A Flor da Carnificina escrita por Essa conta não existe mais, Niquess


Capítulo 30
Capítulo 29 - Ponto para Ermina


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaaaa!
Antes de mais nada eu quero dizer que sofri um grande bloqueio nesses dias, e esse bloqueio ainda está pairado sobre minha cabeça cacheada. Não sei se é cansaço ou coisa do tipo, mas espero que compreendam isso enquanto leem o capítulo.
Se puder deixar sua opinião sobre ele, será muito legal!!!
Digo isso aos leitores fantasmas. Aos que sempre comentam: Amo vocês!!!



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O rapaz que outrora teve cabelos longos até o ombro, usava roupas larguíssimas e brincos em cada orelha, havia se tornado um adulto mais magro e com cabelos mais curtos.
Fábio não reconheceu a moça loira que estava na calçada da casa de sua mãe, mas o aquele rosto era familiar, ou melhor, muito familiar.
Por outro lado, Jaqueline sabia muito bem quem era o rapaz fumante. A loira deu dois passos ficou próxima a Fábio, segurando os ombros fortes cobertos por uma jaqueta jeans.
– Eu tinha que te encontrar. - Falou Jaqueline, sorridente e aliviada por ver Fábio ali, o que significava facilitação do caminho até a filha Carolina.
– Eu fiz alguma coisa? - Perguntou Fábio, sem entender nada.
– Fez! Fábio, você não se lembra de mim? Sério mesmo? - Falou Jaqueline, olhando dentro dos olhos castanhos de Fábio.
– Não. Eu deveria? - Jaqueline deu um risinho.
– Eu não queria ser vulgar à esse ponto, mas acho que você deveria reconhecer a mulher que tirou sua virgindade e a que você desvirginou. - Fábio franziu o cenho, e deu uma tragada longa em seu cigarro antes de jogá-lo dentro de um bueiro.
– Jaqueline? - Perguntou Fábio fazendo uma careta de confusão. A loira sorriu balançando a cabeça.
– Eu mesma. Eu vim conversar com a sua mãe, mas já que você está aqui, vou conversar com você.
– Já chamou minha mãe?
– Já, mas ela não está em casa. - Fábio bateu com a mão na testa.
– Acabei de lembrar que ela ia pro tratamento hoje. Bem, eu não tenho chave daí, então... tem um barzinho aqui perto, se você quiser e não se incomodar de beber...
– Pro problema que eu preciso resolver, eu não me importo. Vamos?
– Vamos então. É aqui perto mesmo. - Fábio prosseguiu andando em linha reta e Jaqueline o acompanhou. Ao chegarem no fim da rua, havia uma esquina e nesta esquina uma ladeira. No final da ladeira era o bar sugerido por Fábio.
Por ser manhã, o bar estava quase vazio. Quase, porque havia 3 homens bebendo, e olhando descaradamente para Jaqueline, que tentou ignorar sentando-se de costas para eles.
Fábio pediu um pão com manteiga para ele e Jaqueline se conformou com água em um copo descartável.
– Então pode falar. - Iniciou Fábio.
– Eu vim ver a Carolina. Fábio, depois que eu entreguei a Carolina pra vocês, fui até uma agência de modelos e consegui fazer minha carreira. Viajei para os Estados unidos e me casei com um brasileiro que deu certo lá. Mas eu tenho uma cicatriz, que é mais feia do que a minha cesária infeccionada. Eu quero ver a minha filha, quero cuidar dela e se possível, quero levá-la para os Estados Unidos comigo. - Fábio ouvia tudo imparcial, sem esboçar nenhuma reação facial além de mastigar o pão.
– Você quer conversar comigo pra poder levar a Carolina? - Ele engoliu o pão - É isso?
– Você disse que sua mãe está doente, não disse? - Perguntou Jaqueline, colocando palavras na boca de Fábio.
– Não, eu disse que ela foi para um tratamento. Tá, pra falar a verdade ela tá doente sim. Tá com câncer e tá fazendo tratamento. Mas você não respondeu minha pergunta.
– Sim. Eu quero levar a Carolina pra fora do Brasil. Olha pra esse lugar, ela nunca vai ter um bom futuro aqui. Eu tenho dinheiro, moro em um apartamento maravilhoso e sei que posso dar pra minha filha o que eu nunca tive na idade dela. - Fábio retirou um maço de cigarro do bolso de trás da calça e pegou um isqueiro no outro bolso, acendendo o cigarro.
– Você não criou ela, não sabe nada sobre ela. Foi minha mãe quem criou ela e eu posso dizer que eu não fiz nada para ajudar na criação da garota. Mas não vou deixar você tirar ela da minha mãe. Eu amo minha filha, e sempre que posso fico perto dela e ela me ama muito. Se você queria tanto reconhecimento, por que deixou ela com a gente? Por que só agora voltou? - Jaqueline sentiu sua garganta dar um nó, e algumas lágrimas apareceram em seu olho pequeno.
– Eu quero criá-la agora. Mesmo que ela tenha 8 anos e eu não saiba nada sobre ela. Mas sua mãe está doente, e se ela morresse? Quem seria a figura materna dela? Uma menina precisa de sua mãe.
– Jaqueline, desista. Você não vai levar a Carolina daqui. - Falou Fábio, confiante.
– E se eu envolver o poder judiciário, você vai continuar dizendo que eu não vou poder levar a Carolina?
– Sim. Eu tenho contatos. A minha filha não vai sair do país. Se você quiser vê-la, visitá-la, fique à vontade. Agora, levar a Carolina - Fábio tragou seu cigarro - Não vai não, querida. Mas, me conte mais sobre sua vida. Virou modelo, né? - Jaqueline mordeu seu lábio inferior com força e ficou de pé.
– Pois muito que bem, eu vou contratar um advogado e vou brigar pela menina na justiça, já que é desse jeito. - Falou Jaqueline, aumentando o tom de voz.
– Você não precisa gritar, sabia?
– A menina vai ficar comigo. - Falou Jaqueline, dando as costas para o rapaz fumante e saindo do local com passos largos. Fábio manteve-se sentando, pois estava feliz. Feliz porque ia ver sua filha e mais tarde encontraria Isaac, e se as coisas continuassem daquele jeito, seria o melhor dia do ano, quer dizer, quase melhor, porque a aparição de Jaqueline o deixou irritado. Como alguém some e reaparece querendo tomar o que um dia foi dado à outra pessoa? Fábio nem desconfiava, mas pensava igualzinho sua mãe.

