A Flor da Carnificina escrita por Essa conta não existe mais, Niquess


Capítulo 41
Capítulo 40 - ''My Friend Shot Me Down''


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaaaa! Eu gostaria de avisar que esse é o antepenúltimo capítulo, e que, se não houver nenhum review, a história acaba por aqui.
Aviso sobre o capítulo: Esse capítulo é TENSO DEMAIS!
Essa é a música que eu me baseei para colocar como título do capítulo: https://www.youtube.com/watch?v=KFSTi17tnxk
É isso, Boaaaaaaa leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/620748/chapter/41

Jaqueline levantou e prendeu seus cabelos loiros em um coque. César, que havia perdido o sono há algumas horas, lia um livro e parou o que fazia para observar sua esposa.
– Quer que eu vá com você? - Perguntou César.
– Acho melhor eu ir sozinha. - Falou Jaqueline, ficando de pé.
– Deixa esse celular ligado, tá bom?
– Tá. - A loira abriu a porta do quarto onde estava dormindo e foi para o banheiro.
Bernardo havia acordado cedo para alimentar seus pássaros, e quando ia para seu quarto assistir TV, viu que a filha saia do banheiro.
– Já acordada essa hora?
– Sim, o Fábio me ligou.
– Ligou? - Jaqueline sentou na mesa e pegou um pão que estava dentro do pacote e o cortou para passar manteiga. Bernardo sentou ao lado da filha.
– Ligou e pediu para eu ir até lá porque ele quer conversar comigo. - Bernardo franziu o cenho e mordeu o lábio.
– Tão cedo assim?
– Sim. Tenho certeza que ele não sabe da intimação.
– Será?
– A voz dele estava de bom humor no telefone, acho que ele não estaria tão bem humorado assim se soubesse que tem alguém querendo tirar a filha dele.
– É estranho isso dele te ligar do nada. Eu vou com você. - Jaqueline engoliu rapidamente o pão para responder.
– Não! Eu vou sozinha. Deixa eu resolver isso sozinha, poxa.
– Filha... não sei, mas algo me diz pra eu ir com você.
– Não vai não. - Joana entrou na cozinha e pegou o pão no saco, sem cumprimentar ninguém.
– Bom dia também, Joana. - Falou Bernardo.
– Pai, hoje eu vou sair com uns amigos do Ballet, tá?
– Avisou sua mãe?
– Não. - Joana saiu da cozinha e Bernardo foi atrás. Jaqueline terminou seu café e saiu para trocar de roupa e ir se encontrar com Fábio.

Ermina havia acordado cedo naquele dia e mastigava um biscoito cream cracker, sentada na porta de entrada. Jonhy estava tomando banho, e assim que terminou foi para o quarto do casal, mas a ruiva não estava lá. Juk trocou de roupa rápido e foi procurar pela mulher, e não demorou para achá-la sentada na porta.
– Bom dia, Ermina. -Cumprimentou Jonhy.
– Bom dia. - Respondeu Ermina.
– Você ainda não me disse aonde estava. - Jonhy pegou uma cerveja na geladeira e começou a bebê-la.
– Já falei que mexeram na minha cabeça, Jonhy. Não me faça mais perguntas, quero ficar em silêncio.
–Eu vou fazer uma coisa que o Fábio me pediu. Talvez eu demore muito, então tem dinheiro dentro da gaveta pra você ir no mercado e comprar alguma coisa pra comer. Eu quero conversar com você quando chegar, achei umas coisas diferentes nas suas coisas. - Ermina olhou sem nenhuma reação para Juk e ficou de pé, indo para o banheiro. - Estou saindo então. - Jonhy jogou a latinha dentro da pia e saiu.
A ruiva olhou seu reflexo no espelho e viu que um rosto inexpressivo, era como se a mulher do reflexo fosse uma desconhecida. Ermina queria expressar qualquer coisa, mas não conseguia, não podia chorar, rir, sorrir, ficar triste. Mexeram com seu cérebro, mas não com sua alma. Quando estava desistindo de esboçar qualquer reação, seus lábios se esticaram, e involuntariamente ela sorriu.


