, e fechou a porta calmamente.
– Ela está aí dentro? - Perguntou César.
– Tá sim, tá dormindo com a garotinha. - Cristina não conseguia enxergar Carolina como neta, por ela esse caso nunca deveria ser mexido novamente.
– Hm, a menina veio com ela. Acho melhor não acordá-la então. - Falou César, e Cristina balançou a cabeça, passando pelo genro indo até a cozinha conversar com as filhas e o marido.
– A Jaqueline chegou? - Perguntou Bernardo, atrás de Cristina, que esquentava água no fogão.
– Sim. - Respondeu Cristina, ríspida.
– A menina veio com ela?
– Veio. - Bernardo deu um sorrisinho e foi até o quarto da filha, sem saber que esta dormia.
– Jaqueline! - Falou Bernardo, abrindo a porta com volúpia, acordando a filha e a neta.
– Pai? - Carolina levantou assustada e precisou ser acodida por Jaqueline, para que voltasse a dormir. Bernardo sentiu-se sem graça por acordá-las, mas logo Carolina dormiu, deixando Jaqueline livre para contar sobre o dia.
– Cadê o César? - Perguntou Jaqueline.
– Está nos fundos mexendo no notebook. Aí, me conte como foi hoje. - Falou Bernardo, empolgadíssimo, porém, toda empolgação não era recíproca por sua filha.
– Vamos conversar sobre isso os três. O dia foi difícil demais. - Jaqueline foi para os fundos seguida pelo pai, e lá encontrou seu marido, mexendo no notebook.
– Jaque... Não te acordei porque você podia estar cansada. - Falou César, assim que viu sua esposa.
– Tudo bem... - Jaqueline puxou uma cadeira e sentou, tendo sua ação sendo repetida por seu pai. - Vou contar tudo o que aconteceu hoje.

Gilberto e Denise conversaram na frente do filho sobre toda a situação vivida no momento. Inácio fumava um cigarro atrás do outro e ia toda hora molhar o rosto no banheiro para não dormir, já que o cansaço estava tentando roubá-lo para si.
– A única coisa que nós podemos fazer agora é te mandar para o exterior. Assim ninguém te enche o saco e você esquece isso longe daqui. Eu lembro que era sua vontade. - Falou Gilberto.
– Sumir comigo não vai diminuir meus problemas, pai.
– Não vamos sumir com você, Inácio. - Repreendeu Denise.
– Então o quê?
– Você vai morar fora por uns tempos, esfriar a cabeça e esquecer isso. Se o Isaac morrer... pra economizar palavras, você tá fodido. Não teve um outro aí que já foi preso? - Perguntou Gilberto.
– Sim. - Respondeu Denise com desgosto. - Vou te mostrar uma foto dele. - A delegada buscou uma foto dele no celular e mostrou para o marido, que mordeu os lábios. Eles já haviam transado uma vez, o que foi espantoso para Gilberto. - Viu?
– Vi... Isso de você ir embora, Inácio, não é opcional, você vai ter que ir embora.
– Onde eu vou? - Perguntou Inácio.
– Que tal Japão? Uma experiência nova, ainda mais pra você que gosta de desenhar. Lá é um país que valoriza a arte.
– Vou poder levar a Yasmim comigo? - Denise olhou desgostosa para o marido e sentou no sofá.
– Quem é essa? Sua namoradinha?
– É. Eu sou vou se ela for comigo. - Gilberto olhou para a ex-esposa que fazia uma cara de desagrado e concordou com o filho.
– Ótimo, leve ela e eu sustento vocês lá. - Denise bufou, mas acabou concordando com a proposta do marido, já que era o único jeito de safar seu filho.


– E foi isso que aconteceu. Precisamos comprar as passagens rápido para irmos embora desse país. - Falou Jaqueline, com raiva, mas ela não era a única a sentir asco ali, seu marido e seu pai estavam horrorizados e irados.
– Não digo maldita hora que viemos para o Brasil, porque você precisava salvar sua filha desse monstro, mas puta que pariu! - César socou a parede, e depois deu um chute forte na mesma para descontar a raiva que sentia.
– Deus abençoe esse rapaz que te salvou. E ironicamente é ele quem precisa ser salvo agora. - Falou Bernardo.
– Eu quero ir até o hospital visitá-lo, e se possível doar sangue pra ele, já que ele tá precisando de transfusão.
– Amanhã eu te levo lá e compro nossas passagens, tá? - Falou César, abraçando a esposa por trás, dando beijinhos em seu pescoço.
– Pode comprar as passagens para ela logo pela manhã, César. Eu levo ela até o hospital para visitar o rapaz. Qual é o nome dele mesmo?
– Isaac. Isaac Mendes. Fiquei abismada quando soube o nome dele, já que o nome do meu avô era Isaac também e ele foi tão importante na minha vida quanto o vovô. - Bernardo franziu o cenho, mas não conseguiu conectar uma coisa com outra e pediu para a filha repetir a resposta.
– Como?
– Isaac Mendes e o nome da irmã dele é Aline Mendes. - Bernardo sentiu seu estômago embrulhar e suas vistas escurecerem. Não era possível, era coincidência demais, ou melhor, o destino batendo em seu rosto com força. Sua filha precisou ser quase estuprada para ele encontrar seus filhos bastardos. O fardo da notícia foi tão forte que Bernardo desmaiou.


– Isaac? - Chamou Aline.
– Oi? - Respondeu Isaac, fracamente.
– Se você morrer, o que vai acontecer comigo? - Perguntou Aline, sentando em cima da cama onde o irmão estava deitado.
– Você vai continuar a procurar pelo nosso pai e vai ficar com ele.
– E se ele não me quiser? Se eu não encontrá-lo? Claro que você não vai morrer, mas e se?
– Acredite Aline, nosso pai está debaixo do nosso nariz, só precisamos procurar direito.


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Notas finais do capítulo

REVIEW? bjx