Aline acordou cedo junto com Inácio. O rapaz dormiu sentado no chão, enquanto Aline dormiu em um colchão velho. Assim que acordaram, saíram. Inácio foi direto para sua faculdade e Aline foi até o hospital onde Isaac estava internado.
Ao chegar no grande hospital, deu seu nome na recepção e subiu até o leito onde seu irmão estava. Quando abriu a porta do quarto, viu Isaac penteando seu cabelo liso e negro, que estava cumprido até metade da nuca.
– Se eu não fosse sua irmã, hein - Falou Aline, adentrando no local.
– O médico acabou de passar aqui, e me disse que só está esperando um farmacéutico chegar com meus coqueteis e eu recebo alta. - A garota abraçou apertado seu irmão. - Onde você está? Eu fiquei preocupado demais essa noite.
– O Inácio me levou pra casa do Cristiano. Ele disse que nós podemos ficar lá, então todas as nossas coisas estão lá.
– Ela te expulsou mesmo, né?
– Sim. Mas o Inácio está nos dando muito apoio, Isaac. - O rapaz se soltou da irmã e ficou de pé.
– Nós vamos conseguir dinheiro e alugar uma casa só nossa. Chega de humilhações.
– Você tem dinheiro guardado das coisas que fez com o Inácio?
– Tenho, mas não dá pra alugar uma casa ou coisa do tipo. Eu só quero um tempo de paz.
– Primeiro vamos sair daqui, e você resfria a cabeça. Eu quero tentar ter uma vida normal, então repense a sua vida. - Isaac olhou cético para Aline.
– O que você quer dizer com ''Repense sua vida''?
– Quero dizer que você deve parar com essa sede de matar gente por dinheiro e reveja esse seu relacionamento. - Isaac ficou em silêncio. A culpa dele e sua irmã estarem na rua naquele momento era de Fábio, e eles sabiam bem disso. O outro até havia oferecido sua casa para eles morarem, mas Isaac não mencionou isso com sua irmã.
– Me deixa pelo menos sair daqui. Eu tô aqui dentro, preso há bastante tempo. Preciso respirar ar puro, ver a luz do dia...
A fala de Isaac foi interrompida quando o médico que estava cuidado do rapaz internado, apareceu na porta, segurando caixas de remédios.
– Bom dia, eu vim te dar isso e esse laudo de liberação. A Denise Cavassin já pagou tudo, então você está definitivamente liberado. Mas tenha responsabilidade com os remédios, porque um descuido pode te matar. Você teve sorte.
– Pode deixar, eu serei cuidadoso. - Isaac apertou a mão do médico e saiu do hospital junto com sua irmã. Ouvir do médico que a ''estadia'' de Isaac ali havia sido paga por Denise, deixou o rapaz sentindo-se culpado. Ele sabia que a mulher estava se envolvendo com Fábio e estragou o possível relacionamento dela e a vida que levava na casa de Denise.
– Vamos para a casa do Cristiano? - Perguntou Aline.
– Não temos escolha. Mais tarde eu entro em contato com o Inácio pra ver o que vamos fazer das nossas vidas aqui fora.
Os dois irmãos prosseguiram caminhando até a residência do fornecedor de armas e encomendador de mortes, que jamais aparentaria fazer essas coisas.