Jaqueline chamou um táxi e esperou que o motorista chegasse junto a seu marido, no portão. Enquanto esperava, Joana apareceu e colocou a mão na cintura, olhando com deboche para a irmã.
– Já vai embora? - Perguntou Joana.
– Não. - Respondeu Jaqueline, sem dar muita atenção para a irmã.
– Que pena. - César olhou chocado para a cunhada e quando Joana percebeu o olhar de desprezo de seu cunhado saiu de vez de casa e foi onde iria.
– Não deixe que ela te chateie, Jaque. - Falou César, passando a mão pela cintura da esposa.
– Não deixo, por mim que ela se dane. - O táxi cruzou a esquina e entrou na rua da casa da mãe de Jaqueline, estacionando na porta.
– Qualquer coisa você liga, tá bom? - Falou César, abrindo a porta do táxi para a esposa.
– Pode deixar. - Jaqueline entrou no carro e César esperou o táxi virar à esquina novamente para entrar.

Jonhy chegou no local e ficou sentado na porta de uma casa que ficava na calçada oposta da casa de Marli. Ele trazia consigo isqueiros, e um estilete para aprimorar seu dever. Não demorou muito para um táxi estacionar em frente à casa combinada por Fábio, e uma loira bonita descer, entregando dinheiro para o taxista que seguiu caminho.
A loira chamou no portão pelo nome de Fábio e de Carolina, e Juk esperou o momento certo para enfiar em capuz na cabeça dela e arrastá-la para dentro da casa.
– Fábio! - Gritou Jaqueline, batendo fortemente no portão. Jonhy caminhou lentamente até se aproximar da mulher e enfiar rápidamente um capuz em sua cabeça e abrir depressa o portão para que ninguém visse. Jaqueline gritava e se debatia, mas Juk era forte e a arrastou pelo braço até dentro da casa. Abriu a porta da cozinha que era porta de entrada e jogou a garota no chão, fechando a porta depressa.
– O que é isso? - Perguntou Jaqueline tirando o capuz. Juk apontou um revólver na direção da garota, que tremeu ao ver aquele homem segurando uma arma.
– Você vai ficar quietinha, tá? - Juk aproximou-se dela e colocou a arma em sua garganta. - Se você gritar eu mato você, tá ouvindo? - Jaqueline balançou a cabeça e Jonhy pegou em seu cabelo com força, fazendo a loira gemer de dor. - Fala que sim.
– Sim - Respondeu Jaqueline, quase em um gemido.
– Fica em pé! - A modelo acatou o pedido do homem e ficou de pé, tremula. Maldita hora que ele recusou ter ido lá sem seu marido ou seu pai.
– Não grita! Você tá me machucando! - Falou Jaqueline, aos prantos. Jonhy aproveitou e apertou ainda mais os cabelos de Jaqueline, levando-a até o sofá, e jogando-a lá de qualquer jeito.
– Se você gritar, você morre. - Jonhy tirou do bolso da calça um rolo de fita Silver, e colocou na boca da loira, e depois amarrou as mãos dela e os pés. Quando terminou de fazer isso, deu um corte superficial no rosto perfeito da modelo. Jaqueline tentou gritar, mas não conseguia, então apenas chorou. - Vou chamar um amigo pra poder cuidar melhor de você, tá bem? - Juk saiu de perto, e foi para a cozinha ligar para Fábio. Jaqueline se debatia e chorava.


Fábio e Carolina conversavam sobre o programa que passava na tv no momento, e Isaac e sua irmã apenas assistiam em silêncio. Fábio parecia ansioso, e Isaac havia percebido isso, porque o rapaz sempre olhava o celular de 5 em 5 minutos.
Aline estava jogada no sofá, e se sentia imensamente entediada.
– Isaac, acho que vou dar uma volta. - Comentou Aline.
– Tá. - Isaac tirou uma nota de 20 reais do bolso e entregou à irmã - Traz coca-cola e frango assado pro almoço. - Fábio e Carolina olharam para Isaac, e Carolina sorriu, ela amava coca-cola e frango assado.
– Oba! - Comemorou a menina. Isaac sorriu, Carolina era uma criança muito meiga e cativável.
– Desse jeito vai estragar a menina. - Comentou Fábio, dando um beijo no topo da cabeça de Carolina.
– Você que vai estragar a saúde dela fumando sem parar. - Falou Isaac, com os olhos direcionados na Tv. Fábio mordeu os lábios e levantou, saindo de casa para atender o celular. Aline saiu junto.
– Isaac, você vai morar aqui também? - Perguntou Carolina, sentando ao lado do rapaz.
– Por alguns dias, mas não vou demorar não. - Carolina balançou a cabeça e continuou falando.
– Entendi. Aquela moça é sua irmã?
– É sim... Ela é minha irmã mais nova.
– Caramba, que legal. Seria legal se ela e meu pai namorassem né. - Isaac engasgou com a própria saliva e começou a tossir.
– Eles são muito diferentes. - Respondeu Isaac. Fábio abriu a porta apressado, entrou em seu quarto e pegou uma sacola preta. Antes de sair disse para Isaac que fizesse o almoço e saiu batendo a porta fortemente.
''Ele tinha que sair logo agora? Quem ia cuidar de Carolina para ele poder agir?'' Pensou Isaac. O moreno olhou para a menina que assistia o seriado entretida e levantou, indo ligar para seu fiel escudeiro, Inácio.

Inácio jogava seu amado X-Box, quando ouviu seu celular tocando. Ele não queria mesmo enrascar a Yasmim, e sentia vergonha de tê-la metido no seu estilo de vida mau caráter. No primeiro toque ele ignorou mas quanto mais tocava o celular, mais irritante ele ficava, e foi inevitável não atender. Era Isaac, para o alívio de Inácio.
Oi– Respondeu Inácio, com a voz aspera.
Mudança de planos, Inácio. Levanta a bunda do sofá e me encontre aqui na porta da casa do Fábio.
O que aconteceu?
Vem rápido, se não vamos perder a deixa. Não precisa chamar a Yasmim, mas venha preparado.
Tô indo.– Assim que Inácio desligou, viu sua mãe descendo as escadas.
– Já vai se encontrar com aquele lá de novo? - Perguntou Denise, se jogando no sofá.
– Vou mãe. - Inácio desligou seu X-box e saiu da sala, deixando sua mãe sozinha. O rapaz ia caminhando até a casa de Fábio, queria pensar e colocar sua cabeça no lugar. Aquele era o último serviço sujo que ele ia fazer, nunca mais iria se envolver com mortes ou perseguições de ninguém. Chega disso pra ele. Talvez começasse uma faculdade nova, como artes, em outro país e se fosse, iria levar Yasmim junto.

Fábio desceu da vã e caminhou apressado até a casa de sua mãe. Bateu três vezes no portão e não demorou muito para Juk ir atendê-lo, segurando um revólver.
– Entra logo. - Falou Juk. Fábio lançou um olhar autoritário para Jonhy, que se sentiu se graça por ter alterado o tom de sua voz com Fábio.
Fábio entrou e encontrou Jaqueline descabelada e vermelha de tanto chorar, sentada no sofá. A garota arregalou os olhos ao ver o rapaz ali.
– Eu queria tanto te ver, Jaque... - Fábio sentou ao lado dela no sofá - Você chegou rápido demais e não pudemos conversar sobre tudo, mas mesmo vindo com pressa, você tem um objetivo, né? Fala! - Falou Fábio, arracando com força a fita da boca de Jaqueline, que chorou de dor.
– Eu quero a minha filha, é meu direito. -Falou Jaqueline, chorando descontroladamente.
– Muito bem, você abandonou sua filha e de repente a quer de volta? Acha que está fazendo o quê? Tudo bem - Fábio ficou de pé, e acendeu um cigarro - Eu entendo seu lado, mas o que me deixou puto de raiva foi que você procurou um desafeto meu pra me prejudicar. - Jaqueline olhou confusa para Fábio.
– O quê?
– Tô falando da Denise. Do nada, ela me aparece dizendo que você havia me colocado na justiça pra tirar minha filha de mim, e da minha falecida mãe. - A modelo franziu o cenho, ela não sabia que Marli havia falecido.
– Eu não sabia que a Denise conhecia você. Não fiz nada pra te... - Fábio deu um tapa no rosto de Jaqueline, fazendo-a calar a boca.
– Você vai voltar para os Estados Unidos com seu marido rico e vai deixar a Carolina aqui. Você sabe o que fez? Você me colocou no meio do fogo cruzado. Eu tenho penas à cumprir, e se descobrirem isso, vão me tirar a garota. Ai Jaqueline - Fábio deu uma risada nervosa - Você não sabe com quem se meteu.