Yasmim e Inácio foram almoçar em um restaurante que tinha dentro do campus da faculdade deles. Inácio estava com os olhos rodeados de olheiras e sentia muito sono, enquanto Yasmim estava radiante.
– Inácio, você dormiu bem? - Perguntou Yasmim, passando a mão pelo rosto cansado de Inácio.
– Não. Eu tenho que te contar logo isso.
– Contar o quê? - Perguntou Yasmim, atônita.
– Eu passei a noite com outra garota. - Yasmim abaixou a cabeça e manteve-se em silêncio durante alguns segundos, até Inácio voltar a falar - Ela trabalhou lá em casa, e é amiga minha. A Aline, sabe? Minha mãe colocou ela pra fora de casa e eu levei ela pra casa de um amigo meu e fiquei ao lado dela. Mas eu juro que não fiz nada. - Enfatizou Inácio.
– Não sei o que pensar, Inácio.
– Oras, por favor, eu juro que não fiz nada. Eu só não quis deixá-la sozinha em um local estranho. O irmão dela deve ter recebido alta do hospital e agora ele fará companhia pra ela.
– Se você me diz que não fez nada eu acredito. Mas, não faça mais isso.
– Pode deixar - Inácio sentou ao lado de Yasmim, e colocou seu braço em volta da cintura da garota. - Eu te amo, tá? - O rapaz pegou o rosto da garota e selou os lábios dela - Amo muito e nunca faria nada pra te magoar.
– Tudo bem, eu acredito em você. - Os dois voltaram a se beijar, e a consciência de Inácio estava limpa novamente, mesmo que não tivesse feito nada, queria se retratar com sua namorada, para que ela não ouvisse outro tipo de história.