Isaac esperou Inácio na calçada, e se irritou com a demora do rapaz que chegou ensopado de suor.
– Você é algum tipo de animal?- Perguntou Isaac, empurrando o ombro de Inácio.
– Eu quis vir andando pra esfriar a cabeça.
– Vamos logo, temos coisas pra fazer.
– Tá, vamos.
– Mas antes... Me espere aqui. - Isaac subiu para falar com Carolina.
– Carolina? - Chamou Isaac.
– Oi?
– Eu vou entregar uma coisa pra Aline e não vou demorar nada, tá? - Inácio mexeu em sua mochila que estava ao lado do sofá e pegou um revólver que estava enrolado em uma camiseta azul.
– Posso ir com você? - Perguntou Carolina, com a voz agoniada.
– A Aline não vai demorar, e nem eu. 10 minutos e já estaremos de volta. - Carolina olhou desconfiada para Isaac, e balançou a cabeça concordando. - Isaac fechou a porta devagar e desceu as escadas correndo para se encontrar com Inácio.
– Não vai passar de hoje, Inácio. Quero sair de lá com o sangue daquele maldito na minha blusa. - Falou Isaac.
– Então vamos... - Falou Inácio, desanimado, a ficha havia caído. Os dois pegaram um ônibus e foram até a casa da mãe de Fábio.


Juk colocou novamente uma fita na boca de Jaqueline, e Fábio tirou sua roupa para poder violentar a mulher. Ele queria deixar nela o maior trauma possível para que não voltasse mais. Jonhy tirou a roupa da mulher a força, enquanto ela se debatia e chorava sem parar. O ajudando empurrava os ombros da garota no sofá para que ela não se movesse, enquanto Fábio se posicionava em cima do corpo magro e frágil de Jaqueline.
– Pelo amor de Deus! ME DEIXAAAAAA! - Gritou Jaqueline, se debatendo.
– Juk, pega o estilete. - Pediu Fábio. O ajudante pegou o objeto e o posicionou ao lado de uma artéria importante do pescoço de Jaqueline, que, caso ela se movesse iria morrer.
– Onde paramos? - Quando Fábio ia iniciar o estupro, os três ouviram um barulho forte, e quando perceberam, Isaac e Inácio estavam na sala. O moreno segurava uma arma em direção a Juk e Inácio tremia, segurando apenas um revólver.
– Consegui, finalmente! - Falou Isaac. - E você Fábio... Me enoja! - Fábio saiu de cima da loira e sentou no sofá.
– Abaixa essa arma, Isaac. - Pediu Fábio. Juk estava sem reação, como ele iria contra-atacar? Com um estilete?
– Não! - Respondeu Isaac, que disparou um tiro bem na perna de Juk, que caiu, gemendo de dor.
– O que você fez? - Falou Fábio, pegando sua calça no chão e vestindo. Juk agoniava, enquanto Jaqueline gritava assustada.
– O que eu faço? - Perguntou Inácio, sussurando.
– Você fez com a minha irmã, estuprou minha irmã e não machucou apenas a ela, mas também a mim. Não vou deixar barato pra você, não deixei pro Patrick. - Juk olhou para Isaac e depois olhou para Fábio indignado. Não havia sido Fábio quem matou Patrick?
– Isaac, se acalma com essa arma - Falou Fábio, indo até Isaac.
– Se você se aproximar de mim, Fábio, eu te mato! - Falou Isaac, com autoridade.
– Mas o que está havendo com você? - Perguntou Fábio.
– Vingança é um prato que se come frio, e é isso que eu tô fazendo. - Falou Isaac, atirando mais uma vez em Jonhy, mas desta vez no peito para matá-lo de vez. Inácio estava destraído assistindo a cena, e levou um susto ao ouvir o barulho de tiro, o que o fez, por reflexo apontar a arma na direção de Isaac e atirar bem na barriga dele. Isaac caiu imediatamente no chão.
– NÃO! - Gritou Fábio, assim que o peso de Isaac fez barulho ao cair.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acham que vai acontecer? bjx