Aline e Isaac chegaram na casa de Cristiano, e o mesmo recebeu Isaac com o sorriso no rosto de sempre.
– Entrem, eu terminei o almoço agora. - Falou Cristiano.
– O que você fez de bom? Estou morrendo de fome - Falou Isaac, dando uma risadinha no final.
– Batata assada. - Isaac deu um sorriso, e ao entrar na sala, jogou-se no sofá. Já Aline, sentou ao lado do irmão sem atos radicais.
– Você quer ajuda? - Ofereceu-se Aline.
– Relaxem aí, vocês não precisam se preocupar. Vou pegar os pratos. - Isaac reparou na sala de Cristiano. O dono da residência era gente boa, mas ele não queria ficar ali pra sempre, e pretendia arrumar uma casa onde só ele e sua irmã pudessem viver.
– Podem sentar na mesa - Mandou Cristiano, e os irmãos obedeceram.
Aquela mesa era maravilhosa, e Isaac sentiu-se no paraíso dos famintos. Sentou rapidamente e logo pegou seu prato para poder comer. A fome era muita.
– Isaac, eu tô com uma proposta, mas não sei se é o momento pra você. Eu até conversei com o Inácio sobre ela ontem, mas você não precisa aceitar de cara, se quiser.
– Pode falar, Cristiano. - Disse Isaac, dando a primeira garfada. Aline só ouvia o que os dois homens falavam, e sentia-se mal, porque ela sabia o tipo de proposta que se tratava.
–Parece que tem um empresário que anda falando algumas abobrinhas pra alguém e esse alguém quer dar um susto nesse cara.
– Que tipo de susto? Sequestro?
– Ainda não sei.
– Com licença, eu perdi a fome - Falou Aline, indo com seu prato na mão até a cozinha.
A garota lavou a louça não aguentou segurar as lágrimas. Ela não queria que seu irmão fizesse essas coisas, ou falasse essas coisas. Ela queria ter uma vida normal, sem mortes de pessoas inocentes, e aquilo tudo estava fazendo tão mal a ela, que sentir dores no peito se tornou rotina.
Aline perguntou para Cristiano se ela poderia ficar no quarto que lhe foi sedido no dia anterior, e o homem deu livre arbitrio de sua casa para os dois irmãos. Ele iria trabalhar e só voltaria no dia seguinte, então a casa ficaria só para Aline e Isaac.
A morena caminhou até o quartinho e deitou no colchão, iniciando um choro. Aline não chorava com frequência, mas sabia que a única coisa que podia levá-la às lágrimas era ouvir ou ver seu irmão em coisas ruins. Ele era o pai, a mãe, a família que ela tinha.
Não demorou muito, e a porta rangiu, dando espaço para Isaac entrar no quartinho pouco iluminado. O moreno sentou ao lado da irmã.
– Isso te deixa mal, né? - Perguntou Isaac, puxando Aline para ele, acarênciando os fios lisos da irmã.
– Muito. - Falou Aline, quase sussurrando.
– Eu vou ganhar bastante dinheiro e vou conseguir manter alguns meses de aluguel em uma casa bacana, já que os pais do Inácio não nos deram nenhum tustão furado.
– Promete pra mim, olhando nos meus olhos, que você nunca mais vai matar ninguém. Promete - Pediu Aline, olhando dentro dos olhos castanhos do irmão.
– Prometo. Agora, para de chorar. Eu detesto te ver chorando. - Falou Isaac. - Nós vamos procurar nosso pai também, e logo logo tudo vai ficar bem. Mas eu preciso desse dinheiro.
– Tudo bem, mas será a última vez. Eu falo sério. - Falou Aline.
– Combinado.

Fábio buscou Carolina na escola, e como a menina tinha a chave de casa, ficou com ela na casa de sua mãe até que ela chegasse. O rapaz tentou aproveitar todos os momentos com a filha, e não vacilou com ela, trocando-a por cigarros ou outro tipo de distração. Ele brincou, assistiu Tv e almoçou ao lado da menina.
Assim que sua mãe chegou, viu Carolina deitada no colo de Fábio, enquanto este assistia Tv junto com a garotinha.
Marli colocou sua bolsa na mesa da cozinha e ficou escorada no portal que separava cozinha de sala, observando pai e filha, naquele momento íntimo.
– O que estão vendo? - Perguntou Marli, quebrando o silêncio do filho e da neta.
– Um filme sobre um cachorro. Vem ver - Chamou Carolina, sentando no sofá. Marli acatou o pedido da neta, e sentou ao lado dela.
– Vamos conversar, mãe. - Chamou Fábio, ficando de pé e chamando sua mãe até a cozinha. Marli, que havia acabado de se sentar, bufou ao ter que levar, mas seguiu o filho.
– O que você tem pra me dizer? - Perguntou Marli, cruzando os braços.
– A Jaqueline veio aqui te procurar, e como eu pensei em vir ver vocês, acabei me esbarrando com ela. Ela tá decida mesmo de levar a Carolina daqui. - Marli deu um riso sarcástico e pegou a garrafa de café e preencheu um copo vazio com o conteúdo da garrafa.
–O que mais ela disse? - Perguntou Marli, dando um gole no café.
– Que vai contratar um advogado pra tirar a Carol da gente. Disse que o marido dela é rico, etc.
– Essa mulher tá procurando briga, não é possível. Eu vou até a casa da mãe dela e quero ver o que aquela mulher tem a dizer. Ela chegou a dizer que a Carolina era um monstro, e agora quer tomá-la de nós? Não não e não.
– Do que vocês estão conversando? - Perguntou Carolina, aparecendo repentinamente na cozinha.
– Assunto de adulto, Carol. - Respondeu Marli, ríspida.
– Fábio, ou melhor, Pai - Falou Carolina, dando um tapinha em sua testa - Vamos mesmo no cinema? - A garota perguntou com empolgação, mas Fábio não retribuiu a atitude da filha.
– Hoje não, Carol. Eu vou ter que resolver algumas coisas, mas talvez sábado nós iremos. - Respondeu Fábio, enchendo um copo com café.
– Você promete mas não cumpre. - Falou Carolina, desapontada.
– Eu prometo que vou te levar. Vai eu, você e um amigo meu - Carolina entortou a cabeça e franziu o cenho.
– Amigo? Por que?
– Carolina, vai ver televisão, eu tenho um assunto pra resolver aqui. Se ele disse que vai te levar, ele vai. Agora, vai pra lá - Falou Marli, com sua voz autoritária de sempre.
Assim que a menina voltou para sala, os dois retomaram o assunto.
– Se ela procurar um advogado, eu procuro também. - Falou Marli.
– Calma, mãe. Eu tenho influências, te nós ela não tira a Carol. - Carolina escutava tudo atrás de uma parede. Ela não entendi o assunto principal da conversa, mas sabia que era sobre ela, e sobre alguma Jaqueline que queria levá-la. Ela iria retomar aquele assunto com o pai, queria saber realmente do que aquilo se tratava. Mas, por um instante, Carolina lembrou que Jaqueline era a professora da escola onde sua mãe trabalhava. Agora nada fazia sentido na cabeça infantil da menina.

Ermina e Juk saíram para vender drogas. Juk sabia como preparar algumas drogas, então aproveitou sua sabedoria e foi vender junto com a namorada.
Ermina andava estranha ultimamente, parecia distante e mais grosseira do que já era, o que chateava Johny.
– Mina, eu vou vender lá na praça. Você vem comigo? - Perguntou Johny, enquanto os dois estavam no ponto de ônibus, esperando o transporte para se deslocarem.
– Eu acho que vou passar na casa do Cristiano, esqueci um envelope com dinheiro lá. - Falou Ermina, abrindo a embalagem de um chiclete, e mascando-o em seguida. A ruiva queria ir até a casa do amigo para ver se encontrava Isaac.
– Quer que eu te leve lá?
– Não. - Respondeu Ermina, fazendo uma bola com o chiclete que mascava.
– Então ta bem. - Falou Johny, com a voz grossa. Ele estava chateado com a indiferença da mulher, mas não iria fazer nenhuma cena perto dela. Pegou o primeiro ônibus que passou e deixou Mina para trás. A ruiva também não relutou ou foi atrás dele, ficou inerte mascando seu chiclete, e esperou o ônibus que iria passar pela casa de Cristiano, e quando este chegou, ela embarcou.
A ruiva sentiu que sua barriga já era aparente, quando um homem cedeu o lugar para ela. Ermina apenas deu um sorriso sem mostrar os dentes, e negou a ajuda. Não precisava daquele lugar, apenas de ver o belo rapaz que a ajudou.
Quando chegou no ponto da casa de Cristiano, desceu eufórica e caminhou em passos rápidos até a casa de portão de madeira. Deu duas batidas no portão, e gritou o nome de Cristiano. Não demorou muito, e o mesmo apareceu abrindo a porta.
– Ermina! Que surpresa! - Falou Cristiano.
– Eu acho que esqueci uma coisa aqui, e vim buscar. - Falou a ruiva.
– Entra. Eu já tô quase saindo, mas como tem mais gente em casa, você pode ficar à vontade. Cadê o Juk?
– Ele foi trabalhar - Falou Ermina, entrando na casa, mas específicamente, na sala.
– Hm... Pode procurar. Eu vou me arrumar. - Assim que Cristiano saiu da sala, Isaac apareceu, saindo do banheiro. Ponto para Ermina.


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